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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 13 de novembro de 2024

Mural

Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°56884
De: carlos Data: Segunda 5/4/2010 16:44:53
Cidade: Francisco Sá  País: MG

Morreu na semana passada em Francisco Sá um jovem que tinha tudo para ser um dos grandes jogadores de Minas e do Brasil, um joven que deixou as drogas acabar com a sua carreira e sua vida teve no cuzeiro no time Júnior Fábio Júnior chegou a ser reserva dele,grande pessoa por ter ficado muito tempo preso sem se quer alimentar direito faleceu de cancér.e la se foi um grande jogador de futebol que deixou muitos zagueiros no chão adeus Watsan Eustáquio( TUZÃO).........

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Mensagem N°56883
De: Silveira Data: Segunda 5/4/2010 16:20:46
Cidade: Montes Claros

Que a propaganda eleitoral - não permitida - começou antes do prazo, disto ninguém duvida. M. Claros está cheia de painéis de políticos, tentando enganar a justiça eleitoral. Por fim, apareceram cartazes que deixam desconfortável até o próprio "homenageado". É um que fala que o governador Aécio fez pelo Norte de Minas como "um pai faz pelo filho". Acompanha a babação a foto de uma criança recém-nascida. Deve ser debitado à ânsia de agradar o poder, mesmo com o risco de desagradar. A bajulação, para não dizer outra palavra menos nobre, afrontou as raias do ridículo. Assina a mensagem um prefeito das cercanias de Montes Claros, talvez muito empenhado em ficar bem nas áreas palacianas, mesmo à custa de se expor ao achincalhe. Louvaminheiros de profissão. (...)

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Mensagem N°56879
De: Lair Data: Segunda 5/4/2010 12:12:22
Cidade: Francisco Sá, Minas

05/04/10 - 11h18 - Mortes na serra de F. Sá: "Quando derramam óleo na pista de rolamento, em período chuvoso, colocam em isco a vida e patrimônio de todos aqueles que transitam pela rodovia onde agem os meliantes”, disse o juiz"
É, afinal, a notícia chegou aos jornais, ainda assim de BH. Por diversas vezes, vi o alerta aqui no montesclaros.com. É uma barbaridade - provocar acidentes, matar pessoas, apenas para roubar??!! Em que tempos estamos vivendo. Em que país isto é possível, sem que nada de consequente aconteça? O Brasil!! Coisas como essa são impensáveis no mundo realmente civilizado. Seria pena de morte ou prisão perpétua. Entre nós, fica por isto mesmo.

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Mensagem N°56878
De: Petrônio Braz Data: Segunda 5/4/2010 12:02:30
Cidade: Montes Claros/MG

Teatro Municipal

Montes Claros, cidade universitária, centro de cultural, princesa do Norte de Minas com quase quinhentos mil habitantes, a quinta cidade mais populosa do Estado, ainda não tem um Teatro Municipal. Montes Claros merece.
Em verdade temos o auditório do Centro Cultural, mas não é um Teatro. Temos outras salas, outros auditórios, mas não temos um Teatro.
Desde os tempos históricos da velha Grécia, os povos civilizados já edificavam Teatros.
O Teatro é uma casa de cultura, onde os atores interpretam histórias para o público, com o objetivo apresentar uma situação e despertar sentimentos, não um sentimento comum, mas sim ter uma experiência intensa, envolvente e inquiridora.
Não se diga que o Teatro é seletivo. Talvez seja, em localidades onde é baixo o nível cultural das pessoas, que não é o caso de Montes Claros, uma cidade universitária. Mas, mesmo seletivo, ele é indispensável ao desenvolvimento cultural de qualquer comunidade humana.
Cançado de cinema e de televisão, quando vou ao Rio de Janeiro, por qualquer motivo (sáude ou passeio) não deixo de assitir um espetáculo teatral.
O Teatro Municipal do Rio de Janeiro foi inaugurado no dia 14 de julho de 1909, há mais de um século, pelo presidente Nilo Peçanha, com capacidade para 1.739 espectadores. Com as modificações posteriores, chegou à capacidade de 2.361 lugares.
Em todas as grandes cidades do Mundo civilizado, os Teatros são referências culturais e arquitetônicas.
O Teatro Amazonas, em Manaus, foi inaugurado em 1896. É um belo teatro, uma das expressões mais significativas da riqueza criada na região, durante o ciclo da borracha.
Belo Horizonte possui vários Teatros, com destaque para o Palácio das Artes, que está entre os principais espaços culturais de Minas Gerais. Foi inaugurado em 1970 e possui um complexo de três teatros, três galerias de arte, cinema, livraria, café e espaço para exposições.
Juiz de Fora possui alguns Teatros e foi sede, em 2009, do 4º Festival Nacional de Teatro.
O Teatro Experimental de Uberaba “Augusto César Vanucci” está instalado em um prédio cuja arquitetura remonta ao início do Século XX. Há três anos foi adaptado para apresentações culturais, com instalação de moderna aparelhagem de som e iluminação.
Comentando o livro “Cemitério das loucas” de Dário Cotrim, lembrei que os rituais da humanidade começam por volta de 30.000 anos, mas a História registra que o primeiro evento com diálogos foi uma apresentação de peças sagradas, no Antigo Egito, do mito de Osiris e Isis, por volta de 2.500 a.C, que conta a história da morte e ressureição de Osiris. A palavra “teatro” e o conceito de teatro como algo independente da religião, só surgiram na Grécia de Psístrato e atingiu o seu esplendor maior com Shakespeare.

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Mensagem N°56875
De: Val Data: Segunda 5/4/2010 11:48:34
Cidade: Moc

Belos trovões e céu plúmbeo, cor de chumbo, em Montes Claros, neste momento. Se esta chuva cair....

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Mensagem N°56874
De: Walter J Pereira Data: Segunda 5/4/2010 11:24:18
Cidade: Montes Claros - MG

É, mataram o borracheiro Crispim! Homem humilde, trabalhador, atencioso com todos. Será que foi porque ele conseguiu comprar uma moto com grande esforço. Através das suas marretadas e "força" em pneus? Foi porque resistiu um assalto, e isso nunca deve ser feito em circunstâncias nenhuma? Ou foi porque essa juventude de hoje, não dar valor a sua própria vida e muito menos as dos outros? É o crack, cocaína ou cola?
Foi a ineficácia da policia ou mesmo incompetência da justiça, ou dos nossos legisladores, que muitas das vezes são insensíveis e corruptos?
Ou é sinal dos fim dos tempos, onde está previstos que o amor de muitos se esfriará de quase todo?
Talvez nessas perguntas, possamos encontrar as respostas. Mas a vida de mais um semelhante, foi perdida. Até quando? Até quando...

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Mensagem N°56873
De: Fátima Data: Segunda 5/4/2010 11:13:55
Cidade: M. Claros

Msg 56736. Boa Noite Albeto Sena. Li sua msg e venho lhe passar o contato de Milton Ruas. Sou prima dele. Ele mora aqui em Moc no bairro Vila Ipiranga na rua dona Diva Pimenta nº 124 tel.32217149. Tenho Certeza que Ele ficará mto feliz com seu contato. Ligue pa ele ok!? abraços.

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Mensagem N°56872
De: Florzita Data: Segunda 5/4/2010 11:10:58
Cidade: M.Claros

(...) Alguém que teve dengue, dessas cabeludas, favor relatar aqui as dores desta doença que avança por toda parte de Montes Claros. (...)

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Mensagem N°56871
De: Alberto Sena Data: Segunda 5/4/2010 11:07:52
Cidade: Belo Horizonte

Pedras atiradas no lago

Alberto Senna

A vida pode ser comparada de várias formas. Uma delas pode ser como um lago de água suavemente movimentada pelo vento, onde atiramos uma pedra. Quanto mais pedras nós jogamos mais a água se movimenta e forma ondas. O vaivém das ondas é o resultado das pedras atiradas, aquilo que recolhemos na praia do lago.
Expedi outro dia, por meio das ondas deste montesclaros.com, convites para a virtual “festa de arromba”, do “Mais Lido”, cuja lista de convidados vivos e falecidos foi formatada a quatro mãos, por Waldyr e por mim, e eis que, ali na praia recolho um resultado dessa pedra lançada no mar da nossa vida. Veio da parte de Arnaldo Antônio de Jesus, lá de Taiobeiras (MG), para cuja transcrição, eu peço a ele licença:
“Para ajudar Alberto Sena enviar os convites para a “festa de arromba” do “Mais Lido”, venho pedir aos mestres Waldir Senna e Oswaldo Antunes permissão, pois faço parte dessa família. Tive o prazer de conviver e aprender nessa conceituada escola, que foi “O Jornal de Montes Claros”. Durante 14 anos da minha adolescência e juventude, fiz parte da equipe dos anos 80. Gostaria de acrescentar nesta lista de Alberto os nomes daqueles que continuaram a fazer, nos anos 80, “o Mais Lido”, até a última edição, como o nome do “Rei Falcão” (falecido), linotipista vindo de Imperatriz (MA), que dizia ter ganhado na loteria por duas vezes e gastado tudo em passagem de avião; Avilmar Gonçalves, “Negretinho”, grande profissional da máquina de fazer títulos; “João Babão”, responsável pela impressão na “moderna” impressora; “Luís Jaburu”, seu auxiliar; João, o homem dos “clichês”; Geiza, a simpática recepcionista; sem deixar de mencionar os nomes de Luiz Ribeiro, Pedrão, Girleno Alencar, Edson e dos colegas jornaleiros, “o Mudo”, Cirilo “Treme-Treme”, Rosquinha e João Batista de Xavier, hoje advogado – lembrando que o amigo “Zé Branco” faleceu. Obrigado, Alberto Sena, por me fazer voltar aos anos de muita felicidade e aprendizagem da minha vida, justamente no dia do meu aniversário”.
Pelo que deduzo – e divido isso fraternalmente com cada um dos meus sete leitores – esta pedra recolhida ali na praia do lago já veio lapidada, é preciosa. Outras ainda vão tocar o coração e a lembrança de mais gentes.
Arnaldo completou a lista de convidados. Confesso que não tinha meios de convidar um por um, sem a ajuda dele, principalmente porque nem sabia que essas pessoas também fizeram parte do time. Não tive o prazer de conhecer e muito menos conviver com elas. De maneira que agradeço ao Arnaldo pela iniciativa. E confirmo: todos já fazem parte da lista de convidados.
Falta agora só marcar o dia, hora e local da festa virtual, que pode acontecer em todo momento. Depende do movimento, do vaivém das ondas. Falta contratar os comes e também os bebes, mais um bom conjunto musical, porque acontecimento deste tipo, entre vivos e mortos, jamais se realizaria sem uma música, de preferência, celestial.
É uma grande oportunidade de nos encontrarmos – vivos e mortos. Os vivos para contar aos mortos sobre a situação atual do nosso mundo, que, se por um lado anda imundo, por outro tem muita coisa boa para ser divulgada.
Os mortos, para nos dizer como é o outro lado da vida, porque os vivos só sabem um pouco do que acontece se viverem numa situação de pré-morte – dizem: “a gente entra por um túnel e depois vê um ser de luz e... depois volta ou vai em frente”.
Se o pré-morto for em frente, acredito, não volta. Um dia ressuscitará como Jesus Cristo ressuscitou. De duas uma: não volta porque o outro lado deve ser muito bom e ninguém vai trocar o certo pelo duvidoso. Ou não volta porque voltar a viver neste “mar de lágrimas” em que se está transformando o mundo só sendo sado-masoquista.
Muitos choram de dor na barriga, enquanto poucos choram é de tanto rir, e de tanto rir sentem dor no abdômen, malhado; ou não; proeminente, ou não. Mas assim mesmo riem.

