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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Não existe, mas incomoda Waldyr Senna Batista Não há crise no setor de saúde pública de Montes Claros; há problemas pontuais, segundo o prefeito Luiz Tadeu Leite. Mas os corredores dos pronto-socorros estão lotados, com pacientes alojados em macas e no chão, à espera de atendimento; o número de médicos é insuficiente; os postos de saúde estão superlotados e neles faltam medicamentos essenciais; há demora de meses para realização de exames laboratoriais; o pagamento a prestadores de serviços é feito com grande atraso; e postos de saúde e farmácias de bairros têm sido desativados. Ou seja, a crise não existe, mas incomoda bastante. Não só por isso, mas especialmente por isso, caiu o secretário da Saúde, José Geraldo Drumond, que vinha de longo processo de desgaste. E tentativa de discussão do problema em audiência pública na Câmara Municipal transformou-se em tumulto, a ela se seguindo o “enterro” simbólico do prefeito nas escadarias do casarão da Prefeitura. Dias antes, em reunião convocada pelo Ministério Público, a situação foi considerada tão dramática, que se falou claramente na possibilidade de ser requerida intervenção na Prefeitura, que é a gestora dos recursos destinados à saúde, e cuja atuação foi considerada pouco satisfatória. Estavam presentes representantes de prestadores de serviços na área e componentes do Conselho Municipal da Saúde, além do secretário que horas depois viria a se demitir, alegando motivos de saúde. No rádio, a propósito do assunto, o prefeito fez uso de jogo de palavras para repetir que não há problemas no sistema de saúde do município, o problema era a saúde do secretário. Certamente deixou de ser, agora que ele foi substituído. Momentos depois o prefeito designaria o novo titular para a pasta, Geraldo Édson Guerra, que, segundo consta, teria sido o quarto cogitado desde meados do ano passado. Ele, curiosamente, sempre se destacou como peça importante do esquema político do deputado Gil Pereira, que está rompido com o prefeito . (O deputado, previamente consultado, autorizou seu aliado a aceitar o convite). Em seu currículo consta passagem pela direção do Hospital Universitário, onde realizou trabalho considerado de boa qualidade. Vai ser submetido agora a prova em cenário que beira a calamidade. Há dois anos, durante a campanha eleitoral, ninguém poderia imaginar que o setor de saúde do município pudesse transformar-se nessa geleia geral. A impressão que então se tinha era de que a administração dispunha de projeto consistente para o setor. E disso ela até hoje faz propaganda, afirmando que está cada vez melhor. Havia até a promessa de instalação de hospital especial para mulheres, de que não mais se cogitou, a não ser para dizer que se tratava de promessa pessoal da candidata a vice-prefeita, Cristina Pereira, com quem o prefeito está rompido. Quanto à questão da complementação de receita aos hospitais Santa Casa e Aroldo Tourinho (R$ 180 mil mensais para cada um), de que aqui se tratou há duas semanas, ela tende a ser absorvida. Na Santa Casa, pelas dimensões da instituição, a falta desses recursos pesa pouco. Mas, no HAT, ela se torna expressiva. De qualquer forma, trata-se de compromisso que não pode ser relegado, até porque consta da lei orçamentária do município. Isso certamente será assunto para o novo provedor do HAT, o empresário José Maria Marques Nunes, eleito no início desta semana, com 20 dos 22 votos da mesa administrativa. Ex-governador do Rotary International, ele ocupou a função anteriormente, a ela retornando em momento bastante difícil, como nome de consenso. O Rotary foi responsável pela transformação do HAT, hoje referência na área hospitalar, em trabalho comandado pelo empresário Alexandre Pires Ramos, que está retornando à função de superintendente. A origem do hospital remonta ao tristemente famoso hospital municipal, onde ratos devoravam pacientes. Foi terceirizado na primeira administração do atual prefeito, que instituiu a fundação mantenedora, a que agora nega apoio. (Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a ´Coluna do Secretário´, n ´O Jornal de M. Claros´, publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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