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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°65813
De: jr. Data: Quarta 26/1/2011 09:51:12
Cidade: montes claros

Em viagem a Juramento neste fim de semana, notei a retirada dos polémicos quebra-molas na chegada daquela cidade, espero que encontre outra maneira de inibir a alta velocidade naquele local, pois a curva e muito perigosa. Muitas vidas ja foram seifadas ali, mas seria mesmo culpa dos quebra-molas, era muito ruim com eles, mas nao será pior sem eles? só o tempo irá dizer.

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Mensagem N°65812
De: Píndaro Data: Quarta 26/1/2011 08:47:13
Cidade: M. Claros

Cai uma finíssima cortina de neblina sobre M. Claros, agora. A meteorologia acertou - pode chover 2 milímetros hoje, 2 amanhã e 5mm sexta-feira.

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Mensagem N°65811
De: Antônio Eustáquio Freitas Tolentino Data: Quarta 26/1/2011 08:33:02
Cidade: Montes Claros-MG

Obrigado, Bonifácio, pela publicação do testamento do Candido Canela. Simplesmente maravilhoso! Mudaria muito pouco do seu conteúdo se fosse escrever o meu. Sensacional!

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Mensagem N°65809
De: George Data: Quarta 26/1/2011 08:06:22
Cidade: Montes Claros

Nesse momento ja se formam filas nos locais credenciados a vender ingressos para o jogo FUNORTE X CAM. Esforço em vão de muitos..A maioria ja foi reservada não se sabe pra cambista ou amigos dos vendedores

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Mensagem N°65808
De: Cmte Bottina Data: Quarta 26/1/2011 07:36:25
Cidade: Moc

Voos da Gol em Montes Claros - Acaba de passar para o status de "à consolidar",o pedido da Gol(após finos ajustes) para o segundo vôo para Montes Claros, com destino e origem para Confins/BHte, desta feita apenas nas segundas, quartas e sextas feiras,na continuidade de vôo para São Paulo/Congonhas, sem necessidade de trocar de avião e num horário bastante atraente, que é em torno do meio dia, quais sejam:
VOO GOL 1068 BHZ 11:15 > MOC 12:15
VOO GOL 1069 MOC 12:15 > BHZ 14:01
Assim, a Cia consolida tanto a sua intenção quando o interesse de continuar a operar na região e a população de apreensiva com as instalações obsoletas do terminal de passageiros do aeroporto local passa a alimentar a expectativa de ver as autoridades destinar ações e recursos para melhorias daquele aeródromo.

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Mensagem N°65806
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Quarta 26/1/2011 00:34:56
Cidade: Montes Claros

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu pobre, materialmente pobre, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

26 de janeiro

1833— Em sessão ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas, são eleitos para os cargos de Coletor e Escrivão dos Novos Velhos Direitos da VilIa de Formigas, respectivam,ente, Gregório Caldeir Brant e João Martins de Bragança Júnior. Dêsse modo, Gregório Caldeira Bra.nt é removido da função de Procurador da Câmara, para a de Coletor.
— E’ apresentado, a fim de ser submetido à apreciação do Conselho Geral da Província o projeto da consruçâo de um prédio para a Câmara e Cadeia da Vila de Montes Claros de Formigas, a ser edificado no largo a Matriz. A subscrição aberta entre os habitantes da Vila, em 1833, para a referida construção, rendeu 1:265$000.
1887 — Em sessão da Câmara Municipal de Montes Claros, são nomeados Procurador, Fiscal o auxiliar dêste e Alinhador, respectivamente, Júscelino de Sousa Guerra, Antônio de Araújo Loureiro, Lino José de Figueiredo e Luiz Mendes Ribeiro.
1901—Nasce, em Coração de Jesus, Minas, Meinardo Ezequiel de Oliveira, filho de José Ezequiel de Oliveira e dona Jurdelina Ezequiel de Oliveira. Foi auxiliar de Coletoria Municipal, Contador da Fição e Tecelagem Santa Helena, sendo o atual gerente da Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais, em Montes Claros.
1926—Falece dona Beatriz Cattoni, viúva do antigo comereiante João Cattoni Pereira da Costa, Vice-Presidente da Câmara Mftinicipal de Montes Claros.
1929 — A “Gazeta do Norte” desta data noticia que, por ato do Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, o engenheiro Júlio Jansen foi nomeado Arquitete. Alinhador e Nivelador dêste município.
1930 — Falece Henrique Soares de Oliveira (Balaü). Nasceu a 12 de julho de 1851 e foi comerciante em Montes Claros e São Pedro da Garça.
1936 — Realiza-se a eleição da nova. Diretoria da Associaçãc Comercial de Montes Claros para o exercício de 1936, sendo reeleito Presidente João Paculdino Ferreira.
1959 — Inaugare-se às 15 horas, à rua Governador Valadares. ri. 243, em Montes Claros, a agência do Banco da Bahia S. A., sendo o seu primeiro gerente nesta cidade o dr. Carlos Gomes da Mota.
— Entra em exercício do cargo de Juiz de Direito da 2. Vara da Comarca de Montes Claros o dr. Abílio Leit Barbosa Filho, promovido àquelas funções por fôrça da lei n. 1906, de 23 de janeiro de 1959.

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Mensagem N°65803
De: O Tempo Data: Terça 25/1/2011 19:06:17
Cidade: Belo Horizonte

Adolescentes são apreendidos duas vezes em menos de três horas em Montes Claros - Júnia Brasil - Dois adolescentes, um de 14 e outro de 16 anos, foram apreendidos duas horas e meia depois de serem soltos na madrugada desta terça-feira, 25, em Montes Claros, no Norte de Minas.
Segundo a Polícia Militar, os dois garotos foram apreendidos pela primeira vez por volta de 23h30 no bairro Conferência Cristo Rei. Eles estavam com uma motocicleta que havia sido furtada na semana passada e foram levados para a delegacia da cidade. Após serem ouvidos, os dois foram liberados.
Por volta das 2h30 da madrugada, os dois adolescentes foram flagrados tentando escalar um muro de uma casa, no centro da cidade. A dupla foi novamente apreendida e encaminhada para a delegacia.
As Polícias Militar e Civil não informaram se os adolescentes foram soltos após a segunda apreensão.

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Mensagem N°65801
De: Polícia Militar Data: Terça 25/1/2011 16:48:55
Cidade: Montes Claros

Polícia Militar apreende dois menores duas vezes em menos de três horas - BO nr 5.308/11: Durante a noite de segunda, a Polícia Militar apreendeu dois menores por duas vezes consecutivas.Quando em patrulhamento, por volta das 23h30min, a equipe GEPAR ao efetuar abordagem de dois menores em conflito com a lei, L.G.R. de 16 e S.P.S.M de14 anos, os quais conduziam a motocicleta Honda CG 125 Titan, ano 1.997, cor azul, placa GVY 8240. Ao ser efetuada a consulta no sistema Copom, constatou-se tratar de motocicleta furtada em data de 17/01/11, conforme BO nr 3.417/11.Os menores foram apreendidos, encaminhados a Delegacia de Polícia e a motocicleta foi encaminhada ao Pátio da Ciretran.O sistema de Monitoramento Olho Vivo flagrou os mesmos adolescentes, após serem liberados da Delegacia de Polícia, por voltas das 02h da madrugada de terça, escalando o muro de uma residência com intuito de praticar furto.Após serem abordados, foram novamente apreendidos e encaminhados Delegacia de Polícia, conforme BO nr 5.323/11.

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Mensagem N°65799
De: Bonifácio Data: Terça 25/1/2011 16:43:22
Cidade: Montes Claros

Nesta tremenda onda de nostalgia, que vai contaminando tudo (por causa do mau jeito do momento?), creio que é bom ler o que envio agora. É o "testamento" do poeta/trovador Cândido Canela, que no ano passado - se fosse vivo - teria completado 100 anos. Em 67, ainda pleno de saúde, Cândido escreveu o que envio, e é uma página de saudades, de conhecimentos, de maturidade. Precisa ser lida, relida; às vezes, precisa ser guardada, para se saber de quando em quanto como esta cidade foi feita de sonhos e de belas histórias, verdadeiras. Por favor, publiquem:

