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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 13 de novembro de 2024

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Jornalismo exercido pela própria população

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Mensagem N°60739
De: Edvaldo Barbosa Junior Data: Domingo 22/8/2010 00:10:49
Cidade: Cuiabá - Mato Grosso

Realmente esse site tem alcançado montesclarenses no mundo todo e agradeço aos idealizadores pela manutençao desse portal que nos dá acesso a saudosa Montes Claros, que nos ultimos anos tem sido tao violenta. Deixei-a em 2003 e sinto saudades da decada de 90 onde ainda podiamos sair domingo a noite a pé e sentir o vento gostoso nos levar a lugares distantes sem grandes preocupaçoes, infelismente hoje sair de casa ainda que de carro já é um grande desafio... Mas amo os amigos dessa terra e todos os anos passo Natal e reveilon na capital do norte de minas..

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Mensagem N°60736
De: Petrônio Braz Data: Sábado 21/8/2010 21:36:36
Cidade: Montes Claros/MG

Cabo que foi soldado não presta

Já concluída a necessária revisão para a 2ª edição de meu livro “Serrano de Pilão Arcado – A saga de Antônio Dó” recebo do sargento Raimundo de Oliveira, residente em Curvelo, um coleção de fotos de todos os militares que tiveram, de uma forma ou de outra, atuação nas perseguições a Antônio Dó.
Entre as fotos, uma do alferes João Baptista de Almeida oficial que faleceu no primeiro embate contra Antônio Dó e outra do alferes Octávio Campos do Amaral, o último oficial que comandou uma expedição contra Antônio Dó, que recebeu ordens do coronel Ornelas para desocupar o Estado de Goiás.
Também me foram mandadas, entre outras, fotos o tenente Raymundo de Mello Franco, do soldado Hermenegildo Francisco de Magalhães, do major Américo Ferreira Lima (delegado de polícia em São Francisco), do coronel Olimpio José Pimenta, do anspeçada Antônio Domingues Martins. Para minha surpresa, uma foto do Dr. Duque (Euclides Gonçalves de Mendonça, ilustre advogado são-franciscano que saudou o presidente Epitácio Pessoa, em 7 de outubro de 1922, quando da inauguração da ponte Marechal Hermes, em Pirapora) e outra do próprio Antônio Dó.
O sargento Raimundo de Oliveira, como informa o historiador Geraldo Tito Silveira, “fora soldado raso durante algum tempo, destacado em Curvelo, onde se casou e ganhou fama de valente, tanto que o apelidaram de “Felão”, o Alferes mais terrível da antiga Força Pública, que deixou seu nome ligado ao do bandoleiro Antônio Dó e de seu reduto em Várzea Bonita”.
Esclarece Geraldo Tito Silveira que o sargento Raimundo gostou de ser Cabo e valorizava essa patente militar, e descreve:
“O sgt. Raimundo estava sentado num bar, lendo a Histórica da Polícia Militar, exatamente sobre a Revolução de 5 de julho em São Paulo, no capítulo em que o autor mineiro encontrou no Hipódromo um carneiro ferido, levando-o para Belo Horizonte, depois de curá-lo, tornou-se o Mascote do 5º Batalhão. Ouviu da mesa vizinha o seguinte:
- Cabo que foi soldado não presta...
Seu orgulho de ter sido Cabo aflorou nele àquela hora, fazendo com que se levantasse e pegando o indivíduo pela gola da camisa e lhe dando uns muçungões, perguntou-lhe aos gritos:
- Por que Cabo que foi soldado não presta?
O sujeito espantado com a agressão, seguro pela gola da camisa, sem atinar com aquela atitude do sgt. Raimundo, respondeu-lhe:
- Porque não deixa passar a corrente para a bateria.
Gritando, perguntou:
- Que bateria?
- A bateria do carro – explicou o indivíduo. – Quando o cabo for soldado, a solda não deixa a corrente passar.
Os dois eram mecânicos e falavam no cabo da bateria que, recebendo solda, não dava passagem para a corrente elétrica.”
Meus agradecimentos ao sargento Raimundo pela valiosa contribuição fotográfica.

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Mensagem N°60732
De: Fátima Bento Data: Sábado 21/8/2010 14:17:59
Cidade: Montes Claros

Hoje me deu uma melancolia, uma vontade enorme de chorar. A saudade apertou quando os catopês passaram, e junto com eles comecei a dançar, relembrando os tempos idos. Quando pequena, na pracinha do Bom Jesus, ficávamos todos de prontidão esperando os marujos, catopês e caboclinhos passarem na porta de casa. Eu, pegava a rabeira dos catopês e ia atrás dançando, como se fizesse parte do terno de São Benedito. Saía muito cedo de casa, e só chegava à noitinha, sabendo muito bem que ia tomar aquela surra de corrião. Nem me importava com nada, eu queria mesmo, era fazer a festa. Naquele tempo, os nossos cabelos (meus e de minhas irmãs), cresciam prá cima, e a onda de chapa ou escovinha, não existiam, tínhamos que nos contentar com os pentes que nos matavam quando os nossos cabelos tinham que ser penteados pelas nossas irmãs mais velhas ou pela nossa mãe ( eu não queria nem saber, saía assim mesmo, sem ser penteada). Eu morria de ódio delas, queria mesmo, era de não ter mãe e imãos, assim, poderia sair prá rua bem cedo, e chegar qualquer hora da noite, sem ser notada por ninguém, era um sofrimento só, correr em busca daquilo que nos dava prazer ( catopês), e saber que ainda tinha que apanhar de cinto ou chinelo. Hoje, sinto o quanto eu era feliz, mesmo vivendo daquela maneira, feliz de ver as pessoas felizes, feliz de correr atrás de catopês e dançar sem ser notada por ninguém. Era bom, e eu gostava muito. Chegava ali na Igrejinha do Rosário, já morta de cansada de tanto dançar e sentava alí mesmo num meio fio qualquer, esperando alguém, me dar um copo dágua. Eu comia o que todos comiam, acho que pedia alguma coisa prá comer a qualquer pessoa, não me lembro muito bem, só sei que chegava em casa saciada de todas as maneiras. Lembro-me também, e achava muito lindo, quando alguém gritava lá de trás: Viva São Benedito!!!, Viva a Bandeira do Divino!!!, e todos respondiam, " viva!!!". Eu não perdia a oportunidade de gritar também: Viva Nossa Senhora!!! e todos respondiam: " Viva". Prá mim era uma das coisas mais belas do mundo, era darçar com os catopês e Gritar o " viva".

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Mensagem N°60728
De: André Data: Sábado 21/8/2010 09:00:36
Cidade: Moc

As nossas Festas de Agosto acabam amanhã, domingo, e até agora a meteorologia não dá esperanças fortes de que o frio extemporâneo - em agosto! - vá ceder. Para hoje e os próximos dias, a previsão ainda é de frio noturno na faixa dos 10 graus, coisa que jamais se viu num mês de agosto em Montes Claros. Com ou sem frio, as Festas de Agosto - resgatadas no tempo por Doutor Hermes de Paula - estão cada vez mais viçosas, ano a ano. O mais comum, nesses dias, é ver gente chorando pelas ruas, quando passam os Catopês, Marujos e Caboclinhos e sua alegre festa. Hoje, Império do Divino, é normalmente o dia que marca o auge da Festa. Amanhã à tarde, da Praça da Matriz, saem todos os reinados e o Império, para a volta de despedida pela cidade. Conta a lenda que os Ipês, que ficam cor d`oiro para aguardar os catopês, imediatamente se tornam roxos, de imensa saudade. Mas, todo ano tem o seu agosto.

