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Mensagem: Um dia de plantão se encerrando. Tranquilo. Poucas ocorrências, com ênfase naqueles episódios familiares, discussões sobre relacionamentos, brigas de cunhados, nesse ódio feito de bile entre os que são consanguíneos e outras fraquezas humanas, confirmando a tênue linha entre o amor e ódio. Então me dou ao luxo de descansar nas águas tépidas do verão, na modesta piscina que fiz no sítio. Um vinho argentino de boa cepa embala os instantes. Daqui a pouco teremos um frango caipira bem cozido em fogão à lenha. É pouco, neste mundo de ostentações. Mas para os que sabem que todas as coisas passam, importa o momento e a sensação de plenitude que a sobriedade vislumbra. Na melhor fase da vida, numa completude que premia uma vida sem grandes ambições, posta ao serviço do próximo, sem expectativas de retorno neste plano, vou aplicando meus esforços na construção de patrimônio eterno, na contabilidade Divina. Sou apostador contumaz, viciado incorrigível, nessas roletas das relações humanas, sempre como azarão, onde minhas fichas são postas no imponderável,sabendo que nunca vou quebrar a banca. Vez ou outra um gesto de agradecimento, mas pouco importa. Não faço nada por outros, é tudo por mim. Afinal, já se disse: é dando que se recebe. Creio. Feliz, completo, agradecido. É como me sinto. Almejo aos amigos, como desejo de felicidade, que se coloquem como servos. Serão servidos. Serão senhores!!! Nada como uma consciência tranquila num mundo devastado pelo ódio, pela omissão e superficialidade. Só a luz do amor importa! Vou nesta trilha feita de espinhos, mas ando feliz, que o porto que almejo está num mar distante deste mundo, cheio de procelas, mas sei, como bom marinheiro, que navegar é preciso. Viver é só uma circunstância. Entrego-me e acredito! Deus me guia, como maior dos timoneiros! Isaías Caldeira é Juiz de Direito em Montes Claros

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