"O meu testamento

Cândido Canela

Madrugada de sexta-feira, dia vinte e quatro (24) de fevereiro de mil nuvecentos e sessenta e sete (1.967). Entra. pela janel a, nos braços da brisa, um doce, um agradável perfume. Vem dos jasmins do caramanchão do nosso modesto e simples jardim. A lua derrama seu clarão argênteo sobre Montes Claros, que dorme tranquilamente. Lá pelas bandas dos Morrinhos, ouve-se a voz de um seresteiro apaixonado, chorando suas mágoas ao braço do pinho amigo. Mais um dia passou na escala do tempo inexorável. Enxugo duas lágrimas que escorrem dos meus olhos fundos e tristes.
Sinto ir-se-me morrendo a velhice da minha mocidade e nascendo a mocidade da minha velhice. E a época em que todos devem ir-se preparando para a GRANDE VIAGEM, amimando as malas para pegar o TREM DA ETERNIDADE. Isso, há muito, venho fazendo com a preocupação de, nessa viagem, não transpor o Estígio, pagando passagem ao avarento barqueiro Caronte.
E, assim, meus amigos, passo a redigir o meu testamento que, tenho certeza, irá causar surpresa a muita gente. Sei que ele não se reveste das formalidades legais ATINENTES A ESPECIE, faltando-lhe qualquer valor jurídico. Não deixa, contudo, de representar uma disposição de última vontade, que deve ser respeitada e cumprida fielmente.
Há muitos anos penso na feitura desse documento, em crônica, o que meus familiares julgavam uma extravagância. Hoje - louvado seja Deus - eles já vão se conformando com essa minha excentricidade. Assim, ao testamento, com algumas passagens da minha vida, que não devem ser escondidas ou omitidas:
- Meu nome é CANDIDO SIMOES CANELA, conhecido, na intimidade, pela alcunha de Nôzinho. Sou católico não praticante, há muitos anos. As razões disso são motivos para outra crônica. Sou, entretanto, cristão convicto. Creio em Deus Pai Todo Poderoso, Criador do Céu e da Terra. Creio na Ressurreição da Carne e naVidaEtema.
Nasci nesta Cidade de Montes Claros, Estado de Minas Gerais, na Rua da Assembléia, hoje Avenida Afonso Pena, número 490, a vinte e dois (22) de agosto de mil novecentos e dez (1910). Sou filho de Antônio Canela e Luiza Canela,já falecidos.
Em 1925, meu pai - homem simples, mas grande entusiasta da educação e da instrução - pretendia enviar-me à capital do Estado, onde deveria estudar Medicina. Por razões adiante expendidas, não acudi aos desejos de meu querido genitor. Isto custou algumas lágrimas ao velho sertanejo das Contendas, hoje Brasilia de Minas. Em 1926, ingressei-me na Escola Normal de Montes Claros, onde me diplomei. Não fui um dos melhores alunos, diga-se a verdade. Burrice? Incapacidade? Modéstia à parte, não. Malandragem, isto sim. Um profundu amor por uma menina de quatorze anos fora, ainda, outra razão dos meus fracassos. Mas que adorável fracasso! Que encantadora malandragem!...
Aquela criaturinha fora toda a razão da minha existência de jovem loucamente apaixonado. Fora os meus castelos de areia edificados na rocha viva da ardente paixão, nas montanhas de granito dos doces sonhos juvenis. Vi-ano céu azul das manhãs sertanejas e no firmamento pontilhado de loiras estrelas, minhas confidentes. Retratava-a no luar prateado do sertão, nas matas, nas serras cobertas de paus d’arco e barrigudas em flor; nos chinchalous perfumados, nos cravos silvestres, nas acácias caboclas, nas jarrinhas da inexplicável beleza matuta; nas sanguíneas flores do mulungú, em contraste com a brancura das flores das ingazeiras ribeirinhas. Divisava-a nos rios, nos córregos marulhantes e nossos mansos lagos. Sentia-se no canto dos pássaros, no pio dos jaós, dos inhambús e dos notívagos e tristes cui-iangus solitários, saudando as brancas noites de lua. Via-se nas manhãs rutilantes e nas tardes tristes do sertão.
Todos os meus versos se inspiraram nessa viva FONTE DE CASTALIA, que já pertence ao MUNDO DOS MORTOS. Guardo dela imperecível recordação, transfeita em profunda e tema saudade. Ela fora, ainda, o lírio branco, a açucena, a begônia, a bonina, o jasmim, a perpétua, a sempre-viva que ornaram e perfumaram os jardins da minha doce juventude. Fora ela, enfim, o exórdio da minha felicidade.
Encontrei, depois, a mulher querida, a esposa de infinita bondade, adorável mãe de meus filhos. Aquela fora o sonho do jovem. Esta, o despertar da realidade, a concretização dos anseios do rapaz que desejava, então, construir um lar despido de ilusões fugazes.
Casei-me aos vinte e dois anos (22) anos, a trinta (30) de setembro de mil novecentos e trinta e dois (1932). A pobreza material foi sempre minha inseparável companheira. Animado, entretanto, pelo otimismo e pela coragem espartana dessa Artemisa cabocla, venci todos os obstáculos da vida, criando cinco filhos, jóias sem preço - iguais às de Cornélia-Bendito asilo, perfumados travesseiros de flores, fofo leito de plumas em que, na velhice, descansaremos nossas cabeças cor de neve e os nossos corpos cansados ante o peso dos anos.
Não foram poucas as vezes que bebio fel das injustiças, na taça da vida. Pisei os espinhos, senti os cardos e as urtigas lacerando meus pés, no caminho da existência. Em compensação, tenho fruído, pela bondade de Deus, as delícias da paz no lar, ante a ternura da esposa amiga, o carinho dos filhos e das noras, os beijos dos netos encantadores. Não há fortuna material, no mundo, que possa comprar tamanha felicidade.
Nunca fiz mal a ninguém, conscientemente. Se, porventura, possuir defeitos, devo tê-los por equívoco, nunca por vontade. A eles, humildemente, peço perdão.
Tudo no mundo são ilusões. Tudo é passageiro e transitório. Tanto as glórias quanto as desventuras passam à feição das nuvens de maio. Onde está, hoje, a lança de Rômulo? E o manto ensanguentado de César? E a espada de Roldão? E o Estilete de Virgílio? E as moedas de Vespasiano? Tudo passou. Desapareceu. Talvez, ainda um dia, serão postos em leilão a coroa de Guilherme Segundo, o chapéu de Napoleão, a farda de Hitier, a túnica de Mussolini, o cetro de Afonso Treze, o bigode de Stalin e o barrete de Mustafá Kamel. E é possível que ninguém concorra para a aquisição desses troféus.
Por tudo isso, dando pouco ou nenhum valor às glorias do mundo material, é que venho de formular este testamento, através desta humilde crônica, disposição da minha última vontade.
Não quero choro no dia da minha morte. Não chorar o que não existe. Ninguém morre. A vida é eterna. A alma sobrevive. A vida não termina no túmulo, mas recomeça... E meu desejo que, ainda de corpo presente, se executem as músicas NOTURNO de Chopin, SINFONIA II’IACABADA de Schubert, SERENATA de Tozeli e algumas canções sertanejas, principalmente as interpretadas por Tonico e Tinoco. Exijo que meu enterro seja de última classe. Dispenso, com humildade, discurso à beira do túmulo, para se evitar que os meus amigos exaltem minhas virtudes (se as tiver) e omitam.., os meus defeitos.
Tão logo o meu corpo se cubra de terra, exijo que minha sepultura se nivele ao solo, para que nunca seja identificada, assim, nada mais faço que seguir o exemplo do piedoso Padre Antônio Tomás, o príncipe dos poetas cearenses, que, de tal maneira, foi enterrado e sem esquife. (Revoguei este capitulo, atendendo reiterados pedidos da minha famflia, mas peço que minha sepultura seja marcada apenas por uma cruz, ou por um simples carneiro rente à terra).
Nada de campa. Nada de mausoléu sobre o meu túmulo. Campas e mausoléus são monumentos de mármore que a vaidade cobre buracos, em que se encontram alguns quilos de ossos, de mistura com pregos de caixão podre e botões de roupas desfeitas. Quero-os, entretanto, edificados com o mármore da prece da lembrança e da saudade nos corações dos meus entes queridos e dos meus amigos.
Recomendo aos meus sucessores que as despesas que possam ser destinadas àquelas pompas da suprema vaidade, sejam distribuídas, em partes iguais, ao Asilo São Vicente de Paulo e ao Orfanato Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, de Montes claros. Aceito os Sacramentos da Igreja, não os imponho. Aqueles que desejarem cultuar minha memória no dia de Finado, segundo a tradição, rogo que o façam em preces ofertadas à minha alma carente de luz.
Assim, termino este meu testamento “sui-gêneris”, mas sincero. E, completando, nomeio meus testamenteiros os meus diletos amigos: Dr. João Valle Maurício, Antônio Francelino Lafetá, Carlos Gomes da Mota, Georgino Jorge de Souza, Antônio Gomes da Mota, José Carlos Lafetá, Augusto Otávio Barbosa, Osmane Barbosa, Orlando Ferreira Lima e o Dr. Carlos Gomes da Mota Filho, estando aqui, este último, substituindo Osmane Barbosa, quejá pertence à Pátria Espiritual. A todos os testamenteiros, meus queridos amigos, rogo aceitarem a piedosa incumbência que é a de fazer cumprir tudo que aqui se contém e declara.
Não me riem, meus amigos.
Este é, realmente, O MEU TESTAMENTO."

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Mensagem N°65793
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Terça 25/1/2011 07:59:03
Cidade: Montes Claros

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu pobre, materialmente pobre, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

25 de janeiro

1918 – É aprovado o projeto n. 3 em que a Câmara Municipal de Montes Claros cede, a título gratuito, na parte sul da cidade, na chamada Chácara do Dr. Carlos, à Confraria de São Vicente de Paulo, no fundo da praça São Sebastião, uma área de terreno fechado a achas de aroeira, formando um quarteirão, com duas casinhas toscas existentes no interior, a fim de que nela seja construído um asilo, dispensário ou albergue para indigentes e inválidos, ou recolhimento de crianças desamparadas.
1922 – Em sessão ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros, procede-se à eleição para seu Vice-Presidente, sendo reeleito o farmacêutico Mário Versiani Velloso.
1926 – Pela lei n. 609, fica o Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros autorizado a mandar proceder aos estudos definitivos da distribuição de água na cidade.
1928 – É reorganizada a União Operária de Montes Claros, com a denominação de União Operária e Patriótica tendo como Presidente eleito o tte. Ulisses Pereira.
1959 – Realiza-se a eleição da nova Diretoria da Associação Comercial de Montes Claros para o biênio 1959-1961, sendo reeleito Presidente o dr. Ubaldino de Assis.
1960 – Pela lei n. 481, fica a Prefeitura Municipal de Montes Claros autorizada a inaugurar o busto de Juscelino Kubitschek de Oliveira, na cidade de Montes Claros.

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Mensagem N°65787
De: Ruth Tupinambá Data: Segunda 24/1/2011 18:18:50
Cidade: Montes Claros

Aos queridos leitores.Estive fora por muitos dias( viajando) e quando cheguei, fiquei sabendo que vários leitores deste precioso Jornal, enviaram-me menságens elogiando as minhas crônicas.Fiquei muito feliz.É muito gratificante saber que pessoas sensiveis como voçês, gostam do que eu escrevo. Agradeço, de coração, a todos , pois estas delicadezas e manifestações de apoio me animam a continuar contando as ahistórias da nossa terra. Deixo de mensionar os nomes pois poderia me esquecer de algum o que seria imperdoavel. Agradeço ,de coração , a tosdos. Um grande abraço desejando-lhes todas as alegrias e sucesso no 2011.

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Mensagem N°65780
De: José Ponciano Neto Data: Segunda 24/1/2011 15:18:03
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Agradeço muito ao Sr. Pedro Carvalho mens: 65773 ao lembrar do meu nome e de meus tios entre tantos, sinto lisonjeado com a sua gentileza.Gostaria de citar alguns irmãos craques que nasceram e viveram também perto do Asilo São Vicente de Paulo.São eles: - Jomar Macedo (Falecido), João Batista Macêdo, Danilo Macêdo e Alexandre Macêdo, todos irmãos Biológicos, uma família de craques.Sem duvida naquela região foi um seleiro de craques, agradeço muito, mas, jamais alcancei o nível dos demais citados por você.

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Mensagem N°65776
De: Roy Souto Data: Segunda 24/1/2011 11:29:29
Cidade: Montes Claros/MG

Por estar viajando, não pude comparecer ao velório e sepultamento de Romilson da Silva Reis - Nego Ró . Nego Ró foi um dos grandes jogadores de futebol da historia de Montes Claros, no futebol fez grandes e bons amigos, foi durante muitos anos ajudante de seu pai na arte e oficio da carpintaria, oficio que aprendeu com destreza e que também atuou por muitos anos, de ixou o oficio de carpinteiro e foi trabalhar no Banco Itaú onde tive a honra de ser seu colega e subordinado, depois que saiu do Banco voltou ao oficio de carpinteiro por alguns anos e infelizmente abandonou a profissão e também voltou a morar com sua mãe na antiga casa que fica na esquina da Rua Dr. Veloso com Correia Machado onde foi encontrado sem vida no ultimo dia 20 de janeiro. Nego Ró foi casado e deixou um filho (Nino Rafael), lembro-me de quando colega de banco sempre escutava Ele e Gil (outro craque do futebol de M. Claros) perguntando sobre seus filhos e esposas (papo de bons amigos) Nego Ró deixa muita saudades pelo seu futebol, mas. Principalmente pela alegria e bondade que sempre dedicou aos amigos, foi muito bom para os outros e pouco gentil com si mesmo. Adeus amigo, tenho certeza que será muito bem recebido.

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Mensagem N°65775
De: José Prates Data: Segunda 24/1/2011 11:01:09
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

Barulho: As Providencias Anunciadas

José Prates

O jornal belorizontino Hoje em Dia, em sua edição de 22 deste mês de janeiro, publicou uma notícia que era esperada com ansiedade por milhares de montesclarenses: o combate à poluição sonora como agressão ao meio ambiente e ao cidadão. Diz a notícia publicada sob o título “Força tarefa luta contra barulheira”, que a “Prefeitura de Montes Claros, Ministério Público e polícias Militar e Civil se unem para garantir respeito à Lei do Silêncio - Parceria entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Ministério Público e as polícias Militar e Civil quer garantir a tranqüilidade em Montes Claros. Representantes das entidades vão formar a “Patrulha do Silêncio”, encarregada de medir decibéis em locais barulhentos e de constatar, na hora, se há algum tipo de abuso nos ruídos emitidos. Por mês, são registradas 600 denúncias de perturbação do sossego no município.” Não era outra coisa que a população montesclarense aguardava, há muito tempo. Como nada acontecia em relação ao combate à agressão ao meio ambiente e ao cidadão, começava a nascer o descrétido das autoridades municipais, colocando-as em situação difícil perante à população. Em nossos artigos sobre o assunto, publicados neste Mural, mostrávamos a nossa estranheza à inoperância das autoridades, sem qualquer explicação que a justificasse. Quando foi anunciada a criação da patrulha do silêncio e o convênio com a policia militar, imaginou-se que começava o combate a esse crime. Não demorou, porém, e tudo ficou como era antes. Não paramos de comentar as reclamações populares, nem deixamos de exigir providencias dos governantes porque sabemos do compromisso dos dirigentes municipais com a população, e pelo que acontece ao meio ambiente, esse compromisso estava esquecido. Não sabíamos ao certo por que, deduzíamos que por falta de pessoal e, quem sabe, até de interesse. Os filhos de Montes Claros. naturais ou adotados, que hoje vivem em plagas distantes atendendo a interesses próprios ou por imposição do trabalho, não perderam o contato com a “terrinha” nem deixaram de vivê-la no seu dia-a-dia, como nos mostram as mensagens vindas dessa gente, que este mural publica. Isto é o que acontece conosco. Vivemos Montes Claros, acompanhando com interesse e alegria o seu progresso e lamentando seus problemas. Isto de uma maneira diferente dos que se encontram lá, porque o que pensamos ou o que sentimos está isento de interesse subalterno ou de paixão política que domina este ou aquele lado da população. A nossa analise disto ou daquilo que lá acontece, é isenta da influencia de qualquer interesse seja próprio ou político. Analisamos o administrador, através de sua ação. É uma analise independênte, através de consultas informais a amigos e parentes, seja por telefone ou internet, quase sempre sobre a ação do Prefeito na administração municipal. Ultimamente, quase por unanimidade, a resposta é elogiosa à administração do atual Prefeito. Animados por essas afirmativas, em nossa crônica passada sobre o barulho e as reclamações populares, fizemos um apelo pessoal ao Sr. Tadeu para uma ação vigorosa contra essa barulheira, porque se falam sobre ele como bom administrador, porque, então, essa agressão ao cidadão e ao meio ambiente, continua incólume? . Não posso afirmar, mas, parece que surtiu efeito e é objeto de nossa satisfação.