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Mensagem N°60727
De: Hoje em Dia Data: Sábado 21/8/2010 07:52:10
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Gol assume rota Montes Claros-BH - Novo voo diário vai ligar Belo Horizonte a Montes Claros a partir de 1º de novembro. É quando a Gol Linhas Aéreas começa a explorar a rota entre as duas cidades. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) aprovou ontem o pedido da companhia para operar o trecho. Os passageiros vão viajar em uma aeronave B737, com capacidade para 154 pessoas. O custo da tarifa é R$ 99, e as passagens já começam a ser vendidas na próxima semana.
Batizado de “morcegão”, o voo sairá da capital mineira às 22h43, com chegada prevista em Montes Claros às 23h25. A aeronave vai pernoitar no Norte de Minas e deixar a região às 5h50, aterrissando do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de BH, às 6h40. O horário permite conexão para todo o Brasil. Este foi o terceiro pedido da Gol para explorar o trecho. A empresa aérea já havia procurado a Anac duas vezes, em 2005 e em maio deste ano, mas teve a solicitação negada nas duas situações. Na primeira, a agência alegou inviabilidade da rota. Na segunda, a justificativa foi a falta de estrutura do Aeroporto de Montes Claros. A autorização dada agora pela Anac vale a partir de 20 de setembro, mas somente para 1º de novembro está marcada a primeira viagem. A superintendente do aeroporto, Leny Tolentino, garantiu ontem que a Infraero e a Gol atenderam às exigências fixadas pela Anac para a autorização do voo, como providenciar equipamentos de segurança e esteira para bagagens de maior porte. Na próxima segunda-feira, a Gol começa a montar o guichê no aeroporto. Atualmente, apenas a Trip Linhas Aéreas explora a rota Belo Horizonte-Montes Claros, com cinco voos diários e custo médio de R$ 450 a R$ 550. O preço, considerado abusivo, levou o Conselho Municipal de Defesa do Consumidor de Moc a convocar a Trip para uma reunião na próxima semana. A unidade regional da Ordem dos Advogados do Brasil ameaça questionar na Justiça o valor da tarifa. A Trip nega que o bilhete seja caro e garante que pratica preços a partir de R$ 159. Até outubro de 2004, Montes Claros tinha a empresa Nordeste Linhas Aéreas, que pertencia ao Grupo Varig. Depois veio a OceanAir, na rota Moc-São Paulo, mas a companhia desistiu da operação em 2008. Em 2009, a Air Minas interrompeu as viagens até BH depois de três meses.

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Mensagem N°60724
De: WILLIAN MELO Data: Sexta 20/8/2010 19:15:49
Cidade: BRASILIA-DF

O vôo gol BH (Confins) para M. Claros foi aprovado nesta data, para início em 20/09/2010, saída 05:50, chegada BH 06:40, retorno: 22:43 chegando a MOC 23:25" Parabéns Montes Clarenses, até que enfim nova Companhia Aérea e com preços compatível com o mercado aéreo nacional.

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Mensagem N°60722
De: LUANA QUEIROZ Data: Sexta 20/8/2010 19:06:40
Cidade: MONTES CLAROS  País: BRASIL

A GOL iniciou nesta data a obra de adequação do seu check in no aeroporto de Montes Claros/Mario Ribeiro. Na próxima semana inicia as vendas das passagens pelo site www.voegol.com.br.Parabéns a todos que contribuiram para a vinda desta empresa para nossa Cidade.

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Mensagem N°60721
De: Sérvio Niza Data: Sexta 20/8/2010 18:27:44
Cidade: Marabá/PA

Titulo da notícia: "O vôo gol BH (Confins) para M. Claros foi aprovado nesta data, para início em 20/09/2010, saída 05:50, chegada BH 06:40, retorno: 22:43 chegando a MOC 23:25"
Comentário: Excelente notícia!!!

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Mensagem N°60719
De: Waldyr Senna Data: Sexta 20/8/2010 17:58:17
Cidade: Montes Claros

O vôlei em questão

Waldyr Senna Batista

Foram dois os principais argumentos usados para justificar o patrocínio, pela Prefeitura, do time de vôlei que usaria o nome de Montes Claros no uniforme dos atletas: projeção da cidade no Brasil inteiro e até no exterior; e incentivo à prática daquele esporte pelos jovens.
O custo era tido como relativamente reduzido, sendo R$ 550 mil, em dinheiro, na temporada do ano passado, em que a equipe sagrou-se vice-campeã da Superliga, e R$ 900 mil, em dez parcelas, neste ano. A parceria exigiu também a adequação do ginásio poliesportivo, construído com defeitos, que seria usado para treinos e jogos oficiais. O valor estimado dessa reforma foi de cerca de R$ 1 milhão.
Cumprido o calendário, o resultado foi tido como satisfatório, em parte. A divulgação do nome da cidade, de fato, aconteceu em larga escala, graças às transmissões dos jogos em rede nacional de televisão. Mas não há como avaliar em que medida a cidade se beneficiou, pois não consta ter havido investimentos, em especial no setor da economia, decorrentes dessa divulgação. Concretamente, o que se pode argumentar é que, com o mesmo dinheiro, vários problemas crônicos poderiam ter sido solucionados na cidade. E esporte algum está entre as prioridades.
As disputas provocaram grande movimentação de público, da própria cidade, tão numeroso que o ginásio se tornou pequeno. Sob esse aspecto, o sucesso foi expressivo, mas inacessível ao povão, devido ao custo dos ingressos. Essa faixa da população se contenta com o futebol de várzea, que, além de ser democrático e inclusivo, tem custo zero, para quem o pratica e para quem assiste.
Sobre o incentivo à prática do esporte, os efeitos só se fazem sentir ao longo de gerações, com trabalho persistente de base e mediante a massificação de sua prática. Aqui, terminada a temporada, o time se desfez e, a rigor, só recentemente se ouviu falar em vôlei. Se houve intensificação da prática do esporte em clubes e escolas como resultante do sucesso alcançado, não deu para perceber.
E as perspectivas agora não são animadoras, em face de ação civil pública apresentada pelo Ministério Público, que põe em dúvida a legalidade da parceria firmada pela Prefeitura com a Funadem (Fundação de Desenvolvimento Educacional), mantenedora da equipe de vôlei. Alegam os promotores que dela participa Luiz Tadeu Filho, contrariando a LOM( Lei Orgânica Municipal), segundo a qual o município não pode destinar recursos a empresa e entidade de que participem familiares do prefeito ou servidores públicos municipais.
Tanto o prefeito Luiz Tadeu Leite quanto a diretoria da Funadem alegam que o rapaz não faz parte da direção da entidade, sendo mero colaborador informal. Os promotores querem que sejam restituídos ao município os recursos utilizados até agora e que não se façam outros pagamentos. O prefeito se diz vítima de perseguição, e promete denunciar os promotores aos órgãos superiores do Judiciário.
Fazer prova da ingerência do filho do prefeito na Funadem poderá ser tarefa difícil, de vez que o nome dele não figura na documentação de constituição da entidade. O que se evidenciava, pela televisão, após cada jogo, era o esforço dele em se insinuar como torcedor entusiasta. Certamente, como se viu depois, com propósitos eleitorais. Mas isso a lei não condena...

(Waldyr Senna é o mais antigo e categorizado analista de política em Montes Claros. Durante décadas, assinou a "Coluna do Secretário", n "O Jornal de M. Claros", publicação antológica que editava na companhia de Oswaldo Antunes. É mestre reverenciado de uma geração de jornalistas mineiros, com vasto conhecimento de política e da história política contemporânea do Brasil)

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Mensagem N°60718
De: Luis Fernando Simões Tolentino Data: Sexta 20/8/2010 16:46:46
Cidade: Campo Grande/MS

Espero ansiosamente a consolidação do tão sonhado vôo da Gol ligando Belo Horizonte – Montes Claros via aeroporto de Confins. Recentemente, os monstesclarenses residentes em Campo Grande/MS foram presenteados com vários vôos diários sem conexões e escalas da Azul Linhas Aéreas interligando a capital sul-mato-grossense à capital mineira. É o norte de Minas ficando mais próximo e principalmente mais acessível aos seus filhos ausentes.

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Mensagem N°60717
De: souto Data: Sexta 20/8/2010 16:31:54
Cidade: Montes Claros

Hoje, terceiro dia de festa das Festas de Agosto haverá procissão do mastro do Divino Espirito Santo saindo da Rua Santa Efigênia no Bairro Morrinhos as 20:00 culminando com o levantamento na Igrejinha do Rosário Praça Portugal."Viva o Divino meu santim querido..."

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Mensagem N°60716
De: Ucho Ribeiro Data: Sexta 20/8/2010 16:10:13
Cidade: Montes Claros

Meninos e meninas,

Agosto me traz a lembrança redemoinhos empoeirados, que bailavam pela cidade. Densas cirandas de ventos que eu pulava dentro, de um pé só, ressabiado, a procura do Saci Pererê e de suas estripulias. Era o mês dos ventos soprantes de araras, papagaios e pipas. Alísios que alçavam minha sureca (arara sem rabiola), vermelhamarela, losangular, saliente e atrevida. Raia que coroava o azul morno dos céus.

