Lewandowski diverge de relator do mensalão e inocenta ex-presidente da Câmara

O ministro Ricardo Lewandowski, revisor da ação do mensalão no Supremo Tribunal Federal, inocentou o deputado João Paulo Cunha, divergindo da opinião do relator, o ministro Joaquim Barbosa. João Paulo, que presidia a Câmara dos Deputados quando o mensalão foi descoberto, é acusado de ter recebido propina para contratar uma agência de propaganda que teria desviado dinheiro público para políticos. Na semana passada, Joaquim Barbosa votou pela condenação de João Paulo pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Ontem, Lewandowski rejeitou todas as acusações. Lewandowski votou pela absolvição do empresário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão, e dois ex-sócios acusados de participar dos mesmos crimes. O julgamento do mensalão será retomado na próxima segunda-feira. Advogados que atuam no processo consideram Lewandowski inclinado a inocentar boa parte dos réus do mensalão.