Fungo da Sigatoka Negra volta a ser achado no Norte de Minas, depois de 17 anos. Doença que pode afetar a produção de bananas foi localizada no município de Jaíba
Quarta 12/03/25 - 19h25MG volta a ter foco da doença da banana após 17 anos; saiba o que é
A doença, causada por um fungo, não oferece riscos para a população com relação ao consumo da fruta
O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) identificou um foco Sigatoka Negra, doença que compromete a produção de bananas, em uma propriedade rural do município de Jaíba, no Norte de Minas. Este é o primeiro registro no estado desde 2007. A doença, causada por um fungo, não oferece, no entanto, riscos para a população com relação ao consumo da fruta.
"A principal consequência para a planta acometida pela praga é a diminuição do número de pencas por cacho, redução do tamanho do cacho e maturação precoce dos frutos no campo ou mesmo durante o transporte", informou o IMA em comunicado. Ainda segundo o Instituto, o maior dano provocado pelo fungo é a morte prematura das folhas, o que induz a perda da produtividade e qualidade da fruta.
A confirmação do foco durante uma fiscalização de rotina feita por servidores do órgão. Diante disso, todos os produtores de banana do município foram orientados a aderir ao protocolo de mitigação de riscos. "Aqueles que não fizerem isso, sofrerão restrições sanitárias, ficando impedidos de comercializar as frutas. Também haverá fiscalização de trânsito de cargas", destacou o IMA.
Último caso
O último foco da Sigatoka Negra registrado em áreas de grande produção de bananas em Minas Gerais ocorreu em 2007, conforme o órgão. "O surgimento deste foco reforça a necessidade de medidas rigorosas de controle sanitário, mas não representa um risco imediato para a produção de banana no estado. Com a colaboração de todos os produtores e o cumprimento das normas fitossanitárias, será possível conter a doença de forma eficiente", destacou.
Medidas sanitárias adotadas:
Levantamento fitossanitário no raio de 1 (um) km da propriedade afetada, com inspeção de 100% das áreas produtivas.
Monitoramento ampliado em um raio de até 10 (dez) km, abrangendo pelo menos 50% das propriedades bananicultoras.
Notificação dos produtores da região, que devem aderir ao Sistema de Mitigação de Riscos da Sigatoka Negra.
Verificação e atualização dos cadastros das Unidades de Produção (UPs) para garantir o mapeamento das áreas de cultivo.
Reunião com responsáveis técnicos (RTs) que emitem Certificado Fitossanitário de Origem (CFO) para reforçar os protocolos de segurança sanitária.
Fiscalização intensificada no trânsito de cargas e caixarias, a fim de evitar a propagação da doença para outras regiões.
Toda e qualquer plantação de banana abandonada na região será eliminada, conforme prevê a legislação sanitária vigente.