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Mensagem N°56869
De: Hoje em Dia Data: Segunda 5/4/2010 10:37:08
Cidade: Belo Horizonte

Óleo na pista é estratégia para saque de carga – Girleno Alencar – A polícia está investigando um esquema criminoso montado na BR-251. É derramado óleo diesel na pista, entre os quilômetros 355 e 457, no trecho entre Francisco Sá e Entrocamento de Grão Mogol, para causar acidentes com caminhões de carga e, com isto, permitir o saque dos produtos. Um levantamento realizado pela Polícia Rodoviária Federal mostrou que, nos três primeiros meses deste ano, foram cinco acidentes com o mesmo esquema, com prejuízos de cerca de R$ 700 mil.
Em um dos ataques, foram levadas 60 geladeiras e 28 fogões. Quatro pessoas já foram presas, moradores da cidade de Francisco Sá e do povoado de Barrocão, que ficam às margens da rodovia. O inspetor Nilmar Silva Ferreira, chefe-substituto da Delegacia da Polícia Rodoviária Federal, disse que o “modus operandi” surpreendeu, pois mostrou uma grande articulação dos envolvidos.
A BR-251 recebe o fluxo diário de 10 mil caminhões por dia, já que encurta a distância entre o Sudeste e Nordeste do país. Ela começou a se construída em 1980, no primeiro trecho, e foi concluída por completo em outubro de 1996. A rodovia sempre apresentava um fluxo de 6 mil caminhões por dia. Com a cobrança de pedágio na BR-381, Fernão Dias, desde o ano passado aumentou a quantidade de caminhões, chegando aos 10 mil, ou seja, 6,9 caminhões pó minuto. (...)
O juiz Marcos Antônio Ferreira, que está respondendo também pela Comarca de Grão Mogol, ficou impressionado com a forma usada pela quadrilha na BR-251. Ele negou o pedido de habeas corpus para três pessoas acusadas de participação no esquema. “A gravidade da conduta é grande. O modus opeandi do grupo é perigosíssimo. Quando derramam óleo na pista de rolamento, em período chuvoso, colocam em risco a vida e patrimônio de todos aqueles que transitam pela rodovia onde agem os meliantes”, disse o juiz.
Ele lamenta que o povoado de Barrocão, onde ocorrem muitos saques, não tenha unidade policial para inibir este tipo de crime. Outro aspecto observado pelo juiz é que o poderio bélico dos criminosos tem desafiado o Estado e a sociedade e os delitos criminais, antes comum nos morros carioca, chegam até as cidades pacatas.

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Mensagem N°56867
De: Maria Luzeni Soares Data: Segunda 5/4/2010 09:03:09
Cidade: Brazília/DF

Sr. Alberto Sena; Fiquei emocionada ao ler sua mensagem de no. 56736, pois o "Zé Branco, a quem se referiu, era meu querido tio, e, te informo que já faleceu. Ao ler as referências que fez aos ex-funcionários do Jornal de Montes Claros, tive a impressão de estar ouvindo meu tio contando as histórias do dia-a-dia deles no jornal, lembro-me de muitas daquelas pessoas.Agradeço a homenagem.

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Mensagem N°56865
De: Alves Data: Segunda 5/4/2010 07:56:46
Cidade: Moc

Se observarem bem, sem preguiça, verão que já há 3 Montes Claros, pelo menos, assim desenhadas: a Montes Claros baixa, de quase 300 anos, onde está o centro e seus acréscimos dos últimos centenários; a Montes Claros alta, que surge e se expande pela região leste, topograficamente mais alta do que a "banheira" onde originariamente se localizou a cidade primitiva. Esta Montes Claros "alta" está se lançando principalmente pelo transbordo da duplicada avenida Magalhães Pinto, e pela região do anel rodoviário leste/norte, este último inconcluso. Mas há, vejam, uma cidade que chamaremos de Montes Claros "mais alta". Reparem que ela começa a brotar entre a região do Pentáreua e a descida da serra na chegada de Moc. Ali, muitos núcleos (alguns melhores, outros improvisados, e até clandestinos) estão se formando, aproveitando que o clima é enormemente melhor do que na "banheira", que é o centrão. Pequenas propriedades e chácharas estãos se multiplicando naquele altiplano e é preciso que os serviços de planejamento, todos, se encarreguem de orientar a ocupação, para que não surja um favelão intratável, também naquele horizonte. Lembro-me que a cidade gaúcha de Caxias do Sul (hoje muito violenta) tem um entorno belíssimo numa região muito parecida com esta, da qual falo e por quem torço. Se tiver juízo, Montes Claros pode fazer desta região serrana a sua parte mais formosa. Para isto, é preciso que todos se interessem, agora. Fica o canhestro alerta dado, numa risonha e azul manhã de abril do ano de 2010. Abril, que é costumeiramente o mês das tardes mais belas desta civilização montesclarina, moquense, repartida entre um perdido, atávico lirismo e o sonho desfeito. Apressadamente, assino a observação, e vou de volta, contemplar o balanço suave "das fiori del campo" nas francas manhãs. (Confiante estou de que este despretensioso bilhete, na forma de miradouro para frente, será conservado ad perpetuam rei memoria quando as linhas principais deste Mural transformarem-se em livros de papel, como é da promessa que li aqui mesmo. By).

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Mensagem N°56864
De: Carmen Data: Segunda 5/4/2010 07:49:26
Cidade: M. Claros

Segunda-feira, 5 de abril. Acabou o Natal, acabou o revéillon, acabou o Carnaval, ufa, acabou a Semana Santa. Talvez agora comece o ano, que nunca acaba para o pagamento de impostos!! Em M. Claros, mais uma vez, o comércio sentiu fortemente estes 3 primeiros meses. Ao contrário do otimismo oficial, os 3 primeiros meses não foram fáceis. Pelas contas ufanistas, vai ser um ano de milagres que, então, para ser verdadeiro, precisa começar - a partir de hoje, pelo menos. Na rua, a realidade é bem diferente: dengue, assaltos, medo, violência, barulhaço, impunidade, descumprimento das leis, privilégios absurdos dos políticos e seus agentes, e por aí vai...

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Mensagem N°56863
De: Dênio B. Data: Segunda 5/4/2010 07:42:28
Cidade: Juramento/mg

Mais uma vez ocupo este mural para falar da impunidade na chamada “Savassinha” da cidade de Juramento; o local é um conjunto de 06 barzinhos nas proximidades da prefeitura;Muitos infernais “boys” locais disputam com os que vêm de Montes Claros, aí colocam o som mais alto possível; e, ninguém dorme; vai até as 05:00 da manhã; se é de dia ninguém consegui assistir um programa de TV ou ouvir rádio.O pior que não são advertidos por ninguém. Pedimos mais uma vez, acabe com com este inferno. Para lembrar, é o mesmo lugar onde as mesas dos bares ficam no meio da rua, e ninguém sai da rua quando passa um veiculo; pode acontecer algum acidente grave a qualquer momento, é esperar para vê.

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Mensagem N°56861
De: Aurice Mariza Data: Domingo 4/4/2010 23:56:14
Cidade: Los Angeles, Califórnia, EUA  País: Estados Unidos

Los Angeles,California USA/us
Mensagem: Mais uma vez somos alvo de tremor de terra.Hoje novamente por volta das 3:30pm, qdo estava em um restaurante chines acompanhada por uma familia de amigos, senti a mesa movendo pra la e pra ca! Assustamos pois por mais de um minuto tudo movia! dai a noticia: ___"7.2 Magnitude Earthquake Sacudiu Baja California, Mexico - Sentiu -se em San Diego,e Los Angeles " E grande o susto mas gracas a Deus estamos bem! Pedimos oracoes de todos voces que ouvir ou ler esta noticia, nao queremos nunca ser vitimas como Chile e Haiti. Um forte abraco a todos vcs brasileiros amados!

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Mensagem N°56860
De: Jr. Data: Domingo 4/4/2010 22:30:49
Cidade: Montes Claros - MG

(...) Pelo quarto dia consecutivo, incluindo aí a Quinta-feira Santa e as madrugadas de Sexta-feira da Paixão e do Sábado da Aleluia, bem como esta noite do Domingo da Páscoa, o "triângulo da impunidade" aumentou muito o barulho de shows na porta da rua. (...)Parece coisa combinada com o secretário do 1/2 ambiente (ainda no cargo??), que não fala nada e se omite. (...) Veremos até onde vai esta certeza de impunidade, que parece vir de canais privilegiados na prefeitura, por muitos laços.(...) Em algum lugar deste país vamos reencontrar o respeito pelas leis. Em algum lugar, na palavra de um promotor, na sentença de um juiz, na interpretação de um tribunal...Cada dia mais, descremos nos políticos. (...) Estes barzinhos precisam ser compelidos a tratar acusticamente o ruído que produzem e atiram impunemente na vizinhança em geral. (...) Não desistiremos, por mais apoios que tenham na prefeitura e na secretaria do 1/2 ambiente. A razão e as leis nos amparam!! Esperamos o apoio dos meios de comunicação em geral, daqui e de fora. O sentimento de indignação só faz aumentar a cada dia (noite) diante do silêncio das autoridades e da tal "patrulha do silêncio". A propósito, quanto custou o tal carro que ninguém nunca viu em lugar nenhum??? É preciso ao menos fotografá-lo e exibir a fotografia como coisa rara, praticamente inexistente. Foi noticiado que o serviço é dirigido por um ex-candidato a vereador. Pudera!!(...)

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Mensagem N°56855
De: Morador do Maracanã Data: Domingo 4/4/2010 15:19:05
Cidade: Montes Claros

Na noite de sábado aconteceu mais um assassinato na nossa região. Infelizmente a pessoa reagiu a uma tentativa de assalto a um barzinho e foi cruelmente assassinado. Fica aqui nosso apelo, para que as pessoas não reagem, e que a polícia faça o seu papel de prevenção, pois eram dois menores andando de pé, portando um revolver que fizeram esse assalto. (...)

