Mural

Sobre Jesus

Manoel Hygino

Deixei para este fim de ano releitura de um documento assinado pelo jornalista e advogado Virgílio Horácio de Castro Veado, esposa e filho homônimo. Ele não está mais entre nós, tendo subido o caminho da prateada filha Ana Maria, vítima de enfermidade fatal.

O documento surgiu após leitura pelos três de meu livro “Jesus causa mortis”, longamente analisado após minucioso estudo. Não transcrevo integralmente a carta, por não desejar senão chamar a atenção para o texto de Virgílio, em época tão própria, porque do nascimento de Jesus.

“Ficamos fascinados com o seu ‘Jesus causa mortis’. Você conseguiu pairar acima da milenar pretensão da ciência em desvendar os mistérios que envolvem a cristologia, transmitindo ao leitor uma neutralidade superior, isenta e honesta, difícil de encontrar em escritos e experiências que se voltam para a Figura Daquele que mudou a História, dando sentido e transcendência à trajetória humana.

Em verdade, o Nazareno é inalcançável à razão, à lógica ou a altiplanos da filosofia, da matemática, da física quântica, da química e das recentes descobertas da ecoantropologia.

Simplesmente porque a sua vida, paixão, morte e ressurreição não expressem uma explosão de energias vitais, e elétrons e partículas da qual teria emergido o Universo conhecido.

Entre exponencialmente atemporal, existiu muito antes dos 13,7 bilhões atribuídos pelos cientistas à idade do cosmo, pois que por Ele e para Ele foi criado.

O Crucificado do Gólgota veio ao encontro dos homens revestidos de caracteres absolutamente singulares, assim, inimitáveis, irrepetíveis, que jamais poderão ser decifrados senão à luz Fé, não uma fé piegas, estulta, que fecha as portas à evolução do conhecimento, mas que a vê e sente como efusiva manifestação da Graça.

Não sem motivo, a ciência sempre esbarra em seus limites, felizmente cada vez mais expansivos, forma de gradativamente reduzir a distância entre suas verdades e a mente de Deus. Assim aconteceu com os maiores da filosofia, com os sábios da medicina, da arqueologia, da física, da biologia, da astrologia, da comunicação eletrônica, munidos agora de formidável arsenal da tecnologia moderna. (...)

Para nós, Jesus morreu no exato momento em que o Pai o chamou de volta ao Seu Reino. “Deu um forte brado e expirou”, dizem singelamente os evangelistas, nada importando se por asfixia, parada cardiorrespiratória, se por congestão pulmonar ou qualquer outra causa de natureza biológica.

“Em Sua mão, Pai, entrego o meu Espírito”, foram as suas últimas palavras. E pronto, nada mais convincente, nada mais transcendente ao nosso modo de acreditar”. (...)

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Um dia de plantão se encerrando. Tranquilo. Poucas ocorrências, com ênfase naqueles episódios familiares, discussões sobre relacionamentos, brigas de cunhados, nesse ódio feito de bile entre os que são consanguíneos e outras fraquezas humanas, confirmando a tênue linha entre o amor e ódio. Então me dou ao luxo de descansar nas águas tépidas do verão, na modesta piscina que fiz no sítio. Um vinho argentino de boa cepa embala os instantes. Daqui a pouco teremos um frango caipira bem cozido em fogão à lenha. É pouco, neste mundo de ostentações. Mas para os que sabem que todas as coisas passam, importa o momento e a sensação de plenitude que a sobriedade vislumbra. Na melhor fase da vida, numa completude que premia uma vida sem grandes ambições, posta ao serviço do próximo, sem expectativas de retorno neste plano, vou aplicando meus esforços na construção de patrimônio eterno, na contabilidade Divina. Sou apostador contumaz, viciado incorrigível, nessas roletas das relações humanas, sempre como azarão, onde minhas fichas são postas no imponderável,sabendo que nunca vou quebrar a banca. Vez ou outra um gesto de agradecimento, mas pouco importa. Não faço nada por outros, é tudo por mim. Afinal, já se disse: é dando que se recebe. Creio. Feliz, completo, agradecido. É como me sinto. Almejo aos amigos, como desejo de felicidade, que se coloquem como servos. Serão servidos. Serão senhores!!! Nada como uma consciência tranquila num mundo devastado pelo ódio, pela omissão e superficialidade. Só a luz do amor importa! Vou nesta trilha feita de espinhos, mas ando feliz, que o porto que almejo está num mar distante deste mundo, cheio de procelas, mas sei, como bom marinheiro, que navegar é preciso. Viver é só uma circunstância. Entrego-me e acredito! Deus me guia, como maior dos timoneiros!


Isaías Caldeira é Juiz de Direito em Montes Claros

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NOITE DE NATAL AFETADA POR BADERNEIROS. (*)

Em uma noite de alegria, com a família e crianças de vizinho, é uma magia imensurável.

Meia noite – orações e parabéns para o menino que nasceu do útero divino – comes e bebes e bate papo agradável.

Alguns já cansados, se recolhe aos aposentos – dormindo ao primeiro e profundo sono – 02:30 da madrugada 16 vândalos (adultos) montados em suas possantes motocicletas com descargas abertas com difusores (Aftermarket), desce ao centro da cidade fazendo uma anarquia com barulho ensurdecedor.

Acordaram idosos e crianças, que, diante de tanto barulho e sem entender, foi um “deus nos acuda” para acalmarem.

Plagiando Tião Carreiro & Pardinho: “a coisa que mais eu detesto / Ver homem barbado fazendo gracinha.

Não é culpa da polícia ou da prefeitura – é do berço de onde saiu os baderneiros.

A gangue desceu para a Praça Dr. Carlos – por muito tempo ainda ouvíamos o barulho em outros pontos da cidade.

(*) José Ponciano Neto é Técnico em Meio Ambiente Natural e Urbano.

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Uma doce ilusão


Isaías Caldeira


Houve tempo em que comprava cigarro picado na banca da esquina,o que me obrigava a buscar moedas nas gavetas e bolsos, porque o vício era uma espada afiada contra minha resistência frouxa e claudicante ao império da nicotina, e a minha indisponibilidade financeira. Não tinha dinheiro para a satisfação às vontades, por isso, acho, tenho uma piedade enorme desses nóias das esquinas, ávidos por qualquer substância que satisfaça seus desejos, e rogam por auxílios, esgrimindo-se entre os carros, com mãos estendidas e olhares piedosos. O mundo como vontade e representação nunca se fez tão real! Schopenhauer me salvou com esses rasgos da realidade como enfrentamento ao panegírico às ilusões, naquela linha do Eclesiástico, onde o pessimismo destrói todas as esperanças. Sim, a vida é e sempre será uma escada para lugar nenhum, porque seremos sempre os mesmos, independente das nossas sensações, de vitórias ou fracassos, desde que nascemos. Ao vencedor, as batatas! Não é fácil fugir aos desejos, como sabem os santos e mártires. E o tempo não mede esquinas, mas une os caminhos que nos levam ao aniquilamento do que somos. Então, quando a gente vê, não é mais um menino. Assusta-se em adulto. Depois quer acasalar-se e ter filhos ou não; adquire bens ou a Fortuna se ausenta, nos fazendo operários das conquistas alheias. Olha o calendário e vê que a fila andou, que os seus entes amados estão distantes ou se foram, que nem ficaram as marcas das suas ações num mundo caduco e esquecido do que não se faz presente. Solidão, fim de quem ama, disse o poeta. Daqui, deste abismo, em que minha frágil condição habita, envelhecido,mas sem perder o elã que faz girar a roda da vida e do prazer, nem da ilusão que permeia os homens, vou usufruindo o substrato essencial, o leit motiv, o engano universal de que somos necessários sempre. Seguimos distraídos, neste auto-engano de plenitude, tentando prolongar o passado, enquanto a casa vazia e o telefone mudo afirmam nossa solidão.Também temos, como nossos pais, as mesmas ilusões,num moto-contínuo de gerações que foram, são e que virão. Bons sonhos e esperanças! A realidade é um muro de arrimo indestrutível!

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Os cem anos

Manoel Hygino

Mesmo que não se queira, não se consegue desviar a atenção dos passos da Santa Casa quando se cuida de saúde. É histórico e indesviável, se se considerar que a entidade foi a primeira a pensar em defender o morador da cidade quando ela mal começava, como metrópole, isto é, desde os primórdios do século XX e final do anterior.

Programada a construção de uma nova sede para o governo de Minas, não se podia perder tempo. O historiador da medicina por aqui, Pedro Sales, anotou: “Como por encanto, altera-se subitamente o panorama social. No arraial pacato e modorrento, de vielas quietas, com o seu casario silente, o povo dormia cedo, na descrição de Abílio Barreto, mesmo escolhido para nele instalar-se a nova capital de Minas”.

Mas havia muitos senões: “As condições sanitárias eram precárias”. Um relatório do engenheiro-chefe anota: “A aglomeração de semelhante população, que não prima pelo amor à higiene, o acúmulo de detritos orgânicos e resíduos de toda ordem, o solo largamente revolvido eram ameaças à saúde”.

Tinha-se, pois, antes de tudo de zelar por ela e os doentes. Cedo se concluiu que se precisava de assistência médica. E a primeiro a cuidar dela foi a Santa Casa, fundada dois anos após a inauguração. Começou e não parou, nem podia.

Assim, não surpreende a notícia neste mês da inauguração da exposição “De Juscelino, o médico que pensou o Brasil”, relembrando a trajetória do ex-presidente Juscelino Kubitschek, no Teatro Feluma, no dia 11 de dezembro, véspera da data de inauguração de Belo Horizonte. O público que foi ao teatro, então, pôde assistir ao documentário “JK - o reinventor do Brasil”. Assim mesmo. A entrada era franca e o teatro fica na Alameda Ezequiel Dias, 279, 7º andar, na proximidade do antigo campo do América.

Em Belô, falou-se Belô, fala-se em Juscelino, fala-se em Santa Casa. Agora, o calendário se mede por século. Mas tudo com muito carinho, entusiasmo e louvor. Os cem anos só contam vantagens efetivas e alegres. Ainda bem.

A metrópole de Minas é alegre, com promoções e eventos que não se pode perder. A cidade se orgulha de ser assim e nada a mudará. Este é o período terminal de um ano, mas não de uma vocação que engrandece a metrópole projetada por Aarão Reis, por sinal nascido no Pará. Ele sabia fazer as coisas.

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Qualidade do fornecimento de energia elétrica em Minas e no Brasil

I) DEC = Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor
FEC = Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor
DGC = Duração Global de Continuidade

Concessionária / Ano / DGC / Posição no Ranking da ANEEL (ordem crescente)

ENEL SP
2023 / 0,82 / 21º entre 29 Concessionárias
2024 / 0,80 / 21º entre 31 Concessionárias

CEMIG-D
2023 / 0,91 / 26º entre 29 Concessionárias
2024 / 0,91 / 28º entre 31 Concessionárias

Tanto em 2023, como em 2024, as posições da CEMIG-D (DGC = 0,91 e 0,91) são PIORES do que as posições da ENEL SP (DGC = 0,82 e 0,80), apesar dos números muito elevados de clientes da ENEL SP sem energia elétrica nos anos de 2023, 2024 e 2025, superiores a 2,0 milhões, conforme a mensagem 87396, de 13/12/2025, o que vem causando enormes prejuízos e reclamações dos consumidores daquela Concessionária paulista, como vem sendo amplamente divulgado pelos meios de comunicação do Brasil.

II) Manchete do g1 sobre resultado de decisão da Prefeitura de São Paulo, do Governo de São Paulo e do Ministério de Minas e Energia do Governo Federal de cancelar a concessão da ENEL SP:

"ENEL: entenda quem tem poder de encerrar contrato de concessão de empresa de energia na Grande SP.
Governos federal, estadual e municipal pediram encerramento de contrato com a concessionária, mas especialistas ouvidos pelo g1 apontam que a discussão é muito mais complexa.
g1 SP - São Paulo, 17/12/2025 00h00 - Atualizado há um dia."

III) É mais um alerta/sugestão à CEMIG-D para otimizar a Qualidade Total do serviço prestado aos seus consumidores o quanto antes, em várias regiões de Minas Gerais, com o objetivo de reduzir os valores de DEC e FEC, para que melhore sua posição no Ranking anual da ANEEL, definido pelo DGC das Concessionárias

A Qualidade Total é indispensável nos Sistemas Elétricos Regionais das Concessionárias (principalmente das que ocupam posições indesejáveis no Ranking da ANEEL) e no Sistema Interligado Nacional.

IV) As 5 dimensões da Qualidade Total

"As 5 dimensões da Qualidade Total, popularizadas por Vicente Falconi, são: Qualidade (Intrínseca), Custo, Entrega, Moral (dos funcionários) e Segurança, que juntas equilibram a satisfação do cliente com a excelência operacional, focando no produto/serviço, preço justo, pontualidade, motivação da equipe e bem-estar/riscos.

Detalhando as dimensões:
Qualidade (Intrínseca): Refere-se às características do produto ou serviço, como desempenho, durabilidade, conformidade com especificações e ausência de defeitos, atendendo às expectativas do cliente.

Custo: Gerenciar os custos de produção para oferecer um preço competitivo, eliminando desperdícios e mantendo a margem de lucro, sem comprometer o valor.

Entrega: Cumprimento de prazos e locais, com o produto/serviço correto na quantidade certa e no momento certo, garantindo a pontualidade.

Moral: O bem-estar, motivação e engajamento dos colaboradores, que devem estar bem treinados e satisfeitos para entregar um bom serviço.

Segurança: Garantia de que o produto, o ambiente de trabalho e o próprio processo não ofereçam riscos para clientes, funcionários ou o meio ambiente.

Importância:
Equilibrar essas cinco dimensões é crucial, pois focar apenas em uma (como a Qualidade Intrínseca) pode prejudicar as outras, afetando a satisfação geral do cliente e a competitividade da empresa." Fonte: IA.

Saúde e paz.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro Eletricista
19/12/2025, 16h11m.

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Em plena guerra

Manoel Hygino

O brasileiro aprendeu a ter medo de tudo, em qualquer hora e lugar. O Brasil, que gozava de fama de país cordato, pacífico, de gente cordial e bondosa, que preferia a música mesmo de acelerado ritmo, à que provocavam qualquer espécie de incentivo às disputas de toda natureza, transformou-se profundamente desde os tempos prazerosos da bonomia, do respeito ao próximo, de admiração pelo belo e bom.

O povo do Brasil, de um modo geral, passou por uma metamorfose no decorrer de séculos. Bastaria comparar os índices de violência que aparecem crescentemente nas estatísticas, com consequências naturais no comportamento das pessoas e da sociedade.

O que antes representava meios e instrumentos de diversão e lazer passou a representar momentos e horas de preocupação. As famílias não descansam enquanto seus filhos não retornam de passeios vespertinos e noturnos, porque eles se tornaram perigosos e até bélicos.

