Ministro do STF quebra o sigilo bancário de Temer. É a primeira vez que um presidente - “contrariado e indignado” - tem o sigilo quebrado

O Palácio do Planalto confirmou a quebra do sigilo bancário do presidente Temer por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso. A requisição foi feita na investigação de irregularidades da Medida Provisória dos Portos.
QUEBRA
A quebra abrange o período entre 1º de janeiro de 2013 e 30 de junho de 2017. Segundo o Planalto, o presidente "dará à imprensa total acesso” aos seus documentos bancários. Ele solicitou ao Banco Central o extrato de suas contas.
1ª VEZ
O Planalto informou também que Temer não tem "nenhuma preocupação" com informações de suas contas. É a 1ª vez que um presidente no exercício do mandato tem sigilo bancário quebrado por ordem judicial.
INDIGNADO
Após o Planalto divulgar a nota, o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, convocou entrevista coletiva na qual disse que Temer "não tem nada a esconder" e ficou "contrariado e indignado".
INDEVIDA
Disse o ministro: “O presidente vai divulgar seus extratos, não tem nada a esconder, mas encontra-se contrariado, e indignado até, por essa decisão que nós consideramos completamente indevida, principalmente pelo fato deste inquérito não possuir base fática alguma para justificar uma medida como essa”
APURA
A investigação pela Polícia Federal busca apurar se Temer praticou crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, se recebeu vantagem indevida das empresas de portos em relação a decreto editado pelo Planalto.