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Mensagem N°56850
De: Henrique Data: Domingo 4/4/2010 08:46:28
Cidade: SP

A foto principal do jornal Folha de S. Paulo, que circula neste domingo, a foto de primeira página, é de um morador de Caraíbas, zona rural de Itacarambi, Norte de Minas. O jornal mostra que, 3 anos depois do terremoto de dezembro de 2007, terremoto que matou uma menina (a primeira morte oficial no Brasil, por tremor de terra), os habitantes de Caraíbas estão voltando para suas antigas propriedades. Os rurícolas alegam que têm saudades da terra, que não se acostumaram a morar na cidade (Itacarambi) e que lá não conseguem se manter. A foto mostra um antigo ocupante da casa onde ocorreu a morte da menina, na janela, olhando o vazio, com a casa semi-destruída, destelhadas e nua. A plasticidade da fotografia, mais do que o assunto, justificou a sua publicação na primeria página deste que é considerado um dos dois maiores jornais do País.

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Mensagem N°56849
De: Márcia Data: Sábado 3/4/2010 22:19:51
Cidade: Montes Claros

(...) Os carros usinas de som estão, neste momento, uma vez mais afrontando a população e ridiculizando as autoridades. (...)

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Mensagem N°56840
De: fagundes Data: Sábado 3/4/2010 17:11:34
Cidade: Montes Claros-mg  País: Brasil

Montes Claros confirmou seu favoritismo diante do Vôlei Futuro e venceu por 3 a 0 (parciais de 27/25, 25/19 e 25/21). (...)

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Mensagem N°56839
De: Hernane Amaral Data: Sábado 3/4/2010 16:25:05
Cidade: Montes Claros/Minas Gerais

Falar em usina de sons, algo tem que ser feito aos alarmes antifurtos nas empresss e entidades pública, esses alarmes disparam, com sua sirene alta, e irritante por toda a noite, sem que a empresa responsável tome qualquer medida, sendo desligado somente pela manhã, e tirar o sono do trabalhador.

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Mensagem N°56833
De: Isabel Maria Rosa Furtado Cabral Gomes da Costa Data: Sábado 3/4/2010 12:57:54
Cidade: Viseu - Portugal  País: Portugal

"LONDRES JÁ NÃO É O QUE ERA"
Recentemente, desloquei-me a Londres com a minha família para uma breve estadia de três dias naquela cidade.
Adoro Londres, capital onde volto sempre que posso. Mas Londres já não é o que era. É cada vez mais um melting-pot de ideias, de culturas, de raças, de credos, que a desvirtuam completamente.
À medida que os anos vão passando, torna-se cada vez mais difícil encontrar um inglês em lugares de contacto directo com o público. Os taxistas, os condutores dos red-buses, os recepcionistas dos hoteis, os donos e os empregados dos restaurantes, os empregados dos museus, das lojas do comércio tradicional, das grandes superfícies ou dos grandes armazéns como o Harrods e o Selfridges, são paquistaneses, indianos, ganeses, tunisinos, espanhois, italianos, macedónios, brasileiros, chineses, japoneses, e já não se ouve falar aquele inglês puro, com pronúncia correcta, tipicamente britânica, só se ouve inglês com sotaque.
Se um marciano aterrasse de repente em Londres, teria dificuldade em identificar a cidade e o país em que se encontrava, tal é a diversidade de povos que pululam na capital.
Recordo-me que, na penúltima vez que estive em Londres, entrei na Victoria Station, que é um mar de gente, ou não fosse ela a major central London railway terminus, para tomar um comboio para Hemel Hempstead, Hertfordshire, pois o meu filho mais velho encontrava-se a passar uns dias em Lockers Park School. Dentro da estação, perguntei a um polícia com sotaque estrangeiro, que identifiquei como não oriundo do Reino Unido, onde podia comprar bilhetes para o comboio e ele informou-me. Mas, como não tivesse encontrado as bilheteiras, voltei junto dele, pedi-lhe desculpa e informei-o que não tinha encontrado o sítio, solicitando-lhe do mesmo passo, que me explicasse novamente onde me deveria dirigir. Ele, então, disse-me para prestar atenção à informação que me ia dar, para não ir lá perguntar-lhe outra vez. Foi nessa ocasião, que comecei a ter saudades dos verdadeiros Ingleses, que, mesmo com a sua fleuma britânica, acolhiam o turista com outra satisfação e amabilidade.
Saudades estas que se adensam de cada vez que volto a Londres.
Onde estarão os verdadeiros Ingleses? Voltem, por favor! Londres, sem vós, já não é o que era.

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Mensagem N°56832
De: Elza Data: Sábado 3/4/2010 12:08:29
Cidade: Moc

M. Claros perdeu uma grande loja de rede. Encerrou suas atividades, no Shopping, a loja da L & C, de material de construção e utensílios domésticos. Desde a semana um aviso na porta avisa do fim. O espaço ocupado, dos maiores do shopping, vai ser dividido para receber lojas menores. Foi o que soube, no local.

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Mensagem N°56827
De: Fabiana Belcci Data: Sábado 3/4/2010 08:44:18
Cidade: Montes Claros

se forem incomodados por causa do som alto gerado pelas boates, carros com as usinas de som, bares, etc., chame a policia, identifique, registre um boletim de ocorrência, não tenha medo de represálias, este abuso acontece não só pela inoperância da secretaria do 1/2 ambiente, mas parte da culpa é nossa por ficarmos de braços cruzados esperando uma ação por parte das autoridades. nós é que devemos iniciar o combate. não somos nós que estamos infringindo as leis. imaginem em um condomínio, se vinte pessoas registrar um bo, será que os barulhentos vão querer fazer algum tipo de represália com todos? os barulhentos se organizaram e se uniram, tanto que eles andam com suas usinas de som em comboio. vamos fazer o mesmo, os vizinhos devem se unir, e juntos chamar a pm e registrar um bo, caso contrario a barulheira vai continuar infernizando o sono e sossego dos justos. (...)

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Mensagem N°56826
De: Salles Data: Sábado 3/4/2010 08:31:25
Cidade: Moc

O dia prossegue nublado em M. Claros. A meteorologia deu meia volta e anuncia: há 90 por cento de chances de chover 20 milímetros, nesta Sábado da Aleluia, em Montes Calros. Tempo "chuvoso durante o dia e a noite". Pela previsão saída ainda há pouco, não chove amanhã e nos dias seguintes.

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Mensagem N°56825
De: César Data: Sábado 3/4/2010 08:02:47
Cidade: montes claros

Fui ontem assistir a primeira sessão do filme sobre Chico Xavier. Fiquei impressionado ao entrar na sala. Havia cerca de 50 pessoas no cinema, mais da metade de crianças de 4 a 12 anos. Temi que não compreendessem o filme e que, por consequência, não mantivessem a atenção necessária a quem - como eu - desejava observar atentamente a história cinematográfica do personagem de Pedro Leopoldo. Ao fim do filme, estava impressionado - não se ouviu um único pio, durante a sessão inteira!! Do lado de fora, havia fila para entrar.

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Mensagem N°56824
De: Helena Data: Sábado 3/4/2010 07:39:00
Cidade: M. Claros

Pela segunda noite consecutiva, foi difícil dormir perto do "triângulo da impunidade". Barulho insuportável - depois da meia-noite - nas duas madrugadas que guarnecem a Sexta-feira da Paixão. (...) Sem falar nos carros usinas de som que fazem daquela região o seu quartel-general de exibições noturnas. A secretaria do 1/2 ambiente continua omissa, o secretário (??) prossegue no cargo, gastando 4 milhões por ano, sem justificar o bom uso do dinheiro público, isto é, do dinheiro que pagamos em forma de impostos. (...) apelamos publicamente para as demais autoridades. Esperamos que este nosso apelo também seja acompanhado, em Belo Horizonte, pelas autoridades superiores - Comando geral da PM, Palácio da Liberdade, chefia do Ministério Público, chefia da Polícia Civil, etc. Deixamos nossa mensagem aqui para tesmunharmos o descumprimento sistemático das leis (...) Reconhecemos que as autoridades locais, que agem sob comandos, estão sendo tolhidas pelos políticos, de maneira geral - como já foi deixado transparecer. Mas, isto precisa cessar. (...)

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Mensagem N°56823
De: Roberto Santiago Data: Sábado 3/4/2010 07:30:09
Cidade: Montes Claros

Noite de inferno na sexta-feira da paixão na Av. Corinto Crisóstomo Freire, Bairro Morada do parque, ao lado do zoológico. Um bando de rapazes e moças resolveram instalar uma boate a céu aberto em um bar clandestino ao lado do condomínio residencial Jardim de Versailles. Foi uma noite barulhenta com som no nível máximo. Os moradores da vizinhaça não tiveram sossego, muito menos os animais do zoológico. Já li muitas reclamações de moradores de diversas regiões de Montes Claros sobre barulho. A prefeitura Municipal está sendo omissa e inoperante para resolver o problema. Acho que está passando da hora do Ministério Público Estadual entrar em ação.

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Mensagem N°56822
De: Bernardo Data: Sexta 2/4/2010 22:17:13
Cidade: Montes Claros - MG

Bem, depois de publicado neste Mural por várias vezes, a última das quais em 21 de março último, e sempre a pedidos, creio que é chegada a hora – também a pedidos – de revelar hoje, Sexta-feira da Paixão, a mão que escreveu o texto belíssimo (abaixo) sobre a Cena do Calvário da tradição espiritualista. A redação é atribuída a Humberto de Campos, num dos seus muitos livros escritos pela mão de Francisco Cândido Xavier, “autor” de mais de 470 livros, embora não reconheça sequer um como seu. “São dos espíritos”, ele repetia sempre, escrevendo sobre tudo. A família de Humberto de Campos moveu um processo contra Chico Xavier, que o Poder Judiciário prudentemente se esquivou de julgar. Ao fim da vida do médium, em forma de abraço público e de declarações também públicas de pelo menos um dos filhos de Humberto de Campos, a família aceitou a autoria dos escritos que vieram após a morte do escritor. Antes, já no termo da vida, a mãe de Humberto Campos, veneranda viúva, recebeu uma carta do filho escritor, morto há anos, escrita também pelas mãos de Francisco Cândido, comovidamente descrito na abertura do texto póstumo. (Chico se apresentava como "carteiro", pois sua missão, dizia, era esta - a de entregar as correspondências). Os dois documentos são impressionantes (o segundo logo abaixo) e os críticos literários mais rigorosos do Brasil, chamados a opinar, disseram, em resumo: não podiam atestar que o escrito fosse de Humberto de Campos, da Academia Brasileira de Letras, pois que não o viram escrever, não testemunharam o ato da redação questionada. Mas, não se furtavam a declarar que o autor escrevia rigorosamente como Humberto de Campos, como reconheceu o severo Agripino Grieco, em mais de uma oportunidade. Hoje, quando se comemora os 100 anos de Chico Xavier, ainda que não se tome parte na discussão interminável, de tudo irrelevante, é sábio e prudente ler os dois textos, apenas como síntese do mistério, muito mais extenso e muito mais profundo, insondável até. Atribuir o texto a este ou aquele nome é menor do que examinar o sumo do que vai dito, respeitosamente, uma vez que - admitem todos, até os céticos - não existe efeito sem causa. Vejamos:

O Anjo Solitário

Enquanto o Mestre agonizava na cruz, rasgou-se o céu em Jerusalém e entidades angélicas, em grupos extensos, desceram sobre o Calvário doloroso.
Na poeira escura do chão, a maldade e a ignorância expeliam trevas demasiadamente compactas para que alguém pudesse divisar as manifestações sublimes.
Fios de claridade indefinível passaram a ligar o madeiro ao firmamento, embora a tempestade se anunciasse a distância.
O Cristo, de alma sedenta e opressa, contemplava a celeste paisagem, aureolado pela glória que lhe bafejava a fronte de herói, e os emissários do Paraíso chegavam, em bandos, a entoarem cânticos de amor e reconhecimento que os tímpanos humanos jamais poderiam perceber.
Os Anjos da Ternura rodearam-lhe o peito ferido, como a lhe insuflarem energias novas.
Os portadores da Consolação ungiram-lhe os pés sangrentos com suave bálsamo.
Os Embaixadores da Harmonia, sobraçando instrumentos delicados, formaram coroa viva, ao redor de sua atribulada cabeça, desferindo comovedoras melodias a se espalharem por bênçãos de perdão sobre a turba amotinada.
Os Emissários da Beleza teceram guirlandas de rosas e lírios sutis, adornando a cruz ingrata.
Os Distribuidores da Justiça, depois de lhe oscularem as mãos quase hirtas, iniciaram a catalogação dos culpados para chamá-los a esclarecimento e reajuste em tempo devido.
Os Doadores de Carinho, em assembleia encantadora, postaram-se à frente dele e acariciavam-lhe os cabelos empastados de sangue.
Os Enviados da Luz acenderam focos brilhantes nas chagas doloridas, fazendo-lhe olvidar o sofrimento.
Trabalhavam os mensageiros do Céu, em torno do Sublime Condutor dos Homens, aliviando-o e exaltando-o, como a lhe prepararem o banquete da ressurreição, quando um anjo aureolado de intraduzível esplendor apareceu, solitário, descendo do império magnificente da Altura.
Não trazia seguidores e, em se abeirando do Senhor, beijou-lhe os pés, entre respeitoso e enternecido. Não se deteve na ociosa contemplação da tarefa que, naturalmente, cabia aos companheiros, mas procurou os olhos de Jesus, dentro de uma ansiedade que não se observara em nenhum dos outros.
Dir-se-ia que o novo representante do Pai Compassivo desejava conhecer a vontade do Mestre, antes de tudo. E, em êxtase, elevou-se do solo em que pousara, aos braços do madeiro afrontoso. Enlaçou o busto do Inesquecível Supliciado, com inexcedível carinho, e colou, por um instante, o ouvido atento em seus lábios que balbuciavam de leve.
Jesus pronunciou algo que os demais não escutaram distintamente.
O mensageiro solitário desprendeu-se, então, do lenho duro, revelando olhos serenos e úmidos e, de imediato, desceu do monte ensolarado para as sombras que começavam a invadir Jerusalém, procurando Judas, a fim de socorrê-lo e ampará-lo.
Se os homens lhe não viram a expressão de grandeza e misericórdia, os querubins em serviço também lhe não notaram a ausência. Mas, suspenso no martírio, Jesus contemplava-o, confiante, acompanhando-lhe a excelsa missão, em silêncio.

Esse, era o anjo divino da Caridade.

***


CARTA A MINHA MÃE

Hoje, mamãe, eu não te escrevo daquele gabinete cheio de livros sábios, onde o teu filho, pobre e enfermo, via passar os espectros dos enigmas humanos, junto da lâmpada que, aos poucos, lhe devorava os olhos, no silêncio da noite.
A mão que me serve de porta-caneta é a mão cansada de um homem paupérrimo, que trabalhou o dia inteiro buscando o pão amargo e cotidiano dos que lutam e sofrem. A minha secretária é uma tripeça tosca à guisa de mesa e as paredes que me rodeiam são nuas e tristes, como aquelas da nossa casa desconfortável em Pedra do Sal. O telhado sem forro deixa passar a ventania lamentosa da noite e desse remanso humilde, onde a pobreza se esconde exausta e desalentada, eu te escrevo sem insônias e sem fadigas, para contar-te que ainda estou vivendo para amar e querer a mais nobre das mães.
Quereria voltar ao mundo que deixei, para ser novamente teu filho, desejando fazer-me um menino, aprendendo a rezar com o teu espírito santificado nos sofrimentos.
A saudade do teu afeto leva-me constantemente a essa Parnaíba das nossas recordações, cujas ruas arenosas, saturadas do vento salitroso do mar, sensibilizam a minha personalidade e, dentro do crepúsculo estrelado da tua velhice cheia de crença e de esperança, vou contigo, em espírito, nos retrospectos prodigiosos da imaginação, aos nossos tempos distantes. Vejo-te com os teus vestidos modestos, em nossa casa de Miritiba, suportando com serenidade e devotamento os caprichos alegres de meu pai. Depois, faço a recapitulação dos teus dias de viuvez dolorosa, junto da máquina de costura e do teu "terço" de orações, sacrificando a mocidade e a saúde pelos filhos, chorando com eles` a orfandade que o destino lhes reservara, e, junto da figura gorda e risonha da Midoca, ajoelho-me aos teus pés e repito:
- "Meu Senhor Jesus-Cristo, se eu não tiver de ter uma boa sorte, levai-me deste mundo, dando-me uma boa morte."
Muitas vezes o destino te fez crer que partirias antes daqueles que havias nutrido com o beijo das tuas carícias, demandando os mundos ermos e frios da Morte. Mas, partimos e tu ficaste. Ficaste no cadinho doloroso da saudade, prolongando a esperança numa vida melhor no seio imenso da Eternidade. E o culto dos filhos é o consolo suave do teu coração. Acariciando os teus netos, guardas com o mesmo desvelo o meu cajueiro, que aí ficou como um símbolo plantado no coração da terra parnaibana, e, carinhosamente, colhes das suas castanhas e das suas folhas fartas e verdes, para que as almas boas conservem uma lembrança do teu filho, arrebatado no turbilhão da Dor e da Morte.
Ao Mirocles, mamãe, que providenciou quanto ao destino desse irmão que aí deixei, enfeitado de flores e passarinhos, estuante de seiva, na carne moça da terra, pedi velasse pelos teus dias de insulamento e velhice, substituindo-me junto do teu coração. Todos os nossos te estendem as suas mãos bondosas e amigas e é assombrada que, hoje, ouves a minha voz, através das mensagens que tenho escrito para quantos me possam compreender. Sensibilizam-me as tuas lágrimas, quando passas os olhos cansados sobre as minhas páginas póstumas e procuro dissipar as dúvidas que torturam o teu coração, combalido nas lutas. Assalta-te o desejo de me encontrares, tocando-me com a generosa ternura de tuas mãos, lamentando as tuas vacilações e os teus escrúpulos, temendo aceitar as verdades (...), em detrimento da fé (..), que te vem sustentando nas provações. Mas, não é preciso, mãe, que me procures nas organizações (...) e, para creres na sobrevivência do teu filho, não é preciso que abandones os princípios da tua fé. Já não há mais tempo para que teu espírito excursione em experiências no caminho vasto das filosofias religiosas.
Numa de suas páginas, dizia Coelho Neto que as religiões são como as linguagens. Cada doutrina envia a Deus, a seu modo, o voto de súplica ou de adoração. Muitas mentalidades entregam-se aí no mundo, aos trabalhos elucidativos da polêmica ou da discussão. Chega, porém, um dia em que o homem acha melhor repousar na fé a que se habituou, nas suas meditações e nas suas lutas. Esse dia, mamãe, é o que estás vivendo, refugiada no conforto triste das lágrimas e das recordações. Ascendendo às culminâncias do teu Calvário de saudade e de angústia, fixas os olhos na celeste expressão do Crucificado e Jesus, que é a providência misericordiosa de todos os desamparados e de todos os tristes, te fala ao coração dos vinhos suaves e doces de Caná, que se metamorfosearam no vinagre amargoso dos martírios, e das palmas verdes de Jerusalém, que se transformaram na pesada coroa de espinhos. A cruz, então, se te afigura mais leve e caminhas. Amigos devotados e carinhosos te enviam de longe o terno consolo dos seus afetos e, prosseguindo no teu culto de amor aos filhos distantes, esperas que o Senhor, com as suas mãos prestigiosas, venha decifrar para os teus olhos os grandes mistérios da Vida.
Esperar e sofrer têm sido os dois grandes motivos, em torno dos quais rodopiaram os teus quase setenta e cinco anos de provações, de viuvez e de orfandade.
E eu, minha mãe, não estou mais aí para afagar-te as mãos trêmulas e os cabelos brancos que as dores santificaram. Não posso prover-te de pão e nem guardar-te da fúria da tempestade, mas, abraçando o teu Espírito, sou a força que adquires na oração, como se absorvesses um vinho misterioso e divino.
Inquirido, certa vez, pelo grande Luiz Gama sobre as necessidades da sua alforria, um jovem escravo lhe observou:
- "Não, meu` senhor!... a liberdade que me oferece me doeria mais que o ferrete da escravidão, porque minha mãe, cansada e decrépita, ficaria sozinha nos misteres do cativeiro."
Se Deus me perguntasse, mamãe, sobre os imperativos da minha emancipação espiritual, eu teria preferido ficar, não obstante a claridade apagada e triste dos meus olhos e a hipertrofia que me transformava num monstro, para levar-te o meu carinho e a minha afeição, até que pudéssemos partir juntos, desse mundo onde tudo sonhamos para nada alcançar.
Mas, se a Morte parte os grilhões frágeis do corpo, é impotente para dissolver as algemas inquebrantáveis do espírito.
Deixa que o teu coração prossiga, oficiando no altar da saudade e da oração; cântaro divino e santificado, Deus colocará dentro dele o mel abençoado da esperança e da crença, e, um dia, no portal ignorado do mundo das Sombras, eu virei, de mãos entrelaçadas com a Midoca, retrocedendo no tempo, para nos transformarmos em tuas crianças bem-amadas. Seremos agasalhados, então, nos teus braços cariciosos, como dois passarinhos minúsculos, ansiosos da doçura quente e suave das asas maternas, e guardaremos as nossas lágrimas nos cofres de Deus, onde elas se cristalizam como as moedas fulgurantes e eternas do erário de todos os infelizes e desafortunados do mundo.
Tuas mãos segurarão ainda o "terço" das preces inesquecidas e nos ensinarás, de joelhos, a implorar, de mãos postas, as bênçãos prestigiosas do Céu. E, enquanto os teus lábios sussurrarem de mansinho - "Salve Rainha ... mãe de misericórdia ... " começaremos juntos a viagem ditosa do Infinito, sob o dossel luminoso das nuvens claras, tênues e alegres, do Amor.
Humberto de Campos

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Mensagem N°56820
De: arnaldo antoniode jesus Data: Sexta 2/4/2010 17:09:16
Cidade: Taiobeiras /MG

Para ajudar ao Alberto Senna em enviar os convites para a "festa de arromba" do "Mais Lido",venho pedir ao mestre Waldir Senna e Oswaldo Antumes permisão, pois fasso parte desta familia,tive o prazer de conviver e aprender nesta conceituada escola que foi O Jornal de Montes Claros, durante 14 anos da minha adolencência e juventude, fiz parte da equipe dos anos 80. Gostaria acrescentar nesta lista do meu irmã Alberto os nomes daqueles que continuaram a fazer nos anos 80 "O Mais Lido" até a última edição, como do rei Falcão (falecido), linotipista vindo de Imperatriz (MA), "que dizia ter ganhado na loteria por duas vezes e gastado tudo em passagem de Avião", Avilmar Gomçalves "Negretinho",grande profisional da maquina de fazer titulos, João Babão,responsável pela impressão na "moderna" impressora, Luis Jaburu, seu auxiliar, João o homem dos "Clichês", Geiza a simpatica recepcionista, sem deixar de mencionar os mones Luis Ribeiro, Pedrão, Girleno Alencar, Edson e dos colegas jornaleiros " O mudo", Cirilo "treme treme", Rosquinha e Joâo Batista de Xavier, hoje advogado.Lembrando que o amigo Zé Branco faleceu. Obrigado Alberto Sena por fazer me voltar aos anos de muita felicidade e a predizagem da minha vida justamente no dia do meu aniversário. Abraços.