Os jogos esportivos passam a constituir oportunidades de embates entre torcidas, que apelam para lutas corporais que podem conduzir a desentendimentos e verdadeiras lutas campais, não raramente em brigas que exigem intervenção policial e a ação de autoridades da área de saúde. São os atendimentos nos prontos-socorros policiais.

A tudo isso se acrescentam os poderosos grupos de criminosos, altamente perigosos e preparados até fora de nossas fronteiras no comércio de armas, munições e drogas que percorrem todo o território para suprir um mercado ignominioso. A bandidagem, por mais que se empenhem as autoridades, chegou a um grau e dimensões nunca vistas.

As rádios e televisões têm horários inteiros destinados a divulgar os atos desses criminosos, que se tornaram sofisticados, contando com a participação de agentes atuantes no sistema bancário e policial.

Agora, o Brasil se tornou um dos países mais perigosos no mundo no âmbito do crime. Eis a notícia que acabo de ler: “O Brasil ocupa a 7ª posição no Índice de Conflitos elaborado pela ONG Acled, que avalia os cenários de violência em escala global, e figura entre as nações com violência mais severa do planeta em 2025. O ranking analisa quatro indicadores, e o Brasil aparece com nível “extremo”.

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Sobre as armas nucleares

Manoel Hygino

Estamos ainda sob as repercussões da COP 30, este ano, em Belém. Muito ficou do que foi falado, discutido, aprovado, criticado na capital do Pará, no novembro pretérito, que alumia já a placa de 2026, que – rogamos a Deus – seja mais benévolo e benéfico para todos os povos, inclusive o brasileiro, que não tem razões para constituir exceção.

Mas Vinicius Mota, secretário de redação da Folha de São Paulo e Aylê-Salassié Filgueiras Quintão, periodista de extensas jornadas por vários países, professor da Universidade de Brasília, estão ainda intrigados com a viagem do presidente brasileiro à Rússia, convidado para assistir aos desfiles militares do Dia da Vitória, comemorando fim da II Grande Guerra, hoje a grande obra dos russos.

Mota e Salassié indagam se seria a Rússia o melhor parceiro do Brasil na área da energia nuclear. O mestre da capital federal comenta, com o desassombro que é uma de suas características como homem de jornal:

Na contramão das Convenções Climáticas, que estimula a substituição da tecnologia nuclear até no campo energético, Putin se oferece para instalar "pequenas usinas nucleares ao longo do rio Amazonas", alegando ser energia limpa. Por menor que sejam essas unidades, elas geram resíduos não apenas atômicos (plutônio), como poluem as águas e são uma constante ameaça à biodiversidade e às populações originárias. (...)

Enfim, o mundo – que já está revolto sob ameaças de todos os lados, com os Estados Unidos imbuído da convicção de ter de meter-se num conflito na América Central visando a Venezuela, não quererá entrar naquilo que o populacho chama de “gelada”, com a suposição de adquirir usinas nucleares para instalação na Amazônia.

O problema dessas usinas nucleares é que se tratam de tecnologias diferentes das desenvolvidas aqui. O Brasil adquiriu, no Governo Geisel, na década de 1970, três usinas (originalmente 10) para produção energética, por meio de um Acordo Nuclear com a Alemanha, com fins pacíficos . Naquele instante - e hoje não é muito diferente - o Brasil tinha carência de físicos, engenheiros, técnicos e de empresas periféricas nacionais para fornecer materiais de construção. Todos estavam envolvidos no processo de transferência da alta tecnologia nuclear. O Acordo com os alemães custou ao Brasil 10 bilhões de dólares.

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Aqui também existe

Manoel Hygino

Ocorreu ao apagar das luzes, como se diz comumente, no penúltimo mês do calendário de 2025. Um brasileiro da Zona da Mata mineira morreu na guerra da Ucrânia, um conflito que não terminará tão rapidamente, a julgar pela evolução dos fatos.

Lucas Lima, de 30 anos, natural de São Geraldo, foi confirmado morto em combate pela família. Ele atuava como voluntário nas forças ucranianas e foi atingido em uma área de confrontos intensos. Parentes informaram que receberam a notícia por meio de colegas que lutavam ao lado dele, mas a data e o local exatos do ataque não foram divulgados.

Lucas tinha o sonho de seguir carreira militar. Antes de ir para a guerra, trabalhou por quatro anos em uma metalúrgica e levava uma vida reservada e deixou o Brasil para se juntar às forças de defesa da Ucrânia.
São Geraldo é um município com pouco mais de dez mil habitantes e fica a cerca de 260 quilômetros de Belo Horizonte, com origem ligada ao avanço da antiga Estrada de Ferro Leopoldina.

Emancipada em 1948, preserva características de cidade tranquila do interior, com vida comunitária ativa. A economia local se apoia na agropecuária, no comércio e em pequenas indústrias.

A maior parte da população vive na área urbana. O município possui tradição cultural e religiosa, com festas que movimentam a região. Apesar do tamanho reduzido, é considerado um polo de referência para comunidades rurais vizinhas. A qualidade de vida é um dos principais atrativos do município.

Mas no Brasil, tão distante do palco dos acontecimentos bélicos, há também guerra no mesmo dia. No Rio de Janeiro, para não se perder o costume, a avenida Brasil, uma das vias expressas mais movimentadas da antiga capital da República, foi inteiramente bloqueada nos dois sentidos. Um tiroteio, em uma das entradas mais importantes, fez crescer o medo e o tumulto.
Motoristas viram e registraram grande coluna de fumaça na comunidade Cidade Alta, na Zona Norte. Um começo de dia terrível para os cariocas. A Cidade Maravilhosa não é mais a de outros belos tempos, em que o adjetivo correspondia à alegria das avenidas, praças e ruas. Hoje, os logradouros foram tomados por bandidos, malfeitores e desordeiros de toda espécie, na ânsia de furtar e roubar. Formam-se bandos movidos por todos os desígnios de ilicitude e violência.

O Rio se transformou para pior e a autoridade não sabe mais o que fazer para resolver um desafio, que parece insolúvel nas atuais circunstâncias. Uma lástima!

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Mudanças climáticas e consequências

montesclaros.com: "Chuva desta sexta em M. Claros acumula 55 milímetros até as 17h, na 98 FM, e prossegue...". Sexta, 5/12/25, 17h."

montesclaros.com: "Depois de arremeter duas vezes, (voo) retornou ao aeroporto de Confins (BH)". Sexta, 5/12/25, 17h40". Msg 87395.

montesclaros.com: "Jornal de BH resenha: "Chuvas provocam inundações em Montes Claros após seis meses de seca." Bombeiros relatam alagamento em escola estadual...". Sexta, 5/12/25, 18h58".

montesclaros.com: "Últimas horas: Bombeiros atenderam dez ocorrências envolvendo as quedas de árvores em vias públicas em diferentes bairros de M. Claros, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região. Quarta, 10/12/25, 5h06".

montesclaros.com: "Copasa lista quase 50 bairros de M. Claros que podem ficar sem água por "falta de energia elétrica da concessionária responsável. Quarta, 10/12/25, 10h07".

montesclaros.com: "Em São Paulo, ventania cancela 87 decolagens e 80 pousos. Quarta, 10/12/25, 20h30".

g1/SP: "Após ventania, Grande SP amanhece com mais de 1,5 milhão de imóveis sem luz. 11/12/25, 05h48. Atualizado 8h45."
"A Grande São Paulo amanheceu com mais de 1,5 milhão de imóveis sem energia nesta quinta-feira (11), sendo pouco mais de um milhão só na capital.
As informações são da Enel, concessionária que atende a capital e outras 23 cidades da região metropolitana. O número de clientes às escuras passou de 2 milhões na quarta."

Manchetes da Folha de SP, 10/12/25, 16h:
"Clima - ventos chegam a 98 km/h em São Paulo e deixam mais de 2 milhões de imóveis sem luz." (devido ao ciclone extratropical).
"Apagão afeta abastecimento de água."
"Corpo de Bombeiros registrou 514 chamadas para quedas de árvores na cidade nesta 4a. feira (10)."
"Marinha emite alerta de ressaca para o litoral do estado; Congonhas tem 121 voos cancelados."

g1/JH, 11/12/25: "Estudo mostra que desastres provocados por ciclones e frentes frias aumentaram nas últimas décadas.
280 mil imóveis ficaram sem luz no Paraná; quase 33 mil consumidores ainda estão sem energia em Curitiba e outras cidades.
Desastres climáticos se tornam mais comuns. Estudo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) aponta aumento de 19 vezes em ciclones e frentes frias em 30 anos."

g1/SP, 12/12/2025, 9h9m: "Grande SP ainda tem 780 mil imóveis sem energia elétrica, mais de 50 horas após início de vendaval."

g1/SP, 12/12/2025, 9h28m: "Após caos e passageiros dormindo no saguão, situação em Guarulhos e Congonhas normaliza; há 3 voos cancelados."
"Desde quarta, foram cancelados quase 400 voos, depois do vendaval que atingiu a Grande São Paulo. Outros também tiveram que ser desviados."

JN,12/12/25, 20h30m: "700 mil consumidores continuam sem energia elétrica na Grande São Paulo e a Defesa Civil emite novo alerta de vento e chuva fortes em São Paulo."
Clientes da Enel SP sem energia nos últimos anos:
Novembro/2023: 2,1 milhões
Outubro/2024: 2,4 milhões
Dezembro/2025: 2,2 milhões

Tempos sem energia por consumidor da Enel SP, em minutos:
No Brasil: 461,7 min ou 7,69 horas/ano
Na Itália: 48 min ou 0,8 horas/ano

Fontes: ANEEL e Enel SP

13/12/25, 7h30m: Jornal da Jovem Pan: 500 mil consumidores continuam sem energia elétrica na Grande SP.

Comentários e sugestões

Quedas de árvores em vias públicas podem provocar graves/gravíssimos acidentes com choques mecânicos contra objetos, veículos, animais, seres humanos, imóveis e as redes aéreas de distribuição de energia elétrica, por exemplo, podendo provocar ferimentos e até vítimas fatais.
As faltas de energia elétrica provocam enormes prejuízos em residências, escolas, hospitais, aeroportos, indústrias, comércios, sinais de trânsito, Internet etc.

A Enel SP ocupa o 21º lugar, em ordem crescente, no ranking de continuidade do fornecimento de energia elétrica em 2024, da ANEEL, com DGC (Desempenho Global de Continuidade) = 0,80, referente a 31 Concessionárias brasileiras de Grande Porte.

A CEMIG-D está no 28º lugar, com DGC = 0,91.

Ambas deixam muito a desejar na dimensão Qualidade Intrínseca do Serviço, infelizmente, pois o DGC é calculado a partir dos indicadores DEC e FEC (Duração e Frequência Equivalentes por Consumidor).

Que o Pai Nosso abençoe essas Concessionárias e seus colaboradores para promoverem as necessárias mudanças técnicas e gerenciais que as permitam assumir posições típicas de Qualidade Total no ranking da ANEEL.

Afonso Cláudio de Souza Guimarães - Engenheiro Eletricista
13/12/2025, 11h2m - Santa Luzia

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TEMPO FECHADO

Voo da Gol das 16:15 para São Paulo (congonhas) foi prejudicado devido a chuvarada na tarde de hoje.

Depois de arremeter duas vezes, retornou ao aeroporto de Confins (BH).

Está previsto voltar -[pousar] às 18:300 em Montes Claros - decolando às 19:00 para Congonhas (SP) onde todos os passageiros irão pernoitar e seguir para suas conexoes só amanhã.

A empresa garatiu estadia [hotel] e alimentaçã.

Situação rara em Montes Claros.

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MORADORES REIVINDICAM SEMÁFORO NA CONFLUÊNCIA DA RUA JOÃO SOUTO COM RUA JANUÁRIA (centro)


Moradores do “Condomínio Edifício Cidade Montes Claros” salientam que as duas vias apresentam um alto fluxo de veículos, o que potencializa constantemente o risco de acidentes


Condôminos – comerciantes e moradores adjacentes reivindicam a implantação de um semáforo na confluência da Rua João Souto com a Rua Januária no centro.

Esse local apresenta um intenso movimento de veículos e precisa, com urgência, de um semáforo, para reduzir o risco de acidentes, inclusive com vítimas, justifica o síndico José Ponciano Neto, observando que a reivindicação é dos próprios moradores da região e também de motoristas e pedestres que trafegam pelo local.

Comerciantes, escolas e residências, sendo uma via com intenso tráfego de veículos, inclusive linhas de ônibus que demandam à região do Oeste; Sul da cidade de Montes Claros.

Todos da jurisdição observam, que a Rua João Souto é a rua que dá acesso a região central da cidade apresenta um trânsito intenso, ligando desde a região Sul aos bairros no outro lado [norte] da cidade.

“Já passa da hora de implantar um semáforo na confluência dessas duas ruas” afirma dois moradores do condomínio; afirmam dois moradores que presenciam constantemente (semanalmente) os acidentes, acrescentando que a medida trará mais segurança e tranquilidade para motoristas e pedestres que passam pelo local.

O síndico afirma que no seu requerimento constará a emergência do semáforo no cruzamento das ruas citadas, enfatizando a prioridade na implantação dessa melhoria.

Hoje, 04/12 às 14:30 , um ônibus da MocBus e um veículo Toyota SW4 colidiram – pela gravidade da batida nenhum passageiro do ônibus ou da SW4 se machucaram.


Por: J. Ponciano N.*.

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DADOS E INFORMAÇÕES DE NOVEMBRO /25

A Barragem de Juramento termina em NOVEMBRO /25 com 62,00 % da sua capacidade máxima. – 4,00 mts abaixo da cota máxima – representa 27.664.400 milhões de metros cúbicos de água.

Dados de chuvas compilados nas estações pluviométricas nas três microbacias que contribuem para a Barragem de Juramento: Rio Canoas – Rio Saracura e Rio Juramento, do mês Novembro/25 2025 chuva = 35,0 mm – somatória de 01 Outubro 2025 a 30 de novembro = 70,5 mm (início do período chuvoso e ano agrícola)

A cidade de Montes Claros possui 450.000 habitantes (nativos e flutuantes) é abastecida por seis captações, sendo: - Rio São Francisco em Ibiaí-MG - Barragem de Juramento MG - captação superficial do Rio Pacuí em Coração de Jesus - LAPA GRANDE (contribui com 11,0 % do abastecimento) - Rebentão dos Ferros (Nova Esperança) e Barragem dos Porcos (KM 6,5 - BR 365) – além de uma vasta bateria de poços profundos (conhecidos como artesianos). Todas essas captações ofertam em torno de 95,04 milhões de litros/dia, (média).

