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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Prédio de 24 andares pega fogo e desaba no centrão de S. Paulo. 1 homem morreu e 2 centenas de moradores foram para abrigos municipais. Ocupação era irregular

Terça 01/05/18 - 8h54


Prédio de 24 andares no centro de S. Paulo - que foi sede da Polícia Federal e, por fim, era ocupado irregularmente por dezenas de famílias - pegou fogo e desabou na região do Largo do Paissandu, na madrugada desta terça-feira . O fogo começou por volta da 1h30 no 5º andar e se espalhou pela estrutura.
HOMEM
Um homem era resgatado pelo Corpo de Bombeiros quando o prédio desabou. O fogo atingiu outros 2 prédios vizinhos, mas sem risco de desabamento. A região foi isolada e o trânsito sofre limitações nas imediações do Largo do Paissandu, com linhas de ônibus desviadas
ABRIGOS
Parte de uma Igreja Luterana histórica, localizada ao lado da construção, foi atingida e 191 pessoas foram encaminhadas aos abrigos municipais. A retirada dos escombros deve demorar uma semana.
GOVERNADOR
De acordo com o governador de S. Paulo, Márcio França, existem150 imóveis ocupados irregularmente no centro de São Paulo, a maioria deles de particulares. França citou dificuldade para desocupar prédios por conta de liminares.
TRAGÉDIA
Disse o governador: "Essa subabitação não tem solução, essas pessoas precisam ser tiradas daí. É preciso boa vontade e compreensão do Ministério Público e da magistratura para não dar liminares. Porque quando dão liminares, as pessoas vão ficando lá e quando acontece uma tragédia dessas todo mundo fica triste. Vamos torcer para que tenha alguém ainda vivo ali embaixo".
BRIGA
Briga de casal é a possível a possível causa do incêndio. Testemunha viu o momento em que casal discutia no quinto andar, onde começaram as chamas. Embora proibido, o casal cozinhava usando álcool como combustível. O marido colocava mais álcool na fogueira quando a mulher o empurrou.
PAGAVAM
O edifício de 24 andares pertence a União e estava sem uso oficial. Foi ocupado por grupos sem-teto, que pagavam até 400 reais para compartilhar o uso.O prédio foi sede do INSS e da Polícia Federal. Colocado para leilão em 2015, por R$ 24 milhões, ninguém o comprou. Em 2017, foi cedido para a Prefeitura de S. Paulo, para instalação da Secretaria de Educação e Cultura da cidade.
GRUPO
Resumiu io jornal El Pais: "O edifício está ocupado há seis anos, com apoio de um grupo chamado MLSM. As famílias que ali moravam pagavam mensalidade para ocupar um quarto, ratear as despesas e e utilizar as áreas comuns, prática recorrente nas ocupações".
DUZENTAS
Segundo o prefeito Bruno Covas, “há 70 edifícios em São Paulo nessa situação, e outras 200 áreas ocupadas”.
150
Moravam no prédio cerca de 150 famílias. A BBC, em sua edição em português, comentou: "Como as ocupações de sem-teto têm população flutuante, não se sabe exatamente quantas pessoas estavam no local enquanto as chamas tomavam conta dos apartamentos. Por isso, ainda é difícil precisar se há vítimas fatais - até o começo da noite desta terça, uma pessoa era dada como desaparecida".
INVADIDO
Construído nos anos 1960 para uso comercial, o edifício Wilton Paes de Almeida funcionou como sede da Polícia Federal e do INSS. Abandonado há pelo menos 17 anos, o prédio foi ocupado irregularmente diversas vezes. Nos últimos anos, servia como residência a mais de 90 famílias, que pagavam mensalidade ao Movimento Luta por Moradia Digna.
ALUGUEL
A Prefeitura de São Paulo cadastrou 146 famílias (ou 372 pessoas), vítimas do incêndio. Elas devem receber auxílio-aluguel de R$ 1,2 mil neste primeiro mês. Nos 11 seguintes, a ajuda caipara R$ 400.

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