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Mensagem N°56813
De: Ana Data: Sexta 2/4/2010 11:00:48
Cidade: Montes Claros  País: Brasil

Mais um vez o céu de Montes Claros mais simplificado no bairro Alto São João é iluminado de balas ontem por volta das 22:00 aconteceu mais um tiroteio dessa vez foi o pior de todos relatos de uma pessoa conta que sunidos de bala passou bem perto dele isso aqui tá uma vergonha até quando as nossas noites vão ser embaladas por barulhos de tiros...

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Mensagem N°56811
De: Alberto Sena Data: Sexta 2/4/2010 08:32:45
Cidade: BH

Identificado o autor do bilhete

Alberto Sena

Deslindado o mistério do autor do bilhete anônimo deixado no alpendre da casa do sargento Leite, na sede do Tiro de Guerra, o TG 87, lá pelas bandas da Vila Ipê, em Montes Claros.

Quem leu o texto intitulado: “Veneno da Madrugada”, publicado aqui neste “montesclaros.com” sabe do que estou falando. É que o atirador Ornelas – Chico Ornelas – depois de ler a crônica, se é que posso chamá-la assim, telefonou-me dando nome ao boi, quer dizer, ao atirador.
Imaginem todos como é que as coisas acontecem. 42 anos depois, o autor do bilhete se revelou em um encontro de atiradores realizado em Montes Claros, no final do ano passado. Fui convidado para o encontro, mas, infelizmente, não pude comparecer.
Dia 29 de março deste ano, à tarde, eis que fui surpreendido pelo telefonema de Ornelas: “li a sua crônica e sei quem escreveu o bilhete”. Ele foi logo dizendo. E disse ainda mais: “participei do encontro e o caso do bilhete, por coincidência, foi um dos assuntos lembrados”.
Ornelas, muito gentilmente, mandou-me todas as fotos tiradas na ocasião e pude ver que a nossa tropa se transformou, 42 anos depois, numa tropa de barrigudos, com algumas poucas exceções. Reconheci todas as caras, mas não me lembrei do nome de todos.
Lembrei-me do nome do atirador Câmara (Roberto), hoje médico; o atirador Nélio, o próprio Ornelas; atirador Narciso (José Regino), irmão de Paulo Narciso; e do “cabo” Souto (ponho aspas em cabo porque tudo não passava de um arranjo dos sargentos; ele era atirador como nós; não tinha feito curso de cabo coisa nenhuma).
Sobre o “cabo” Souto tenho uma historinha particular para contar.
Num belo dia de sol, o sargento Marcos incumbiu o “cabo” de comandar o nosso pelotão. Ele ordenou que marchássemos levantando os pés nas alturas. Eu achei aquilo desnecessário e desobedeci ao comando dele. Ao que Souto veio correndo na minha direção, com toda autoridade de “cabo” e ordenou:
__ Sena, marcha direito!
Não dei ouvidos. Continuei marchando como achava mais sensato, pois não via necessidade nenhuma de levantar as pernas tão alto assim. Meu número de guerra era 10.
Claro que o “cabo” ficou irritado com a minha rebeldia. Como estava no comando do pelotão, acho que ele tinha até razão, mas eu, já no final do exercício, com 58 pontos perdidos (com 60 pontos o atirador era excluído e mandado para a capital), com o saco cheio daquela coisa toda, teimei em continuar marchando diferente dos outros.
Ao que o “cabo” Souto gritou:
__ Sena, marcha direito!
Continuei do mesmo jeito. Ele ficou possesso e gritou lá de trás:
__ Se você não marchar direito vou chutar suas pernas!
Eu disse:
__ Venha chutar.
É claro que ele não foi e me ameaçou:
__ Vou dar uma parte de você ao sargento.
Na sede do TG, ele cumpriu a ameaça e o sargento me chamou num canto para dizer que eu seria excluído porque já havia perdido 58 pontos. E completou:
__ Você só não será excluído se o “cabo” Souto retirar a parte; converse com ele.
Eu já estava para explodir de revolta daquilo tudo. Vivíamos em pleno auge do movimento Beatles e uma coisa que muito me incomodava era ter de cortar os cabelos tipo “príncipe Danilo”. Meus cabelos eram grandes, antes, e ao cortá-los a auto-estima foi lá embaixo.
Ademais, tinha de acordar todo dia às 4h da madrugada, sendo que muitas vezes chegava em casa às 2h, vindo de alguma festa, coisa que naquela época acontecia com a maior freqüência, para me apresentar no TG às 5h em ponto. Ficava o dia inteiro igual zumbi, pingando de sono.
Resultado: não conversei com o “cabo” e deixei o caso rolar. Sei que o atirador Câmara e outros amigos conversaram com o “cabo”, e ao final da instrução, o sargento reuniu o pelotão e perguntou:
__ “Cabo” Souto, como é que fica; vai retirar a parte contra Sena?
Ao que ele respondeu:
__ Sargento, eu bem que podia não retirar, porque ele foi orgulhoso e não veio conversar comigo. Mas em todo caso, vou retirar.
Foi um alívio. Imaginem, depois de tanto sufoco ter de ir para Belo Horizonte e perder mais um ano na vida?
Mas, enfim, retomando o início do texto, pois acabei me divagando, foi deslindado o mistério do bilhete, como eu escreveria, naquela época, no “Mais Lido”, pois já era repórter cobrindo o setor de polícia. O autor foi o atirador 121, Atayde.
E o que estava escrito no bilhete? Perguntei ao Ornelas. E ele me respondeu:
__ Isto o Atayde não quis informar. Disse que nem no pau-de-arara revelaria.

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Mensagem N°56810
De: Ruth Tupinambá Data: Sexta 2/4/2010 08:02:19
Cidade: Montes Claros - MG

Vox populi, vox dei”

Ruth Tupinambá Graça


Abrindo o jornal deparei-me com uma noticia alvissareira que causou-me grande alegria.
O Prefeito Tadeu Leite interrompera o desmatamento da Serra do Sapucaia.
A “ferida” enorme provocada pelos tratores em seus pés, causou uma grande revolta em todos os montes-clarenses e o pior é que este ato absurdo não era ilegal.
A Prefeitura autorizara vendendo 3 lotes à Associação dos Arautos do Evangelho no loteamento do Ibituruna, aprovado em 2/3/2004. Em 2008 a Administração passada declarou a referida Associação como entidade de utilidade pública, o que facilitou o desmatamento que, aos poucos, ia acabar com a beleza dos montes que rodeiam nossa cidade. Em 2009, com posse da certidão emitida pelo Prefeito de Moc, os Arautos começaram o trabalho com tratores.
Mas é certo o ditado: “Vox Populi, Vox Dei”.
(A voz do povo é a voz de Deus)
Surpreendido positivamente, o Prefeito - sensibilizado com o clamor do povo - num ato de magnitude acabou de vez com a “tragédia”, propondo aos “Arautos” uma troca de terreno (o que foi logo aceito), acabando assim o pesadelo que angustiava todos nós.
Mas, acreditem. Enquanto os tratores, impiedosamente, jogavam por terra aquelas árvores centenárias - afugentando os pássaros, atirando longe seus ninhos e seus filhotes... Eu sofria.
Da janela do meu quarto (sétimo andar) eu via aquela cratera e me revoltava. Não me conformava vendo desaparecer toda a beleza daquele morro.
As lembranças logo se afloravam em minha mente ao ver aquela serra tão maldosamente arrasada. Na certa, outros lotes seriam vendidos e os desmatamentos acabariam descaracterizando a nossa cidade, acabando com os montes que lhe deram o nome.
Eu não queria que isto acontecesse. Conservava na mente toda a beleza daquele lugar, quando ali mesmo - onde hoje são os bairros nobres - outrora foi a “Fazenda do Melo”, propriedade do Dr. Santos, aquele grande homem, médico, que foi prefeito da nossa cidade e por ela muito trabalhou.
Ele era muito dinâmico, inteligente, muito evoluído e naquele tempo (anos 20) construiu lá uma grande piscina. Era a única em toda a redondeza da cidade e uma grande novidade que os jovens montes-clarenses aproveitavam. Toda a extensão - onde hoje estão localizados os bairros Melo, São Luiz e Ibituruna - pertencia à sua fazenda. Muitos anos antes pertencera ao meu avô Domingos Garcia Tupinambá que, vindo da Bahia, aqui se estabeleceu com uma fazenda e grandes negócios. Com sua morte, a mesma foi passando para outros proprietários, até chegar ao Dr. Santos.
Quando menina, na época do meu avô (era muito criança), tenho poucas lembranças daquele lugar mas na minha juventude eu me lembro de tudo.Com saudade.
Frequentei muito aquele pé de serra.
Naquela época a nossa cidade era muito pequena, pouca distração, de sorte que a nossa maior alegria era o passeio na piscina do Dr. Santos.
Saia todas as manhãs com as companheiras: Yeda e Yolanda Maurício, Ydoleta Maciel, Mary e Zuleika Bessone, Alaide Amorim, Natália Peixoto, Luíza Guerra, Yris Sarmento, Helena de Paula, Lia Prates e as minhas irmãs Fely e Maria que, embora mais velhas, sempre nos acompanhavam.
Íamos a pé pela Av. cel. Prates até a Santa Casa e, por incrível que pareça, aí terminava a cidade. Daí pra frente seguíamos dentro do mato por uma estrada estreita e poeirenta. Mas íamos felizes pois na juventude não se conhece tristeza e estávamos naquela fase de ilusões, sonhos e esperanças.
Apostávamos que naquelas idas à piscina os exercícios e a natação nos dariam belas formas, fazendo desaparecer a barriguinha e alguma gordurinha indiscreta que tanto nos preocupavam.
Mas não há bem que sempre dure.
A piscina não era como as de hoje, tratada e com muito luxo. A água entrava e saia naturalmente (vinha de algum riacho ou córrego) e era aproveitada para molhar o pomar e a horta.
O Dr. Santos, médico estudioso, descobriu que a piscina era um foco de Xistosomose.
Com grande tristeza interrompemos nosso passeio matutino: a nossa “Academia” estava condenada.
Até hoje eu me lembro, com saudade, daqueles serras e da fazenda tão bonita que desapareceu transformada hoje nos luxuosos Bairros: Melo, São Luiz e Ibituruna. Que Deus tome conta das nossas serras, conservando-as para o embelezamento da nossa cidade.