Além das captações citadas, a Copasa conta com captação sazonal [superficial] do Rio Verde Grande. O objetivo é aumentar a oferta de água nos períodos de chuvas sem pressionar as demais captações.

Por conta do desperdício, de 43,38% da ÁGUA TRATADA É PERDIDA, [dados do INSTITUTO TRATA BRASIL / GO Associados em 2025] ou seja: 43.102.368 milhões de LITROS da água potável produzida diariamente NÃO são faturadas devido às perdas.
Os cifrões (R$) perdidos improvisam a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (ARSAE-MG) a uma revisão tarifária; penalizando o consumidor.
- Não obstante a Copasa está tentando reduzir as perdas. – Apenas 3,68% foram reduzidos de 2024 para 2025.

PERDAS É UM PROBLEMA CRUCIAL – geralmente - acontecem de várias formas: Vazamentos aos extremos nas redes de distribuição com muita demora nas soluções dos problemas. – Roubo de água na ligação clandestina [direto da rede] – roubo de água desviada do hidrômetro [by-pass] – ligações não cadastradas - hidrômetros velhos ou parados – lavagem de filtros da estação de tratamento e, em alguns casos adutoras de água tratada vazando.

Neste ano [2025], já foram investidos R$ 23,5 milhões em obras estruturantes – contudo, a Descarga de Fundo / Válvula Dispersora continua correndo o risco de explodir. Há mais de 15 anos foi instalado um registro provisório, e até hoje NÃO FOI FEITO O SERVIÇO DEFINITIVO. Caso o registro de manobra venha desprender do tubo da câmara galeria, a barragem será esvaziada em pouco tempo.

Embora, a gerência reconheça a importância do DISPOSITIVO [descarga de fundo]; não vêm focando na recuperação deste dispositivo.
O serviço de combate às perdas da água está sendo feito - porém, em ritmo contraproducente. Não falo apenas dos serviços e da falta d’água em Montes Claros;

A incompetência nas expansões (ampliação e modernização), a empresa vem sendo alvo de várias matérias nas redes de TV e nas emissoras de Rádio. Tudo poderia ser evitado se as gerências regionais de Montes Claros mostrassem mais aptidão nas suas gestões. - Inépcia total! É por isso que o processo de privatização da Copasa vem tomando força!
Os milhões investidos pelo Governo de Minas Gerais ainda não surtiram efeitos positivos; os
bairros da cidade vivem sofrendo com as torneiras secas.

Em suma: a insatisfação dos consumidores é evidente – muitos até ironizam - “ONDE TEM COPASA, TEM MOVIMENTO DE RECLAMAÇÕES”!

Em tempo: Quando cito as deficiências do atendimento da Copasa – me refiro somente a gestão inapta! - A Copasa é uma grande empresa com normas épicas e de bons projetos para universalizar o saneamento, também uma empresa lucrativa, nos 637 municípios mineiros, a copasa teve lucro líquido de R$ 1,070 bilhão nos nove primeiros meses de 2025.

XXX-XI-MMXXV
(*) José Ponciano Neto é Técnico em Recursos Hídricos /Meio Ambiente – Ex Supervisor de
Gestão de Barragens e supervisor de Estação Climatológica com tanques Classe A – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros -IHGMC e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas – Colunista Literário do Site: montesclaros.com / 98,0 FM – Colaborador Novo Jornal de Notícias

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A velha Queluz

Manoel Hygino

Não poderia deixar de fazer o registro enquanto ainda é 2025. É que, neste ano, agitado sob muitos aspectos, lançou-se um livro aparentemente de interesse restrito, mas de notório e até notável sentimento de amor à terra mineira e, especificamente, sobre a principal cidade focalizada. Refiro-me à obra “No compasso da história (1895-2023)”, que reúne a crônica da Sociedade Musical Santa Cecília de Conselheiro Lafaiete.

A autora Márcia Carreira é comunicadora social pela UFMG, uma das fundadoras da Academia de Ciências e Letras de Lafaiete, membro efetivo, e membro correspondente da Academia de Ciências, Letras e Artes de Congonhas, de Lagoa Dourada e presidente da União Brasileira de Trovadores (UBT) Secção Conselheiro Lafaiete, além de deter outros títulos. Com tudo isso, demonstra sua afeição ao nosso poeta que pregava ao brasileiro o caminho - ama e respeita a terra em que nasceste.

Foi o que fez Carreira, recuperando a história de sua terra, corrigindo erros e, desta maneira, contribuindo para dar a Minas Gerais e ao leitor um retrato fiel da cidade. Seu nome constitui uma homenagem muito justa a Lafaiete Rodrigues Pereira, filho do município e grande jurista consultivo, político e conselheiro do Império.

Com a edição da obra, Márcia Carreira brinda realmente o leitor com um trabalho primoroso, digno de ocupar lugar especial na biblioteca de quantos têm amor às coisas, pessoas e lugares das Minas.

Estamos, pois, com um documento valioso à mão, para deleite e aprendizado. “No compasso da história” é algo precioso, devendo-se lembrar que, em todo o primeiro século do povoamento do território mineiro, apenas quatorze vilas foram criadas, constando no rol Queluz, hoje Conselheiro Lafaiete, em 1790. Somente a partir de 1831 é que se abre, pode-se dizer assim, a fase de criação de novas vilas e respectivos municípios.

A autora conseguiu o feito e projeto, contando a história de sua cidade, como forma de mantê-la na memória de toda e qualquer geração. Muito especialmente, a partir da Sociedade Musical Santa Cecília.

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Invernou.

Para nós, sertanejos, esta é uma palavra mágica, porque transcende a etimologia e verbera um sentimento bom, de alegria e renascimento.

Afinal, passamos,em regra, 6 meses de seca olhando o céu e buscando advinhar o clima vindouro.

Nisto vale a observação de pássaros, insetos e experiências várias, incluindo a de Sao João, como oráculos do que nos aguarda entre setembro e abril de cada ano.

Este ano todas as previsões, incluindo as da ciência, afirmavam chuvas desde setembro.

Não aconteceram. Seria em meados de outubro, vaticinou a meteorologia.

Errou.

A gente tenso porque outubro decepcionou.

De novembro não passará, apontaram os expert meteorológicos - seria tanta chuva que peixes chamariam bombeiros em socorro! De novo, não aconteceu.

Somente agora, no finalzinho do mês, o chão voltou a molhar e enfim os lírios do campo germinaram com sua beleza impar, aquela que nem Salomão, com todo seu poder e glória, jamais vestira igual, conforme afirmou o Salvador.

Mas não é, ainda, aquele inverno geral, e muitas regiões ainda sofrem com a seca, com prejuízos enormes nas lavouras plantadas e nas pastagens, com o sofrimento e morte dos animais e tristeza dos homens.

Mas ainda há tempo para mudanças climáticas e nada obsta que o inverno chegue de vez e que até possa acontecer novo milagre, como em 1978/1979, onde tivemos 46 dias ininterruptos de chuvas.

Dia e noite.

Lembro-me que começou no final de dezembro de 1978, terminando em fevereiro de 79. Um dilúvio! Sinceramente, que venha um tempo assim, ninguém vai construir uma barca para sua salvação e dos seus, porque não será castigo Divino, mas bênçãos recaindo sobre nós, sertanejos, porque nosso flagelo sempre foi a seca, não as chuvas. Que venham em abundância e encharquem os campos, transbordando os rios e lagos.

Aqui a água será vida, nunca a morte!

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Morte em Cocais

Manoel Hygino

A Academia Mineira de Letras já passou dos cem anos, mas não para. Nem vai parar. Sucedem-se os seus integrantes, mudam-se os nomes e os colaboradores da sua tradicional revista, mas a entidade instalada na rua da Bahia segue sua gloriosa existência. Assim será.

É o que se vê recentemente, inclusive no penúltimo mês do ano, em que as comemorações populares do dia 15, de Proclamação da República, foram paupérrimas para enfatizar o papel do regime pelo qual tantos lutaram e deram de si, de suas ideias e de projetos para a vida nacional.

Vamos relatar. Na noite do dia 17 de novembro, o sodalício celebrou o bicentenário do nascimento de Bernardo Guimarães, autor de “A escrava Isaura” (1875) e “O elixir do Pajé” (1875), com uma mesa redonda dedicada à vida, à obra e à atualidade de um dos mais importantes escritores mineiros e românticos do país. A atividade integrava a programação cultural da AML e teve mediação do presidente-emérito da casa, Rogério Faria Tavares (cadeira 8), reunindo Eliane Lopes, Matheus Zica, Luciano Mendes e Maria Francelina Silami em uma conversa sobre a permanência e a potência da obra do autor ouro-pretano.

Bernardo Guimarães, nascido em Ouro Preto, em 1825, poeta, romancista, jornalista, magistrado e professor. Sua trajetória literária, marcada pela sensibilidade lírica e pelo olhar crítico sobre a sociedade de seu tempo, consolidou-o com uma das vozes mais originais do romantismo brasileiro.

O segundo evento aconteceu no dia 25, às 19h, com o lançamento do novo livro de J. D. Vital, compreendendo lançamento e palestra, “Morte em Cocais”. No enredo, o autor resgatou uma parte pouco conhecida da história da Igreja Católica em Minas Gerais, ao narrar a trajetória de três figuras de origem humilde e negra que alcançaram, contra todas as expectativas, posições de destaque no clero. Entre elas, o Padre Heitor de Assis, personagem central da obra, nomeado pelo presidente Getúlio Vargas como o primeiro capelão do Exército brasileiro após a Proclamação da República.

Enviado para Fernando de Noronha durante a Segunda Guerra Mundial, o padre viveu um destino tão extraordinário quanto trágico – agora reconstituído por Vital com rigor histórico e sensibilidade literária. A narrativa se entrelaça às histórias de Padre Victor, beatificado pelo Papa Francisco, e de Dom Silvério Gomes Pimenta, primeiro arcebispo de Mariana e membro da Academia Brasileira de Letras, revelando como fé e resistência se encontraram nas trajetórias desses homens negros em tempos de escravidão, abolição e modernização do Brasil.

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Nesta noite de lua nova, lua forte, vacas prenhes aguardam o influxo dessas energias para darem vida aos rebentos que guardam em si.

Aqui na roça, na simplicidade das coisas cotidianas, o universo afirma suas leis imperativas e categóricas. Meu vaqueiro me diz que de amanhã não passa.

Bezerros novos no curral.

Tomara!A chuva nega os meteorologistas e se faz esparsa, sem a amplitude geral anunciada nos jornais e videos.

Nem posso reclamar. Aconteceu, não tanto,mas suficiente.

Entanto é Impossível ser indiferente à sequidão na roça do vizinho.

Deus carece de preces e novenas, porque Senhor de tudo e todos, sempre apto ao socorro ,mas é preciso persignar-se diante D’ele, não por humilhação, mas pela alegria de O servir e se colocar como servo, à imagem de Maria, embalde sem sua grandeza.

O tempo se esvai em tudo que vive. Mas bezerros, gente, chuvas, e tudo , até que se consumam , outros que virão que tentem decifrar esses hieróglifos em que construimos nossas fronteiras e mundos, sempre sob a ótica da ilusão em que a humanidade, desde sempre, edifica seus castelos, ou os destrói.

Entao nos agarramos à esperança, neste abraço que nos ilude o amanhã, e vamos tecendo sonhos, com chuvas, com fartura geral, com a felicidade em cada canto, porque , mais que tudo, ser sertanejo é ser irmão, solidário, e sonhador.

Sim, apesar deste tempo cinza, de tantas dificuldades, com o país à deriva institucionalmente, com a seca, com desesperança , há um Deus, único, que nos dá confiança e nos anima a seguirmos em frente! Que assim seja!

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11h08m, quinta-feira, da Polícia Militar:

(...)

A Polícia Militar de Minas Gerais, por meio de sua 11ª RPM, na manhã dessa quarta-feira (12), obteve informações de que um indivíduo estaria anunciando produtos furtados em data anterior.

Diante da denúncia, os policiais fizeram contato com a vítima (uma jovem de 29 anos), que relatou ter tido uma bolsa preta furtada do interior de seu veículo no dia 1º de novembro de 2025.

Dentro da bolsa havia duas raquetes de tênis e dois pares de tênis.

O veículo estava estacionado em uma rua e destrancado.

Nessa quarta-feira, a vítima percebeu que os materiais furtados estavam sendo oferecidos para venda em uma rede social.

De posse das informações e das notas fiscais dos produtos, os militares identificaram o endereço do suposto vendedor e montaram campana no local, na Rua B, Bairro Santa Cecília, em Montes Claros.

Durante a ação, os policiais localizaram o suspeito, de 21 anos, de posse dos produtos furtados.

Ele afirmou ser gari da prefeitura e alegou ter encontrado a mochila próxima a uma lixeira em uma rua que não recorda, decidindo vender os objetos devido a dificuldades financeiras.

Diante dos fatos, foi dada voz de prisão ao suspeito, que foi conduzido à Delegacia de Plantão da Polícia Civil de Montes Claros para as devidas providências.

Os materiais recuperados foram restituídos à vítima.

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Minas, café e leite

Manoel Hygino

Os tempos e as tendências novas terminam com ideias e verdades consagradas. Noel Rosa, que compôs músicas inesquecíveis, perde terreno com os novos compositores que não se cansam de desdizer o que era dito, sabido e proclamado. A sua divulgação, sonora e agradável – de que “Minas dá leite”, “São Paulo dá café” e “Vila Isabel dá samba” se desfez na prática, embora sem grande estardalhaço ou escândalo. Tudo em paz, felizmente.

Conheço pelas folhas impressas que o maior produtor de café do país é agora este território montanhoso, que não tem o mar como prêmio. Minas Gerais se tornou o maior produtor de café do Brasil, com 28,1 milhões de sacas, correspondendo a 52% do total nacional, para o que se concentram por aqui 67% das cooperativas da rubiácea do país.

Que fazer agora, meu caro Noel? Resta-me transcrever o que um jornal informou, há poucos dias: “Com a expansão dos parceiros comerciais e o bom desempenho de produtos tradicionais, como café, ouro e veículos, Minas Gerais encerrou os dez primeiros meses de 2025 com US$ 37,3 bilhões em exportações, crescimento de 5,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. O estado foi responsável por 12,9% das vendas externas do Brasil, ocupando a terceira posição no ranking nacional. No acumulado do ano, o saldo da balança comercial mineira registrou superávit de US$ 21,9 bilhões”.

E tem mais: “Foi concluída a etapa inicial para a implantação da maior fazenda individual de café arábica do mundo, a Jacurutu Coffee, que será instalada em João Pinheiro, no Noroeste de Minas Gerais. O projeto contará com 5.500 hectares irrigados por pivôs centrais e gotejamento. O investimento para viabilizar o empreendimento deve chegar a R$ 1,05 bilhão.

