Vaticano admite ter grampeado funcionários em telefonemas, e-mails e encontros

O Vaticano confirmou ter grampeado, com ordem judicial, alguns funcionários em telefonemas, e-mails e durante encontros mantidos na sede da igreja. Isso teria ocorrido no contexto da investigação do Vatileaks, o vazamento de papéis do papa. Após denúncia publicada na revista italiana "Panorama", o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi, admitiu o grampeamento, que teria começado em setembro de 2012. Foram essas investigações que levaram à acusação contra o ex-mordomo de Bento 16, Paolo Gabriele, acusado de vazar correspondências confidenciais do agora papa emérito. Segundo a revista "Panorama", a ordem para os grampos teria vindo do camerlengo Tarcisio Bertone, que ocupa desde quinta-feira e até a eleição do novo papa, o cargo de "chefe de Estado" do Vaticano.