(N. da Redação: Ruth Tupinambá Graça, de 94 anos, é atualmente a mais importante memorialista de M. Claros. Nasceu aqui, viveu aqui, e conta as histórias da cidade com uma leveza que a distingue de todos, ao mesmo tempo em que é reconhecida pelo rigor e pela qualidade da sua memória. Mantém-se extraordinariamente ativa, viajando por toda parte, cuidando de filhos, netos e bisnetos, sem descuidar dos escritos que invariavelmente contemplam a sua cidade de criança, um burgo de não mais que 3 mil habitantes, no início do século passado. É merecidamente reverenciada por muitos como a Cora Coralina de Montes Claros, pelo alto, limpo e espontâneo lirismo de suas narrativas).

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Mensagem N°56809
De: Samuel Data: Sexta 2/4/2010 08:00:12
Cidade: Moc

É quase sempre assim. Vista à distância, no espaço de uma semana e até menos, a meteorologia sempre encontra alguma chuva no horizonte de Montes Claros. Contudo, chegando o dia, a chuva mixa. Ontem, havia previsão de 12 milímetros para esta Sexta-feira da Paixao. Choveu ontem à tardinha e neblinou durante a noite. Mas a previsão de 12 milímetros mixou para 2 milímetros!! E apenas para 5 milímetros, amanhã. Restaram sol e nuvens - já agora o templo nublado começa a dissipar-se. Os ventos hoje chegarão a 14 milímetros. E árido o sertão.

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Mensagem N°56808
De: Helena Data: Sexta 2/4/2010 07:27:13
Cidade: Montes Claros

Esta noite foi especialmente barulhenta no "triângulo da impunidade". Uma banda começou a tocar já na madrugada da Sexta-Feira da Paixão e prosseguiu até depois do amanhecer. Foi a noite toda, praticamente sem intervalos. Não tivemos sossego. Ouvi o barulho a quarteirões de distância. (...)

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Mensagem N°56801
De: José Prates Data: Quinta 1/4/2010 21:53:39
Cidade: RIO DE JANEIRO RJ

TIRO DE GUERRA

JOSE PRATES

Lendo agora o Montesclarosnoticias, parei na mensagem de Flávio Pinto falando sobre o Tiro de Guerra, porque tem a ver comigo, não como “atirador”, mas, como instrutor auxiliar, no inicio dos anos cinqüenta, primeiro com o Sargento Alaor, depois com o Sargento Menezes e por fim, com o Sargento Benicio. Muitos atiradores daquela época podem não existir mais. São cinqüenta anos passados que, com toda certeza, não fizeram os que ainda existem esquecer os momentos alegres e ás vezes pitorescos na sala de aulas ou nos exercícios de campo que eram feitos ali mesmo, na Praça da Estação, ainda sem pavimentação. Da turma, o único de quem ainda me lembro bem é João Leopoldo.
Os Tiros-de-guerra daquele tempo, como os que ainda existem hoje, têm uma história longa e bonita. É uma experiência brasileira que nasceu, segundo registros, em 7 de setembro de 1902, quando Antônio Carlos Lopes fundou, na cidade de Rio Grande-RS, uma sociedade de tiro ao alvo com finalidades militares e, depois de 1916, foram impulsionados pela pregação patriótica de Olavo Bilac - Patrono do Serviço Militar, originando, então, uma espécie de escola de formação de reservistas de segunda categoria. Isso permitiu evitar o êxodo rural para atender à obrigatoriedade do serviço militar nas capitais, onde estavam as unidades militares do Exército Nacional.
O Tiro de Guerra , enquanto existiu nas cidades interioranas, desempenhou um papel de grande importância na vida do jovem que prestou o Serviço Militar, participando, efetivamente, do esforço de promover a Segurança do País. Durante a prestação do Serviço Militar, matriculado no TG, o jovem passava por um amplo trabalho educativo, calcado em ensinamentos de moral e civismo, mesclado ao espírito de corpo, de sã camaradagem, autoconfiança, disciplina, segurança em suas próprias ações, responsabilidade, sentimento patriótico, etc, além de não impedir o exercício de suas atividades civis que não sofriam solução de continuidade. As instruções militares eram desenvolvidas de forma que permitiam a continuidade dos compromissos profissionais, estudantis e ainda mantinham o jovem no convívio da família. Portanto, suas responsabilidades aumentavam, o que lhe desenvolvia o aprimoramento do caráter e fortalecia a personalidade do cidadão útil e íntegro, pois a segurança da Pátria democrática e a segurança da família se entrosavam e se completavam. As instruções militares propriamente ditas ministradas em campo aberto eram elementares, quase exclusivamente ordem unida, por falta de espaço e condições para outras manobras mais avançadas, tipicamente militares.
A formação do Sargento Instrutor de Tiro de Guerra desde aquele tempo e até hoje, pois, em alguns lugares eles, ainda, existem com a mesma finalidade, passa por cursos de relações humanas e alguns outros que lhe capacite à educação militar e cívica do atirador, porque o Tiro de Guerra não foi e não é, apenas, uma escola estritamente militar, mas, sobretudo uma escola de civismo e cidadania. O TG 87, nosso Tiro de Guerra, teve, por isso, um papel fundamental na formação dos nossos jovens de então, como Nivaldo Maciel, João Leopoldo e muitos como Flavio Pinto que honraram e honram a sociedade montesclarense. Eu sei que o prédio que foi a sede do TG, na Praça da Estação, inicio da Rua Melo Viana, não existe mais, como, também, não existe o velho fuzil ordinário tipo 1908, nem o velho cinto de guarnição usado em serviço e que dava ares de autoridade ao soldado postado como “sentinela” na porta da sede.
Lendo a mensagem de Flavio, eu gritei em pensamento: Tiro de guerra, Sentido! Em continência ao terreno, apresentar armas! Em homenagem aos instrutores e atiradores que já se foram!

(José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores).

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Mensagem N°56799
De: Fagundes Data: Quinta 1/4/2010 20:37:56
Cidade: Moc/MG

Terminou neste momento o jogo de vôlei. O time Bonsucesso/Montes claros ganhou de 3X0 contra o Náutico.

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Mensagem N°56797
De: Milton Data: Quinta 1/4/2010 16:30:55
Cidade: Moc

Choveu ainda há pouco em M. Claros. Chuva de correr água. O tempo segue "fechado", à espera de mais chuvas. Chuva "civilizada", até aqui.

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Mensagem N°56796
De: Nelson Data: Quinta 1/4/2010 16:22:01
Cidade: Montes Claros

Existem muitos meios de combater a criminilidade e quem bem sabe disso é a polícia,mas não existe um entrosamento entre a PM e Prefeitura neste assunto:Os assaltos ocorridos de motos principalmente em mulheres, nos bairros, Sagrada Família,Cândida Câmara,funcionários acontece porque existe uma saida secreta de pedestres e motos do bairro sagrada família para avenida Cula Mangabeira,dalí já vai em direção ao Major Prates,Canelas, Joaquim Costa e por aí a fora. Eu pergunto a PM, por que não solicita da prefeitura uma obra naquele local para impedir a fuga dos ladrões pilotando motocicletas que fogem por aquele local???

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Mensagem N°56795
De: Waldyr Senna Data: Quinta 01/04/2010 15:30
Cidade: Montes Claros

As estatísticas e os fatos

Waldyr Senna Batista

É sabido que a repressão ao crime nas capitais, como Rio de Janeiro e São Paulo, tem como consequência o agravamento da segurança pública em cidades do interior do País, para onde os marginais se deslocam. Essa é uma das explicações para o que acontece em Montes Claros, que foi posta na rota do tráfico de drogas, com o que a situação chegou a níveis insuportáveis.
Isso deve ter surpreendido as autoridades policiais, que, em janeiro deste ano, comemoraram a redução de 30% nos casos de homicídios em comparação com 2008. O delegado Aluízio Mesquita, na ocasião, manifestou otimismo quanto aos efeitos da ação policial, revelando a expectativa de que “a situação tende a melhorar no ano de 2010”. Tomou por base números de 2008, quando, só em dezembro, foram registrados 13 homicídios, enquanto que, no último trimestre de 2009, foram apenas 12 (média de 4, portanto).
Seu colega Giovani Siervi conseguiu conter o otimismo diante de estatísticas tão favoráveis, lembrando que o trabalho precisava continuar, “pois existem muitos casos acontecendo em algumas regiões e carecem de atenção especial para que o crime de homicídio fique sob controle”.
Acertou em cheio, porque as execuções sumárias foram retomadas ainda em janeiro e só têm aumentado, estando na marca de 29 no trimestre que terminou ontem, média mensal de quase dez. Analisados, esses números indicam que, até dezembro, poderão acontecer cerca de 120 homicídios na cidade. Pelos critérios internacionais, que tomam por base grupos de 100 mil habitantes, Montes Claros, com 360 mil, não poderia ultrapassar 90. São Paulo, com mais de 10 milhões de habitantes, fechou o trimestre com 25 casos por 100 mil.
A matança continua acontecendo na cidade e a polícia a atribui ao tráfico e consumo de drogas, o que parece óbvio. Mas não chega à autoria dos crimes, geralmente praticados contra jovens por pessoas que utilizam motos. O passageiro da garupa dispara a arma e os dois desaparecem, sem serem identificados devido ao capacete.
Mas o problema não se resume apenas a crimes dessa natureza. Inúmeras outras modalidades acontecem na cidade, conforme se vê na edição de 29 de março do “Jornal de Notícias”, que trouxe sete manchetes que não deixam dúvidas quanto à gravidade da situação: 1) “Septuagenária em apuros – Dupla invade apê e rouba R$6 mil”; 2) “Após assalto, ladrões fazem disparo e fogem num Golf”; 3) “Arsenal com 12 armas são apreendidas (sic) por policiais”; 4) “Assaltantes fazem feira de cartões no Vilage do Lago”; 5) “Picape D20 furtada na praça Itapetinga”; 6) “Ladrões tomam moto de assalto no São Geraldo”; 7) “Mototaxista perde seu ganha-pão no Morada da Serra”.
Não se trata de caso esporádico, diariamente é o que se vê no noticiário da imprensa local, que não publica mais porque não dispõe de espaço. Alguns casos, da maior gravidade, já vêm sendo relegados a plano secundário, como o seqüestro do despachante Chiquinho, ocorrido há quatro meses, e, no início do mês passado, a descoberta de trama que previa a eliminação de um juiz da Comarca local.
Esses dois últimos episódios fazem com que Montes Claros suba na escala da criminalidade, chegando ao estágio em que se torna cada vez mais parecida com o Rio de Janeiro, sem as belezas naturais da capital fluminense. Para quem ainda tinha dúvidas, fica a certeza de que, nesse campo, a marginalidade aprimora seus métodos e age com extremo profissionalismo, pois nada tem a perder, enquanto a polícia, apesar de todo o empenho de seus integrantes e do moderno aparato de que dispõe, não consegue se impor. As estatísticas perdem para a realidade dos fatos.