O presidente Trump já anuncia redução da tarifa de importação pelos Estados Unidos. E que Vila Isabel faça samba, sem bagunça que atraia a violência das forças policiais.

Estamos, de fato, descobrindo ou construindo um novo país, a despeito de inúmeros fatores adversos. Em resumo, Noel criou um sambinha de tanto sucesso que cabe às novas gerações acrescentar o instrumental, para que não fiquemos apenas na letra, mas também na essência de suas mais autênticas e populares criações.

Não vamos ficar parados no tempo. Afinal, o próprio Noel também deixou raízes em Minas e chegou a morar, por um período, em Belo Horizonte, no bairro Floresta.

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Uma obra impecável

Manoel Hygino

Beja é cidade, sede de um conselho rural da província do Baixo Ribatejo, Portugal. Sua fundação se deve aos celtas, 900 anos antes de Cristo. Talvez tenha sido dominada pelos cartagineses, mas não resta dúvida de que os romanos a assumiram por muitos anos, consideravam-na importantíssima. Chamava-se, então, Pax Julia, porque à época houve paz naquele território que abrigava a Lusitânia.

Em 48 a. C., cessara a longa e áspera resistência dos lusianos, quando Júlio César celebrou a pacificação, concedendo regalos e direitos.

Em Beja, nasceu Leonor, cuja ascendência se devia a duas das mais poderosas dinastias europeias – da Inglaterra e de Portugal. Ocorreu o parto no dia 17 de novembro de 1458, numericamente dois dias após a proclamação da República no Brasil.

Com oito anos, já oficialmente seu destino fora selado, como mandava o protocolo, porque antes de tudo se buscava assegurar a descendência. Com doze anos, Leonor se casou com o primo e herdeiro do trono – o futuro D. João II, que antes dela faleceu.

O jornalista e escritor português Bruno Ferreira sobre ela escreveu: “Falo de uma mulher maior, de compaixão, da cultura, e detentora de interesses únicos de elevação, e que por isso marcou a história do nosso País”.

Teve apenas um filho, que morreu aos 16 anos, em acidente equestre. Rainha de sua pátria por 14 anos, deixou obras perenes, fortes hoje como há séculos. Entre elas, a fundação da pioneira confraria de Lisboa das Santas Casas de Misericórdia, em Lisboa, em 15 de agosto de 1498, com obras funcionando plenamente em quatro continentes.

O complexo hospitalar de Caldas da Rainha, por ela criado e instalado, para tratamento como os de Araxá no Brasil, foi o primeiro no mundo na espécie e até hoje cuida de pacientes de todo o mundo.

Leonor viveu o apogeu da expansão portuguesa, quando Portugal ocupou o lugar de potência mundial, e teve participação decisiva em empreendimentos que o povo português reconhece e atraem visitantes de todos os países do planeta. Ela lutou pelos desvalidos, construiu conventos, patrocinou promoções artísticas e culturais, mas bastaria lembrar as misericórdias para perenizar a grandeza da obra que legou a seu tempo e à posteridade para se imaginar a relevância de sua atuação cristã, patriótica, social e humana.

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EUA e Trump

Manoel Hygino:

A jornalista Mariana Tokarnia, da Agência Brasil, fez um resumo otimista dos fatos que abalam a América Central, sobretudo as águas do Pacífico e do Caribe, nos dias mais recentes. No entanto, em Kuala Lampur, onde os presidentes Trump e Lula se encontraram, o ambiente era satisfatório e de feliz expectativa.

O executivo brasileiro foi claro: estava à disposição para negociar os desacertos entre a Casa Branca e Caracas. Peremptório, declarou: “O Brasil não tem interesse em que haja uma guerra na América do Sul. A nossa guerra é contra a pobreza e a fome. Se a gente não conseguir resolver o problema da fome e da miséria, como a gente vai fazer guerra? Para matar os famintos? Não dá para entender que tudo seja resolvido à base da bala”.

Os jornais do dia 4 informavam a todo o mundo: o candidato muçulmano Zohran Mamdani foi eleito prefeito da cidade de Nova Iorque. Com 34 anos, ele se tornou o mais jovem em mais de um século e o primeiro chefe executivo muçulmano da cidade. Reuniu mais de 50% dos votos, derrotando o ex-governador Andrew Cuomo, que concorreu como independente, e o republicano Curtis Sliwa.

O noticiarista comentou: “A disputa ganhou projeção nacional, especialmente porque o presidente Donald Trump havia manifestado oposição à sua candidatura. A eleição marca a troca de geração e de visões para Nova Iorque”.

A verdade verdadeira é que nunca se poderá prever o dia seguinte, enquanto o ocupante da Casa Branca for o senhor Trump. E os próprios conterrâneos e eleitores ficam ignorando os fatos mais uma vez. A mais poderosa nação do planeta vive dificuldades para manter a máquina pública em precário funcionamento. Há poucos dias, já somavam 700 mil os funcionários sem trabalhar, com salários suspensos.
Ninguém sabe onde Trump quer chegar, declarou alguém que diz não ser porta-voz da Casa Branca. A dúvida reside na situação interna e ameaças bélicas à Venezuela, que repercutem em toda a América Latina. Cerca de cem pessoas já foram mortas em ataques a barcos com supostos traficantes na região, agravada com a posição do presidente Gustavo Petro, da Colômbia.

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O caso carioca

Manoel Hygino

Há uma guerra declarada depois dos acontecimentos - vamos dizer bélicos - no Rio de Janeiro, em 28 de outubro passado. Os 64 mortos inicialmente registrados passaram para praticamente o dobro no dia imediato. A Operação Contenção, do governo fluminense, transformou-se na mais letal da história fluminense para assumir dimensão supranacional e ganhar extensos espaços na mídia em todo o continente sul-americano.

O Rio deixou de ser a Cidade Maravilhosa para fazer-se brutal cenário de guerra civil semelhante às das repúblicas bananeiras em que se trocam os chefes de governo de acordo com as circunstâncias da hora.

Assistiu-se a confrontos armados de média intensidade entre forças de segurança e grupos irregulares dominadores de territórios, mas com notória ação de dispositivos de quadrilhas de criminosos suficientemente preparados e treinados para a luta armada.

Um oficial do Bope, ex-capitão, alertou que “o Brasil precisa entender que não se trata de uma ação policial contra bandidos, mas de um conflito armado não internacional, quase uma guerra civil”. Faltou pouco: houve ausência de blindados específicos, como o M103 e o Clanf, que seriam capazes de transpor barricadas.

Sem esses equipamentos, que não foram cedidos pelo governo federal, as tropas precisaram avançar a pé pelos becos e vielas, aumentando sua vulnerabilidade. Pouco faltou, mesmo com 2.500 agentes das Polícias Civil e Militar, com apoio de helicópteros e veículos blindados.

Pelo que se viu, a autoridade sequer conseguiu manter sigilo em torno da operação, que visava simplesmente prisão de delinquentes por envolvimento no tráfico de drogas, homicídios e imposições de controle territorial em comunidades como vilas Kennedy e Cariri. Com apoio de órgãos especializados, realizaram-se buscas em veículos, imóveis e locais suspeitos, para desarticular a logística da facção.

Segundo as comunidades afetadas, o controle criminoso envolvia expulsão de moradores, barreiras de acesso e dispositivos como drones, para monitorar agentes de segurança.

Ficou configurado, após os embates e a carnificina, que o sistema de segurança do Rio de Janeiro é incapaz de vencer o crime organizado no Estado e de estabelecer a ordem na verdadeira acepção da palavra. Daí a conjugação de forças de vários estados no anunciado “Consórcio de Paz”.

Precisa-se de muita energia e de um conjunto vigoroso de esquemas de combate em campo. E não só no Rio, com apoio da União, evidentemente.

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I) montesclaros.com: "Em Brasília DF, 2 áreas ficam sem energia elétrica, nesta quinta, para melhora dos serviços. (Já em M. Claros, repetidas falhas no fornecimento de energia chegam até para hospitais, expondo a gravidade do problema, que é antigo, vem de longe)
Quinta 30/10/25 - 6h59"

II) Dia: 28/10/2025, 14h43m a 15h51 = 1h8m, duração da interrupção fornecida pela CEMIG à Rua Acácia de Paula, bairro Cândida Câmara, Montes Claros.

Texto do montesclaros.com:

"Apagão de energia elétrica atinge vários bairros de Montes Claros. (Interrupção durou cerca de uma hora, em alguns pontos)
Terça 28/10/25 - 15h09
16h07m, terça-feira, da Cemig:

A Cemig informa que registrou uma falha em um equipamento da Subestação (SE) Móvel que está substituindo temporariamente o fornecimento de energia da SE Montes Claros 1, que está passando por obras de modernização.

A ocorrência iniciou às 14h47 desta terça-feira, ocasionando falta de energia para clientes de alguns bairros da cidade.

Imediatamente após o início da ocorrência, a Cemig realizou manobras de cargas para minimizar o desabastecimento, enquanto providenciava os reparos necessários.

Vale destacar que a companhia fez as intervenções o mais rápido possível e, neste momento, a energia já foi restabelecida para todos os clientes.

A companhia irá apurar as causas da falha na SE Móvel.

***
A energia elétrica ficou desligada por cerca de uma hora no Alto dos Morrinhos, onde funcionam várias emissoras de rádio e a estação local da TV Globo, além de estação de tratamento de água da Copasa."

28/10/2025, 20h51m - Santos Simão e São Judas Tadeu.

III) 2 recentes interrupções acidentais do fornecimento de energia elétrica em Montes Claros, em 2025, no bairro Cândida Câmara:

Data / Horário/ Duração / Referência

12/10/2025 18:35 a 20:05 1h30m mensagem 87373, de 14/10/2025

28/10/2025 14:43 a 15:51 1h8m ---

.....................................Total 2,63h *

Obs: em apenas 2 interrupções, sendo 1 em 12/10/2025 e outra em 28/10/2025.

A Subestação Montes Claros 1 teve o DEC = 2,83 horas / ano / consumidor, em 2024 (Ref. msg 87291, de 7/4/2025).

Portanto, 2 interrupções em outubro/2025, que resultaram em 2,63 horas sem energia para este consumidor, são muito próximas das 2,83 horas registradas pelo site da ANEEL em 1 ano, por consumidor, em média.

A comparação caracteriza, assim, a necessidade de se evitar que persistam interrupções nos 2 últimos meses de 2025, pois, caso contrário, a Subestação Montes Claros 1, que teve o menor DEC em 2024, entre 30 subestações avaliadas na msg 87291, terá DEC mais elevado em 2025 e influenciará negativamente na qualidade do fornecimento do Sistema Elétrico do Norte de Minas e consequentemente na posição da CEMIG-D no Ranking das Concessionárias de Distribuição divulgado pela ANEEL em 2026, referente a 2025.

É a sugestão que humildemente faz este Engenheiro Eletricista.

Saúde e Paz.

Afonso Cláudio - 30/10/2025, 12h3m - São Geraldo Majela (1726 - 1755).

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E o orçamento

Manoel Hygino

O Brasil chegou a 213,4 milhões de habitantes em 1º de julho de 2025, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, representando crescimento de 0,3% relativamente ao ano anterior. De acordo com o IBGE ainda, o país seguirá em trajetória de crescimento até 2041, atingindo 220,42 milhões de pessoas, mas passará a encolher a partir de 2042, chegando em 2070 com 199,2 milhões.

São Paulo permanece como o estado mais populoso do Brasil, com 46.081.801 habitantes, o que representa 21,59% da população nacional. Em relação ao ano anterior, quando o número era de 45,9 milhões, houve um leve crescimento. Logo atrás, os estados com maior número de habitantes são Minas Gerais, com 21.393.441 pessoas, e Rio de Janeiro, com 17.223.547.

É o momento muito propício a meditar sobre o que nos aguarda, principalmente agora que vivemos um período de intensa atividade política, quando o próprio presidente da República, que já o foi por três vezes, anuncia seu nome para disputar um quarto mandato em 2026, quando terá ele atingido 80 anos de vida.

A campanha no Planalto está escancarada e o volume de utilização dos espaços nos meios de comunicação talvez tenha chegado ao mais elevado nível da história. Mas não se pode admitir que o Brasil esteja dividido apenas entre “nós e eles”, direita e esquerda. E há o gigantismo das organizações criminosas, responsáveis pela hora de ebulição que campeia e deixa um saldo aterrorizante de ilicitudes de toda natureza.

Não se permitirá o ódio como prática de governo, de poder, como não se admitirá a inclusão das falanges criminosas no âmbito de caminhos para o porvir. O otimismo e a confiança, contudo, devem orientar a gestão dos negócios públicos, na gestão em dúvida e declínio, a situação que não pode perdurar.

Não enfrentamos presentemente nenhuma guerra total. Mas a alta temperatura nas grandes nações como nas pequenas transformou o planejamento em sede de incompreensão e desentendimentos que nos levam a perspectiva de conflitos generalizados em todo o planeta. É preocupante e nocivo o cenário em que ora vivemos e em que pensamos. E, enquanto brigamos num círculo de insensatez, não conseguimos sequer ter uma Lei Orçamentária, o que é fundamental para os negócios públicos e planos, e projetos para o próximo exercício.

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DADOS E INFORMAÇÕES DE OUTUBRO /25

A Barragem de Juramento termina em OUTUBRO /25 com 66,28 % da sua capacidade máxima. –

3,80 mts abaixo da cota máxima – representa 29.992.376 milhões de metros cúbicos de água.

Dados de chuvas compilados nas estações pluviométricas nas três microbacias que contribuem
para a Barragem de Juramento: Rio Canoas – Rio Saracura e Rio Juramento, do mês Outubro/25

2025 chuva = 35,5 mm – somatória de 01 a 31 Outubro 2025 = 35,5 mm (início do período chuvoso
e ano agrícola)

A cidade de Montes Claros possui 450.000 habitantes (nativos e flutuantes) é abastecida por seis
captações, sendo:

- Rio São Francisco em Ibiaí-MG - Barragem de Juramento MG - captação
superficial do Rio Pacuí em Coração de Jesus - LAPA GRANDE (contribui com 11,0 % do
abastecimento) - Rebentão dos Ferros (Nova Esperança) e Barragem dos Porcos (KM 6,5 - BR
365) – além de uma vasta bateria de poços profundos (conhecidos como artesianos). Todas
essas captações ofertam em torno de 95,04 milhões de litros/dia, (média).

Além das captações citadas, a Copasa conta com captação sazonal [superficial] do Rio Verde
Grande. O objetivo é aumentar a oferta de água nos períodos de chuvas sem pressionar as
demais captações.

Por conta do desperdício, de 43,38% da ÁGUA TRATADA É PERDIDA, [dados do INSTITUTO
TRATA BRASIL / GO Associados em 2025] ou seja: 43.102.368 milhões de LITROS da água
potável produzida diariamente NÃO são faturadas devido às perdas.