(José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°65774
De: Corpo de Bombeiros Data: Segunda 24/1/2011 11:00:09
Cidade: Montes Claros/MG

Acidente de Motocicleta no Bairro Ibituruna - No dia 23/01/2011, por volta das 18:00 horas, o Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar foi acionado para atender ocorrência envolvendo quatro vítimas no bairro Ibituruna em Montes Claros/MG. O acidente provavelmente aconteceu enquanto os condutores realizavam manobras perigosas com as motocicletas, visto que o local é mais afastado do centro da cidade. O menor Allan Ferreira de Araújo, de 16 anos, que provavelmente conduzia ama das motocicletas, apresentava suspeita de fratura no braço direito e escoriações pelo corpo, já a passageira Sarah Kelly Takaki Oliveira, de 19 anos, apresentava escoriações pelo corpo e face. As outras duas vítimas foram conduzidas por terceiro. No local estavam aproximadamente 20 motocicletas, mas ninguém se pronunciou a respeito dos condutores das motocicletas. Apenas disseram que todas as vítimas eram garupas e que os condutores se evadiram do local. Nesta ocorrência foram empenhados 04 militares e 01 viatura.

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Mensagem N°65773
De: Pedro Carvalho Data: Segunda 24/1/2011 10:41:14
Cidade: Salvador-Bahia

Este Mural é nosso mensageiro, é daqui que ficamos sabendo dos acontecimentos de MOC, morei ai nos anos 60 e 70 na rua Correa Machado e conheci muita gente fina e amava futebol.Meu pai era da Matsufur Que pena o nosso Nêgo Ró partiu para junto de outros craques, eu não sabia da sua debilitação, foi uma pena. Próximo ao antigo Asilo São Vicente de Paulo e do antigo campo do União era uma jurisdição de craques do futebol, onde incluo Nêgo Ró. Naquela jurisdição vários craques despontaram em grandes times outros nos times de Montes Claros e muitos com talento mas ficaram no anonimato. Dali saiu os jogadores: Milton Henrique (Miltobinha)/cassimiro , Bonga/cassimiro, Bispo irmão de Bonga (jogou naPortuguesa) Zé eustáquio Rabelo/bahia, Expedito Marques/Ateneu, Felipe Gabriche/Ateneu, Alvimar Ponciano/Industrial, Paulo Ponciano/Cassimiro, Ponciano (Neto)/ Ferroviário, Cáca Teixeira/Atenneu, Murilo(salinas)/ Cassimiro, Alberto Novaes (Banco Da Bahia)/Cassimiro, Zim Bolão, Eduardo (rabo de Vaca) /Cruzeiro, Nuna/Cruzeiro e outros que me faltou na memória.Todos estes Jogadores deixaram um pouco de alegria no passado e todos moravam proximo ao Antigo Prédio do Asilo São Vicente Na Rua Dr. Veloso.

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Mensagem N°65772
De: Alberto Sena Data: Segunda 24/1/2011 09:39:09
Cidade: Montes Claros/MG

Dona ‘Negrinha’

Alberto Sena

Algumas vezes exaltamos, aqui, o quanto a casa da Rua Marechal Deodoro, em Montes Claros, foi importante para nós, irmãos e primos. Quem exercita a boa memória vai se recordar de que as primas Magela Sena Almeida e Berenice (Nice) Fialho Vasconcelos também se referiram àquela casa como ‘um lugar importante em minha vida’. Nem tanto a casa, mas o quintal. O quintal era grande e cheio de árvores frutíferas, como já dissemos aqui, e terminava lá no córrego Vieira, que naquela época era límpido e atualmente recebe o esgotamento da cidade. Hoje encontrei entre os guardados uma foto parcial da frente da casa. Publico-a, juntamente com este texto, para que ninguém possa achar que invento as histórias. É tudo verdade.
Basta dar uma espiada na foto e me procurar. Estou sentado bem na porta, e à exceção de minha irmã, Wanda, sou o único que olho para o fotógrafo sorrindo. Na foto se vê José Venâncio apoiado numa pilastra, tendo à frente a inseparável bicicleta. Essa pilastra tinha papel importante. Servia para as pessoas amarrarem os animais enquanto cumpriam visitas. A calçada era alta e para entrar na sala, vindo da rua, era preciso subir cinco degraus. Além do Zé e da Wanda estão na foto Ladinha, Tone (do meu lado direito), uma criança em pé, que não sei quem é; e Ricardo, um sobrinho, que vem chegando seguro na mão de alguém escondido pela pilastra. A pessoa que está sentada, do lado direito da foto, se não me engano, é ‘Filó’, Filomena Fialho, irmã de Nice. Já falecida, ela era violonista de mão cheia. Toda vez que espeto com o garfo um grão de feijão, na hora das refeições, lembro-me de Filó. Ela, inapetente, comia devagar.
Espetava um a um os grãos de feijão, só para dizer que estava comendo alguma coisa. Muito tempo depois, já distante de Montes Claros, aproveitei uma das idas à cidade para verificar, in loco, se a casa ainda existia. À medida que me aproximava da casa o meu coração batia ansioso por, enfim, comprovar as lembranças de menino. Decepção. A casa não existia mais. No lote fizeram uma oficina mecânica. Só a casa de dona América e Afrânio Nogueira estava de pé. Nem a casa de dona ‘Negrinha’, mãe adotiva de Flávio, o meu melhor amigo na ocasião. Vou contar um pouco de dona ‘Negrinha’. Nunca soube o nome verdadeiro dela. Ela era uma mulher baixa, gordinha, simpática que prestava serviços de enfermagem. Principalmente, aplicava injeções em domicílio. Não sei por que cargas d’água, ela me aplicou uma série de injeções. Moleque ainda, nas primeiras vezes eu corria dela. Quando a via entrar em casa, me escondia o quanto podia. E para aceitar que me aplicasse injeção, ela sempre me dava uma moeda de um cruzeiro. Aí, a conversa era outra. Não sei se o dinheiro pertencia a ela mesma. Ou era do meu pai que dava a ela para ela calar a minha boca. Dona ‘Negrinha’ era tão interessante! Ela me prometeu ensinar a empinar papagaio. Um dia, a boa mulher chegou com carretel de linha número 10 e um papagaio feito de varetas de bambu. Bonito, de duas cores, o papagaio subiu facilmente aos ventos – naquela época até ventava – e foi longe. Enquanto o papagaio surfava lá no alto – lembro-me bem disso – ela ficava implicada com a ‘barriga’ da linha e repetia várias vezes: ‘preciso acabar com essa barriga’. Mas não tinha jeito, penso agora, porque a ‘barriga’ era efeito do próprio peso da linha. Lembro-me, como se fosse hoje, de dona ‘Negrinha’ mandando Flávio escovar os dentes. Ele deixava a escova pendurada numa torneira no quintal e mal mal passava-a nos dentes, tamanha ânsia de brincar.
Houve um dia em que salvei Flávio de morrer enforcado. Foi assim: brincávamos de Super-Homem e Capitão Marvel. Cada um tinha uma toalha de banho amarrada com cordão em volta do pescoço. A brincadeira era subir em cima do muro por meio de um pé de jabuticaba. Em seguida, cada um tinha de pular num monte de areia, gritando: ‘Superrr-homemmm’ e o outro ‘Capitãooo Marvelll’. Fizemos isto uma vez. Fizemos outra. Mais outra e na última, a ‘capa’ de Flávio se agarrou num galho da jabuticabeira e ele ficou pendurado pelo pescoço. Já estava com a língua para fora quando foi salvo, no último instante, pela força, presteza e eficácia do ‘Superrr-Homemmm’. O pior não foi isto. Flávio havia apanhado escondido a toalha de banho de dona ‘Negrinha’. Ele quase morreu mesmo foi de medo de levar uma surra quando ela descobrisse o rasgo feito pelo galho da jabuticabeira na toalha. Dona ‘Negrinha’ era baixinha, gordinha, simpática, mas era brava como ela só! Ela e a minha mãe.

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Mensagem N°65771
De: Walter J Pereira Data: Segunda 24/1/2011 09:09:33
Cidade: Montes Claros

Montes Claros, foi e sempre será fonte de grandes desportistas, principalmente em se tratando de futebol. Exemplo é atual lider da Liga Francesa de futebol( campeonato Francês). Apesar de ter passado por momentos apertados contra um time da Quinta Divisão. Mas, graças ao Montesclarense, Túlio de Melo, o Lille se classificou para as oitavas final da copa da França: o gol do brasileiro, comprado em 2008 por R$ 19 milhões junto ao Palermo, da Itália, foi o único da vitória por 1 a 0 sobre o Wasquehal, em casa, neste final de semana.

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Mensagem N°65770
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Segunda 24/1/2011 08:36:10
Cidade: Montes Claros

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu pobre, materialmente pobre, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

24 de janeiro

1834 – Toma posse do cargo de Escrivão da Coletoria do Termo da Vila de Montes Claros de Formigas Manoel Gonçalves Pires, e do Escrivão de Órfãos, Eugênio de Sousa Terra.
1851 – Pela última vez o Vigário Antônio Gonçalves Chaves preside a Câmara Municipal de Montes Claros de Formigas, em virtude de um ofício do Juiz de Direito da Comarca, lido na sessão da Câmara, objetando a incompatibilidade do cargo de vereador com o exercício de Pároco, de conformidade com o aviso da Repartição do Estado dos Negócios do Império, datado de 9 de julho de 1850. Assim, de ora em diante, a Câmara terá de ser presidida pelo seu Vice-Presidente, o cel. José Rodrigues Prates.
1897 – Inicia o seu quarto ano de existência, em nova fase, o semanário literário e noticioso “Montes Claros”. Continuou a folha como órgão do Governo Municipal de Montes Claros, mesmo com a retirada de Agostinho Detalonde da redação e da gerência.
1920 – A “Gazeta do Norte” desta data noticia o aparecimento do semanário “Montes Claros”, tendo como Redator-Chefe, Antônio Augusto Spyer e como Redatores, Herculino Pereira de Sousa e José Corrêa Machado. Atua como órgão do Partido Republicano Mineiro.
1937 – Falece o major Herculano Rodrigues Trindade, aos 85 anos de idade. Nasceu no Rio de Contas, Bahia, e era um dos mais antigos comerciantes de Montes Claros. Exerceu o cargo de vereador à Câmara Municipal de Montes Claros, a qual foi ocasionalmente por ele presidida, como o edil mais idoso. Casou-se com dona Amélia Ramos Avelino Trindade.
1938 – Entra em vigor o decreto que estabelece novo horário para o funcionamento do comércio na cidade de Montes Claros, que deverá ser aberto às 7 horas e fechado às 17.
1947 – Realiza-se a eleição da Diretoria do Cube dos Bancários para o exercício de 1947, sendo eleito para Presidente de Honra Armando Vito Costa; para Presidente efetivo, Sílvio Bini.
1954 – É eleita a nova Diretoria da Associação Atlética Cassimiro de Abreu, para o exercício de 1954, sendo escolhido como Presidente o dr. João Valle Maurício.