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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Mensagem N°56794
De: Leo Pereira Data: Quinta 1/4/2010 13:55:06
Cidade: Montes Claros

Notícia que poderia ser verdade no dia 1º de Abril!:"Patrulha do silêncio notifica veículos com usinas de som e bares que desrespeitam o descanso dos cidadãos. Foram executadas durante esta madrugada, várias notificações em veículos equipados com "usinas de som", que rondam a cidade perturbando o descanso dos cidadãos de bem, e também alguns bares que não respeitaram o horário limite para perturbação!"
Pena que hoje é dia da Mentira...

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Mensagem N°56793
De: Raphael Reys Data: Quinta 1/4/2010 13:53:54
Cidade: Moc - Mg  País: Br

MONTESCLAREADAS III

O saudoso José Carlos Priquitim afiançava que o músico e “show man” Tico Lopes era um dos poucos montes-clarenses que conhecia as cidades similares do mundo: Paris e Patís, Londres e Lontras, Japon e Japonvar.
Os companheiros, Tico e Didú Tourinho com o quengo cheio de cachaça Viriatinha, antes de embarcar na última excursão a cidade luz combinaram que chegando ao destino iriam esvaziar as bexigas na estrutura metálica da Torre Eiffel. Dois berros dàgua tupiniquins!
Já o saudoso Ernesto, escudeiro de Zim Bolão encontrou no Quarteirão do Povo um grande prego caibral e o guardou na caixa registradora do bar. Chega Florisvaldo Kroger (Piloto), encarregado de serviços da Fábrica de Cimento e informa que fora capturada uma lagartixa gigante que vivia nos filtros Portland da companhia.
De tanto tempo estava lá que adquirira de tamanho de um jacaré.
Ernesto apanhou o prego caibral, deu ao Florisvaldo avisando: Leva o troféu que o primeiro lugar é seu!
Já o notável nervosinho Onofre Baixim, ou Onofre Bocaiúva atravessava distraidamente a avenida Coronel Prates, próximo a Santa Casa. Por um triz quase foi atropelado por uma bicicleta. Em cima da via de fato o ciclista descarregou a verborréia nervosa: sai da frente seu capiau. Decidido, Onofre deu um pulo e sugigou o paspalhão pelo pescoço, o esganando.
Evandro Alcântara, o popular Canzil Atleticano, vestido à caráter com as cores do clube, adentrou na Igreja Matriz quando o Padre Dudu iniciava o sermão na missa dominical. Foi ao altar e fazendo um sinal de OK! Falou: Tcham...
O reverendo mudou a retórica do sermão exortando a excomunhão dos ébrios e, clamando ao poderes celestiais a os enviar, na pós-morte, aos umbrais do Inferno de Dante. Terminado o esculacho doutrinário, Canzil virou-se para a patética assistência e sintetizou: dancei...
João Samba, em seu gabinete dentário, ministrou anestesia em uma paciente. Enquanto aguardava completar o competente bloqueio sensório, e para aliviar o estresse apanhou uma vassoura e saiu dançando um pas-de-deux pelo corredor ao som do rádio do vizinho que tocava Besame Mucho...
A paciente viu a cena e gramou o beco na carreira!

Nós somos assim, mas somos chiques!

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Mensagem N°56792
De: Alves Data: Quinta 1/4/2010 13:10:18
Cidade: M. Claros

Pode até não ter Semana Santa como antigamente. Mas, uma coisa não mudou: o Tempo, o tempo - com maiúscula e minúscula. Os ares são sempre os mesmos; solenes, diversos, de profundidade incomum, para lembrar em 3 dias a Paixão de Cristo. É só olhar ao redor, e sentir. Mudam os homens. A Natureza é única - sempre a mesma, imutável, silenciosa, imperturbável, sem humores, antiquíssima, "de mãos caídas", como a Noite, não contaminada pelos transeuntes mui temporários. E humanamente volúveis. Cosmo e Caos.

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Mensagem N°56791
De: Editais Data: Quinta 1/4/2010 12:55:01
Cidade:

A Prefeitura de Montes Claros – MG prorrogou as inscrições do concurso para 963 vagas na área da Educação para nível médio e superior. As inscrições podem ser feitas pelo site www.cotec.unimontes.br até às 18h de 12 de abril.Serão disponibilizados computadores na Unimontes/Cotec (prédio 4, Campus Universitário Professor Darcy Ribeiro), das 8h às 18h. A taxa para nível superior é R$ 70,00 e para médio, R$ 40,00. As provas serão aplicadas em 16 de maio, em locais que serão informados a partir do dia 10 do mesmo mês. A documentação para prova de títulos deverá ser enviada pelo serviço de Sedex dos Correios ou com A.R durante o período de inscrição.

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Mensagem N°56789
De: Rodrigo Data: Quinta 1/4/2010 11:39:20
Cidade: Montes Claros/MG

(...) Penso que o cidadão montesclarense tem que agir mais, lutar mais, ir aos órgãos públicos a fim de oficializar as reclamações contra todos esses problemas que enfrentamos: barulho, roubos, assaltos, buracos etc. Não deixem de registrar os boletins de ocorrência em caso de crimes, pois isso ajuda a mostrar a realidade que muitas vezes é mascarada pelos órgãos de segurança. Se quebrarem seus veículos, ou se ocorrer de se machucarem, nas vias públicas em razão de buracos, calçadas esburacadas, por mais que demore, recolham provas, tirem fotos, registrem uma ocorrência e acionem o Judiciário, processem o município, o Estado, corram atrás de seus direitos, não só para serem ressarcidos mas também para que as autoridades tenham medo do que agente pode fazer.Procurem o Ministério Público, façam reclamações, denunciem. Talvez uma só voz não seja ouvida, mas a partir do momento que forem várias, aí sim teremos uma resposta. (....)

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Mensagem N°56787
De: Arquiteto LPU Data: Quinta 1/4/2010 10:47:06
Cidade: Brasília DF

31/03/10 - 8h05 - "Desce ao chão, enquanto uma nova fotografia, de saudade, sobe para as paredes. O bangalô foi destalhado e por estes dias só existira na lembrança geral"

Montes Claros está atrasada (pelo menos 30 anos) em relação a uma inteligente solução para preservar construções típicas de um tempo. Em Belo Horizonte (e outras muitas cidades) por lei as construtoras são obrigadas a preservar a fachada das construções históricas. O prédio, valorizado pela conservação, é construído logo atrás do que foi preservado, do que escapou da guilhotina, como mais este. É solução muito inteligente.
Outra coisa: soube que a prefeitura, com apoio da câmara de vereadores, liberou a construção de espigões praticamente em todos os pontos de Montes Claros. É, no mínimo, um ato impensado, quase irresponsável. Com suas ruas estreiras, a cidade não vai aguentar. Além do mais, áreas residenciais, minimamente protegidas, vão virar um pandemônio. O esforço (ainda que pouco) de muitos, de gerações, não pode ser implodido assim. É preciso que a população tome conhecimento do assunto, para reve-lo. Caso contrário, deve reagir com todos os meios de que dispõe. Não aceitem passivamente.

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Mensagem N°56781
De: Wanderlino Arruda Data: Quinta 1/4/2010 07:10:45
Cidade: Montes Claros/MG

QUE VENHAM TEMPOS DE ESPERANÇAS

Wanderlino Arruda

Houve um dia na história do mundo que deveria ter sido gravado em fita de ouro, conservados todos os sons, todas as cores, os movimentos todos. Não somente uma filmagem pessoal de uma câmara só, um ângulo isolado, mas um belo trabalho de equipe, com lentes naturais e de efeitos vários. Os sons, estes deveriam ser tomados de todas as distâncias, de todos os lados, do alto e do chão, até um microfone semi-enterrado como se faz em jogos de campeonatos. Deve ter sido uma manhã e tarde da maior importância na vida do maior gênio da arte de todos os tempos, uma coroação de esforços e de momentos de amor do italiano Leonardo da Vinci. Era a hora final dos retoque do quadro Mona Lisa, aquele minuto marcante de a obra de arte receber a moldura e ser exposto à crítica de todos os tempos e de todas as gentes. La Gioconda havia posado para ele por cerca de vinte anos, encantada com toda a equipe de moedores de tintas, de tocadores de alaúde e de cítaras, assobiadores, cantores, fazedores de graças, encantada, sobretudo, com a admiração do mestre e a luz bem distribuída do grande pátio e cenário. O que parecia eterno chegava ao fim! Assim é a vida. Por mais longo que seja o dia, haverá sempre um crepúsculo. A mais escura das noites, a mais tempestuosa ou a mais alegre e festiva será sempre substituída por uma aurora. As existências se sucedem num vai-e-vem eterno, monótonas para quem não saber ser, mas interessantíssimas para quem tenha olhos de ver novidades. Não há bem ou mal que nunca se extinga, porque tudo é passageiro. Definitivo, só o gesto de amor, o bem, a luz que ilumina a alma das criaturas. O mal? O mal também tem prazo de consideração, porque não há trevas que não sejam batidas pela claridade. Um gesto de crença verdadeira muda a história de muitas existências. Enquanto houver fé e esperança, enquanto houver amor, haverá felicidade. O desespero é o pior ângulo de qualquer atitude, do indivíduo ou da sociedade. Por que não esperar o amanhã? Estamos, hoje, num desses momentos de real importância em nossas vidas, um bem encaminhado início de século e de milênio que - ricos de angústias -, têm marcado profundamente o nosso modo de ser. Uma hora tão decisiva, tão propícia aos nossos conhecimentos, que ninguém - ninguém mesmo - fica realmente isolado dos acontecimentos. Se já não era, agora pessoa nenhuma será uma ilha. Vivemos o momento da informação realizada por todos os meios. É preciso muita garra para vivermos a nossa própria vontade, a nossa independência. Vivemos de uma só vez todas as vidas, da família, do trabalho, da profissão, da crença, dos grupos de aptidões, mas, em nenhum momento prevalece o direito realmente individual, aquela vontade saída do próprio coração. Tudo é grupo, dependente. Querendo ou não, um mundo de irmãos, de companheiros, de camaradas, sob o mesmo teto do mundo. Alegres, tristes, sofridos, angustiados, mas unidos. O egoísmo tornou-se uma ilusão, um engodo; somos, na verdade um enorme grupo de aldeia global, sacos de sorrisos e de sofrimento, ouvintes e assistentes compulsórios de verdades e de ilusões. Que venham tempos de esperanças. Se problemáticos, que sejam com dificuldades estimulando o raciocínio em busca de novas soluções. Que venham as possibilidades de perdão, de reajustamentos, de solidariedade. Que seja aberta uma fresta para a lembrança das promessas geradas no início da era cristã, na pobrezinha manjedoura do Belém! Havendo amor, haverá muita luz na saída do túnel. E que haja!