Os ventos chegavam sorrateiros, sem avisar, soprando devagarzinho, brisazinhas. Com o decorrer dos dias, iam engrossando, tomando corpo, e brotavam os redemoinhos. A meninada não tinha consciência cronológica dos ritos da natureza, agia instintivamente. Ventou, então estava na hora de soltar pipa.

Assim, a primeira semana de agosto era gasta no gosto de manufaturar araras e manivelas, de providenciar, no escondido, o pó de vidro e a cola de madeira para o cerol. De arranjar as taliscas de bambu no Pequi de Joani e descolar uns trocados para comprar os papéis de seda coloridos e os carretéis de linha 40 na lojinha do Seu Tamiro, na Travessa Cônego Marcos.

A chegada dos ventos levava a criançada para os finais das ruas, para os mangueiros, onde não havia postes de luz, nem os inimigos fios, ladrões dos artefatos de alegria. Ventanias que embicavam pelas ruas soprando catopés e embaralhando suas fitas de cores vivas. Poeira e brancura. Puras.

Nós, meninos, só queríamos olhar para os céus e ver nossas araras nas maiores alturas, sublimes, como um gavião reinante à caça de uma presa. Ficávamos de butuca a procura de outra pipa, içada por meninos de outros bairros. Os territórios e domínios da garotada eram demarcados pelos limites das ruas, mas o céu não era de ninguém. Lá em cima, no campo de batalha, valia tudo. Então, se víssemos uma arara empinada o desafio era certo e a conquista era resgatá-la com classe. A manha era dar fortes toques na linha, fazendo a pipa mergulhar lateralmente, em velocidade, até alcançar e laçar em 360º a outra linha descuidada. Fisgada, enlaçada, com ligeireza recolhíamos a presa na manivela e ficávamos no aguardo do envergonhado dono a procura da sua arara derrotada. O orgulho espirrava de satisfação. Aqui pra nós, pretéritos tantos anos, confesso: perdi a maioria das batalhas. Eu gostava mesmo era de “Cabaspará’, que meus primos de Belo Horizonte chamavam de ”Pentes Altas.”

Passados os ventos de agosto, a poeira, os catopês, os amarelos e roxos dos ipês, setembro surgia mais quente e trazia chuvas esporádicas. O pó sumia, a terra dura amolecia, os riscos das fincas e as bilóias apareciam. A meninada descalça, sem nem bem saber, esquecia as pipas, e furava o chão macio com o dedão. Estava na hora de desentocar as bolinhas de gude.

Dum dia para outro, não havia uma esquina que não tinha um bolo de meninos no “Gute please, todos”. Era assim mesmo, com essa mistura de inglês e português, que iniciava a partida de bolinha. Daí, um o garoto dizia: “bololô na minha, não dou nada e quero tudo”. Nada mais ditatorial. Quem gritasse primeiro esta frase, além de não poder ser alvejado, mesmo “estando no jeito”, tinha direito a todas regalias, mandingas e favorecimentos, tais como: mão quieta, mãos nos peitos, rondas... Cada um tinha sua bolinha sorteira (da sorte), o bolofofo (bolinha grande da cor de café com leite), a esfera minúscula e as “olho de gato” de matar de inveja.

E quem não brincou de “Guerau”, que traduzido ao Far West de outrora queria dizer “Get yours hands up”.

Bem, meninos e meninas de antigamente, deu saudade, né? Então, mate-a!

Neste sábado, dia 21/08, às 20 horas, no Skema Kent, estaremos reunidos para relembrar a nossa infância, quando “Éramos Felizes e Sabíamos”.

Apareça lá, e vamos reviver nossa Montes Claros Criança!

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Mensagem N°60705
De: Cristina Data: Sexta 20/8/2010 09:06:07
Cidade: M. Claros

A meteorologia ainda não garante que o intenso frio das noites montesclarinas vá passar na virada da semana. A previsão é de 8, 10, 11 e 12 graus nesta e nas próximas noites. Jamais se viu agosto assim.

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Mensagem N°60704
De: tomaz Data: Sexta 20/8/2010 08:49:38
Cidade: Vila Velha - ES

Olá bom dia, é com muita alegria que vejo neste mural, a aprovação pela Anac dos vôos de BH/MOC/BH, agora ficará mais fácil sair de Vitoria/ES para visitar meus familiares ai em minha terra querida.

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Mensagem N°60702
De: Raphael Reys Data: Sexta 20/8/2010 08:27:41
Cidade: Moc - Mg  País: Br

MONTESCLAREADAS XVII

Cidade pólo da região Norte de Minas, Montes Claros conta entre seus tipos folclóricos com os banqueiros informais, também conhecidos popularmente como agiotas. A sabedoria popular relata de forma hilária a atuação dos mesmos no exercício da profissão. Chamam os mesmos de coração de pedra, carrascos, unha de fome, fuinhas, medonhos e outros adjetivos desagradáveis.
Um deles ia diariamente à casa de um devedor para cobrar os juros, em pequenas parcelas, já que o principal houvera sido resgatado. O devedor se desfizera de todos os móveis e utensílios da casa para fazer jus a esse ressarcimento diário. Como chegou ao auge da penúria, a sua cachorrinha de estimação era só o couro e o osso, de pura inanição!
O “cash man” chegou, como de costume, para a cobrantina, dessa vez exigindo o pagamento total do atrasado. O devedor abriu as portas da casa para mostrar que só havia sobrado a cachorrinha amarrada no quintal do barraco. Ofereceu a mesma como pagamento do débito.
O agiota entrou e constatou a veracidade dos argumentos e ao ver a cadela magérrima, recusou-a e exigiu outros bens quaisquer, como paga. O devedor argumentou que só tinha a sua mulher, que estava deitada numa esteira, no chão do quarto. O banqueiro popular foi até o quarto, verificou a oferta e voltou cabisbaixo com o que viu.
E para concluir em definitivo o ressarcimento, sentenciou: vou levar a cachorra mesmo!
Douta feita, o homem estava no Bar do Edson, na Praça Doutor Carlos, no centro. Um invejoso o vendo como sempre mal vestido e com roupas rasgadas, falou: Você, um homem milionário e vestindo roupa rasgada! Tome jeito e compre roupas novas! Os seus filhos andam todos no maior luxo!
O financista tupiniquim, todo relax, respondeu sem mudar a inflexão da voz: eles andam bem vestidos porque têm pai rico! Não é o meu caso, pois nasci pobre, de pai e mãe pobres e não tenho privilégios.
Abordado certa feita na Galeria Ciosa, por um devedor executado e do qual tomara a casa, o mesmo estando descontrolado, pois fora abandonado pela mulher após o infausto acontecimento, aos gritos avançou sobre o agiota, agredindo-o e rasgando a sua camisa. Foi contido por populares.
O irado executado gritava a todos os pulmões: “rasguei a camisa dele!” Tranqüilo, numa “nice”, respondeu a vítima: “rasgou minha camisa, mas perdeu a sua casa de morada...”
Outro agiota, em 1962, com atuação em bairros pobres, buscava receber vinte cruzeiros de um seu compadre também morador e vizinho, nos ermos dos matos entre a Vila Brasília e o bairro Santos Reis. O devedor vivia de pequenas criações e da cata de mangas e pequis.
Como estava sem arranjar serviço, sabedor que o compadre credor era caído por sua mulher, uma bela morena roliça, propôs dá-la em pagamento, com aquiescência da mesma, para saldar o débito. O negócio foi feito por acordo das partes e o devedor ficou com a mulher do credor, na catira batida.
Recebeu ainda, como volta, cinqüenta cruzeiros, uma porca parida e um canivete Corneta na bainha, dado à plena satisfação do credor com a dupla transação: no bolso e na cama...... O delegado Miguel Abdo tomou conhecimento da catira batida, por denúncia de um vizinho das partes, que ficara invejoso.
Infelizmente, uma negociação tão original deu para trás, pois, em diligência, a autoridade foi até o local e anulou tudo, alegando “moralidade pública”...