Os cifrões (R$) perdidos improvisam a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de
Água e de Esgotamento Sanitário (ARSAE-MG) a uma revisão tarifária; penalizando o
consumidor.

- Não obstante a Copasa está tentando reduzir as perdas. – Apenas 3,68% foram reduzidos de
2024 para 2025.

PERDAS É UM PROBLEMA CRUCIAL – geralmente - acontecem de várias formas: Vazamentos
aos extremos nas redes de distribuição com muita demora nas soluções dos problemas. – Roubo
de água na ligação clandestina [direto da rede] – roubo de água desviada do hidrômetro [by-pass]
– ligações não cadastradas - hidrômetros velhos ou parados – lavagem de filtros da estação de
tratamento e, em alguns casos adutoras de água tratada vazando.

Neste ano [2025], já foram investidos R$ 23,5 milhões em obras estruturantes – contudo, a
Descarga de Fundo / Válvula Dispersora continua correndo o risco de explodir. Há mais de 15
anos foi instalado um registro provisório, e até hoje NÃO FOI FEITO O SERVIÇO DEFINITIVO.

Caso o registro de manobra venha desprender do tubo da câmara galeria, a barragem será
esvaziada em pouco tempo.

Embora, a gerência reconheça a importância do DISPOSITIVO [descarga de fundo]; não vêm
focando na recuperação deste dispositivo.

O serviço de combate às perdas da água está sendo feito - porém, em ritmo contraproducente.

Não falo apenas dos serviços e da falta d’água em Montes Claros;

A incompetência nas expansões (ampliação e modernização), a empresa vem sendo alvo de
várias matérias nas redes de TV e nas emissoras de Rádio. Tudo poderia ser evitado se as
gerências regionais de Montes Claros mostrassem mais aptidão nas suas gestões. - Inépcia total!
É por isso que o processo de privatização da Copasa vem tomando força!

Os milhões investidos pelo Governo de Minas Gerais ainda não surtiram efeitos positivos; os
bairros da cidade vivem sofrendo com as torneiras secas.
 Em suma: a insatisfação dos consumidores é evidente – muitos até ironizam

- “ONDE TEM
COPASA, TEM MOVIMENTO DE RECLAMAÇÕES”!

 
Em tempo: Quando cito as deficiências do atendimento da Copasa – me refiro somente a gestão
inapta! - A Copasa é uma grande empresa com normas épicas e de bons projetos para
universalizar o saneamento.  

XXXI - X - MMXXV

José Ponciano Neto é Técnico em Recursos Hídricos /Meio Ambiente – Ex Supervisor de
Gestão de Barragens e supervisor de Estação Climatológica com tanques Classe A – Membro do Instituto Histórico e
Geográfico de Montes Claros -IHGMC e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas – Colunista Literário do Site:
montesclaros.com / 98,9 FM – Colaborador Novo Jornal de Notícias

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15h33m, sexta-feira, de José Ponciano Neto:


Chuva prevista pela 98FM para depois do meio da tarde, agora coloca um véu no alto das emissoras

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Novo foco de fogo (com grande proporção) ataca nas serras de Miralta e Mucambo Firme. Com a vinda da chuva não vai demandar os "Air trator" do IEF.

José Ponciano Neto

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Agora sem Mendonça

Manoel Hygino

Faleceu, no passado 21 de outubro, o jornalista José Mendonça, um dos personagens quase lendários nos meios de comunicação de Belo Horizonte, que aqui amou quase 108 anos dos 128 da capital, inaugurada em 12 de dezembro de 1897. Eis que nascido em 22 do último mês de 1917. Seu falecimento se deu numa fria noite deste 2025, marcado por temperaturas que alcançaram menos de nove graus, lembrando Alfenas, no Sul de Minas, em que veio à vida.

Na capital, ainda criança, escolheu a profissão. Seria advogado e se formou pela Universidade de Minas Gerais, a celebrada instituição fundada em 27 de setembro de 1927 pelo presidente Antônio Carlos, em grande parte ao desvelo de Mendes Pimentel, a que tanto ficou devendo a educação e a formação profissional.

Com Minas Gerais ardente na política, que influenciara o país num dos períodos mais demonstrativos de sua vocação, Mendonça ingressou no jornalismo que dava o tom da vida estatal em sua existência em âmbito nacional.

Com o cabedal conquistado na UMG – Universidade de Minas Gerais, o recém-formado revelou a que viera na jovem sociedade belo-horizontina, acompanhando e contribuindo dentro de sua formação profissional para o crescimento de uma capital digna, bela e justa.

Homem de jornal, convenceu-se da importância dos meios de comunicação que rapidamente se aperfeiçoavam, e na cátedra da Faculdade a que já se devotava ou nas páginas das folhas, à formação dos jovens. Cristão e católico, uniu-se ao pensamento da Igreja em nosso meio, assumindo cargos e incumbências no Seminário, que se criara. Fundado “O Diário”, que se transformaria no maior jornal católico da América Latina. Na direção de sua redação se encontrava José Mendonça, enquanto houve fôlego e financiara no periódico para manutenção.

As imposições da hora fizeram de Mendonça chefe da Sucursal de “O Globo” e correspondente da “Folha de São Paulo”. Levado a ser um dos defensores de instrumentos de defesa da Classe, colaborou com dedicação à fundação do Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais.

Evoco aqui e agora Rui Barbosa, ao despedir-se de Machado de Assis: “A morte não extingue, transforma; não divorcia; não aniquila, renova; não divorcia, aproxima”. Graças a Mendonça, Adival Coelho e Anis Leão, implantou-se o primeiro curso de Jornalismo em Minas.

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Perigo à vista

Manoel Hygino

Estamos falando sério, não é brincadeira. O Brasil decidiu tomar providências consistentes com relação aos jumentos, que não se resumem àqueles expostos ao final de cada ano nos presépios na época natalina. É tradição das mais belas do período, reverenciando o nascimento de Jesus. Mas a iniciativa governamental recente partiu de outros pressupostos.

Entre 1999 e 2024, o Brasil registrou uma queda de 94% na população de jumentos, passando de 1,37 milhão para cerca de 78 mil animais, segundo levantamento da organização The Donkey Sanctuary com dados da FAO, IBGE e Agrostat.

O declínio se acentuou a partir de 2018, quando o país passou a autorizar o abate comercial desses animais, principalmente na Bahia. Estima-se que mais de 248 mil jumentos tenham sido abatidos desde então.

A pele dos jumentos é usada para produzir ejiao, uma substância valorizada pelo mercado asiático. O comércio é altamente lucrativo. Cerca de 5,9 milhões de jumentos são abatidos por ano, que movimenta cerca de US$ 6,4 bilhões. No Brasil, a pele de um único jumento pode chegar a custar até US$ 4 mil. O preço do animal vivo, impulsionado pela escassez, saltou de cerca de R$ 100 para até R$ 500 no interior do Nordeste. O crescimento dessa demanda pressiona o rebanho nacional, tradicionalmente ligado a atividades rurais e à cultura do seminário. O risco de extinção é considerado real por especialistas, que apontam que, se a tendência atual continuar, os jumentos podem desaparecer do território brasileiro até 2030.

Para debater soluções, a Universidade Federal de Alagoas sediou, entre 26 e 28 de junho, o 3º Workshop Internacional “Jumentos do Brasil: Futuro Sustentável”, com foco em alternativas ao abate e conservação da espécie.

A pauta também chegou ao Legislativo. Dois projetos de lei – um federal e outro estadual – propõem a proibição do abate desses animais.

Diante da realidade, um jornalista atuante na cobertura de trabalhos em parlamento, indagava: “se houver realmente esse declínio e até o fim dos jumentos no país, haverá um esvaziamento ou redução drástica do legislativo. É, efetivamente, uma ameaça altamente perigosa a um dos poderes da República”.

Ou não?

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Paz difícil

Manoel Hygino

O mundo está efetivamente em rebelião, como dizia aqui, dias antes. Nós que trabalhamos ou escrevemos em jornais acompanhamos com apreensão o problema. Aylê-Salassié Filgueiras Quintão, que é do ramo e professor, disse: “Não bastassem os cenários apocalípticos, cada vez mais frequentes, as erupções vulcânicas, os terremotos, tsunamis, inundações, e o covid-19, deixando para trás marcas de destruições catastróficas, os homens, mesmo assim, insistem em fazer guerra. É a "marcha da insensatez" de um grupo de meia dúzia de líderes empoderados pelas próprias ambições. Essa vaidade pessoal, transferida para os estados nacionais, extingue vagarosamente a vida no planeta. Desorganiza países, economias, cidades, promove a morte de populações inteiras, fecham escolas, hospitais, explodem pontes e destroem terras agrícolas”.

E o que se pode aproximadamente pensar, diante do que ora ocorre acima da linha do Equador, cá nas terras descobertas por Colombo. Os Estados Unidos, parceiro do Brasil em mais de um entrevero, inclusive duas guerras mundiais, não se contentam com os conflitos entre a Rússia e Ucrânia. Estão travando uma guerra de boca com a Venezuela, coisa, aliás, de muito tempo.

Os dois querem controlar a navegação no Golfo do México, segundo Trump, para acabar com o ingresso de narcotraficantes em território ianque. Nicolás Maduro sabe que não pode enfrentar o Donald, porém Tio Sam insiste no afundamento de barcos venezuelanos na região, sempre com mortes.

Em que isso vai dar, adivinha-se. Enquanto na margem mexicana do rio Grande a história disputa com a força defensiva ianque segue, o orador principal do Salão Oval da Casa Branca se volta contra a Colômbia. Em seu natural destampatório, Trump anunciou que, se o Executivo ao lado não tomar providências contra as gangues do narco, ele mandará dispositivos americanos fazê-lo. Não disse quando, nem como.

No entanto, em âmbito interno, as coisas tampouco andam boas. Milhares de manifestantes tomaram as ruas de várias cidades dos Estados Unidos em protestos contra políticas vistas como autoritárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. O protesto, chamado “No kings” (sem reis), organizado por cerca de 300 grupos civis, critica medidas do republicano relativas à imigração, educação e segurança que estão levando o país por um caminho autocrático, segundo os manifestantes. Entidades participantes mobilizaram cerca de 2,6 mil focos de protesto.

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O mundo nas mães

Manoel Hygino

O noticiário internacional é rico e atrai a atenção para os que desejam estar em dia com o que acontece no mundo. De antenas e olhos ligados no outro lado do planeta, o interesse é sobre a sucessão de terremotos, como o que sacudiu o centro das Filipinas, deixando destruição e mobilizando equipes de resgate.

Do lado de cá, a preocupação é om as desavenças políticas que mudam o cenário interno dos nossos países. Na madrugada de sexta-feira, o Congresso Nacional do Peru aprovou o afastamento da presidente Dina Boluarte, alegando “incapacidade moral permanente”.

Por unanimidade ou quase — 124 votos — os parlamentares destituíram a presidente. Como prevê a estrutura constitucional peruana, José Jerí, presidente do Congresso, tomou posse imediata como presidente interino do país.

Dina Boluarte, de 63 anos, enfrentava forte rejeição popular e investigações por enriquecimento ilícito e pela repressão em protestos. Será que, com relação à corrupção, o sexo feminino quer igualar ao masculino?

Jerí assumiu o poder prometendo instalar “um governo de reconciliação” e declarar guerra ao crime, principal problema que levou ao colapso político do governo anterior. Por lá, também, o crime se organizou à suficiência, como em outros países latino-americanos. Jerí tem 38 anos e é membro do partido conservador Somos Peru, e será o sétimo presidente do país desde 2016.

Entrementes, nos Estados Unidos a situação anda nada boa para o presidente Trump, às voltas para tentar pacificar as passagens para o outro lado do planeta no Oriente Médio. Em âmbito interno, o republicano não conseguiu aprovar uma nova proposta orçamentária e, assim, evitar o chamado “shutdown”, por força do que vários setores públicos suspenderam atividades.

Trump se reuniu com os líderes do Congresso na Casa Branca para buscar entendimento, mas não houve consenso ainda com os democratas. O vice-presidente, J. D. Vance, declarou que o governo caminha para uma paralização, caso não haja acordo. O prazo final para a decisão coincide com o encerramento do ano fiscal americano, o que reforça a urgência do impasse, que leva grupos às ruas em grandes cidades do Tio Sam.

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montesclaros.com: "Apagão elétrico * que atingiu grande parte do Brasil, nesta madrugada, cortou a luz em Minas, S. Paulo, Rio, Bahia, Goiás, Distrito Federal e Amazonas, entre outros estados. Terça, 14/10/25 - 6h10".

Interrupções no Sistema Interligado Nacional

* Causa: incêndio registrado na Subestação de Bateias, em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, componente da Companhia Paranaense de Energia (COPEL) e do Sistema Interligado Nacional (SIN).

Entre 31 Concessionárias Distribuidoras de energia elétrica, de Grande Porte, que atendem mais de 400 mil unidades consumidoras, a COPEL ocupa o 29º lugar, com DGC (Indicador de Desempenho Global de Continuidade) em ordem crescente igual a 0,92, conforme o último ranking, de 2024, publicado pela ANEEL- Agência Nacional de Energia Elétrica em 02/04/2025.

Conforme a mensagem 87364, de 21/9/2025, o DGC da COPEL é muito próximo ao da CEMIG-D, igual a 0,91 e no 28º lugar do mesmo ranking.

A propósito, no último Domingo, 12/10/2025, o bairro Cândida Câmara, de Montes Claros, ficou na escuridão, sem energia elétrica, entre 18h35m e 20h5m, com muito desconforto devido ao calor, possibilidade de deteriorarem produtos guardados em geladeiras, com a segurança comprometida nas residências, igrejas, clínicas, estabelecimentos comerciais, ruas/avenidas etc., além da falta da Internet, tão indispensável numa situação como essa, durante 1h30m.

Deus abençoe os profissionais das Concessionárias para que contribuam da melhor forma possível para ocuparem melhores posições no ranking citado e atendendo os consumidores com índices gerenciais (DGC, DEC e FEC) que traduzam excelente qualidade do fornecimento de energia elétrica em Minas Gerais e no Brasil.

Saúde e Paz.

Afonso Cláudio - Engenheiro Eletricista
14/10/2025, 18h10m - amanhã: Santa Teresa de Ávila

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O PARQUE LAPA GRANDE: DEVIDO A CONDIÇÕES PERIGOSAS DE INCÊNDIO PODE DEIXAR VISITANTES VULNERÁVEIS.

Devido as recorrências de incêndio o Parque Estadual Lapa Grande (PELG) que inclui todas as trilhas e áreas de visitantes, o IEF - UNIDADE REGIONAL DE FLORESTAS E BIODIVERSIDADE NORTE, deveria seguir o exemplo do Parque Nacional Serra da Gandarela (Rio Acima – mg) – Parque da Serra da Piedade (Caeté-Mg) e outros, fechando o PELG literalmente para visitantes ou pesquisadores.