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Mensagem N°65769
De: Píndaro Data: Segunda 24/1/2011 08:15:45
Cidade: M. Claros

O dia veio carregado de algumas nuvens escuras sobre a serraria de tons verdes a que chamamos de Montes Claros, cordilheira pátria. E a meteorologia avisa que pode voltar a chover a partir de quarta-feira, e também na quinta e sexta-feira. Algo como 5 milímetros, por dia. A ver, pois.

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Mensagem N°65768
De: Hoje em Dia Data: Segunda 24/1/2011 07:33:30
Cidade: Belo Horizonte / Mg

Montes Claros vive dias de insegurança - O uso de drogas está, hoje, entre os maiores motivos de medo de quem vive em Montes Claros. Além das tragédias familiares envolvendo usuários e traficantes, estampadas nas páginas policiais, as drogas estão ligadas diretamente com os assaltos e assassinatos. Apesar de as estatísticas apontarem redução da criminalidade na região, nos últimos anos, a população ainda vive a sensação de insegurança. Os dados constam da pesquisa sobre a “Percepção da segurança e do medo na cidade”, realizada pela Unimontes e desenvolvida anualmente, desde 2006, pelo grupo de estudos e pesquisas em Metodologia das Ciências Sociais, Violência e Criminalidade.
Pesquisa entrevistou 400 moradores
O levantamento relativo a 2010 aconteceu em novembro passado, quando foram entrevistados 400 moradores das quatro áreas integradas de segurança pública da cidade. A coordenadora da pesquisa, Maria Ângela Figueiredo Braga, doutora em Sociologia e Política, lembra que a população sente medo dentro de casa, ao andar nas ruas durante o dia, e até na vizinhança à noite.
“O sentimento de medo nas ruas é elevado, especialmente durante a noite. Enquanto 3% dos entrevistados afirmam se sentir muito inseguros em casa, nas ruas da vizinhança à noite, o percentual sobe para 20,3%”, informa a pesquisadora. A pesquisa parte da metodologia utilizada pelas próprias polícias Militar e Civil para operar na cidade, que é dividida em quatro Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs). Braga observa que os problemas mais recorrentes apontados pelos entrevistados são o uso de drogas nas ruas (74,1%), roubo e assalto na rua (67,8%), tráfico de drogas nas ruas (63,3%), e roubo e assalto em casa (54,9%).
“A pesquisa confirma o que já era sabido, já que o medo da violência relacionada ao tráfico de drogas atinge 63% dos entrevistados. Quanto à instituição ou pessoa que se busca para solucionar os problemas relacionados à violência, a polícia aparece como item principal apenas quando se trata de roubo e assalto, seja em casa ou na rua”, completa Maria Ângela Braga. Apesar da demanda da população por mais segurança, a cidade tem apresentado redução nos índices de criminalidade e violência desde 2007. A assessora de comunicação da PM, Graciele Rodrigues, informa que, de 2007 para cá, o processo de modernização das estratégias de policiamento, baseado no modelo de gestão por resultados nas ações preventivas e repressivas, culminaram numa redução de 55% na média diária de assaltos e roubos registrados. “Em 2007, registrávamos média diária de nove crimes violentos. Em 2010, foram apenas quatro. E nos primeiros 14 dias de 2011, caiu para 2,5 assaltos e roubos, o que permite projetar média diária menor para 2011 ”, ressalta a militar.

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Mensagem N°65767
De: Petrônio Braz Data: Segunda 24/1/2011 06:53:25
Cidade: Montes Clarois/MG

Ontem é história

Ontem é história. Ontem é passado e já se incorporou aos anais de nossas lembranças, “uma simples sombra que passou” (Shakespeare). Hoje é presente e “a única história que vale alguma coisa é a história que fazemos hoje” (Henry Ford), mas o que fazemos hoje, amanhã já será história.
Mahatma Gandhi nos ensinou que “se queremos progredir, não devemos repetir a história, mas fazer uma história nova”. Viver uma nova vida a cada dia, mesmo sabendo que não “somos livres de ser livres”, pela lição de Sartre. Somos, todavia, um único ser na face da Terra capaz de criar o nada e para criar o nada ou criar do nada somos inteiramente livres. Viver do passado ou para o passado é irracionalidade, como apregoam os existencialistas.
Sou levado a concordar com Marx quando ele afirmou que ser homem (ser humano) “não é o ter consciência (ser racional), nem tampouco ser um animal político, mas ser capaz de produzir suas condições de existência, tanto material quanto ideal."
Não devemos viver em razão do passado, mas isto não significa dizer que devemos esquecer o passado. Sem o passado não existe o presente. O passado é testemunho do presente e é por esta razão que existe a preocupação de conhecê-lo melhor, para se entender o presente.
O historiador consciente é aquele que pesquisa o passado sem pretender viver no passado. Fazer história é contar o que passou para que o presente não perca os laços da ancestralidade, essa força misteriosa que nos transmite a continuidade da vida e da cultura. É o que pretende alcançar o Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, que tem como finalidades a promoção de estudos e a difusão de conhecimentos de história, geografia e ciências afins, do município de Montes Claros e da região Norte de Minas Gerais, assim como o fomento da cultura, a defesa e a conservação do patrimônio histórico, artístico e cultural.
O IHGMC faz e preserva a história. Faz história em suas atividades diárias e preserva a história nos trabalhos culturais de seus membros. É a mais ativa instituição cultural do Norte de Minas.
Em artigo outro, disse que muitos têm escrito sobre a história de suas cidades, sem método, sem respeito à realidade fática, que deve ser mostrada e considerada dentro do contexto de cada época analisada e informada. O historiador deve buscar informações claras, objetivas e corretas, com absoluta neutralidade, certo de que não deve emitir juízos de valor, opiniões ou julgamentos, mas tão somente retratar os fatos de forma neutra, sem comentários ou apreciação crítica.
É bom lembrar que quem conta casos ou “causos”, muitas vezes não está registrando a história.

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Mensagem N°65761
De: José Ponciano Neto Data: Domingo 23/1/2011 13:12:32
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Através da mens: 65674 tive o conhecimento da morte do ex- jogador do Ateneu o zagueiro Nêgo Ró e da sua mãe Dona Izabel. Nêgo Ró além de bom zagueiro, era carpinteiro de profissão, junto com seu pai Alfredo construíram e reformaram muitos telhados em Montes Claros, era primo do ex- jogador do cruzeiro Nuna, também carpinteiro. Nêgo Ró era uma pessoa educada, assim como toda família, nos últimos dias, já debilitado devido à bebida era visto sempre sozinho próximo sua casa a Rua Corrêa Machado esquina com Dr. Veloso, vivia aos cuidados da mãe que lhe cuidava com carinho. Tenho certeza que o ex- Goleiro Expedito Marques (hoje nos EUA) seu companheiro do Ateneu está muito sentido com este falecimento, eram muitos amigos, também todos os jogadores da época; que Deus conforte a família.

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Mensagem N°65758
De: Murilo Data: Domingo 23/1/2011 08:18:53
Cidade: Moc/MG  País: Brasil

A PRF informou, neste Domingo, que a BR135 está liberada nos dois sentidos na ponte que apresentou problemas estruturais.

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Mensagem N°65752
De: Hoje em Dia Data: Sábado 22/1/2011 17:13:14
Cidade: Montes Claros/MG

Abalo em ponte fecha BR-135 em Buenópolis (MG) - Em Montes Claros, o motorista deve seguir pela BR-365 até Pirapora e, em seguida, acessar a BR-496 até Corinto - Ricardo Valota - A rodovia BR-135 está completamente bloqueada desde as 10 horas de hoje, no quilômetro 527, em Buenópolis (MG), a 270 quilômetros de Belo Horizonte. O bloqueio foi feito em razão de problemas estruturais na ponte sobre o Riacho Fundo.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a ponte já vinha apresentando vários problemas em razão da má conservação e agora ameaça cair. Não há previsão de liberação do trecho, cabendo ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Denit) providenciar as obras de recuperação
Desvio
Em Montes Claros, o motorista deve seguir pela BR-365 até Pirapora e, em seguida, acessar a BR-496 até Corinto. O inverso deve ser feito no sentido Corinto para Montes Claros. O aumento em relação ao percurso normal é de cerca de 80 quilômetros.

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Mensagem N°65751
De: Estado de Minas Data: Sábado 22/1/2011 17:10:19
Cidade: Belo Horizonte / MG

BR-135 é interditada na altura de Augusto de Lima Ponte com problemas é motivo do fechamento da rodovia - Uma ponte sob o Riacho Fundo, em Augusto de Lima, KM 526, na BR-135, foi interditada, nos dois sentidos, às 10h deste sábado. Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o motivo da interdição são os abalos na ponte, que ameaça desabar. Chuvas e desgastes naturais deixaram a estrutura da via comprometida. Motoristas que vão passar pela Região Central de Minas devem ter paciência, pois o desvio vai aumentar em 80 quilômetros da rota.
Quem vai passar no sentido Belo Horizonte, deve pegar a BR-365 em Montes Claros, ir até Pirapora e, depois, seguir pela BR-496 até a cidade de Corinto. Quem for sair de Belo Horizonte com sentido à Montes Claros, deve fazer o caminho inverso. Não há previsão para liberação da ponte, até o momento.

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Mensagem N°65746
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Domingo 23/1/2011 16:09:38
Cidade: Montes Claros/MG

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu pobre, materialmente pobre, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