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Mensagem N°60700
De: O Tempo Data: Sexta 20/8/2010 07:29:44
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Policial civil é preso em operação de combate ao tráfico - Jefferson Lorentz - Vinte pessoas, entre elas um policial civil, foram detidas na manhã de ontem durante uma ação conjunta das polícias Federal (PF) e Militar (PM) de Montes Claros, no Norte de Minas. A prisão é resultado da Operação Carranca, que combate o tráfico de drogas na região.
De acordo com a PF, a operação tinha o objetivo de desarticular dois grupos criminosos que atuavam nas cidades de São Francisco, Porteirinha, Montalvânia, Brasília de Minas, São João da Ponte e Montes Claros. As investigações duraram cerca de seis meses, durante os quais foram levantadas as provas que geraram os 32 mandados de busca e apreensão e outros 21 mandados de prisão. A operação envolveu 80 policiais federais e 130 militares de Montes Claros. Foram apreendidos cerca de 1,4 kg de pasta base de cocaína, seis tabletes de maconha prensada e várias pedras de crack. Também foram encontradas duas armas de fogo e R$ 1.500 em dinheiro. Segundo a PF, 20 dos mandados de prisão foram cumpridos e um suspeito continua foragido. Dentre os detidos estava Moisés Francisco Neto, 28, que, há cinco anos trabalhava na polícia civil de Montalvânia. Ele é suspeito de integrar uma das facções criminosas. Das 20 pessoas, dez residiam em Montes Claros. Elas foram ouvidas na Delegacia de Polícia Federal do município e encaminhadas ao presídio da cidade, onde ficarão à disposição da Justiça. Os suspeitos responderão pelos crimes de tráfico de drogas e formação de quadrilha. Somadas, as penas podem chegar a até 20 anos de reclusão. PM apreende 500 pedras de crack em Belo Horizonte. Dois jovens foram presos na madrugada de ontem, após serem flagrados com 200 pedras de crack na Pedreira Prado Lopes, na região Noroeste de Belo Horizonte.
De acordo com a Polícia Militar, Charles dos Santos Oliveira, 23, e Lucas Santos Marques, 18, comercializavam a droga na própria residência. Dentro da casa, os policiais apreenderam outras duas porções de 40 g da droga, além de material para embalagem, um celular e R$ 26 reais. Marques tem passagem pela polícia por latrocínio e Oliveira, por receptação de material roubado. Na região de Venda Nova, foram apreendidas cerca de 300 pedras de crack e um tablete de maconha, no bairro Piratininga. Um adolescente de 17 anos e um homem de 21 foram presos. Eles consumiam drogas no momento da abordagem.

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Mensagem N°60699
De: Marcel Data: Sexta 20/8/2010 06:25:35
Cidade: Montes Claros / MG  País: Brasil

Felizmente o pedido da Gol Linhas Aéreas acaba de ser aprovado pela ANAC e há a expectativa de começar a vigorar a partir do próximo mês. Este capítulo marca mais uma página da história da aviação e do transporte de Montes Claros, visto que perdemos a Varig há alguns anos e passamos a sofrer nas mãos de empresas pequenas e monopolistas. A Gol tem o desafio de baratear as passagens Moc > BH (que pela Trip chegava a mais de 500 reais). Como sabemos, a Gol possui boas promoções em suas passagens, chegando a vender por até R% 1,00 o trecho. Vamos comemorar e aguardar o início das operações.

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Mensagem N°60698
De: José Bottina Data: Sexta 20/8/2010 05:15:56
Cidade: Belo Horizonte

Parabéns aos muralistas sentinelas Mateus Guimaraes e Jovino Junior pelos "furo de reportagem". Hoje, 20 de agosto de 2010, exatamente às 1:24 h da madrugada, no site da ANAC, o status do pedido de autorização da GOL para voar para nossa Montes Claros acaba de passar para o "à vigorar" e realizando definitivamente o sonho do sertanejo para viabilizar seus vôos e suas conexões para o mundo... Agora, é inquestionável e devemos ter, segundo o muralista, início dos vôos a partir de 20 de setembro próximo. Foi uma luta, uma grande espera mas também um grande passo para o progresso da região...Nós, como os marujos da Nau Catarineta, agora podemos estar em plagas nunca d`antes navegadas...agosto chega com a ventania, cálice bento e abençoado...boas viagens!

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Mensagem N°60697
De: Felisberto Data: Sexta 20/8/2010 01:53:15
Cidade: BELLEVILLE-NJ-  País: USA

Prezados amigos Apesar da distancia, estou aqui me sentindo dentro da nave tripulada poressa turma valorosa. Eu me sinto honrado e emocionado de ser montesclarense. As mensagens do Jose Prates e do alberto Sena (60881 e 60675) me emocionaram sobremaneira.Agora aqui ja se aproxima da uma hora da manha e eu estou aqui, extasiado, lendo essas cronicas. O que falar do Dr. Augusto Vieira, falando sobre a familia Wanderley ? A cronica do Alberto Sena sobre a familia do Sr. Abel Sena me comoveu bastante. Tenho um amor, um carinho muito grande por todos os filhos dele, especialmente a Tia Clarice, como eu a chamava carinhosamente, ( a saudade do Afonso Guimaraes, esposo dela, me acompanha ate hoje ),do Saul, do Mario, do Beto,enfim, de todos eles.Obrigado a todos, que me proporcionaram esses momentos de profunda nostalgia.Um grande abraç a todos.

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Mensagem N°60696
De: Augusto Vieira Data: Sexta 20/8/2010 01:09:26
Cidade: Belo Horizonte

Obrigado, Gérson! Obrigado, José Prates. Nossa aldeia se impõe perante as outras plagas muito mais por sua cultura do que por qualquer outrov motivo. Somos amorosos. Somos seresteiros. Somos trabalhadores amantes da vida. Valeu!!!

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Mensagem N°60695
De: Vinicius Data: Quinta 19/8/2010 22:08:26
Cidade: Moc

Com relação as ultimas mensagens publicadas sobre a possivel e tao sonhada operação da Gol em Montes Claros, visualizei pedidos da Trip Linhas Aéreas em operar com aeronaves maiores em nossa cidade. Atualmente a Trip opera com o aparelho ATR-42 com capacidade para 50 pessoas. Ela passaria a operar com um ATR-72 que comporta até 74 passageiros. Sera que já e uma resposta à Gol que vai operar com Boeing 737 com capacidade para aproximadamente 120 pessoas? Vamos ter que esperar, mas já vejo um crescimento no interesse aéreo em Montes Claros

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Mensagem N°60694
De: Jovino Junior Data: Quinta 19/8/2010 17:21:27
Cidade: Montes Claros

O voo gol BH (Confins) para Montes Claros, foi aprovado nesta data, para inicio em 20/09/2010, saída 05:50, chegada BH 06:40, retorno: 22:43 chegando a MOC 23:25. O site www.voegol.com.br inciará vendas de bilhetes até o dia 01/09.Veja a aprovação ANAC:
GLO VRG Linhas aéreas 1070 B737 Inclusão A Consolidar 18-08-2010 20-09-2010 Nacional 1 SBCF Tancredo Neves SBMK Mário Ribeiro 22:43 23:25 ok ok ok ok ok ok ok ok - ok Rest
GLO VRG Linhas aereas 1071 B737 Inclusão A Consolidar 18-08-2010 20-09-2010 Nacional 1 SBMK Mário Ribeiro SBCF Tancredo Neves 05:50 06:40 ok ok ok ok ok ok ok ok - ok Rest

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Mensagem N°60692
De: Gerson Duarte Data: Quinta 19/8/2010 15:41:31
Cidade: Belo Horizonte

Acompanho, desde seu início, o Mural do MontesClaros.com. Aliás, fiquei viciado e apesar do acúmulo de serviço, abro pelo menos umas cinco vezes ao dia. Fico intrigado com o excesso de notícias sobre violência. Realmente não gosto, pois acho que elas contribuem para a fuga de investimentos na cidade. Os cronistas colaboradores transformaram o Mural num espaço de cultura jamais visto em qualquer lugar do Brasil. Dificil falar da obra do Dr. Augustão (eterno presidente do Mais Querido), Flávio Pinto, Carmem Neto, Paulo Narciso, José Prates e tantos outros. Recentemente fomos brindados com a chegada do competente jornalista Alberto Sena, do juiz Isaias Caldeira e de Haroldo Tourinho Filho.
A última crônica de Haroldinho Tourinho me deixou super emocionado. Fui seu colega no curso científico na Escola Normal e agora entendo porque chegava sempre atrasado, com cara de sono e com cheiro de Viriatinha. As histórias de Montes Claros contadas por seus cronistas são propagadas por todo o planeta, mostrando que em uma cidade do Norte de Minas Gerais existe um povo que transpira cultura. alegria e felicidade.

