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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 9 de outubro de 2024

"E aí, nesse contexto, nós nos preocupamos porque passa a nos dizer respeito diretamente" - afirma comandante do Exército do Brasil

Quarta 14/10/15 - 7h

O comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, disse ver risco de a atual crise virar uma "crise social" que afetaria a estabilidade do País, o que, segundo ele, diria respeito às Forças Armadas. "Estamos vivendo situação extremamente difícil, crítica, uma crise de natureza política, econômica, ética muito séria e com preocupação que, se ela prosseguir, poderá se transformar numa crise social com efeitos negativos sobre a estabilidade", afirmou o comandante do Exército. O general prosseguiu: "E aí, nesse contexto, nós nos preocupamos porque passa a nos dizer respeito diretamente". Eduardo Villas Bôas deu as declarações em inédita videoconferência na sexta-feira passada para mil oficiais temporários da reserva, os R2, que se prepararam durante o serviço militar, mas não seguiram carreira.
COMANDOS
A conversa teve transmissão para 8 comandos pelo País e os trechos circulam na internet. O militar, que foi escolhido para o comando do Exército pela presidente Dilma Rousseff no início deste ano e já afastou intervenção militar em outras declarações, disse não ver uma crise institucional. Questionado pela “Folha de São Paulo” sobre o significado de eventual crise social dizer respeito ao Exército, a instituição citou artigo da Constituição que afirma que as Forças Armadas "destinam-se à defesa da pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem", sob autoridade presidencial. O presidente do conselho de R2, Sérgio Monteiro, terminou assim nota publicada após a palestra: "Os tenentes estão de volta, prontos! Dê-nos a missão!".

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