23 de janeiro

1834 – Toma posse do cargo de primeiro Coletor do Termo da Vila de Montes Claros de Formigas, Gregório Caldeira Brant, que teve como fiadores o cel. Francisco Vaz Mourão e o Sargento-Mor Antônio Xavier de Mendonça. João Martins Bragança Júnior serviu como Escrivão.
1905 – Em sessão ordinária, sob a presidência do cel. Joaquim José Costa, presta compromisso e toma posse do cargo de vereador geral, eleito a 1º de novembro de 1904, o dr. Honorato José Alves. Em virtude de ter sido considerada nula a eleição a 1º de janeiro de 1905, procedeu-se à nova eleição, que foi confirmada, isto é, foi escolhido para Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros o dr. Honorato José Alves.
1925 – Pelo decreto n. 6770, a Escola Normal Norte Mineira de Montes Claros, fundada a 10 de outubro de 1915, é equiparada à Escola Normal Modelo, de Belo Horizonte, passando a denominar-se Escola Normal Melo Vianna. O seu corpo docente ficou assim constituído, para as diversas cadeiras:
Português, dr. Alfredo de Sousa Coutinho.
Francês, cônego Francisco de Paula Moureau.
Aritmética, João de Andrade Câmara.
Geometria, dr. Pedro Augusto Velloso.
Pedagogia, Cícero Pereira.
Música e Ginástica, Dulce Sarmento.
História Geral e do Brasil, José Tomás de Oliveira.
Geografia, Arthur Gustavo Rodrigues Valle.
Ciências Físicas e Naturais, farm. Lília Câmara.
História Natural, dr. Marciano Alves Maurício.
Desenho e Caligrafia, Antonieta dos Anjos Velloso.
Trabalhos Manuais e Inspetora de alunos, Antônia Maurício Prates.
Tesoureiro, farm. Antônio Versiani dos Anjos.
Taxa de inscrição, 20$000; mensalidade, 20$000.
1936 – Em caráter experimental, inaugura-se em Montes Claros a Rádio Emissora Voz do Sertão, por um grupo tendente a organizar uma sociedade com capital suficiente para montagem de potente estação local, visando ao melhoramento da aparelhagem atual.
1938 – Incendeia-se o prédio de propriedade de João Mendonça, situado à rua Coração de Jesus, hoje Governador Valadares, às 10,30 horas. Ali funcionava uma casa de peças e acessórios para automóveis, pertencente a João Mendonça e David Goldman, tendo este perecido nos escombros do prédio sinistrado.
1955 – No local denomina-se Malhado do Meio, fazendola pertencente a Armando Costa, gerente do Banco Comércio e Indústria, em Montes Claros, cai um avião Imperial, de prefixo PP-ICP, pilotado pelo comandante Clóvis Espíndola, tendo como co-piloto Carlos Cleto, espatifando-se no solo. Pereceram ambos, inclusive dois passageiros que vinham de Belo Horizonte para Montes Claros, acompanhando um cadáver.
1959 – É sancionada pelo Governo do Estado de Minas Gerais a lei n. 1906, da Assembléia Legislativa que contém a nova organização judiciária do Estado. Diz o parágrafo 14 do art. 7º da referida lei, que fica criado em Montes Claros e outras cidades, o cargo de Juiz de Direito da 2ª Vara, logo vago o atual cargo de Juiz Municipal ou de Juiz de Direito em que o mesmo estiver classificado. Assim, em Montes Claros, o dr. Abílio Leite Barbosa Filho, que vinha exercendo as funções de Juiz Municipal, é promovido exercendo as funções de juiz Direito e exercerá o cargo da 2ª Vara, ora criada.

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Mensagem N°65745
De: Ruth Tupinambá Data: Sábado 22/1/2011 15:49:17
Cidade: Montes Claros/MG

Alice Neto, uma grande mulher

Hoje quero falar de dona Alice Neto, uma pessoa muito especial e a quem Montes Claros muito deve.
Embora não seja montes-clarense por nascimento, ela o era de coração.
Filha de grande e tradicional família januarense, cidade bonita, aconchegante e que sabe conquistar o coração de que tem a felicidade de conhecê-la.
Dona Alice nasceu nesta cidade ribeirinha e aí passou sua infância, adolescência e parte de sua juventude.
De cabelos soltos, pés descalços, livre como um pássaro ela soube aproveitar sua infância, desfrutando ali seus melhores momentos. Aquelas praias, aquele rio emocionavam-na demais, era uma criança sensível e inteligente ao extremo.
Quantos castelos construiu naquela areia quente, fumegante que sapecavam seus dedinhos frágeis, mas obstinados...
Com outras crianças da sua idade, corria margeando aquele pedaço de rio maravilhoso (dádiva de Deus) que não tinha nenhum segredo para ela.
Quantos brinquedos improvisava! Enquanto erguia os enormes castelos de areia, também os pequeninos barcos de papel eram soltos e de olhos velados, os via seguir balançando-se sobre as águas ondulantes que os levaria para longe. Ela corria, pegava-os novamente como a protege-los dos perigos...
Irrequieta e inteligente, ela era a própria barranqueira, ágil, rápida tornando-se líder da turminha que brincava nas margens do Velho Chico.
Ela andava muito, pesquisava, conhecia de cor e salteado todas as curvas daquele rio, as grutinhas, os esconderijos onde brincavam. Todos os barcos e canoas, com suas enormes carrancas coloridas, de dentes disformes, com suas histórias fantásticas contadas pelos pescadores... O apito melancólico do vapor Benjamim Guimarães (construído em 1913 nos Estados Unidos) chegando de viagem trazendo cargas e passageiros de outras cidades, a despertava. Voltava correndo, deixando para trás os anzóis, as peneirinhas (de pescar piabas) e todas as brincadeiras. Queria ver de perto o vapor enorme, entupidinho de gente e o porão transbordando de cargas. Queria ver os passageiros, forasteiros caras novas, estranhas, vindas de outras cidades.
Queria sentir de perto o seu calor, o ruído de suas máquinas, os gritos dos marinheiros, a voz do comandante procurando organizar o desembarque.
Aquele corre-corre a fascinaval! Ela era apenas uma criança, e na sua pequenez física, via tudo enorme e encantador.
Os anos foram passando e a pequena Alice já era uma adolescente, prenúncio de uma bela mulher.
Os brinquedos da praia foram trocados, substituídos. Já não pegava mais peixinhos nas peneiras. Já não soltava barquinhos de papel. Não perambulava pelas praias e margens do rio. Nem construía castelo de areia...
Os seus sonhos eram outros, e sensível e romântica, embalando-se nas asas da fantasia os desejos se multiplicavam.
Dotada de grande inteligência e uma vontade extremamente decisiva, sentiu que já era hora de deixar aquele bucolismo rural de sua cidade tranqüila. Sentia que precisava crescer intelectualmente, buscar novos horizontes, nova cultura. Diamantina era naquela época a única opção.
E com o coração cheio de sonhos e esperança, Alice se foi.
Aquele mesmo vapor que na sua infância tanto a fascinava, a conduziu até Pirapora, onde outra condução a levaria até Diamantina, terra da cultura, do diamante, das riquezas e das fantásticas histórias do Brasil Colônia.
Alice estava decidida (como sempre) e confiante, embora tivesse o coração transbordando de saudades de sua família, de sua terra e todas as recordações de uma fase feliz de sua vida.
Mais tarde, quando voltava, em período de férias, vinha eufórica, cheia de saudades e Januária toda vibrava com a alegria contagiante de Alice.
Sempre risonha, bem humorada, ativa, ela sabia organizar festas. Com outras companheiras, transformava a pacata cidade numa folia constante.
Muito religiosa, espírito humanitário ao lado da sua companheira de infância e juventude, Julieta (hoje a lídima irmã de Lourdes que todos nós conhecemos e admiramos) as duas juntas faziam um maravilhoso trabalho de catequese, beneficiando a comunidade januarense.
Um belo dia chegou seu príncipe encantado. O príncipe que ela sempre esperou.
Ela a descobriu entre as demais e a escolheu numa grande festa. E, tomando-a nos seus braços, ao som da música, lançou o seu feitiço.
Ele era um perfeito cavalheiro, com uma inteligência brilhante, educação requintada, elegante e bonito e se chamava José Raimundo Neto.
Foi um período emocionante para ambos: encontros, alegrias, promessas, juras, passeios nas praias, serenatas em noites enluaradas, enfim, com as artimanhas do cupido, tudo terminou no altar, com véu, grinaldas e flores de laranjeira. Um grande amor os uniu sob aquela célebre sentença: Até que a morte os separe.
Professor Raimundo era também inspetor educacional, percorrendo várias cidades na função de educação. Assim sendo, Alice, companheira admirável, o acompanhou sempre, moravam em diversas cidades, entre elas Três Corações, onde nasceu sua filha Heloísa.
Montes Claros teve a sorte de receber este casal: Alice e Raimundo Neto e durante muitos anos usufruir da sua companhia.
Presentes em todas as reuniões e acontecimentos sociais da nossa cidade, o casal tornou-se muito querido na nossa sociedade.
Raimundo Neto, a quem Montes Claros muito deve uma grande parte do seu desenvolvimento cultural e social, foi professor e diretor da nossa Escola Normal durante muitos anos e também presidente da Academia Montesclarense de Letras. Era um grande poeta e excelente orador.
Alice Neto, com seu astral maravilhoso, comunicativa ao extremo, amável e educada, conquistou logo o coração do montes-clarense.
Era muito querida em nosso meio e recebia, com alegria, em todos os lares, pois, Alice tinha uma maneira especial de tratar as crianças e moços mas também os mais idosos.
Irriquieta e alegre, estava sempre planejando alguma coisa, dando tratos à sua inteligência. Ao lado do marido, ela conseguiu ajudar muito nossa terra no seu desenvolvimento cultural e social.
Uma das maiores realizações foi o Instituto Dom Bosco, idealizado e criado por ela em 1º de fevereiro de 1935, pioneira em nossa cidade.
Numa época em que tudo era difícil em Montes Claros, sem o apoio do governo, ela conseguiu pelo esforço próprio, fundar esta maravilhosa escola que prestou tantos benefícios à nossa terra. Uma escola onde funcionava do curso infantil ao primário, com assistência psicológica e pedagógica com professores especializados.
Funcionou nos primeiros anos à rua Dr. Veloso, esquina com a rua Dom João Pimenta, numa casa adaptada.
Foi uma luta a sua instalação. Só Deus sabe o que ela sofreu e batalhou, apesar do apoio do professor Raimundo Neto e da comunidade que vibrava de alegria com aquela aquisição.
As crianças tinham um jardim de infância que, embora simples na sua fachada, possuía um ambiente adequado e saudável, onde passavam parte do dia recebendo ligações, atividades próprias da sua idade, onde a filosofia era o amor.
Quando se passava em frente ao Instituto era comum ouvir as vozes alegres das crianças numa felicidade total, cantando musiquinhas assim:

Carneirinho, carneirão.
Cabecinha de algodão.
Era assim que antigamente
Se cantava esta canção:

Pequeninos somos nós,
Nossa vida é brincar.
E depois, sossegadinhos,
Para a casa descansar.

Alice, ao lado das primeiras professoras do Instituto: Lucíola Babosa, Neusa Dias, Dezuita Ramos, Lygia Dias, Rosita Aquino, Maria Inês Versiane e outras, foram grandes educadoras na nossa Montes Claros antiga.
Mais tarde, as próprias filhas de Alice foram também professoras no Jardim de Infância, comungando com a mãe os mesmos ideais.
Muitas crianças, meninos e meninas da nossa terra, hoje pais de família, ainda se recordam com muita saudade, do querido instituto, escola tão acolhedora da sua infância. Entre eles: Hélio Brandão, Haroldo Veloso, Waldir Figueiredo, Tarcísio e Haroldo Fraga, doutor Cesário Rocha, Cecílio Barbosa, Cleonice Souto, Nancy Prado, Enza Nobre, Maria Luiza Macedo e muitas outras.
Todos têm saudades daquela diretora, que trabalhava por amor, daquela Alice que soube educar crianças, fazendo crescer em seus corações o amor e entusiasmo pela escola e pela vida.
A nossa comunidade, hoje ainda, usufrui dos benefícios que prestou, lançando aquela semente que germinou e cresceu, floriu e frutificou durante anos nesta terra.
Parabéns, Alice Neto, pelo seu esforço e abnegação em prol da cultura de nossa terra, que você viu coroada de êxito.
Parabéns pelos seus oitenta e oito anos de vida útil, vendo que por onde passou semeou apenas o bem, o amor e colheu flores.
Que você seja feliz o quanto merece!


(N. da Redação: Ruth Tupinambá Graça, de 94 anos, é atualmente a mais importante memorialista de M. Claros. Nasceu aqui, viveu aqui, e conta as histórias da cidade com uma leveza que a distingue de todos, ao mesmo tempo em que é reconhecida pelo rigor e pela qualidade da sua memória. Mantém-se extraordinariamente ativa, viajando por toda parte, cuidando de filhos, netos e bisnetos, sem descuidar dos escritos que invariavelmente contemplam a sua cidade de criança, um burgo de não mais que 3 mil habitantes, no início do século passado. É merecidamente reverenciada por muitos como a Cora Coralina de Montes Claros, pelo alto, limpo e espontâneo lirismo de suas narrativas).