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Mensagem N°60688
De: O Tempo Data: Quinta 19/8/2010 13:59:55
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Policial civil e outras 19 pessoas são presas por tráfico e formação de quadrilha no Norte de Minas - Karina Alves - Vinte pessoas, entre elas um policial civil, foram presas na manhã desta quinta-feira durante a “Operação Carranca”, feita em parceria entre as Polícias Federal e Militar e o Ministério Público Estadual na região Norte de Minas.
De acordo com a Polícia Federal, o grupo vinha sendo investigado há cerca de seis meses por suspeita de formarem duas organizações criminosas que atuavam no tráfico de drogas nas cidades de Montes Claros, São Francisco, Porteirinha, Brasília de Minas e São João da Ponte. Durante a operação, foram cumpridos 31 mandados de busca e apreensão. Ao todo, nesta quinta-feira, foram apreendidos 1,3 Kg de pasta base, seis tabletes de maconha prensada, algumas pedras de crack, duas armas e cerca de R$ 1.500 em dinheiro. Os presos foram ouvidos na delegacia da Polícia Federal de Montes Claros e encaminhados para o presídio do município. Eles vão responder pelos crimes de tráfico de drogas e formação de quadrilha.

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Mensagem N°60682
De: carlos alberto Data: Quinta 19/8/2010 11:48:24
Cidade: montes claros

Aroldinho. Parabens pela sua cronica sobre nossa querida e saudosa Moc, eramos felizes e sabiamos, por favor fala também da missa do galo em que os Brucutus tocaram as musica sacra em ritmo de ie..ie..ie. um grande abraço.Carlos Alberto

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Mensagem N°60681
De: José Prates Data: Quinta 19/8/2010 11:46:22
Cidade: Rio de Janeiro - RJ

A NAVE QUE NOS CONDUZ

José Prates

Eu é que devo dizer salve Flavio Pinto companheiro de viagem nesta nave do tempo, resgatados juntos para continuar a missão que o destino nos reservou. A bela nave JMC que durante muito tempo nos transportou em nossa viagem de sonhos, no percurso gostoso de foca amador ao responsável profissional, entrou água, deu pane no meio do caminho. Ficou à deriva aguardando oficina para reparos, enquanto nós, sem sair do caminho, como lembrou Flávio, embarcamos em outra nave, moderna, com a velocidade da luz, para continuarmos no desempenho da grande missão.
Quando embarquei na nave moderna que não eu conhecia, apresentei-me a Paulo Narciso o intrépido comandante. Sem conhecer-me, consultou o velho piloto Oswaldo Antunes que lhe deu informações. Embarquei e incorporei-me à tripulação e aqui estou na companhia dessa gente maravilhosa, orgulho do jornalismo mineiro. Juntos, navegamos no fascinante oceano da comunicação, ora tranqüilo, ora tempestuoso..
É simplesmente maravilhoso fazer parte desta tripulação que, pela qualidade dos seus membros como Waldyr Senna e Wanderlino Arruda companheiros de luta no início do “mais lido”; Flavio Pinto, Alberto Sena, Augusto Vieira, Carmen Neto, Genival Tourinho que me lembra o Dr. Aroldo Tourinho, médico de minha esposa e meu amigo; Manoel Hygino, Marden, Raphael Reis, Ruth Tupinambás com suas estórias que nos transportam ao passado. Com essa gente toda e sob o comando de Paulo Narciso, só podemos concordar com Flávio quando diz que “nunca caímos em buracos negros, profundos ou mesmo rasos” e nem iremos cair.
Não é, porém, unicamente essa maravilhosa tripulação que está embarcada, a responsável pela beleza desta nave moderna, ágil e veloz. Não. São constantes os embarques e desembarques de tripulantes ocasionais que deixam recados como reclamações contra isto ou aquilo; criticas a esta ou aquela ação pública e quase sempre elogios ao poder da máquina. Nisto está a beleza e serventia da nave montesclaros.com que se põe a serviço do povo, na luta pelo progresso social. Nós, tripulantes efetivos, sentimo-nos felizes e orgulhosos pela missão que o destino nos reservou. Eu, particularmente, no ocaso da vida, recebi a missão como dádiva de Deus, porque estar ao lado de figuras como Flavio Pinto, Wanderlino Arruda, Waldyr Sena, Oswaldo Antunes, Augusto Vieira, etc, é um presente que caiu do céu.

(José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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Mensagem N°60680
De: Mateus Guimarães Data: Quinta 19/8/2010 11:25:25
Cidade: BH

ANAC – Agencia Nacional de Aviação Civil já esta em fase final de aprovação dos novos vôos da Gol linhas aéreas em Montes Claros/MG - Todos os pareceres dos órgãos envolvidos na aprovação dos 2 novos vôos da Gol em Montes Claros/MG já são favoráveis a companhia e o inicio dos vôos não devem estar longe como sonham a muito tempo todos os norte mineiros.
Os horários ficam da seguinte forma:
Tancredo Neves 22:43H > MOC 23:25H
MOC 05:50H > Tancredo Neves 06:40H
Envolvendo o Aeroporto Mario Ribeiro/Montes Claros a ANAC autorizou em caráter final 16 alterações em vôos já concedidos anteriormente a companhia aérea TRIP que hoje opera sozinha no aeroporto local – já são possíveis efeitos da tão saudável e conhecida “concorrência”. Fonte: ANAC

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Mensagem N°60675
De: Alberto Sena Data: Quinta 19/8/2010 10:29:16
Cidade: Montes Claros/MG

No Tempo dos Quintais

ALBERTO SENA

Houve um tempo, em Montes claros, que quase toda casa tinha quintal. Mas depois, muito depois, os quintais, um a um, foram desaparecendo porque a cidade não aguentou segurar a vocação para o crescimento. Quando quase toda casa tinha quintal, a família morava na Rua São Francisco, próximo da casa de ‘dona Geralda do ‘seu’ Nilo’, quase esquina de Rua Corrêa Machado, a 50 metros da casa da escritora Amelina Chaves, mãe de Roldão.
Todos situaram o lugar? Pois bem, a família morava numa casa em estilo colonial, com portas e janelas altas, telhado sem forro. Uma casa de quatro quartos, cinco com mais um nos fundos, contíguo da cozinha. E um quintal mágico, grande. Ia dar nas proximidades da linha férrea. O quintal tinha um pé de urucum, perto da porta da cozinha. Para dona Elvira, era ‘uma mão na roda’ quando precisava de urucum. Saía da cozinha, dava meia dúzia de passos e colhia-o. Logo atrás da casa havia um coqueiro macaúbas, com espinhos enormes. Abaixo havia um pé de manga ‘coquinho’ e lá embaixo, próximo da cerca onde cresciam buchas, da família das cucurbitáceas, cujo nome científico é luffacylindrica, havia um pé de manga ‘comum’, aqui nesses píncaros chamada de manga ‘sapatinho’ (a mais saborosa). Como puderam ver, era uma casa com quintal gostoso, bom para a meninada praticar a arte de brincar. O trem de ferro da Central do Brasil passava lá no fundo e isto era atração à parte. E de lambuja, na frente da casa, recuada em relação ao alinhamento da rua, tinha uma área de terra onde se podia – vejam bem – jogar bolinha de gude e finca, no período das águas. Mas me deixem emendar nisto o fato de que tínhamos um tio chamado Abel, Abel Sena Leite. Era pai de Berenice (Nice), Marlene, Filomena, Clarisse, Mário, Saul, Adalberto, Marisa, Sílvia, Renato, Fernando, Eduardo, 12 ao todo, filhos da bondosa tia Maria Fialho.
Um detalhe fundamental: tio Abel, irmão de mãe, Elvira, era um homem alegre. Dava gargalhadas à toa às vezes. Era brincalhão. Ele sempre ia nos visitar de surpresa. Entrava de supetão e batia ao mesmo tempo nas janelas e nas portas nos assustando e quando corríamos para ver o que estava acontecendo víamos ele se dobrando em boa gargalhada. Era assim, o tio. Grande figura! Fora mestre de obras e nós tínhamos orgulho dele – ‘ajudou a construir a Catedral de Nossa Senhora Aparecida, de Montes Claros, de cem metros de altura’, diziam. Numa vez, tio Abel chegou de surpresa, mas nem imaginava a surpresa que o aguardava. Todos estavam ali no quintal debaixo, do pé de urucum. Como sempre, ele contava alguma piada, nos divertindo.
De repente, ao vivo e em cores, eis que surge um macaco – isto mesmo, um macaco.
Saltou o muro atrás do pé de urucum.
Foi um salto incrível. Pegou todos de surpresa. O macaco fez o que fazem os atletas de Olimpíada no ‘cavalo com alças’. Pôs uma das mãos no muro e pulou quase caindo sobre nós. O macaco assustou conosco tanto quanto nós assustamos com a inesperada visita dele. Nunca tínhamos visto um bicho tão diferente. Os pelos dele eram vermelhos. Tinha mais ou menos o tamanho de uma criança de três anos. Ele se estacou diante de nós, e a primeira pessoa a agir foi a irmã Célia, na ocasião, adolescente. Ela partiu para cima do macaco, repetindo:
__ É meu! É meu! É meu!
Só que o bicho, literalmente, era macaco velho. Arreganhou os dentes para Célia numa ferocidade ameaçadora, ao que o tio Abel catou rapidamente do lado um pau e partiu na direção do macaco, que, bobo não foi de ficar esperando o que poderia acontecê-lo. Assim como chegou, de surpresa, rápido, assim o macaco desapareceu em meio aos arbustos de sabugueiro do quintal, saltou a cerca e sumiu das nossas vistas.
Mas permaneceu gravado na memória, para ser lembrado agora como história de criança. Para homenagear a memória do tio Abel. Para relembrar a nossa infância em Montes Claros. Para saudar os irmãos Tone, Wanda e Lúcia (ela faz aniversário neste 22 de agosto) testemunhas oculares dos fatos. E para agradecer a Deus, in memorian, por nos ter dado Célia, ‘a Rock Lane’, heroína das nossas brincadeiras de caubóis.