Esta é uma medida de precaução e, no momento em que há risco imediato de incêndio dentro do PELG – permanecendo no local somente a Força Tarefa Previncêndio do I.E.F e Bombeiros Militar - equipes que estarão patrulhando ativamente usando motos e drones.

Esses fechamentos podem ser implementados em curto prazo, se o risco de incêndio aumentar - permanecendo em vigor durante o período de seca e temperaturas altas e prolongadas, com grande redução; umidade extremamente baixa e períodos de ventos fortes. o PELG está tendo comportamentos de incêndios reincidentes com grande escala, que preocupante.

Estes incêndios são devastadores – sua extensão, duração, momento e ferocidade, de ano a ano vem destruindo a objetividade dos decretos nº 44.204/ 2006 e nº 46.692/14, que obriga o I.E.F. proteger a biodiversidade e o manancial de água que oferta 10% do abastecimento de Montes Claros (110 l/s)

No Parque Estadual Lapa Grande (PELG) a extensão dos incêndios excedeu em muito, esta temporada registrou mais de 30% impactado negativo, com + ou –, 15% totalmente queimados.

A Serra dos Montes Claros é um patrimônio com mais de 8.000,00 ha (oito mil hectares) onde habitam milhões de mamíferos, aves e répteis.

A diversidade genética na área será bastante reduzida e espécies poderão desaparecer, muitas espécies, e possivelmente comunidades ecológicas, estão sendo destruídas anualmente. Nossa biodiversidade - nacionalmente reconhecida - está em risco e é imperativo que o I.E.F. - Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade Norte, trabalhe para restaurá-la e protegê-la.

A desculpa de ser “incêndio criminoso” é resultado da prevaricação da organização do PELG. – “cachorro entra na igreja porquê acha a porta aberta.”

Ontem, o crepúsculo da Serra Ibituruna foi palco de uma tristeza; o fogo disputava com o sol quem destacava mais – o fogo venceu! (foto)

Peço desculpas por qualquer inconveniente, no entanto, a segurança da biodiversidade; da água; dos visitantes e funcionários do PELG é de extrema prioridade.

X – X – XXV
(*) José Ponciano Neto é Técnico em Recursos Hídricos /Meio Ambiente – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros -IHGMC e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas – Colunista Literário do Site: montesclaros.com / 98,0 FM – Colaborador Novo Jornal de Notícias

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A riqueza aqui

Manoel Hygino

Está em franca efervescência o gravíssimo problema relativo à trama para um golpe de Estado no Brasil, já julgado pelo STF. É lamentável que se tenha de usar estas linhas para ideia tão lastimável. Há inúmeros outros desafios a vencer e levar a nação a uma situação admirável no planeta. O caso do meio-ambiente, por exemplo, mas há também das terras raras em que o Brasil é rico.

Não só a administração pública e os políticos devem cuidar. Em Belo Horizonte. Dom Walmor Oliveira de Azevedo, há dias, comentou o Projeto de Lei 2.159/2021 já aprovado pela Câmara dos Deputados, que nos pode ser altamente prejudicial se precisa “ser sensível a parecer e entendimentos de instituições competentes e éticas. A matéria não se esgota no viés político”.

Diz, ainda, o alto dignitário: “O Projeto de Lei pode escancarar as portas para empreendimentos.... e levar ao flagelo o conjunto da sociedade, sobretudo os mais pobres, os povos originários, em favor do lucro e do desenvolvimento que pode encher os olhos e os bolsos, prejudicando o compromisso com o desenvolvimento integral”.

O Brasil, o mundo, está em momento de grandes decisões, tanto no meio-ambiente quanto na mineração, que segue puxando a arrecadação de tributos e que alcançou, entre nós, recorde em julho. Presentemente, Minas olha sem maior cuidado: o tesouro que existe em seu território, que são os depósitos de elementos vitais para a indústria tecnológica, combinados com nióbio.

Refiro-me às terras raras, que fizeram da China a grande potência de hoje, as mesmas que levaram a Rússia de Putin à guerra com a Ucrânia, na qual muitos milhares de seres humanos já perderam a vida. Em Minas Gerais, há 83 municípios com processos minerários em vários estágios. Enquanto isso, o Brasil tinha, em fim de agosto, 2. 2341 processos na espécie.

As “terras raras” são 17 elementos químicos essenciais à indústria moderna. E o chão de Tiradentes foi premiado pela natureza: Esses elementos, toda essa riqueza, têm no Estado os maiores depósitos do país, formando a segunda maior reserva nacional. Nosso estado pode, assim, grande chance de fazer justiça a seu povo com utilização adequada do que aqui se encontra. Mas, é preciso prudência, sabedoria e espírito público.

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QUEIMADAS: SEU CUSTO NO COMBATE “VS” PROATIVIDADE

Alguns anos no passado comentei acerca dos incêndios no interior do Parque Estadual Lapa Grande (PELG).

Amigamente a Serra do Melo (alguns a adoçaram) – a Fazenda Lapa Grande e São Marcos todos os anos havia queimadas controladas pelos fazendeiros com o objetivo de preparar a terra para plantio e fortalecer a capineira. Mas, nada parecido com o que vemos agora e todos os anos no PELG.

A falta de proatividade está sumariamente comprometendo a Fauna e a Flora do Parque (PELG), além da fumaça que espalha pelas comunidades rurais afetando a saúde das pessoas.

Com relação ao custo: o absurdo está no gasto com os “Air Tractors” e seus pilotos - Bombeiros militares – dezenas de pessoas e instituições (alimentação e lanches para todos) – Nove caminhonetes – caminhões-pipa e a água lançada pelos Air Tractors foto).

Imagine o cu$to desta logística... daria para contratar mais de 100 brigadistas efetivos por ano. Desde que mundo é mundo, existe vandalismo – para combatê-los, só mesmo com a proatividade por meio de vigilância motorizada.

Passei pela BR 365 na sexta-feira 03/10 – de longe avistei um o fogo e a fumaça que mais parecia a boca de um vulcão. Um cenário avermelhado com cores bonitas que ardiam na natureza (foto).

Cadê os profissionais das Ongs? Onde estão?

Serra dos Montes Claros é um dos aquíferos que abastece Monte Claros, ofertando 10% da água distribuída. Então está na hora de rever quem é a responsabilidade e propor uma ação de regresso do causador dos danos. - Alguém é culpado!

VII – X – XXV
(*) José Ponciano Neto é Técnico em Recursos Hídricos /Meio Ambiente – Supervisor de
Gestão de Barragens e Supervisor de Estação Climatológica – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros -IHGMC e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas – Colunista Literário do Site: montesclaros.com / 98,0 FM – Colaborador Novo Jornal de Notícias

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Perigos nas rodovias

I) Cresceu em quase 10% o número de acidentes em rodovias federais com veículos pesados, no Estado de Minas Gerais, registrados e comparados de janeiro a agosto de 2024 com o mesmo período de 2025, conforme a Polícia Rodoviária Federal, divulgado pelo g1 em 30/9/2025.

Dados dos acidentes / jan a ago 2024 / jan a ago 2025 / Var. %

Ocorrências 1827 2006 +9,8
Feridos 883 927 +5,0
Mortos 86 97 +12,8

II) Análise de 8 acidentes publicados pelo montesclaros.com entre 24/9/2025 e 02/10/2025, envolvendo veículos pesados, em rodovias do Norte de Minas.

1) "Caminhão levava 30 mil litros de Diesel e 5 mil de gasolina: "Por razões ainda não apuradas, o veículo tombou ao realizar uma curva, ocasionando a separação entre o cavalo mecânico e o semirreboque"...Quarta, 24/09/25 - 22h49".
"km 40 da MGC 451, ZR de Olhos D`água/MG."
"Condutor dispensou atendimento médico no local."

2) Em Bocaiúva, na BR-135, 2 km após o novo trevo: "Apesar da gravidade da colisão, os motoristas das duas carretas sofreram apenas ferimentos leves e ...". Sábado, 27/09/25 - 6h07.
"MGC-135, sentido Bocaiúva, aproximadamente 2 km após o novo trevo."

3) BR-135, em Bocaiúva, ficou interditada por cerca de 4 horas após o acidente: choque entre carreta e Fiat matou enfermeira de 27 anos. Domingo, 28/09/25 - 11h39.
"ferimentos graves no motorista do carro..."
Km 443, BR-135.

4) Novo incêndio de carreta na BR-251. Dois irmãos escaparam sem ferimentos. Segunda, 29/09/25 - 15h53.
BR-251, Santa Cruz de Salinas.

5) Acidentes com 2 mortes deixou a BR-135 fechada, por cerca de 6 horas, após as 21h de segunda feira: caminhão com equipamentos para abertura de poços artesianos foi atingido por 2 carretas. Terça, 30/09/25 - 7h32
"Km 461, próximo ao trevo de Engenheiro Dolabella."

6) Caminhão carregado com sucata pegou fogo na BR-135, perto do antigo posto da PM. Terça, 30/09/25 - 18h12
"próximo km 375, ZR de M. Claros." "Ninguém se feriu.

7) "... a motocicleta ficou totalmente danificada e foi liberada para a testemunha (filho da vítima fatal)". Quinta, 02/10/25 - 10h02.
Km 27, LMG - 654, Coração de Jesus; "caminhão-trator DAF XF".

8) Carro invadiu a contramão e matou seu motorista na BR-365, em Buritizeiro. Choque incendiou a cabine do caminhão e atingiu parte da carga. Quinta, 02/10/25 - 23h50.
"Carro tem placa de Ribeirão Preto, São Paulo."

Resumo:

5 mortes e 3 feridos (sendo 1 grave) nos 8 acidentes;

Rodovias / Acidentes
BRs 6
MGs 2
Total 8 ; 6/8 = 75,0% nas BRs

Veículos pesados 11
Veículos leves 3
Total 14 ; 11/14 = 78,5% nos veículos pesados

Rodovias / Acidentes / %
BR-135 4 50,0
BR-251 1 12,5
BR-365 1 12,5 ; Total nas BRs = 75%
MGC-451 1 12,5
LMG-654 1 12,5 ; Total nas MGs = 25%
Total 8 100,0

III) Conclusão e sugestões

Fica o alerta para os motoristas.
Em 8 acidentes rodoviários ocorridos em apenas 8 dias no Norte de Minas, 75% foram em rodovias federais e 78,5% foram envolvidos veículos pesados, com percentuais do item II muito elevados, o que pode resultar em variações percentuais elevadas nas comparações semestrais, como as do item I.

Toda prevenção de acidentes é indispensável, para se evitar os acidentes rodoviários e suas trágicas consequências.

Saúde e paz.

Afonso Cláudio - Engenheiro
7/10/2025, 14h32m.

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(...)

A Barragem de Juramento termina em SETEMBRO /25 com 70,90 % da sua capacidade máxima. – 2,90 mts abaixo da cota máxima – representa 31.649.760 milhões de metros cúbicos de água.

Dados de chuvas compilados nas estações pluviométricas nas três microbacias que contribuem para a Barragem de Juramento: Rio Canoas – Rio Saracura e Rio Juramento, do mês Setembro 2025 chuva = 32,1 mm – somatória de 01 Outubro 2024 a Setembro 2025 = 844,1mm

A cidade de Montes Claros possui 450.000 habitantes (nativos e flutuantes) é abastecida por seis captações, sendo: - Rio São Francisco em Ibiaí-MG - Barragem de Juramento MG - captação superficial do Rio Pacuí em Coração de Jesus - LAPA GRANDE (contribui com 11,0 % do abastecimento) - Rebentão dos Ferros (Nova Esperança) e Barragem dos Porcos (KM 6,5 - BR 365) – além de uma vasta bateria de poços profundos (conhecidos como artesianos). Todas essas captações ofertam em torno de 95,04 milhões de litros/dia, (média).

Atualmente a empresa vem ampliando a captação sazonal [superficial] do Rio Verde Grande visando melhoria do sistema. O objetivo é aumentar a oferta de água nos períodos de chuvas sem pressionar as demais captações.

Por conta do desperdício, de 43,38% da ÁGUA TRATADA É PERDIDA, [dados do INSTITUTO TRATA BRASIL / GO Associados em 2025] ou seja: 43.102.368 milhões de LITROS da água potável produzida diariamente NÃO são faturadas devido às perdas.
Os cifrões (R$) perdidos improvisam a Agência Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário (ARSAE-MG) a uma revisão tarifária; penalizando o consumidor.
- Não obstante a Copasa está tentando reduzir as perdas. – Apenas 3,68% foram reduzidos de 2024 para 2025.

PERDAS É UM PROBLEMA CRUCIAL – geralmente - acontecem de várias formas: Vazamentos aos extremos nas redes de distribuição com muita demora nas soluções dos problemas. – Roubo de água na ligação clandestina [direto da rede] – roubo de água desviada do hidrômetro [by-pass] – ligações não cadastradas - hidrômetros velhos ou parados – lavagem de filtros da estação de tratamento e, em alguns casos adutoras de água tratada vazando.

A Copasa Montes Claros divulgou que investiu em tecnologias inovadoras, como a Inteligência Artificial (IA) 4Fluid, que correlaciona ruídos a possíveis vazamentos ocultos e mapeamento de vazamentos por satélite... mas, até agora (...)

Neste ano [2025], já foram investidos R$ 23,5 milhões em obras estruturantes – contudo, a Descarga de Fundo / Válvula Dispersora continua correndo o risco de explodir.

Há mais de 15 anos foi instalado um registro provisório, e até hoje NÃO FOI FEITO O SERVIÇO DEFINITIVO. Caso o registro venha desprender, a barragem será esvaziada em pouco tempo. (foto)
Embora, a gerência reconheça a importância do DISPOSITIVO [descarga de fundo]; não vêm focando na recuperação deste dispositivo.
O serviço de combate às perdas da água está sendo feito - porém, em ritmo contraproducente. Não falo apenas dos serviços e da falta d’água em Montes Claros;


A incompetência nas expansões (ampliação e modernização), a empresa vem sendo alvo de várias matérias nas redes de TV e nas emissoras de Rádio. Tudo poderia ser evitado se as gerências regionais de Montes Claros mostrassem mais aptidão nas suas gestões. - Inépcia total! É por isso que o processo de privatização da Copasa vem tomando força!

Os milhões investidos pelo Governo de Minas Gerais ainda não surtiram efeitos positivos; os
bairros da cidade vivem sofrendo com as torneiras secas.

Em suma: a insatisfação dos consumidores é evidente – muitos até ironizam - “Onde tem Copasa, tem movimento de reclamações”!