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Mensagem N°65744
De: Hoje em Dia Data: Sábado 22/1/2011 14:24:32
Cidade: Belo Horizonte / MG

Força-tarefa luta contra a barulheira - Prefeitura de Montes Claros, Ministério Público e polícias Militar e Civil se unem para garantir respeito à Lei do Silêncio - Parceria entre a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, o Ministério Público e as polícias Militar e Civil quer garantir a tranqüilidade em Montes Claros. Representantes das entidades vão formar a “Patrulha do Silêncio”, encarregada de medir decibéis em locais barulhentos e de constatar, na hora, se há algum tipo de abuso nos ruídos emitidos. Por mês, são registradas 600 denúncias de perturbação do sossego no município.
A Avenida Deputado Esteves Rodrigues, no Centro, lidera as queixas de som alto. Segundo levantamento da Secretaria de Meio Ambiente, o endereço, onde estão concentrados, boates, bares e um posto de combustível, é responsável por 30% das ocorrências. Vistorias feitas pela Prefeitura nas últimas semanas fizeram as reclamações caírem pela metade.
“A força-tarefa vai fazer trabalhar com a política de conciliação, buscando resolver os problemas na base do bom senso. Em caso de reincidência, haverá autuação e recolhimento da aparelhagem de som”, avisa Antônio Lourenço , do Setor de Fiscalização da Prefeitura.
O sargento José Otávio Júnior, da Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito Rodoviário, fiz que 20 militares foram qualificados a operar decibelímetros. Os aparelhos serão utilizados como ferramenta de trabalho da patrulha.
Hoje, os militares contam com 11 equipamentos do tipo para medir o nível de ruídos e mostrar se está dentro do limite permitido. Agora, mais cinco decibelímetros vão reforçar o trabalho. “Vamos apurar denúncias e agir preventivamente”, afirma o policial.
Barzinhos e empresas promotoras de shows estão na mira da força-tarefa, mas carros de som usados em publicidade e até a propaganda feita na porta de loja serão fiscalizados. Todos só poderão manter as atividades se obedecerem aos limites de ruído, conforme o horário e o dia.
Em fevereiro, será implantada uma central de atendimento da Patrulha do Silêncio. O telefone para denúncias é (38) 3229-3666 (horário comercial). À noite, a ordem é ligar para 190.
A legislação impõe como limite 70 decibéis entre as 9 e 22 e 23 horas. A partir deste horário, o som deverá ser desligado ou reduzido.
A norma não abre exceção para o lazer. Bares com música ao vivo ou mecânica e shows devem se enquadrar ao horário. Os últimos eventos, porém, terão tolerância de uma hora. A atuação da patrulha será concentrada nas áreas próximas a hospitais.

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Mensagem N°65741
De: Luana Data: Sábado 22/1/2011 12:53:25
Cidade: M.Claros/MG

O tráfego para Belo Horizonte pela BR-135 está interditado desde a manhã de hoje, após uma ponte ameaçar cair perto de Buenópolis.A Polícia Rodoviária Federal está instruindo os motoristas a passarem por outro trecho, e pegar outros desvios.

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Mensagem N°65738
De: Júlio Zacheto Data: Sábado 22/1/2011 10:59:26
Cidade: BH

O prefeito de qualquer cidade é o funcionário público número 1 do seu município. Se ignora a lei, se descumpre as leis, se não exige o cumprimento cabal das leis, sua cidade estará inapelavelmente a caminho do maior desastre possível. O melhor que faz é deixar o cargo, antes que o clamor o derrube. Estamos no ano de 2011 e isto não é mais possível!!

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Mensagem N°65737
De: Paulo Sérgio Data: Sábado 22/1/2011 09:59:59
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

É absudro em cima de absurdo.Vejam só, o menor que foi libertado por bandidos na ultima quarta feira, quando ia ser atendido por uma desntista no centro da cidade, dispensou os serviços de um dentista oferecido pelo estado aos menores infratores,Ou seja, ele escolheu ser atendido fora da unidade, para com isso facilitar a sua fuga.E o pior, ele sabia o dia e a hora em que seria atendido.Será que as nossas autoridades, dieretores e dietores de presidios são tão ingenuos assim para não se preocuparem com a segurança dos agentes e também de outras pessoas? Este menor não deveria jamais saber endereço, data e hora em que seria atendido justamente para evitar que um fato como este viesse a acontecer.E tem mais, um dos bandidos ameaçou atirar em um dos agentes apontando a arma para sua cabeça.Tanto a densista quanto a sua secretária entraram em panico e começaram a gritar.Imagine se um desses deliquentes resolvessem sair atirando em qualquer um? (...)

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Mensagem N°65735
De: Hoje em Dia Data: Sábado 22/1/2011 09:14:42
Cidade: Belo Horizonte / Mg

Jovem morre após ser atingido por árvore no Norte de MG - Um jovem de 19 anos morreu nesta sexta-feira (21) após ser atigindo por uma árvore na zona rural de Montes Claros, Norte de Minas. Segundo testemunhas, o rapaz foi avisado de que o galho seria cortado, mas ignorou o aviso e continuou no local. O acidente aconteceu nas dependências de uma empresa localizada na BR-365, quando Júlio Didimo dos Reis, 49, cortava a árvore. Warley Ferreira Santos, 19 anos, foi atingido por um grosso galho e teve o pescoço quebrado. Equipes do Samu e Corpo de Bombeiros tentaram socorrer o jovem, mas quando chegaram ele já estava sem vida. Warley era natural de Angico, zona rural da cidade de Grão Mogol, também no Norte de Minas.

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Mensagem N°65733
De: Fátima Data: Sábado 22/1/2011 08:29:42
Cidade: M. Claros

Boate e carros usinas de barulho novamente assolaram a região do "triângulo da impunidade", nesta madrugada. O desafio às leis prossegue intenso, sem solução, apesar das repetidas promessas.(...)

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Mensagem N°65731
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Sábado 22/1/2011 08:18:35
Cidade: Montes Claros

(Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu pobre, materialmente pobre, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

22 de janeiro

1833 – O Juiz de Paz da Vila de Formigas oficia à Câmara Municipal ponderando que não existe casa de prisão, pois a que serve a tal finalidade, pertencente ao cel. Francisco Vaz Mourão, está sendo por ele exigida com urgência. Resolve-se que se autorize oficialmente ao Procurador da Câmara conseguir uma casa para prisão, pagando o respectivo aluguel, até que se construa a casa da Cadeia.
1925 – Reúne-se a Congregação da Escola Normal de Montes Claros e elege o prof. João de Andrade Câmara para seu Diretor e o dr. Alfredo de Sousa Coutinho para o cargo de Secretário.
1936 – Por ato do Governador do Estado, o dr. Levy de Queiroga Lafetá é nomeado para o cargo de Chefe do Centro de Saúde de Montes Claros.
1943 – Falece dona Firmina Teixeira de Sousa (Tapuia), aos 86 anos de idade. Nasceu em Montes Claros, filha de Antônio Teixeira de Carvalho Júnior e dona Firmina Ferreira de Sousa. Casou-se em primeiras núpcias, com Henrique de Paula Oliveira e, em segundas, com Victor Quirino de Sousa, antigo comerciante e Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros.
1947 – É realizada a entrega do Hospital Nossa Senhora das Mercês, da cidade de Montes Claros, aos clínicos montesclarenses, por S. Excia. Revma. Dom Aristides de Araújo Porto, Bispo Diocesano.
1955 – Realiza-se a inauguração da agência filial do Banco do Nordeste do Brasil, à rua Dr. Velloso 336, na cidade de Montes Claros. A bênção do prédio foi oficiada por monsenhor Gustavo Ferreira de Sousa, servindo como paraninfos os drs. Oswaldo Galvão, Presidente do Banco e Vicente Martins, Diretor da zona, tendo como gerente Waldemar Heyden.
1961 –A “Gazeta do Norte” desta data publica que, no ano de 1959, na cidade de Montes Claros, houve 176 construções, com 13.500 ms.2 de área construída, num total de Cr$ 36.600.000,00, enquanto em 1960 houve 295 construções, no valor de Cr$ 148.600.000,00 e área construída de 20.650ms.2.
- Realiza-se a eleição da nova Diretoria do Clube Montes Claros para o exercício de 1961, sendo eleito Presidente o dr. Alfeu Gonçalves de Quadros.

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Mensagem N°65718
De: Gersier Data: Sexta 21/1/2011 15:50:38
Cidade: Montes Claros

"Patrulha do Silêncio vai intensificar a fiscalização para coibir a poluição sonora em Montes Claros, preservando o direito constitucional do cidadão e evitando os abusos que geram, em média, 500 a 600 reclamações mensais"
Espero que assim seja.Nessa última madrugada,(3:00Hs)acordei com um barulho ensurdecedor.Era um irresponsável que passava pela minha rua com a sua usina de som com o volume tão alto que disparou até alarmes de carros nas garagens.

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Mensagem N°65717
De: José Ponciano Neto Data: Sexta 21/1/2011 15:40:42
Cidade: Montes Claros-MG  País: Brasil

Sobre o enforcamento do escravo Nagô; quando criança era com comum ouvir esse comentário, segundo a “estória”, o enforcamento se deu num sótão do antigo prédio do Grupo Escolar Dom João Pimenta em frente ao Café Galo.Era temeroso passar por ali a noite, muitos falavam que ouviam os gemidos do escravo após as aulas.Depois o prédio foi demolido e a “estória” perdeu-se no tempo.

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Mensagem N°65716
De: Luci Data: Sexta 21/1/2011 15:04:22
Cidade: M.Claros

Hoje de manhã, um rapaz de 19 anos cortava árvore na fazenda Cascata, dentro da Somai Nordeste, na companhia de outro, e morreu quando um eucalipto de 35 metros caiu sobre sua cabeça. Chamava-se Warley Ferreira Santos, morava em Anjicos, área rural de Grão Mogol.

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Mensagem N°65713
De: Waldyr Senna Data: Sexta 21/1/2011 13:35:50
Cidade: Montes Claros/MG

