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Mensagem: Reforma no recesso Manoel Hygino Em nossa terra, diz-se que quem tem pressa come cru. É assim mesmo. Faço o comentário em virtude da celeridade que se quer imprimir às providências do governo instalado em primeiro de janeiro. Ainda assim, o resultado não é dos mais bem exitosos como se constata. Aliás, a propósito, o ex-ministro da Previdência Roberto Brant, em artigo que publica semanalmente em nossa Imprensa, comentou: “Circula no meio dos economistas e da turma do mercado financeiro um rico conselho, conhecido como o axioma de Brainard: quando você não sabe bem o que está fazendo, faça devagar, por favor, “uma prova de sabedoria, que devia fazer parte do senso comum, e muitas vezes ignorado por governantes e legisladores”. E o articulista acrescenta: “Se você não tem certeza das consequências do que vai fazer, não faça”. No momento, porém, as iniciativas vão sendo tomadas a todo vapor, porque o tempo urge e não pode perder um minuto e, ano que vem, há nova eleição. Os comentários são múltiplos, às vezes antagônicos. Segmentos ilustram a imposição de medidas rápidas, porque Lula precisava demonstrar que veio para mudar, não para acomodar. Por outro lado, o próprio presidente é loquaz suficientemente até para extrapolar em declarações, principalmente em discurso (o que, aliás, vem gerando mal-estar e desconforto em determinadas ocasiões). Mas seus adeptos são de opinião que ele precisa fortemente deixar a convicção, principalmente junto a outros países, de que é o líder das nações latino-americanas, pois presidente da maior nação das Américas. Quiçá, fazer jus ao Nobel da Paz, algo consagrador. Tem-se de convir que a Reforma Tributária produzirá uma transformação geral na vida nacional, não só em termos de tributos. Seus efeitos serão duradouros, profundos, com “efeitos permanentes e profundos, cujas consequências são um desafio para a nossa imaginação”. “(...) reforma vai retirar de Estados e Municípios a autonomia para cobrar e fiscalizar os impostos que lhe correspondem na Constituição de 1988 e na nossa longa tradição constitucional. Na prática, não seremos mais uma Federação, mas um Estado Unitário, rompendo uma história que vem desde o nascimento da República”. Trata-se de mudanças radicais, tanto que exigiu uma PEC. De todo modo, cumpre aguar como num cassino: O jogo está feito, ou quase. Ainda resta muito a definir, muito a avaliar, neste período de recesso. Que haja bom-senso, competência e patriotismo.
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