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Mensagem N°60674
De: Augusto Vieira Data: Quinta 19/8/2010 09:13:29
Cidade: Belo Horizonte

NAS ASAS DA COWAN

Sempre que vou para os lados do Aeroporto da Pampulha, de preferência à tardinha, dou uma passada na sede administrativa da COWAN, especialmente para visitar três amigos de juventude: Saulo, Ricardo e Lindolfo. Revi o primeiro trator da empresa, recuperado pelos empregados e dado de presente de aniversário a Walduck, antes de ele no deixar. Bateu mais forte a saudade quando vi seu busto, ao lado da entrada do prédio da diretoria. Desta vez cheguei numa hora muito boa. Saulinho e Bruno, filhos de Saulo, estavam em seu primeiro dia como diretores. O pai, agora, preside o Conselho de Administração. Saulo triplicou a COWAN, que hoje comanda mais de vinte associadas espalhadas pelo Brasil, em diversas áreas da economia: transportes, petróleo, construção pesada e mineração. Estava tranquilo, como sempre, e muito feliz pela desconcentração de poder. Perguntou-me se eu já havia visto petróleo. Respondi que só em filmes. Ele, então, abriu um pequeno cilindro de plástico que estava sobre sua mesa, contendo uma porção do ouro negro e entregou-me. Não sabia que era tão pastoso e que tinha cheiro de piche. Visitei Saulinho, Bruno, Ricardo e Lindolfo. Encontrei Cláudio, que foi meu centroavante no Cassimiro de Abreu e é engenheiro da empresa, saindo do trabalho. Disse-me que estava de partida para o Mato Grosso do Sul, para tocar uma obra, perto de Corumbá.
Despedi de todos e fui até meu carro. Lindolfo acompanhou-me. Relembramos, ainda, histórias do velho Wanderley e de Walduck, até surgirem outras, mais recentes, das quais três merecem menção.
No último julho, Saulo foi buscar um novo avião em Miami e levou alguns amigos, inclusive Odorico. Disseram-lhe que a embaixada, em São Paulo, estava rigorosíssima, exigindo vários documentos, além do passaporte, para dar o visto. Odorico, mesmo acostumado a viagens internacionais, meticuloso, foi na onda dos malandros e levou uma pasta, tipo James Bond, repleta de documentos. Segundo Lindolfo, nela havia até diploma de congregado mariano, assinado por Padre Dudu. Na embaixada, para sua surpresa, um funcionário apenas pegou seu passaporte, conferiu a foto, disse OK e meteu o carimbo. Depois, já em Miami, os sacanas induziram-no a usar terno e gravata para receber o avião. Disseram-lhe que todos iriam assim. Vi a foto. Todo mundo à vontade, parecendo estar indo a uma praia, e ele ali, naquele imenso calor de verão, trajado como se fosse (o que ele habitualmente faz) adentrar a uma Câmara de um tribunal para sustentar oralmente uma causa.
Odorico, que não é de levar desaforo pra casa, deu o troco. Inventou a seguinte história: voavam, neste mesmo novo avião, alguns diretores e funcionários da COWAN, com vários técnicos da Petrobras, para uma visita ao poço perfurado no Espírito Santo. Lindolfo junto. Um dos técnicos tinha pavor de avião e, para segurar a barra, não permanecia quieto em sua poltrona. Percorria o corredor, sentava um pouquinho, levantava-se e repetia a caminhada. Aquilo foi irritando Lindolfo. Os demais passageiros também estavam incomodados, mas faziam olhos e ouvidos de mercador ao irrequieto e palrador caminhante, que já perturbava o vôo por mais de meia hora. De repente Lindolfo encarou o sujeito e perguntou:
– Escuta aqui, meu amigo, por acaso você tem algum problema no fiofó?
Lívido, o impaciente cientista, desacostumado a tanta franqueza, nem respondeu. Saiu de mansinho, ocupou sua confortável poltrona e nela permaneceu até a aterrissagem. Desembarcados, Lindolfo apontou o dedo para o dito cujo e exclamou para todos ouvirem:
– Feliz é o cara que tem um professor de minha envergadura. Esse companheiro aqui nunca mais perturbará um voo.
Gargalhada geral, inclusive do mais novo discípulo do mestre Lindolfo, Ministro da Aeronáutica da República do Pequistão, cujo Premier é Tino Gomes e cuja capital é Montes Claros, nossa querida aldeia.

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Mensagem N°60673
De: Data: Quinta 19/8/2010 09:10:41
Cidade: Montes Claros

Ainda há previsão de frio de 9 graus, em M. Claros, nas próximas 24 horas. Mas a meteorologia (e, mais que ela, a experiência) demonstram que é passageira esta onda de frio em pleno agosto. No dealbar da próxima semana, já teremos o tempo "comum" de sempre, sem este frio, tornado mais frio pelos ventos das "gerais". Também as nuvens que toldam o céu, nesta manhã, devem dar o fora em horas poucas - pois a previsão é de céu limpo, azul, triunfante em especial a partir de amanhã. São as previsões.

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Mensagem N°60671
De: Fabrício Melo Data: Quinta 19/8/2010 08:27:09
Cidade: Montes Claros/MG  País: Brasil

Os promotores de eventos de Montes Claros deveriam repensar as realizações destes no entorno do Ginásio do Sesc. Devido a existência de inúmeros colégios na área, alí fica praticamente intransitável no horário de pico. É preciso que haja bom senso e levar os eventos para áreas mais espaçosas.

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Mensagem N°60669
De: Raimundo Bastos de Oliveira Data: Quinta 19/8/2010 07:19:45
Cidade: Salvador/BA

Não há reportagem a ser comentada individualmente, todas merecem os leitores que tem, são realmente reportagens claras e muito interessantes. Hoje resido em Salvador-Ba., mas já fui morador desta cidade maravilhosa que infelizmente está bastante violenta, minha querida MOC dos anos 80 onde anda? um abração para todos os componentes deste digno jornalzão. Raimundo.

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Mensagem N°60662
De: Souto Data: Quarta 18/8/2010 17:05:17
Cidade: Montes Claros

A parte religiosa das Festas de Agosto de Montes Claros começa hoje as 19h30min com o mastro de Nossa Senhora do Rosário saindo da Rua Miosótis , 52 Bairro Sagrada Família.O levantamento do mastro será às 21h30, na Igrejinha do Rosário,Praça Portugal com a presença de catôpes, marujos e caboclinhos.