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Relevância do SUS

Manoel Hygino

Em meio ao turbilhão de notícias más sobre a administração pública no país, tem-se até medo de percorrer o divulgado pelos noticiários, sobretudo dos jornais, a que mais pode pairar diante de nossos olhos. Detrás das boas e auspiciosas informações, não se assusta o leitor diante da suspeição e do possível engano de entendimento do conteúdo.

Por isso mesmo é que o distinto público brasileiro vê e examina com cuidado o que também se diz a respeito do SUS, que está completando 35 anos de serviços prestados à população. É fenômeno raríssimo. A partir da Constituição de 1988, o Sistema foi implantado, fundamentando-se na universalidade, integralidade e equidade, para tornar-se, em período bastante razoável para experimentação, um dos melhores e maiores do mundo. Isto mesmo, do mundo.

O SUS, a despeito de tudo e de todos: de fatores negativos do meio, consagra-se, embora aspectos prováveis de gestão imperfeita e de insuficiência de recursos, além de condições para atuação no próprio meio em que atua.

Presentemente, o Sistema é responsável, segundo o Ministério da Saúde, por 75% de atendimentos médicos em todo o país, contando com a muito valiosa contribuição da rede filantrópica, responsável por mais de 50% da demanda nacional de leitos.

Não se trata, ademais, do simples oferecimento da consulta. O SUS propicia procedimentos de alta complexidade, inclusive no âmbito de transplantes públicos, em que aparece em segundo lugar, com o primeiro ainda com os Estados Unidos.

A Santa Casa de Belo Horizonte, primeira unidade de saúde na inaugurada capital, em 1897, segue seu histórico caminho. Ela é hoje a maior transplantadora hospitalar no país, e, entre suas missões, está o complexo procedimento em fígado e coração.

Por tocar em assunto tão sério, registro que a Newsweek, celebrada revista americana, ressaltou recentemente a relevância do Brasil nesse campo: em 12 especialidades médicas, nosso país comparece também 12 vezes entre os melhores do mundo.

Não se precisaria enfatizar muito a performance do Sistema. Basta lembrar sua atuação durante a pandemia, para realçar sua eficiência em todo o território do país. Não fosse o SUS, a trajetória da enfermidade seria ainda maior, com milhares de novas vítimas.

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Em um 21 de abril

Manoel Hygino

Conservei o texto do discurso do prefeito de Ouro Preto, pronunciado em memória e honra de Joaquim José, o Tiradentes, durante a pandemia. Uma joia, como dizem os mineiros. Ângelo Oswaldo de Araújo Santos, da Academia Mineira de Letras, foi efusivo e forte, diante dos acontecimentos que marcaram a data e válido em meio aos sobressaltos desta hora.

Admitindo a redução do rito, o orador observou: “Há exatos 70 anos, o governador Juscelino Kubitschek presidia a primeira cerimônia na qual, desde então, Minas Gerais celebra, em Ouro Preto, o Dia do Tiradentes e dos conjurados de 1789. A dimensão nacional da Inconfidência Mineira, cujas projeções a situam, de modo relevante, no contexto dos movimentos libertários das Américas, motivou o estadista de Brasília a estabelecer o rito que aqui parcialmente se renova.

Ouro Preto tem sofrido as mais profundas perdas com as injustiças da atividade mineradora, o baque econômico da pandemia e as recentes chuvas desastrosas do longo verão. Ouro Preto escancara todas as faces da História. O ouro nos deixou o barroco, mas o ciclo do ferro nos condena ao barraco e nos afoga no barro. Interesses e obstáculos econômicos e o obscurantismo político não devem prevalecer sobre as aspirações da sociedade. Tiradentes nos legou essa capacidade de resistência à opressão e de indignação ao império da estupidez. Faz 180 anos, Teófilo Ottoni chegou preso a Ouro Preto e o povo cercou a cadeia na tentativa de libertá-lo. Meio século após a execução de Tiradentes, o líder da Revolução Liberal de 1842 restaurava o ideário da Inconfidência. Hoje como ontem, seguimos o rumo traçado por Tiradentes, Teófilo Otoni e Juscelino Kubitschek.

É com este sentimento, que vibra nas pedras de Ouro Preto e faz bater forte o coração, que reafirmamos a crença na liberdade, na justiça e na democracia.

Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes, reaviva em nós a consciência democrática. A primeira universidade do Brasil foi imaginada aqui, e de novo sonhamos com o ressurgimento da universidade. As primeiras manifestações genuínas da nossa cultura, tal como faz cem anos, reconheceram os modernistas pioneiros, brotaram aqui, e voltamos com o mesmo ímpeto a buscar a liberdade de expressão.

Que as celebrações da Inconfidência Mineira nos tornem cidadãs e cidadãos renovados na esperança. Temos a certeza de que não há outra via senão aquela que dá continuidade à vocação de Minas para a liberdade e nos conduz a todos ao destino democrático do Brasil”.

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Por princípio editorial, o montesclaros.com não divulga casos de suicídio, especialmente quando associados a homicídios ou outras formas de violência.

A decisão não é circunstancial, mas resultado de profunda e demorada convicção ética, humana.

Estudos indicam, comprovam que a exposição de casos dessa natureza gera riscos de repetição, ampliando o sofrimento de famílias e comunidades.

Nosso dever, arraigado, é informar, preservar a dignidade e respeitar a dor, que é de todos.

Dever irredutível, ancorado nos princípios da compaixão e nas páginas cristãs mais profundas e irrenunciáveis.


Este é o nosso princípio editorial permanente, desde sempre, a não ser em circunstâncias excepcionalíssimas, quando o proveito humano se revelar superior, e se isto tiver chance de ocorrer. Assim, seguiremos

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Qualidade do fornecimento de energia elétrica em Minas Gerais e no Brasil

I) montesclaros.com: "CEMIG ainda não sabe o que deixou grande parte de M. Claros sem energia elétrica, na noite de ontem: "... foi registrada uma ocorrência na subestação Montes Claros 4", que está sendo apurada. Sexta, 19/09/25 - 7h54."

II) montesclaros.com: "Depois do apagão da noite de ontem, população de M. Claros sofre com seguidos picos de energia elétrica, afetando todo tipo de equipamento. Sexta, 19/09/25 - 15h23."

Símbolos:

DEC - Duração Equivalente de Interrupção por Consumidor
FEC - Frequência Equivalente de Interrupção por Consumidor
DGC - Desempenho Global de Continuidade
TR/NT - Departamento de Transmissão Norte

Relembrando a mensagem 87291, de 7/4/2025, uma das 7 Subestações (23,3%) que tiveram DECs inferiores ao DEC apurado da CEMIG-D em 2024 (9,46 horas/ano/consumidor) foi a Subestação Montes Claros 4, com 7,86 hs/ano/cons, entre 30 Subestações do Norte, Centro e Triângulo de Minas, porém a melhor performance foi da Subestação Montes Claros 1, com 2,82 hs/ano/cons.
As demais 23 Subestações (76,7%) tiveram DECs superiores ao da CEMIG-D.

A mensagem 87292, de 9/4/2025, "Sugestões à CEMIG-D" destacou a necessidade de redução do DEC e do FEC no Norte de Minas e em outras regiões de Minas Gerais, reduzindo o DGC e atingindo os primeiros lugares no Ranking da ANEEL - Agência Nacional de Energia Elétrica, através de ações técnicas e gerenciais eficazes continuamente.

Em 2024 o DGC da CEMIG-D foi 0,91, sendo classificada no 28º lugar, a pior posição entre 31 Concessionárias de Distribuição de Grande Porte do Brasil, no período 2011/2024.

O item IV da mensagem 87289, de 5/4/2025 destacou: "Redução do DEC do TR/NT entre 1989 e 1995": "...de 14,75 hs/ano/cons para 4,8 hs/ano/cons."

Saúde e paz.

Afonso Cláudio - Engenheiro Eletricista, aposentado em 1996.
21/9/2025, 11h14m - São Mateus

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Saúde exige recursos

Manoel Hygino

Ainda obscuro o futuro próximo do Brasil, depois da polarização política e o intervencionismo não velado do atual ocupante da Casa Branca, que atingiu praticamente todos os países, além de organizações importantes à comunidade como a própria OMS. A situação é assustadora e até desumana.

Há dias, jornal de Belo Horizonte publicava com destaque que a capital tem déficit mensal de R$ 40 milhões na Saúde. E a metrópole dos mineiros está numa situação especial geograficamente, longe das variáveis climáticas antes típicas do Nordeste ou das rebeliões da natureza do Sul. Os hospitais do Sudeste, supostamente próspero e feliz, denunciaram atraso nos repasses de recursos municipais como a capital de Minas.

Os estados apenas revelam a crise financeira da Secretaria Municipal de Saúde, que enfrenta desde o início do ano déficit mensal de R$ 40 milhões. No Hospital Risoleta Tolentino Neves, o atraso no recebimento de repasse via Fundo Municipal de Saúde em junho, julho e agosto, gerou um desastre. O Hospital Risoleta soltou uma nota: “Esses atrasos corresponderam a aproximadamente R$ 6,8 milhões por mês, impactando de forma significativa o fluxo de caixa do hospital e comprometendo o planejamento financeiro das despesas e aquisições”.

Como não poderia deixar de ser, o problema atingiu duramente também as filantrópicas e, em especial, a Santa Casa de Belo Horizonte, a unidade de maior número de internações no Sistema, com 1.153 leitos e cerca de 10 mil refeições ao dia, para pacientes, acompanhantes e residentes, além de ser o maior realizador hospitalar de transplantes, dentre outros índices marcantes.

Há atrasos também para a Santa Casa de Belo Horizonte. Os hospitais 100% SUS e os filantrópicos têm atrasos recorrentes de verbas do município. E não se trata apenas de pagamento de verba municipal: Belo Horizonte tem atrasado também o pagamento de verbas federais. São emendas federais que já foram transferidas para o município. Segundo o Provedor da Santa Casa de BH, as pendências com a Santa Casa são de cerca de R$ 16 milhões.

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AS PRIMEIRAS FLORES DA PRIMAVERA ANUNCIAM OS DIAS MAIS LINDOS DO ANO

A partir de setembro, a primavera anuncia sua chegada com as primeiras flores, sua antologia de cores e aromas. Até o final de dezembro, o período é ideal para os amantes de flores, com uma profusão de variedades para (re)descobrir a cada ano.

Nas florestas e nos vasos de uma varanda na cidade - em quase todos os lugares do jardim ou nas barracas de uma floricultura no mercado - cortadas ou não, as primeiras flores da primavera são sinônimo de renovação, uma doce estação que se aproxima com todo um ecossistema para redescobrir.

Em arbustos como forsítias [Ipês] ; Jacarandá–mimoso; Bougainvillea; Girassóis ou magnólias, também em árvores frutíferas, passando por flores de bulbo, perenes ou trepadeiras.

A primavera vê renascer uma natureza adormecida no inverno. Para aproveitar ao máximo as primeiras flores, descubra aquelas que anunciam a estação com uma bela braçada de cores!


José Ponciano Neto é Escritor, Historiador, cronista, Membro da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas (AMALEN) e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC) – colunista literário (colaborador) do site montesclaros.com e colaborador do Novo Jornal de Notícias.

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Acabou o mês de agosto. O oitavo mês do ano, que homenageia o imperador Augusto. Agosto, mês do desgosto, de cachorro louco, segundo o povo. Acabou sem grandes tragédias para os brasileiros, só as dores cotidianas, porque a desgraça já é nossa amiga íntima, daquelas que abrem nossa geladeira e urinam no nosso banheiro de porta aberta. A gente já nem se importa mais com ela, familiarizada, de casa, a infeliz. Tantos absurdos e tanta roubalheira que, se em remota hipótese, a Justiça renascer das cinzas que restam,como Fênix, não haverá onde prender tantos ladrões- só os do INSS já superlotariam nossas já abarrotadas cadeias. Mas não serei eu, juiz de província, sessentão, com 4 décadas de vida jurídica, quem vai ameaçar nossa pujante democracia com críticas-não quero policiais vigiando minha casa e até querendo usar meu banheiro, não somos íntimos assim, em meus 65 anos de vida, nunca nos frequentamos e só nos conhecemos no plano profissional. Boas relações, diga-se. Cada um no seu quadrado. Conheço nossas leis e as temo, não pelo que dizem, mas pelos que dizem por elas. De tão elásticas, pode se fazer uma atiradeira delas e sair por aí, estilingando ( ? ) passarinhos inocentes. E não adianta chamar o Ibama, sempre muito ocupado com outras espécies. Mas o que importa é que agosto terminou. Aleluia! Não houve a 3a guerra mundial, nem uma nova Hiroshima, nem suicídio ou renúncia de presidente- isto, convenhamos, comporta discussões sobre “ bem e mal”, por ser subjetivo numa nação dividida.Enfim, acabado agosto, chega setembro, mês das flores. Quem sabe a estação primaveril cumpra os versos antigos de uma música muito famosa em outros tempos, e as flores, enfim, vençam o ódio e calem os canhões, cessando batalhas insanas e inúteis. Então, cheio de fê e esperanças,seja bem vindo, Setembro!

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Taunay na Brasiliense

Manoel Hygino

Não deixaria passar a primeira semana de setembro. No dia cinco, houve a sessão solene para posse do escritor Raul de Taunay, na cadeira XXVIII, da Academia Brasiliense de Letras, de que é patrono Olavo Bilac, em sucessão ao poeta José Jeronymo Rivera. Para dar ênfase ao acontecimento, a saudação foi pelo acadêmico Anderson Braga Horta, nascido em Carangola, sempre festejado pelo que representa para o Brasil.

O empossado descende diretamente do Visconde de Taunay, escritor, político e militar cuja ascendência francesa está definida no nome. O embaixador Raul já é carinhosamente tratado como Visconde por seus pares na entidade literária, presidida pelo escritor Fábio de Souza Coutinho, que reúne personalidades importantes nas letras do país.

O novo acadêmico é embaixador aposentado, excelente poeta e romancista, que já percorreu meio mundo, decidindo pôr termo à laboriosa carreira diplomática, fixar residência em Brasília, no antes distante interior brasileiro, mas que Juscelino escolheu para localizar a nova sede do governo da maior nação da América Latina.

Deu certo: uma cadeira muito especial para tão ilustre cultor da arte, coroamento de sua movimentada atividade. Nascido em Paris, em 1949, mas brasileiro nato, nos termos da Constituição, bisneto do celebrado Visconde, mas fixou-se no planalto central, em 1973, para gáudio dos nobres confrades.

O novo acadêmico foi conselheiro cultural em Paris e em Praga, encarregado de negócios em Varsóvia e, na Índia, chefe da Divisão da África no Ministério das Relações Exteriores, além de embaixador do Brasil em vários países. Na busca de expressão própria, desde muito jovem Raul de Taunay foi bem acolhido por nomes já consagrados, como Vinicius de Moraes, Dinah Silveira de Queiroz, Cyro dos Anjos, Carlos Nejar e outros.

