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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 31 de outubro de 2024

Presidência da Assembleia de Minas surpreende ao aceitar pedido de impeachment contra o governador Pimentel, que tem 33 dos 77 deputados

Quinta 26/04/18 - 16h20

A presidência da Assembleia de Minas aceitou denúncia do advogado Márley Marra para abrir processo de impeachment contra o governador Pimentel por crime de responsabilidade.
COMISSÃO
A aceitação da denúncia deverá ser publicada em até 48 horas no Diário Oficial de Minas. Comissão especial será criada para avaliar o pedido e será formada por 7 deputados, indicados pelos lideres dos blocos parlamentares, em até 15 dias.
CRIME
A denúncia alega que o governador cometeu crimes de responsabilidade ao não repassar R$ 300 milhões ao orçamento da Assembleia, e de dever R$ 20 milhões a advogados do estado. Argumenta que o governo vem atrasando salários do funcionalismo público, violando a Constituição Federal.
ARQUIVO
O líder do governo, deputado Durval Ângelo, disse que foi surpreendido pela atitude da presidência e que espera que a denúncia seja arquivada.
BASE
Entre os 77 deputados estaduais, 33 são do PMDB, PT, Avante, PRB e PC do B, partidos que formam a base do governo Pimentel.
ATRITO
A disputa por vaga de conselheiro no Tribunal de Contas de Minas, aberta com a morte de Adriene Andrade, na semana passada, e por cadeira de senador nas eleições seriam as causas do atrito na base do governo. O presidente da Assembleia, Adalclever Lopes (do MDB), seria o candidato, mas a ex-presidente Dilma Rousseff pode ser afinal a indicada, dizem analistas políticos.
NOTA
O governo emitiu a seguinte nota:
“O governo de Minas viu com estranheza a aceitação do pedido de impeachment, inconsistente e sem sustentação jurídica , mas reconhece esta como uma prerrogativa dos parlamentares mineiros, que saberão analisar o caso com a prudência necessária, respeitando rito e regras próprios estabelecidos pelo regimento interno da Assembleia Legislativa.
Dadas as graves crises financeira e político-institucional por que passa o país e a proximidade das eleições, não é momento para aventuras políticas que coloquem em risco a estabilidade conquistada em Minas Gerais. A concertação e o diálogo construídos até aqui entre as instituições estaduais continuam sendo o caminho mais seguro para a superação de qualquer divergência.”

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