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Mensagem N°60656
De: Flávia Data: Quarta 18/8/2010 12:42:06
Cidade: M. Claros

Depois de uma manhã de tempo "emburrado", o céu de M. Claros está agora "tinindo" de azul. Mas, o frio prossegue...para os nossos padrões. (...)

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Mensagem N°60655
De: Marcel Data: Quarta 18/8/2010 12:20:19
Cidade: Montes Claros / MG  País: Brasil

Já é possivel verificar no Hotran (www.anac.gov.br/hotran) que o status do pedido da Gol Linhas Aéreas para voar entre Bh x Moc já se encontra como "A consolidar". Dos 9 requisitos necessários para a aprovação do pedido, 8 foram dados Ok e apenas o DECEA apresenta uma restrição que, teoricamente, poderá ser aprovada com alguma alteração do voo para se encaixar em algum slot disponível. Vamos torcendo para que tal solicitação seja aprovada para que o monopólio da Trip Linhas Aéreas possa ser quebrado e para que possamos ter uma empresa de maior porte nos atendendo.

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Mensagem N°60654
De: Augusto Vieira Data: Quarta 18/8/2010 12:18:28
Cidade: Belo Horizonte

Meu querido irmão Flávio Pinto. É uma honra para o velho Bala ser mencionado como tripulante do segundo foguete desta maravilhosa viagem sideral. Obrigado e um grande abraço.

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Mensagem N°60653
De: Roberto Data: Quarta 18/8/2010 11:58:39
Cidade: Montes Claros

(...) O comentário de Patrícia, com as informações que presta, é consistente, real. Veja o exemplo: no último sábado, os moradores dos bairros S. Luiz, Melo, Ibituruna, Todos os Santos, Morada do Sol, Vila Oliveira, Mauriceia, entre outros, ficaram desde a manhã e até a meia-noite expostos ao som de um show realizado no pátio das Faculdades Ibituruna. Toda a área é residencial e escolar e no entanto mais uma vez um show naquela local - um pátio de escola - perturba demoradamente toda a região, agredindo aos moradores, indefesos em suas casas, com dificuldades para conversar, para ouvir e ver TV e rádio, com dificuldades até para falar ao telefone. É inacreditável o descaso. Primeiro, da própria faculdade, que não respeita a vizinhança, como de outras vezes; depois, desrespeito da tal Secretaria do Meio-Ambiente, que só existe para consumir dinheiro público, cerca de 4 milhões de reais, só neste ano. O som começou pela manhã, atravessou o dia, aumentou durante a noite e só terminou à meia-noite. (...)Na verdade, o problema do barulho em M. Claros, que era grave na última administração, agravou-se na atual, que tem na secretaria do 1/2 ambiente o irmão do presidente da Câmara, que é candidato a deputado.... A quem apelar? - perguntamos. Pedimos encarecidamente a ajuda do Ministério Público para impedir que o local - um pátio de escola em área eminemente residencial - volte a ser usado como local de shows extremamente barulhentos. É um desrespeito, ainda mais praticado por uma escola que deve merecer o respeito de todos, exatamente por ser uma escola. (...)

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Mensagem N°60652
De: Flavio Pinto Data: Quarta 18/8/2010 11:36:30
Cidade: Belo Horizonte-MG

DE HOJE PARA ONTEM



Como se fôssemos viajantes na máquina do tempo que o inglês George Wells criou há 110 anos, fomos resgatados de um mesmo lugar do passado (embora nem tão longínquo assim).

Tínhamos deixado a bela e antiga nave chamada JMC, primeira e única, para reparos numa oficina sideral e nos transportamos para esta nova máquina, cibernética e com velocidade da luz , continuando assim nossa gloriosa e (in) descritível viagem pelo fantástico mundo da comunicação.

Com o sagaz piloto Paulo Narciso - intrépido viajante intergaláctico e intercontinental - no comando desta nova nave de nome Montesclaros.com , nunca caímos em buracos negros, profundos ou mesmo rasos e sem volta.

Sempre nos sentimos seguros para darmos conta do recado, cada um em sua especialidade, seja ela da verdadeira história ou sutilezas da alma humana, com sinceros relatos do presente real ou do surreal fantástico e improvável.

E de tudo o que acontece e quase aconteceu, também – desde o início – na vida diária e antiga desta cidade que só pode ter sido criada pelos deuses num dia de muita inspiração.

Salve, salve , então, Oswaldo Antunes , Haroldo Lívio e Waldyr Sena , companheiros de odisséia.

Três mestres, juntos novamente, acompanhados deste eterno aprendiz e amigo.

E a todos que vieram: ou como membros efetivos da tripulação e, outros mais, especiais espaciais passageiros, tão ou mais importantes que foram para o sucesso desta maravilhosa viagem, um grande abraço.

Salve Alberto Senna, José Prates, velhos e competentes tripulantes, e o Bala, que embora não tenha navegado no primeiro foguete, o faz com rara maestria no segundo.

A todos, obrigado.

Flavio Pinto

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Mensagem N°60651
De: Antônio Eustáquio Freitas Tolentino Data: Quarta 18/8/2010 11:35:44
Cidade: Montes Claros-MG

A Cemig fez um excelente trabalho ao trocar as lâmpadas queimadas da Praça Wanderley Fagundes, no Bairro Todos os Santos, melhorando a segurança e proporcionando melhor opção de lazer aos moradores, que a utilizam para as suas caminhadas diárias. Bem que a prefeitura poderia fazer a sua parte e consertar algumas partes do piso da calçada, que encontra-se esburacada e que pode ocasionar acidentes, já que boa parte dos usuários são idosos e crianças. Não custa nada, pode-se consertar tudo em apenas um dia de trabalho dos funcionários. Espero que a prefeitura seja tão rápida e eficiente na solução do problema quanto a Cemig, que merece elogios.

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Mensagem N°60650
De: Augusto Vieira Data: Quarta 18/8/2010 11:01:44
Cidade: Belo Horizonte

Obrigado Haroldo Tourinho Filho (Cabaré), pela lembrança. "Éramos felizes e sabíamos". Que saudade daquelas noitadas nossas. A letra música do Combat está em meu livro de poemas. Combat hoje reside em Uberlândia. Tem 40 anos, é Procurador da Fazenda Pública e professor da pós-graduação da UFU. Heloísa virou Desembargadora do TJ. O velho Bala continua seresteiro aqui nesta Belô querida. Até breve, caro amigo!

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Mensagem N°60649
De: Patricia Data: Quarta 18/8/2010 10:53:01
Cidade: Montes Claros

E o secretário de 1/2 ambiente continua no cargo apesar de ter dito e prometido que se não conseguisse acabar com a poluição sonora em Montes Claros deixaria o cargo, conforme foi publicado a alguns meses no mural. Pois bem, a poluição sonora aumentou agora com a campanha eleitoral, principalmente aos sábados no centro da cidade onde os candidatos com as bicicletas e carros de som não respeitam nenhuma lei ambiental. Falou-se muito na criação da “patrulha do silencio” que na verdade se existe é igual a cabeça de bacalhau, ninguém vê. Os carros com as “usinas de som” continuam como sempre, os locutores nas portas das lojas e as carrocinhas de cd pirata também, é barulho pra todo lado. Mas já era de se esperar mais esta do secretário, não cumprir o que promete. Pena que na reforma do secretariado o prefeito esqueceu do secretario, talvez porque a inoperância faz com que pareça que em Montes Claros não exista uma Secretaria de Meio Ambiente.

