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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 15 de outubro de 2024
 

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Mensagem: CLAUDIONOR BARBEIRO

Baixo, esguio, moreno chocolate, olhos estufados, boca e beiço de quem sabe tudo. Habitualmente vestido com terno e gravata, chapéu de massa aba curta com uma peninha, sapatos lustrados, todo nos trinque, mais parecia um cáften cucaracho. Pisava alto como um ser superior. Sempre mordendo um palito. Fingia não olhar para os lados, mas reparava tudo!
Era um desportista, e dono de time Bahia Esporte Club, onde era o treinador e cartola. Flamenguista doente, um torcedor chato!
Só tomava as suas refeições em restaurante, dos quais conferia se no WC masculino havia um bom espelho. Caso este estivesse embaçado ou quebrado dificultando os seus retoques, reclamava. O que fazia de forma esparrosa.
Idevando Oliveira, proprietário do restaurante Mangueirinha, já não mais suportava aquele cricrí! Confidenciou ao Zé Amorim que iria preparar uma cilada para escorraçar aquele cliente de espelho da sua casa.
Sabedor do horário de chegada do enfeitado barbeiro, Idevando pendurou uma caixa de papelão vazia dessas que vem com geladeira, amarrou-a por um cordão, deixando-a estrategicamente colocada em cima do lugar em que o “rico” se pentearia.
O metido chegou, criou o seu caso logo na entrada e rumou-se ao banheiro para a maquiagem. A um sinal do garçom Idevando soltou a armadilha, encaixotando o dândi.
Como era afobado e desconfiado, pois tinha receio de um atentado a bala, Claudionor apavorou-se com o inusitado, e rolou por dentro da armadilha. Gritava assustado e pedia socorro.
Derrubou as caixas de cascos vazios, passando por cima de tudo. Foi uma cena dantesca e laxativa! Apareceu gente de todo lado, para acompanhar os fatos, e o enfeitado que estava vestido com terno de linho branco, saiu todo “breado”.
Sabedor dos fatos, Zé Amorim confidenciou:
-“ Êta coisa boa que você fez Idevando. Vai levar muito tempo pra que ele volte a ter aquela pose de industrial africano. Aqui no meu restaurante ele não entrava, mandei tirar o espelho logo que ele beirou a primeira vez, fiquei livre daquele cavalo de charrete”.

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