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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024

Venezuela suspende aulas para sepultar Chávez, sexta-feira. Obama oferece ajuda "construtiva" e jornal relembra o choro por Peron

Quarta 06/03/13 - 7h

A Venezuela terá uma semana de luto nacional e todas as aulas suspensas até a próxima sexta-feira, quando o corpo de Hugo Chávez, morto ontem aos 58 anos será velado com a presença de chefes de Estado. A morte do presidente, após meses de luta contra um câncer na região pélvica, comoveu a capital venezuelana, onde algumas centenas de chavistas tomaram as ruas durante a noite. Nos arredores da Praça Bolívar, a principal de Caracas, momentos de um luto silencioso se misturaram a outros de entoação do hino nacional, alternado com palavras de ordem como “Chávez fica, não vai embora”. Pouco antes do anúncio da morte, o vice-presidente, no cargo, acusou inimigos de terem causado o câncer do presidente. O adido militar dos EUA foi expulso da Venezuela.
OBAMA
Depois do anúncio da morte de Hugo Chávez, o presidente dos EUA, Barack Obama, ofereceu aos venezuelanos o apoio do povo americano e sinalizou a intenção de manter uma relação construtiva com o governo daquele país. Obama afirmou que a morte de Chávez representa um tempo de mudanças para a Venezuela e disse que seu país está comprometido em promover os princípios da democracia, dos direitos humanos e do Estado de direito.
VALOR
O jornal Valor Econômico fez a seguinte análise da morte do coronel Hugo: "Hugo Chávez passará à história como um dos primeiros a intuir que as periferias da América Latina não se sentiam representadas pelos partidos tradicionais. O tempo histórico dele é diferente do que prejudicou líderes populares anteriores no continente. Ele é o primeiro a surgir após a Guerra Fria e o fim do comunismo. Sob seu comando, multiplicaram-se nacionalizações e intervenções nas atividades produtivas sem que tivesse havido real transformação das estruturas da economia. A Venezuela continua a ser o que sempre foi: uma economia rentista de petróleo. Porém, não compreender por que milhões de venezuelanos rezam por Chávez é repetir a experiência narrada por Ernesto Sabato sobre a queda de Perón, em 1955. O escritor comemorava com amigos intelectuais o fim do ditador que envergonhava a Argentina até que, em certo momento, teve de entrar na cozinha. Lá, todos os empregados choravam"
               

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