6 vezes mais rápido, computador de 200 milhões de reais deve melhorar a (ainda deficiente) previsão do tempo no Brasil. Pode chegar a dizer, por exemplo, em que bairro vai chover
Domingo 05/10/25 - 7h32Supercomputador, de última geração, adquirido pelo Brasil em 2024 por cerca de R$ 200 milhões, já está em fase de testes no Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (Cptec), em Cachoeira Paulista (S. Paulo).
O supercomputador é a esperança ampliar a capacidade do país para antecipar fenômenos meteorológicos com maior precisão, melhorando o serviço, historicamente alvo de críticas, de funcionar fora dos padrões dos países desenvolvidos.
O investimento pretende equipar o Brasil com ferramentas capazes de gerar previsões climáticas mais confiáveis.
O novo sistema permitirá o processamento de grandes volumes de dados meteorológicos, mas também a execução de simulações com maior rapidez e resolução.
Deve ajudar no alerta antecipado para chuvas intensas, secas e outros eventos extremos.
A promessa é de elevar o nível de precisão: ao ponto de se saber em quais regiões de um bairro pode chover e em que momento.
A previsão já é feita com base em dados que vêm de satélites, de aviões comerciais, navios, balões de monitoramento e estações espalhadas pelo planeta.
O novo equipamento tem processamento 6 vezes mais rápido de dados meteorológicos e climáticos;
produz previsões em minutos — antes, levavam até 3 horas;
tem capacidade de armazenamento 24 vezes maior;
pode indicar a hora e o minuto em que os eventos climáticos devem ocorrer.
O computador que está sendo substituído realizava o processamento duas vezes ao dia.
O novo fará isso a cada seis horas.
A sua operação e o acesso às informações são públicos, pagos pelos contribuintes.
O supercomputador já opera em caráter experimental.