Membro da Associação Nacional de Escritores - ANE, sediada em Brasília e com vasta obra publicada, é autor de Poética do novo bardo, Meu canto aberto, Meu Brasil angolano, O andarilho de Malabo, Poemas ao desabrigo, O sol do Congo, A poesia cura (uma trilogia poética), A lucidez da lenda (um ensaio sobre o futuro), O menino e o deserto.

Sobre ele escreveu Antônio Carlos Secchin, da Academia Brasileira de Letras: “Tem razão Raul de Taunay: o lugar do poema é o desabrigo, espaço exposto às tempestades, à mercê da maré crescente das palavras. Sim, porque em sua obra inexiste a vazante: tudo nela é ímpeto, aventura de um temperamento medularmente lírico, ainda que expresso, muitas vezes, em formas regulares e ritmadas”.

O novo acadêmico, escritor fecundo, é considerado, por muitos, um dos autores brasileiros mais singulares da atualidade.

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Violência repugnante

Manoel Hygino

Vamos mal. Li que o Brasil é um dos países com mais altos índices de violência no mundo, e o mundo é muito grande. O mal não se restringe a um ou outro estado e, no que se refere, por exemplo, ao número de óbitos nas estradas federais que cortam Minas, ele saltou para 10,4% no primeiro semestre deste ano.

Quem usa o veículo automotivo quer chegar mais cedo a determinado lugar. Se fosse em carroça ou a pé, deve gastar mais tempo, dependendo da distância e das condições da estrada. Entre nós, todavia, as pessoas querem chegar muito antes dos demais e terminam alcançando um recorde em termos de atestado de óbito.

Verdade que existe a conduta imprópria dos condutores de quatro rodas, dirigindo em velocidades excessivas, que multiplicam a gravidade dos impactos, fazem ultrapassagens imprudentes e atuam com desatenção. Nem se fale no uso perigoso de celulares. A fiscalização é insuficiente, é útil que se diga.

Outra forma, repugnante por sinal de violência, é a do assassinato de mulheres, cuja descrição é feita de modo avassalador pelas televisões. Não se creria que isso se dá vergonhosamente em nosso meio. A persistência nos feminicídios e o volume no Brasil dá a impressão de que se trata de um povo sem o mínimo resquício de humanidade, como se conclui na narrativa de episódios cruéis e sucessivos.

Acontece no país todo, mas também em Minas Gerais, uma unidade nacional caracterizada pelas manifestações de solidariedade, humanismo, afetos, religiosidade e bondade.

Os mais recentes índices divulgados pelo Mapa Nacional da Violência de Gênero indicam que a terra de Marília de Dirceu, de mulheres que honram as mais nobres tradições mineiras, é palco de espetáculos selvagens que nos enchem de tristeza e dor. No primeiro semestre deste ano, a cada período de três dias há um feminicídio no seio de nossa população.

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Uma lição válida

Manoel Hygino

Há pontos de aproximação entre o autor deste registro diário na imprensa e Patrus Ananias, nascidos respectivamente em Montes Claros e Bocaiúva, no distante sertão mineiro. Ele ingressou na política, elegeu-se depurado federal, prefeito de Belo Horizonte, alcançou o ambicionado cargo de Ministro. Ele entrou para o PT, enquanto o signatário desta coluna não o fez, nem jamais pretendeu.

Minha mãe era nascida em Conceição do Barreiro, distrito integrante de Bocaiúva, hoje emancipado com o nome de seu ilustre filho- Francisco Dumont. É uma longa história, e Bocaiúva serve de terra natal também para outros brasileiros distintos, como José Maria de Alkmin e o cartunista Henfil e seu irmão, Betinho, herói da campanha contra a fome no Brasil, em tempos idos e sofridos.

Os Patrus, de raízes distantes no outro lado do Mediterrâneo, fizeram também atuação política, como se sabe. Da família procederam os que, por outro lado, projetaram e implantaram a cervejaria Alterosa em Pirapora, simpático núcleo em que se inicia a navegação do rio são Francisco. Sobre todos muito há a escrever.

O que desejo, todavia, lembrar é que o deputado federal Patrus, meu confrade na Academia Mineira de Letras, tem especial interesse pelo ensino da língua portuguesa, ele também professor universitário. Em todos os cargos que ocupou, zelou pelo bom emprego do idioma que consagrou Camões, como Alexandre Herculano e o notável Pessoa, poeta que enfeita e premia antologias de quatro continentes.

Em recente volume editado pela Câmara Federal, Patrus Ananias de Souza discorre sobre “Orçamento Público e a Soberania Nacional”, temas sempre em evidência.

Para ele, contudo, prioridade no ensino da língua é essencial. Diz : “A nossa língua é o Português, enriquecido com os signos, os registros e a melodia próprios do povo brasileiro. Presentes na Língua Portuguesa, a contribuição da cultura dos afro-brasileiros e das linhas dos povos indígenas, a serem preservadas e alargadas”.

Aceitável, assim, de bom grado a lição de Patrus. O parlamentar- professor, política faz- deste modo- um registro válido, que me sinto no dever de transcrever:

“Precisamos construir os necessários parâmetros gramaticais que assegurem a unidade e a expansão articulada da linguagem sem reprimir a elasticidade vocabular, comunicativa e cultural da nossa gente. E as duas outras disciplinas que me parecem essenciais à construção da consciência nacional desde a infância são a história e a geografia. Os povos que se afirmam historicamente jamais desprezaram o seu passado e o seu território”.

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A FUMAÇA DOS INCÊNDIOS DA SERRA DO MELO AFETA A TODOS.

Incêndio na Serra do MELO (Ibituruna) é uma demonstração que alguma coisa está faltando na preservação do Parque Estadual Lapa Grande

Nesta terça, 09 de setembro, Montes Claros assistiu a Serra do MELO (Ibituruna) arder sob intenso fogo.

Época que este que vos escreve ainda ministrava palestras para alunos do primário ao superior, sempre os alertava acerca dos prejuízos ambientais – e o pior – os prejuízos na saúde.

Prejuízos ambientais e saúde. foi o que aconteceu hoje terça 09/09 em Montes Claros – 50% da cidade enfumaçada.

Moradores se reuniram em meio à fumaça densa para assistir os estragos que o incêndio no Parque Estadual Lapa Grande (PELG) que estava maltratando a população. A fumaça durante a noite cruzou a cidade provocou a evacuação das casas, obrigando moradores irem para o outro lado cidade, onde ainda poderia respirar um ar despoluído.

Muitas pessoas com problema respiratório procuraram cuidados médicos, principalmente pediátricos, pois a fumaça causou até ferimentos nasais em crianças.

No condomínio onde moro ficou insuportável, saímos, fechamos as janelas para evitar uma complicação maior. Aconselhei alguns vizinhos a irem para outros bairros menos afetados pela pluma de fumaça. A exposição à fumaça de incêndios florestais, mesmo por curtos períodos, pode deixar cicatrizes permanentes nas vias orais e agravar condições como asma; inflamação nos pulmões.

Eu, como Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos, sempre dizia que não tenho conhecimento para mensurar os danos da fumaça no corpo humano – até porque, esta área de investigação científica eu não domino. Só mesmo os médicos Ph.D.

Vale ressaltar, no entanto, que os danos potenciais dependem da idade, da distância do fogo, da quantidade de fumaça e até mesmo das características do fogo.
O problema com incêndios florestais é que não é só a madeira que queima; tem gramíneas, capins e outros vegetais, que liberam os gases como: dióxido e monóxido de carbono - óxidos de nitrogênio, óxidos de enxofre; além das fuligens que chegam a 2,5 micrômetros, ou seja, 30 vezes menores que o diâmetro do fio de cabelo - conforme a literatura. É um verdadeiro atoleiro químico!

Um dos meus professores de biologia e ciências, o prof. Lauro Dias Sá, dizia que as partículas que compõem a fumaça florestal entram no cérebro diretamente pelo trato olfatório e podem causar problemas nos pulmões, chegando ao cérebro pelo sangue oxigenado dos pulmões.


Não formei em medicina! Mas, guardo com muita gratidão o que foi ensinado pelos os meus professores de biologia e técnicos e Corpo de Bombeiros nos Cursos de Brigadista. Trabalhei 43 anos em áreas de preservação ambiental e sempre tomei cuidado no que tange a fumaça florestal.

Precisamos educar a população de Montes Claros sobre o fato de que a fumaça de incêndios da Serra do Melo e no Parque Lapa Grande podem ter efeitos de longo prazo.


O IEF - Unidade Regional de Florestas e Biodiversidade Norte pode fornecer alertas claros de saúde pública, quão a fumaça pode afetar a saúde, orientar as pessoas possam tomar medidas para evitar a exposição à fumaça o máximo possível.


Passar um ou dois dias sob um céu alaranjado apocalíptico pode não ter repercussões a longo prazo, mas à medida que a frequência e a extensão geográfica da fumaça que invade a cidade de Montes Claros - aumentam, esses episódios de céu esfumaçado provavelmente durarão mais do que alguns dias e se tornarão mais recorrentes.

No entanto, quanto mais estudamos a poluição do ar e a fumaça de incêndios das matas dos parques e serras, mais fica claro que mesmo pequenas quantidades de fumaça podem ter efeitos tóxicos. De modo geral, quanto menor a exposição, melhor.

Por isso, hoje 09 de setembro de 2025 as 16:00hs , fui obrigado a me precaver!

A reincidência de fogo no Parque Estadual Lapa Grande, não obstante as reclamações - todo ano, está lá, o fogo ardendo os olhos, e fumaça ardendo os narizes e as gargantas do povo de Montes Claros.

Postscriptum: Já são 01:15 do dia 10/09/25 e a fumaça ainda está estacionada na cidade.


IX-IX-XXV
(*) José Ponciano Neto é Técnico em Recursos Hídricos /Meio Ambiente – Ex Supervisor de
Gestão de Barragens e supervisor de Estação Climatológica com tanques Classe A – Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros -IHGMC e da Academia Maçônica de letras do Norte de Minas – Colunista Literário do Site: montesclaros.com / 98,0 FM – Colaborador Novo Jornal de Notícias

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Dia 7 chegando

Manoel Hygino

O 7 de Setembro está batendo à porta. Há três anos, comemoramos o bicentenário da Independência, que Pedro 1º proclamou às margens do Ipiranga, como aprendemos na escola primária e festejamos até hoje, é claro, mesmo servindo de pretexto a festejos paralelos, às vezes eminentemente políticos e destoando reiteradamente do pensamento e do sentimento dos que defendiam o fim da submissão ao regime colonial.

A Independência não é rigorosamente interpretada por milhões. Ademais, não significava apenas o desligamento de Portugal, porque representava o desejo e o objetivo de livrar o povo instalado no hemisfério Sul da América, porque queria ardentemente livrar-se do jugo português, de injustiças e exploração.

Minas está vinculada, histórica e radicalmente, ao ideal libertário. A personagem mais representativa da época e do espírito dos patriotas do século é, indiscutivelmente, Tiradentes, ao lado do qual se perfilaram os que tinham integrado e se aliado ao pensamento do futuro herói, denunciada a conspiração quando sequer fora iniciada.

Em 7 se setembro de 1822, quando se declarou livre o Brasil de Portugal, Joaquim José, o Tiradentes, já tivera a vida encerrada com o enforcamento no Rio de Janeiro, na Praça da Lampadosa em 21 de abril de 1792. Em 18 de maio de 1789, seus líderes tinham sido avisados de que a conspiração fora descoberta e transmitida ao Visconde de Barbacena, governador da capitania.

Os mineiros que tanto ouro viram extraído de entranhas de seu solo revelaram-se insatisfeitos, revoltados, com tanta riqueza e tantos impostos para cobrir os custos do luxo da Coroa. Uma nação iria nascer, ao criar-se o Estado brasileiro sob a forma de monarquia constitucionalista, moderada e centralizada.

Naquele momento, outro ardente defensor da Independência- José Bonifácio defendeu a tese, e estava certo de que somente o comando de um príncipe garantiria ao novo poder a legitimidade capaz de desarmar resistências e evitar a tragédia de guerras atrozes como as que esfaleceram a unidade da América espanhola.

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A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Relembrar um fato histórico é, pois, cultivar sinais de nacionalidade, soberania e consciência cívica.

Um fato histórico de uma Nação, não ocorre por si só, ou em um tempo só. Longos são os períodos em que se desenvolvem. A Independência do Nosso País, nasceu do sentimento nativista dos brasileiros de toda a Nação, desde os séculos XVI e XVII, cujo movimento maior, foi a Inconfidência Mineira, culminando com a Independência do Brasil, dos vínculos de Portugal.

Não podemos ignorar, jamais, a atuação da MAÇONARIA nesses movimentos. Como também, é fora de qualquer contestação que a Independência do Brasil, foi decidida e proclamada, no Grande Oriente do Brasil (G.O.B), em 20 de agosto de 1822.

Como disse antes, um fato histórico de uma Nação, não ocorre, por si só e em um tempo só.
Decidido a Proclamação da independência, grande foi a reação dos portugueses residentes no Brasil, leais, à coroa de Portugal.

Vários foram os focos de resistência surgidos em todo País; cujo foco principal e que resultou em sangrentas batalhas, foi na Bahia; culminando com a expulsão definitiva dos portugueses, do Brasil em 02 de Julho de 1823.

Portanto, curiosamente, podemos afirmar, que a Independência do Brasil, como fato histórico mais importante, se deu em três datas: 20 de agosto e 07 de setembro de 1822, e, 02 de julho de 1823.

Os primeiros Países que reconheceram a Independência do Brasil, foram os Estados Unidos e o México.

Portugal, exigiu do Brasil, o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas para reconhecer a independência da sua ex-colônia. Sem este dinheiro, D. Pedro, recorreu a um empréstimo à Inglaterra, causando uma dívida externa de graves consequências, até os nossos dias.

Embora tenha sido de grande valor, este fato histórico, não provocou rupturas sociais no Brasil.

O povo em geral, sequer acompanhou ou entendeu o significado da Independência. A estrutura agrária foi a camada social que mais se beneficiou.

Hoje, nós temos o País que todos conhecemos.


EM TEMPO: A representatividade das Forças Armadas nos desfiles no Dia da Independência é pelo fato que a independência não é somente a soberania diplomática, mas, também a soberania militar que lutou muito, enquanto Bonifácio – Ledo e a Princesa Leopoldina decidiam no mundo diplomático.


VII – IX – MMXXV

José Ponciano Neto é Escritor, Historiador da Academia Maçônica de Letras do Norte de Minas (AMALEN) e do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros (IHGMC) – colunista literário (colaborador) do site montesclaros.com e colaborador do Novo Jornal de Notícias.

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