Institutos Históricos e Geográficos de Minas Gerais e de Montes Claros

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Mensagem N°56780
De: Augusto Vieira Data: Quinta 1/4/2010 03:15:45
Cidade: Belo Horizonte

“JORNAL DE MONSCLARO DE HOOOJJ!!!”

Tomava uns chopes no ex-Bar Brasil com Paulinho Pedra Azul e Beto Guedes. De repente Beto nos surpreende, quase cantando, com as seguintes palavras: “Jornal de Monsclaro de hooojj!!!” Claro que logo entendi o que ele estava relembrando. Era do musical grito, indelével em nossas memórias, dos meninos que saíam a vender o “Jornal de Montes Claros”, tão logo a edição ficava pronta. Grito de crianças felizes porque ganhariam uns trocados para comprar refrigerantes, pipocas, balas-doces, quebra-queixos e picolés, ou para ajudar suas famílias. No anúncio omitiam a letras “t” e “e” e o último “esse” do substantivo composto Montes Claros, bem como a pronúncia da vogal “e” na segunda sílaba da palavra hoje, de modo que o brado juvenil ficava realmente como Beto o cantara: “Jornal de Monsclaro de hooojj!!!”
Logo depois Beto nos revelaria que, menino, pedira a Godô uns trocados, que lhe foram negados com a maior educação. Resoluto, fora à sede do “Jornal de Montes Claros”, pegara dez exemplares para vender e saíra gritando pelas ruas da cidade: “Jornal de Monsclaro de hooojj!!!” Foi tão legal o modo pelo qual ele reviveu essa sua faceta de ex-vendendor do “Mais Lido”, que, marmanjos, ficamos a cantar naquela mesa do calçadão do bar, qual meninos, para a perplexidade dos demais presentes, dos transeuntes e dos amigos que se acercavam de nós: “Jornal de Monsclaro de hooojj!!!” Paulinho Pedra Azul vaticinou que aquilo daria refrão para uma bela música. Concordei, no ato. Belo refrão, sim, meu caro Paulinho, que, até hoje, decorridos mais de vinte anos do fechamento do jornal, ainda ressona nos ouvidos da gente norte-mineira, nos quais ecoou por mais de trinta e oito anos. O “Mais Lido” não morreu. Continua vivo, principalmente nas pessoas de seu grande artífice, o mestre Oswaldo Antunes, e de seus escribas e demais servidores, espalhados por estes brasis, cultivando um jornalismo de alto nível, saboroso e ético, bebido em fonte tão límpida.

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Mensagem N°56775
De: Maria Data: Quarta 31/3/2010 22:54:44
Cidade: montes claros

A impunidade em Moc está desesperadora!!!!!!! Acabei de ser assaltada na porta de casa. Estava com meus filhos e dois homens chegaramm em uma moto e levaram minha bolsa. Aqui no bairro funionarios está impossivel de sair de casa. Semana passada assaltaram um bar!! Cadê a PM?

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Mensagem N°56769
De: Flavio Pinto Data: Quarta 31/3/2010 19:21:23
Cidade: Belo Horizonte-MG

UMA PATRULHA MOTORIZADA
(Para Gonçalves (MSG 56743)
Como participante ativo dessa turma de atiradores citada por você (menino de calças curta nessa época você não poderia saber mesmo) sinto-me na obrigação, compelido mesmo, a entrar, ¨”de com força”, no seu caso. Não o conheço pessoalmente, mas pressinto em você uma alma boa por trás da mensagem. Espero que não se importe com esta intromissão.
Além de Lindemberg e Zé (Carlos) Alves tinha mais gente nessa patrulha dos atiradores, naqueles idos de março/abril de 1964, mais para primeiro de abril do que 31 março. Deixa pra lá...
O pequeno e grande Bill, cracaço do Ateneu por muitos anos, Odorico Mesquita, Ricardo Laughton, Aldoizio Costa e eu. Turma das antigas, boa pra valer. Somos amigos até hoje – um pouco afastado de alguns, é verdade – mas sempre com as melhores lembranças de todos.
E mais um, o Sargento Villar – baixinho invocado – gente fina demais. Jogava basquete com a gente na Praça, e bem. Só não enterrava por óbvios motivos. (Aí também não, né, gente).
Não tenho muita certeza se o sargento ia conosco em todas as incursões ou se usava outra viatura ( aí só Berguin pra lembrar), cedida pelo batalhão de polícia.
Com Lindemberg no comando (tinha sido promovido a cabo: bem esperto, vivia no pé de Lazinho, solicitando, com êxito, botar o nome do Chefe dos Sargentos - o inesquecível Sargento Conca - e senhora, na coluna social do JMC, onde era repórter geral. Rrs) , fizemos parte de uma incrível patrulha motorizada. Tipo Exército Brancaleone, quem é meio cinéfilo sabe.
Talvez a única viatura na história antiga do glorioso TG 87. Se houve mais alguma motorizada em outras épocas, desconheço. Pelo menos ninguém me contou, até hoje.
Aboletados numa possante camionete (uma linda e esverdeada DODGE, modelo 1951),Ricardo Laughton sempre dirigindo, por direito e herança. Até que ficávamos com uma ponta de inveja, mas o carro era do pai dele, Seu Lindolfo, como reclamar?
E, a gloriosa patrulha rodava a cidade de ponta a ponta, pronta para a ação. Que nunca aconteceu...
Era com se fosse um similar da americana e pomposa SWAT , mas humilde, e põe humildade aí, armados apenas com uma velha baioneta na cintura, entusiasmada e cheia de testosterona e juvenil irresponsabilidade, com muita vontade de aparecer qualquer tipo de confusão, baderna, crimes hediondos ou até mesmo um pequeno levante popular (ou contra a favor), para podermos testar nossa grandiosa força e poderio (sic)...
Infeliz, ou melhor, felizmente nunca aconteceu nada. Deus protege os inocentes e os tontos.
Daí que gastamos nesta empreitada litros e mais litros de gasolina, rodando inutilmente pela então pacata cidade. A maior parte na zona boêmia. Esse pedido do peculiar trajeto teve aprovação unânime, diga-se.
Ricardo Laughton(chofer) Lindemberg e eu na boleia. Eu já era ajudante de cabo, Berguinho me nomeou. Depois vim a saber que não existia este posto no exército.
Odorico, Aldoizio, Bill e Zé, lá atrás na carroceria, coberta com lona e com dois bancos pra carregar peão. Reclamavam paca, não sei de quê!
Mas era uma festa quando entrávamos nos cabarés. O povo e as raparigas presentes riam mais da gente do que ficavam com medo. Todo mundo era conhecido de todos. Não tinham o menor respeito, aqueles félas...
Uma vez, numa dessas incursões, no Cabaré de Anália, Dim Canga (irmão de Murilo e Julinho Boca de Fogo, meus vizinhos) cumprimentou-me efusivamente de cima do palco, no microfone, em meio uma bela canção (salvo engano, “Alguém Me Disse”, famosa na voz do falecido Altemar Dutra). Fiquei todo cheio e honrado.
Nós, enlevados pela bela interpretação de Dim, com sua maviosa voz rouca, nem percebemos que o Sargento Villar tinha adentrado ao salão .Ele viera, a chamado oficial , prender “Crioulo”, elegante malandro das antigas ( só vestia terno de linho Ésse120) irmão de Anália, campeão de sinuca da cidade e mestre de capoeira nas horas vagas, que tinha dado um tiro ( e errado a pontaria) numa rapariga, em outra zona. Mas ela deu queixa assim mesmo e armou-se a confusão.
Eu conhecia bem Crioulo. Desde os meus tempos de adolescência brava/rebelde e o admirava pela sua destreza com o taco. Tempo de matar aula e passar o dia e a noite, clandestino, num velho salão de sinuca que esqueci o nome.
Sei que tinha um certo Seu Augusto, que tomava conta das mesas e um reservado de Pif-Paf nos fundos Ele era meio (ou melhor, totalmente) ranzinza e neurastênico, mas gostávamos (minha turma) dele. Sempre fez vista grossa para a nossa presença de menor de idade.
No Cabaré de Anália fui o primeiro chamado - por este conhecimento do bas-fond - pra localizá-lo no recinto.E o fiz, cumprindo ordens, embora até meio sem graça, confesso. Crioulo, como sempre, estava bem à vontade, dançando puladinho com uma linda baiana (que eu conhecia), rodopiando como um príncipe, bem no meio do salão. Ele parou, olhou-me nos olhos e perguntou onde estava quem queria prendê-lo.
Quando viu o sargento, que parecia ainda mais baixinho ao longe, na porta do Cabaré, dirigiu-se a passos largos para lá, já com um ar maroto, de deboche, no rosto:
- É só esse ai? E mais quantos? -
Bem na frente do sargento.
Só pensei, viche Maria!
Por alguns segundos fez-se um silêncio geral. Zé Tôco segurou como pôde as baquetas e Lausinho parou de fazer aquela careta de sempre quando tocava (ele fechava um olho durante todo o tempo, talvez viajando na música) e encostou o violão na parede.
Dim Canga foi lá pra dentro tomar uma, de leve.
O Sargento Villar só fez meter a mão no coldre preto e tirar uma 45, automática, de cabo de marfim, de uso somente das forças armadas. A maior e mais bonita máuser que já vi.
Colocou - a (o gatilho destravado, seguro apenas pelo polegar) na boca de Crioulo que ficou engasgado e totalmente pálido, repentinamente.
Pensei de novo: vai atirar! Só não tapei as orelhas porque não pegaria bem em público. Ridículo demais para um guarda armado, membro de SWAT. Meio escalafobética, mas SWAT.
E o Sargento levou-o, com a 45 enfiada na boca, branco como cera e com os olhos meio esbugalhados, até a viatura, estacionada na rua, do lado da Praça de Esportes.
Um pouco depois, lá, acalmados um pouco os ânimos , a gente conversou com o Sargento, dando uma força pro Crioulo (até hoje não sei seu nome), falando de suas qualidades e habilidades no pano verde, Anália fez valer a sua posição de dona do Cabaré mais famoso da cidade e o sentimento acabou falando mais alto.Resolveu-se tudo. E com bastante finesse. Ninguém foi preso e ficou por isso mesmo.
Próprio da velha Montes Claros. Todo mundo, ricos, pobres e remediados, era amigo.
Dez minutos depois, disseram-me, o Cabaré reabriu com tudo a que tinha direito. Música, bebida, cigarro e raparigas. Á vontade. Embora um pouco nauseante pelo cheiro que ficou no salão, oriundo, possivelmente, de resquícios naturais aparecidos nos fundos da calça de linho branco do campeão.
- Puro Amarelo ouro com verde-escuro, jurou um sem-mais-o-que-fazer na ante sala do salão de dança.
Eu não digo nada porque não vi. Sério.

Um grande abraço para todos.

Flavio Pinto

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