Terceirização total

Waldyr Senna Batista

Para retorno ao tema terceirização, vale reproduzir registro de Nelson Viana, referente a 20 de janeiro de 1917, no livro “Efemérides Montesclarenses”: “Às 8 horas da noite, é inaugurada a luz elétrica proveniente da cachoeira do Cedro, idealizada e posta em execução pelo industrial Francisco Ribeiro dos Santos”.
Esse deve ter sido um dos primeiros serviços públicos dados em concessão pelo município. Esse sistema pioneiro funcionou assim durante muitos anos, até que a iluminação produzida, devido ao crescimento do consumo, tornou-se insuficiente. Mas foi um avanço para a cidade.
Logo a seguir, veio o Serviço de Força e Luz do Estado, explorando a energia produzida na usina de Santa Marta, que em pouco tempo foi substituída pela Cemig, criada no governo Juscelino. Ela assumiu o serviço em meio a séria crise, que culminou com o “enterro” do governador, em 1952.
É possível que, antes da luz do Cedro, tenham sido terceirizados os serviços funerários. Deve haver registros nos arquivos da Santa Casa, que assumiu a tarefa como monopólio, provavelmente como forma de garantir a filantropia, que era a característica do hospital. Hoje, não existem nem o monopólio nem a filantropia, pois, várias empresas atuam no mercado e, com o advento do SUS, desapareceu a figura do indigente, tendo sido eliminada até a expressão “de Caridade” da denominação da Santa Casa.
O abastecimento de água também era operado pela Prefeitura. No início dos anos 40, o prefeito Alpheu de Quadros, por gestões do escritor Cyro dos Anjos, então oficial de gabinete do governador Benedito Valadares, conseguiu com o secretário das Finanças, Ovídio de Abreu, verba para a instalação do sistema de tratamento de água, com estação no alto do Morrinho. Isso explica o fato de o secretário ser hoje nome de avenida na cidade, para estranheza do jornalista Benedito Said. A homenagem pode ter sido exagerada, mas a obra foi um grande avanço em termos de saneamento básico. Mereceu.
Mas quando a Prefeitura resolveu livrar-se do abastecimento de água, criou o “serviço autônomo de água e esgoto”, que foi substituído pela Caemc, que deu lugar à Copasa, que aí está transformada em saco de pancadas da população pouco afeita a pagar pela água que consome.
A telefonia nasceu terceirizada. O serviço foi dado em concessão a Hildebrando Mendes, que o manteve funcionando durante décadas, até o surgimento da Cia. Telefônica, instituída em forma de S.A. Esta modernizou o sistema e prestou bons serviços, até ser absorvida pela Telemig devido a monopólio imposto pelos governos militares para o setor. A Telemig foi encampada pela Telemar, que foi adquirida pela Vivo, que acaba de ser engolida pela gigante Oi, que prima pela prestação do pior serviço de atendimento ao público de toda a história da telefonia em Montes Claros.
Assim aconteceu com outros setores: o matadouro municipal foi absorvido pelo Matadouro Otany, que saiu do mercado com o surgimento do Frigonorte. Com a falência deste, o serviço regrediu em qualidade, com diversos pequenos abatedouros disputando o espaço, além do “frigomato”, que domina o setor. Na verdade, uma espécie de “terceirização” sem lei, sem contrato e sem rosto, mas que existe e desafia a saúde pública.
O processo parece não ter fim. A Prefeitura continua transferindo a terceiros o que é atribuição dela. Obras, ela há muito não executa diretamente: passa-as para a iniciativa privada mediante licitações; transporte coletivo sempre foi explorado mediante concessão; o controle de trânsito esteve entregue à Polícia Militar e passou a empresa pública municipal; até a merenda escolar foi entregue a terceiros; a coleta de lixo teve 30% transferidos a grupo especializado que veio de fora e acaba de adquirir fazenda para nela manipular os rejeitos; a terceirização da rodoviária está a caminho; e, de tanto ouvir falar nisso, um vereador achou por bem sugerir na Câmara a terceirização das estradas rurais, o que leva à presunção de cobrança de pedágio, que seria um desastre, principalmente eleitoral (tudo leva a crer que ele pretendia a contratação de máquinas de terceiros para os consertos).
Resumo da ópera: ao final, ainda sobram para a Prefeitura os setores de educação e saúde, que aliás vão muito mal, além dos serviços burocráticos, porque, afinal, alguém tem de bater carimbos. Se assim for, para que servirá esse exercito de funcionários mantidos pela Municipalidade?

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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Mensagem N°65709
De: Sérgio Pinto Data: Sexta 21/1/2011 11:26:46
Cidade: Montes Claros  País: Pequistão

Lendo a mensagem n° do Sr Alcindo me chamou atenção e gostaria de saber sobre o enforcamento do escravo Nagô. Nunca imaginei e/ou soube que ali perto da cristal existisse estes suplícios. O pelourinho de Moc era ali? Me impressiona como a cidade perdeu e vem perdendo sua memórias e referências em detrimento de outras culturas. Já passou da hora de valorizarmos nosso patrimônio que já se foi com monumentos que relembrem este passado e revitalizar e reutilizar o oque ainda nos resta. Um povo sem memória é um povo fadado ao ostracismo e debilidade cultural. Se alguém puder postar crônicas sobre estes e outros fatos como este do negro Nagô e outras curiosidades de nosso espaço urbano seria de muita valia.

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Mensagem N°65704
De: César Data: Sexta 21/1/2011 09:38:06
Cidade: Montes Claros

M. Claros vai ter uma loja exclusiva dos produtos HP, computadores e periféricos. A Papelaria M. Claros já foi comunicada de sua escolha. A loja será instalada em ponto autônomo.

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Mensagem N°65702
De: Petrônio Braz Data: Sexta 21/1/2011 09:00:53
Cidade: Montes Claros/MG

Ivan de Souza Guedes

É um livro. Um livro de Zoraide Guerra David. Mas não é apenas mais um livro, é o livro. O livro da vida de um grande homem, que construiu um império. Livro que a Autora, com sua costumeira gentileza, teve a delicadeza de presentear-me um exemplar, trazendo-o pessoalmente à minha casa. Obra de cunho literário em edição de luxo, um conjunto de trechos seletos sobre a vida e a obra de Ivan de Souza Guedes.
A acadêmica Zoraide Guerra David mostra mais uma vez as suas qualidades de escritora e, para nós outros, fica o prazer da leitura e a satisfação de entrar no mundo das memórias de vida de um homem respeitável.
Não é fácil sintetizar ideias sobre o livro que acabo de ler. A Autora é natural de Mortugaba/BA, mas é montes-clarense por adoção, sendo colaboradora dos jornais locais e membro da Academia Montesclarense de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros, com vários livros publicados.
Em nota de esclarecimento ela informa haver elegido como tônica de sua trajetória literária “expressão em poesias, crônicas, biografias e historiografias, o respeito pelas pessoas, a imparcialidade e os deveres morais”.
O livro traz uma Dedicatória da esposa de Ivan Guedes, Mercês Paixão Guedes, da qual se extrai a presença de uma relação afetuosa e permanente. Uma verdadeira declaração de amor.
No Prefácio, Wanderlino Arruda observa que Zoraide Guerra David “foi bastante feliz em todos os registros da biografia de Ivan, o filho do alfaiate baiano e intelectual Nino de Souza Guedes e de D. Maria do Carmo, bocaiuvense da melhor estirpe (...) Em realidade, uma biografia fértil e bem apropriada diante da riqueza de informações bastante conhecidas, sempre presenciadas por amigos e clientes desde a antiga Farmácia São José”.
Como bem esclarece a Autora, Ivan foi um menino, como todos os meninos. Veio de uma família pobre, mas nem por isto deixou de ser criança no devido tempo. Frequentou escola, mas foi a vida que lhe transmitiu a capacidade de realização de bons frutos, com amor e responsabilidade.
O livro, que merece ser lido e conservado, é a história, a vivência, as lutas, os questionamentos, as surpresas e as recompensas de um homem forte, de um vencedor.
Mas o livro não é só a vida de Ivan de Souza Guedes. Ele retrata também os seus familiares e traz depoimentos dos filhos, noras e netos, que retratam a unidade familiar, e não faltaram, por necessário, referências à Drogaria Minas-Brasil.
A Minas-Brasil, como observa a Autora é “a mais moderna Farmácia do Norte de Minas”. Moderna e solidária, sempre presente no contexto social e humanitário.

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Mensagem N°65701
De: camila Data: Sexta 21/1/2011 08:47:58
Cidade: montes claros  País: brasil

sobre as Mensagens N° 65687 N 65677 sobre a leismaniose meu namorado esta com esta doença, tinha um infectologista que atendeu ele e tirou licença maternidade e so retorna daqui 7 meses e os infectologista que atende no caitam nao esta querendo atender pacientes de outros medicos so atende os pacientes deles. Ja nao sabemos mais o que fazer pq esta doença nao é brincadeira.A leishmaniose dele e a cutânea,se nao fizer o tratamento que e muito dolorido a doença pode agravar.

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Mensagem N°65700
De: Acadêmico Data: Sexta 21/1/2011 08:45:39
Cidade: Montes Claros

sobre mensagem 65677, a Unimontes já começou a se preocupar com a situação. veja notícia publicada: Unimontes participa de pesquisa que avalia eficácia de medicamentos contra a Leishmaniose (...) A eficácia dos medicamentos usados no tratamento da Leishmaniose Visceral (Calazar) no Brasil será avaliada através de pesquisa realizada em nível nacional, com a participação de diversas universidades e centros de pesquisas (...) A equipe de profissionais do estudo já participa de treinamento realizado no Hospital Universitário Clemente de Faria, da Unimontes(...)

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Mensagem N°65699
De: Alcindo Data: Sexta 21/1/2011 08:43:45
Cidade: M. Claros

Sex 21/01/11 - 8h34 - Hoje, há 49 anos, M. Claros vai ver algo como uma imagem de TV, surgida perto do Pentáurea
Eu me lembro deste dia. Tinha 11 anos. O jornal deu a notícia e sai a procura de um aparelho de tv - e não de uma imagem de tv, que eu também não conhecia. Ver o aparelho já seria bom. Ao lado da Cristal, na rua Governador Valadares (ali mesmo, o negro Nagô foi enforcado, no patíbulo ao lado, última vez que fizeram isto com um escravo), ao lado da Cristal havia uma loja chamada de A Radiante. Vendia bicicletas, eu as vejo, enfileiradas - uma poderia ser para mim. Puseram lá o televisor, entre as bicicletas, na frente. Ligaram, à noite. Vi chuviscos - e diziam que aquilo era a televisão. Esfreguei os olhos. Achei que o problema era neles, pois nada via - só chuviscos. Fui dormir desapontado, pois a tv não passava de uma fornalha de ciscos. Eu tinha 11 anos. Minha cidade era melhor sem a imagem de tv que naquele dia alguém viu, achou em algum lugar. A gente podia dormir à noite, que a noite é feita para dormir. Isto chamam de progresso. Pode haver progresso quando a Natureza de nós se afasta, e fica longe, longe? Não sei, não.

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Mensagem N°65698
De: Efemérides - Nelson Vianna Data: Sexta 21/1/2011 08:33:12
Cidade: Montes Claros

Durante anos, o escritor e agrimensor Nelson Vianna, nascido em Curvelo e apaixonado por M. Claros, desde que aqui chegou, pesquisou a história da cidade. Foi a arquivos, jornais, revistas e livros, entrevistou pessoas, vasculhou correspondências – enfim, buscou em toda parte fontes que permitissem levantar a história do município de M. Claros. Conseguiu. Processou sua longa procura e publicou "Efemérides Montesclarenses", que cobrem o período de 1707 a 1962, revelando o que - neste período - aconteceu de mais importantes no cotidiano de nossas vidas. Nelson Vianna, apaixonado por M. Claros, reconhecido ao historiador Hermes de Paula, mais novo do que ele, mas seu auxiliar no trabalho, prestou - prestaram os dois, é preciso gritar isto - uma das mais notáveis contribuições à civilização dita montesclarina. Morreu pobre, materialmente pobre, mas o seu legado espiritual cresce a cada dia, embora ainda não seja suficientemente reverenciado. O tempo, sempre ele, também fará esta reparação. Republicar a resenha histórica pacientemente ajuntada pode ser um começo. Pelo calendário do dia, sairá publicado aqui, desde este 12 de janeiro de 2011, o que ele conseguiu desvendar no vasto tempo de 255 anos - entre 1707 e 1962, de uma Montes Claros nascente, criança e juvenil. Ajudará a cidade a se localizar. Talvez, a se achar. E haverá sempre um preito de gratidão a estes dois - Nelson Vianna e Hermes de Paula, e a muitos outros que, no silêncio, onde Deus fala aos Homens, recolhem o aplauso geral):

21 de janeiro

1880 – Nasce na fazenda Malhada, do Conto, município de Montes Claros, o dr. Pedro Augusto Velloso, filho do tte. João Francisco Velloso e dona Joana Ferreira Godinho. Fez o curso primário em Montes Claros, o normal, em Diamantina, diplomando-se em odontologia pela Escola Livre de Belo Horizonte, em 191. Enquanto exercia a profissão de dentista em Montes Claros, regia as cadeiras de Geometria e Trabalhos Manuais na Escola Normal local, em diversas fases. Em 1928 foi eleito Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros e Agente Executivo, exercendo estes cargos até à noite de 4 de setembro do referido ano, quando a casa da Câmara foi ocupada militarmente pelo então tte. Otávio Diniz, com a finalidade de aqueles postos serem assumidos pelo dr. Alfredo de Sousa Coutinho, o que de fato se verificou. Exerceu por vários anos a profissão de dentista em Montes Claros, em cujo município é fazendeiro. É casado com dona Aurora Durães Velloso.
1908 – São aprovadas, em sessão ordinária da Câmara Municipal de Montes Claros, as contas apresentadas relativas à gestão do cel. Joaquim José Costa durante o ano de 1907, verificando-se que a arrecadação foi de 23:049$367, e a despesa de 21:846$552.
1914 – Falece dona Angélica de Carvalho aos 60 anos de idade. Nasceu em Montes Claros, filha de Inácio Machado e dona Delmira Maria de Jesus. Era casada com o cap. Camilo Luiz de Carvalho, fazendeiro no município de Montes Claros.
1920 – Perante o Presidente da Câmara Municipal de Montes Claros, toma posse do cargo de vereador eleito na vaga aberta com o falecimento de João Cattoni Pereira da Costa, o dr. José Corrêa Machado.
1925 – Por portaria n. 1 da Secretaria de Segurança e Assistência do Estado de Minas, Luiz de Sousa Guedes é nomeado para o cargo de escrivão privativo da Delegacia da 20ª Região, com sede na cidade de Montes Claros.
1928 – Nasce, em Montes Claros, o dr. Geraldo de Magalhães Gomes, filho de Benedito pereira Gomes e dona Alda de Magalhães Gomes. Fez o curso primário em sua cidade natal, no Colégio Imaculada Conceição, o secundário, no Colégio Arnaldo de Belo Horizonte, diplomando-se pela Faculdade de Medicina em 1956.
1933 – Nasce, em Santa Bárbara, Minas, Raymundo Lyrio Brant, filho de Abel Miranda Caldeira Brant e dona Maria Lyrio Brant. Foi escriturário, encarregado do Subalmoxarifado da Cia. Força e Luz de Minas Gerais, em Belo Horizonte; Presidente da Liga Montesclarense de Desportos; Consultor Jurídico da União Operária e Patriótica de Montes Claros; Presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários de Montes Claros e, atualmente, membro do Conselho de Representantes da Confederação Nacional dos Bancários, funcionário do Banco do Brasil e vereador à Câmara Municipal de Montes Claros.
1955 – Instala-se em Montes Claros a agência do Banco do Nordeste do Brasil, a inaugurar-se oficialmente a 22 de janeiro, de 1955, tendo como gerente Waldemar Heyden.
1956 – Inaugura-se em Montes Claros, à rua Altino de Freitas, no edifício Fróis Neto, a agência da Caixa Econômica Estadual, tendo como seu primeiro gerente Meinardo Ezequiel de Oliveira. O ato contou com a presença de autoridades municipais, eclesiásticas e militares, representantes do comércio, da indústria, estando presentes o sr. Wilson Gosling, da Diretoria da Caixa Econômica Econômica de Minas Gerais, representando várias outras pessoas pertencentes à sociedade local.
- Pelo decreto 4.972, é criado o Jardim da Infância, na cidade de Montes Claros.
1962 – São captados pela primeira vez, pelo dr. Ubaldino de Assis, Waldemar Heyden e Antônio Ramos, na cidade de Montes Claros, imagem e som da TV Itacolomi, de Belo Horizonte. No dia anterior, aliás, a experiência já havia sido realizada com pleno êxito, a cerca de 26 quilômetros desta cidade, nas proximidades do Pentáurea Clube. A imagem foi captada com plena nitidez e com perfeito som.

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Mensagem N°65697
De: laurenice Data: Sexta 21/1/2011 08:21:38
Cidade: Montes Claros

sobre mensagem n. 65677- tenho dois parentes com leishmaniose, estão em tratamento. Inclusive, um deles é realmente morador do bairro Ibituruna, ( morador de um condomínio nobre ) em Montes Claros. Me disseram que realmente, esta doença tem se alastrado na cidade.

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Mensagem N°65696
De: Jr. Data: Sexta 21/1/2011 08:05:46
Cidade: Montes Claros

Felizmente o prefeito mora num condomínio fechado, sem a vizinhança de uma boate onde existe uma banda que toca a noite inteira, de madrugada, sem nenhuma proteção acústica. A quase três quarteirões desta boate, novamente foi impossível dormir esta noite, na região do "triângulo da impunidade", que é área hospitalar. A banda tocou até quase o dia raiar, sem ser incomodada, enquanto mais uma vez ficávamos privados do descanso. A nova promessa é que o abuso vai ser combatido...em fevereiro, agora pela força-tarefa envolvendo Polícia do Meio Ambiente, Ministério Público, secretaria de meio ambiente etc. (...)

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Mensagem N°65693
De: Raphael Reys Data: Sexta 21/1/2011 05:58:36
Cidade: Moc - Mg  País: Br

PELO TELEFONE!

Com o advento da famigerada repressão de 1964, vários cidadãos montes-clarenses, embora inocentes, foram denunciados por dedos duros locais. Uma parte se refugiou em locais distantes e não sabidos. Dentre eles, o notável comerciante Rui Pinto.
Na toca da Quinta Coluna e saudoso do arroz com pequi, cachaça Viriatinha e dos amigos de copo e de cruz, deu um interurbano para o Bar do Zimbolão, point no centro comercial, pedindo notícias. Vai aí o diálogo esclarecedor:
- Alô! É o Zim Bolão? – Sim! – Quem fala aqui é o Rui Pinto. Fale baixo aí viu! – Certo! Pensei que você tinha morrido caro amigo! – Não, tô vivo! Como vão todos por aí? E a turma? - Tá tudo sem novidades. Mas, onde é que você está mesmo? Rui, desligando o telefone: – Sai fora!!!!
Belém, garçom do restaurante Intermezzo, atende ao telefone:
- Restaurante Intermezzo! – Bom-dia, senhor! – Aqui é da Fábrica de Cimento! Bené, respondendo sem entender: – Aqui é do Intremezzo, mesmo!... E desligou. Era a secretária da empresa, objetivando contratar, para o staff, um almoço comemorativo do aumento de produção da indústria cimenteira.
O empresário e deputado estadual Lezinho Lafetá, atendendo ao telefone à entrada do seu Cine Teatro Fátima: – Alô! Donde fala? – É do Cine Fátima! - Quem ta falando? – É Lezinho. – Qual o filme de hoje, seu Lezinho? – É A Ponte do Rio Que Cai!...
Doutra feita, no dia da inauguração do seu cinema, lia num cartaz exposto à entrada do salão o nome do filme e o nome da companhia produtora do mesmo, à medida que informava aos espectadores que telefonavam: - Alô. É do Cine Fátima. Quem fala é Lezinho! – Qual o nome do filme de hoje, seu Lezinho? – O Cristo de Bronze! – E é bom mesmo? – É bom, demais! É da Vinte Têagá Centúri Fê Ó Xis!...
Sabedor de que o empresário do ramo de funerária, Leonel Beirão de Jesus, era irritadiço e tinha o estopim curto, a galera batia um fio: – Alo! – É da Funerária Leonel Beirão? – É! – Quem fala? – É Leonel! - Me diga, seu Leonel: defunto sente frio? – Quem sente frio é a P.Q.P. seu F.D.P!
Filomeno Bida, saudoso corretor de imóveis, que havia viajado até de disco voador, passando pelo Quarteirão do Povo, atende um telefone-orelhão que chama insistentemente. Era uma pessoa de São Paulo, que ligava aleatoriamente, buscando contatar o próprio Filomeno Bida para negócios.
- Alô! – Esse telefone é no centro de Montes Claros? – É! – Aqui é de São Paulo. Estou precisando urgente entrar em contato com um corretor de imóveis conhecido como Filomeno Bida. O Senhor o conhece? – Está falando com o próprio!

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Mensagem N°65692
De: Arthur Duarte Pinto Neto Data: Sexta 21/1/2011 01:21:03
Cidade: Salvador

Do avião grande a Seu Joaquim Mendes ( Seu Quincas).

Depois de muitos anos desci no aeroporto de MOC no vôo da gol, um boing, no início desse mês, pensei que felicidade não ter que voar mais em aviões pequenos como até então tem sido nos últimos anos, fiquei alegre por isso, quando o avião começou os procedimentos de pouso já bem baixinho a aeronave arremeteu, tomei um susto: ainda não será dessa vez, pensei. Voamos mais um pouco até que foi anunciado que pousaríamos, como de fato aconteceu. Do aeroporto seguimos, eu e primos (as) para jantar e tomar uma cerveja geladíssima, e assim fizemos. Lá pelas duas da manhã estava chegando à casa de meu pai, verdadeiramente foi naquele momento que eu pousava em minha história, me deparei com a pequena casa onde cinco filhos foram criados. Não entrei imediatamente, pois sempre me preparo antes, como se segurasse no peito, para me deparar com a ausência de minha mãe. Fiquei um pouco na porta olhando toda a extensão da rua João Pinheiro escura e silenciosa, parecia um rio que ia escorregando a vida das pessoas. Olhei para o lado da casa e vi que algo estava faltando também, a casa de seu Joaquim Mendes, irmão de seu Ducho, não havia mais nada só escombros, casa demolida. E ali, naquela hora em que os sonhos maternam o sono que revi, como algo real, Seu Joaquim na prática de seu ofício, ele era barbeiro, e foi através das suas folhinhas penduradas na parede, que imaginei e ouvi dele as primeiras informações sobre o mar, talvez histórias, e daí comecei a imaginar e a criar o meu mar. quando o conheci de verdade, as areias em alto relevo construindo curvas e labirintos, lembrei-me imediatamente de seu Joaquim e de uma de suas folhinhas: nossa é igualzinho à folhinha que tem na barbearia de seu Joaquim. Isto por volta dos meus 11 ou 12 anos de idade, a partir daí afirmei internamente a sabedoria de seu Joaquim. Lá em casa, quase todos perguntavam a ele se ia chover, isto tudo quando tínhamos algo importante para ir, festas, aniversários...,dias desses minha irmã Ana Paula me lembrava disso, eu era bem criança na época, lá pelos 05 anos, e ele sempre informava todos sobre o tempo, quando errava na previsão explicava a força dos ventos que levara a chuva para cidades próximas, mas não estávamos lá para atestar se havia chovido, também isso não importava. Eu adorava ficar na barbearia aos sábados, perto do meio dia, quando as pessoas que vinham do interior, zona rural, que haviam trazido suas frutas, suas colheitas para vender no mercado, começavam a retornar em suas carroças e por lá paravam para fazer cabelo e barba. Ali eu ouvia as histórias mais diversificadas, enquanto seu Joaquim pacientemente ia transformando os rostos suados e cansados daquela gente, pela lida diária, dando-lhes a suavidade de quem conseguiu o êxito das vendas de seus produtos, e que levavam para as suas casas o sustento das suas famílias, vitoriosos. Seu Joaquim amava a sua profissão e com ela criou uma numerosa família juntamente com D. Nenzinha, tão querida de minha mãe. Eu só saia da barbearia já de noitinha, quando ele pegava o violão e dedilhava a ave-maria, e algumas músicas da seresta João Chaves, era mágico, não havia voz, somente a vibração das cordas nos tons que as canções foram criadas. Um certo dia chegou seu Duxo e os dois tocaram, e eu ali ia me encantando com o canto tocado, tratava-se da música “amo-te muito”, composta por Jão Chaves, era a primeira vez que a ouvia, senti-me comreendido na minha natureza humana, compreendi sentimentos que sentia mas que não sabia o que eram, como uma saudade de algo que não sabia, desde então eu sempre pedia a seu Joaquim para tocá-la, e ele como um avô bondoso, tocava o hino nacional e depois tocava a música a qual se eternizou em mim...como era habilidoso, e amoroso este homem,. e sua casa tão grande escorregou pela rua João Pinheiro, assim como ele, que montando em sua bicicleta, pedalando seguiu o curso da rua e decolou, até sumir, brilhando como uma estrela...para sempre, na cidade onde hoje voltou a pousar o avião grande...

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