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Mensagem N°60647
De: Estado de Minas Data: Quarta 18/8/2010 10:29:17
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Verba indenizatória paga ação trabalhista contra deputado mineiro - Bertha Maakaroun - Numa decisão inédita, a Justiça do Trabalho determinou o bloqueio de parcela da verba indenizatória paga pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais ao deputado estadual Ruy Muniz (DEM), candidato a deputado federal nestas eleições, para quitar uma ação trabalhista de R$ 10.634,36, movida há 10 anos pelo professor Flávio Luiz Teixeira de Sousa Boaventura contra o Instituto Norte Mineiro de Educação, de propriedade do parlamentar. Segundo a advogada de Boaventura, Nádia Patrícia Souva, a ordem judicial à Assembleia para o resgate da verba indenizatória, de R$ 20 mil mensais para o custeio de mandatos, decorreu do fato de o parlamentar não ter bens penhoráveis. A declaração de bens encaminhada por Ruy Muniz à Justiça Eleitoral para o registro de sua candidatura à Câmara dos Deputados informa um patrimônio avaliado em R$ 669.625,00. Destes, R$ 125.123,00 em cotas de capital no Colégio Integral Ltda., R$ 4,8 mil em cotas na Sociedade Norte Educacional Ltda., R$ 1 em cotas de capital social no Hospital São Lucas Sociedade Simples Ltda., R$ 1 em cotas de capital social do Instituto de Ensino Superior e Pesquisa, além de R$ 4,8 mil em cotas na RPM Agência de Publicidade.
O parlamentar declarou ainda ser proprietário de um quinto de casa em Montes Claros, avaliado em R$ 22 mil, uma chácara na cidade no valor de R$ 7 mil, além de três veículos: um Toyota Hilux de R$ 117 mil, um Toyota Camry XLE, de R$ 163 mil, e um Gol, de R$ 29,9 mil. Há ainda na declaração do parlamentar um crédito e uma poupança vinculados no valor de R$ 200 mil. Apesar dos bens de Muniz, o pagamento da ação trabalhista recaiu sobre a Assembleia Legislativa. Segundo a assessoria de imprensa da Casa, entre setembro e dezembro do ano passado, foram descontados do salário do parlamentar parcelas que somaram R$ 10.162,00. O restante foi retirado da verba indenizatória de Muniz, em abril. Em sua prestação de contas do emprego da verba indenizatória daquele mês, entretanto, o deputado não lançou o valor. Os valores ficaram depositados em juízo e, apenas em julho, Boaventura pode sacá-los.
Histórico
O caso é antigo. Boaventura lecionou por seis meses literatura e filosofia no Instituto Norte Mineiro de Educação, em 2000, especialmente no Pré-vestibular Indyu, em Montes Claros. Recebeu o pagamento apenas pelos primeiros três. Ao final de um semestre de trabalho, o professor deixou a instituição sem o acerto trabalhista. Segundo Flávio Boaventura, no período de trâmite do processo, percebeu que a situação de não recebimento dos salários ou de parte deles é compartilhada por outros professores que trabalharam nas instituições de Ruy Muniz. Depois de ganhar a ação, Boaventura tentou acordo, mas não foi bem-sucedido. Um alvará expedido na 2ª Vara do Trabalho de Montes Claros, Região Norte de Minas, autorizou a Justiça a retirar diretamente da verba de gabinete do deputado recursos para pagamento de uma dívida trabalhista. O deputado foi procurado duas vezes pela reportagem na terça-feira, pelo telefone, mas não retornou as ligações.

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Mensagem N°60646
De: Ricardo Data: Quarta 18/8/2010 10:16:52
Cidade: M.Claros

A Alemanha está querendo fazer com o Brasil o mesmo que o Rio de Janeiro pretendeu fazer com M. Claros, há cerca de 40 dias: mandar lixo. Acontece que a Alemanha enviou lixo para ser reciclado no Rio Grande do Sul, enquanto o Rio pretendia queimar lixo hospitalar em M. Claros, ignorando os riscos no longo trajeto que separa as duas cidades.

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Mensagem N°60645
De: Estado de Minas Data: Quarta 18/8/2010 09:47:16
Cidade: Belo Horizonte/MG

Campanha eleitoral provoca mudanças na administração de Montes Claros - Luiz Ribeiro - A campanha eleitoral provocou mudanças na administração municipal de Montes Claros, no Norte de Minas. Na semana passada, a vice-prefeita Cristina Pereira (PP), anunciou o pedido de licença da prefeitura por dois meses para se dedicar às campanhas do marido, deputado Gil Pereira (PP), que busca mais um mandato na Assembléia, e do governador Antonio Anastasia (PSDB), candidato a reeleição. Ela abriu mão da remuneração durante o período do afastamento - R$ 12.970, dois terços do salário do titular, Luiz Tadeu Leite (PMDB), que R$ 19.457,29, um dos mais altos do estado. Nesta terça-feira, o ex-secretário municipal de Governo, Sérgio Amaral, anunciou o afastamento da prefeitura, para se dedicar à coordenação regional da campanha do candidato a governador Hélio Costa (PMDB).
Também nesta terça, o prefeito Luiz Tadeu Leite (PMDB), um dos poucos prefeitos do Norte de Minas que declarou apoio publico a Hélio Costa, oficializou uma mini reforma em seu secretariado. Foi extinta a Secretaria Municipal de Governo e a criadas as secretarias de Coordenação Política e Ação Comunitária e de Articulação Institucional e Comunicação.O ex-secretário de Fazenda, Pedro Narciso, foi nomeado como titular da Coordenação Política e de Ação Comunitária. Sérgio Amaral (que era secretário de Governo) chegou a ser anunciado como novo comandante da pasta da Articulação Institucional e Comunicação. No entanto, ele comunicou o seu afastamento para se dedicar a campanha política e será substituindo interinamente pelo seu adjunto, o jornalista Elias Siufi.
Também houve mudança na Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social. A pasta era chefiada pelo ex-vereador e médico Tancredo Macedo (ligado ao grupo da vice-prefeita e do deputado Gil Pereira), que, na semana passada se desligou da prefeitura. A princípio, a Secretaria de Desenvolvimento Social seria coordenada pelo secretário adjunto, Noélio Oliveira. Mas, ele também pediu de demissão. Para o cargo de secretário-adjunto foi nomeado o ex-vereador José Paulo Ferreira Gomes. No entanto, o prefeito informou que Pedro Narciso vai acumular o posto de secretário interino de Desenvolvimento Social.

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Mensagem N°60644
De: Dilson Data: Quarta 18/8/2010 09:25:58
Cidade: Montes Claros

Faz 15 graus, neste momento, em M. Claros. O frio intenso nos meses de junho e julho, para os padrões locais, neste ano mudou-se para agosto. É normal, e esperado, que nesta quadra (que marca o advento dos Catopês) já estejam guardados, nas arcas, os agasalhos do pouco Inverno entre nós. Mas, neste ano, alguma coisa mudou. Tirintam, lá fora, reclamando que o sol se esconde. A previsão para hoje é de temperaturas entre 12 e 31 graus, a mesma de amanhã, com sol e algumas nuvens. Contudo,o tempo está mais para nublado. A culpa, dizem, é de uma massa fria.

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Mensagem N°60641
De: Hoje em Dia Data: Quarta 18/8/2010 07:50:15
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Montes Claros é candidata a ter maior número de BRs - Autoridades que atuam no socorro a vítimas de acidentes em rodovias federais que cortam Montes Claros alertam para a possibilidade de aumento no número de ocorrências assim que o município se transformar no maior entroncamento rodoviário do país. Hoje, a cidade está na segunda posição, perdendo apenas para o município baiano de Feira de Santana. Dentro dos limites do município do Norte de Minas passam as BRs 251, 135 , 365 e 122. Mas o término das obras da BR-135, no trecho Itacarambi-Montalvânia, e a pavimentação da estrada Juazeiro-Guanambi, na Bahia, que aumentará o fluxo de veículos na BR-122, pode fazer de Montes Claros a campeã brasileira na interligação de estradas federais. O alerta foi feito pelo inspetor Antônio Fábio Gonçalves Martins, chefe da unidade local da Polícia Rodoviária Federal (PRF), durante seminário realizado nesta terça-feira (17) em Montes Claros.
Levantamento do Corpo de Bombeiros mostra que, somente na BR-251, na altura da Serra de Francisco Sá, foram 50 acidentes nos últimos três anos. Trinta e duas pessoas morreram e 128 ficaram feridas.
O subcomandante do 7º Batalhão de Bombeiros Militares, Doriedson Souza Silva, explica que o trecho da rodovia na Serra de Francisco Sá, entre os quilômetros 468 e 471, é o mais perigoso do Norte de Minas. Além das curvas sinuosas, falta acostamento. E com o aumento do tráfego de caminhões na estrada, devido à fuga dos motoristas do pedágio na rodovia Fernão Dias, o risco é de mais acidentes. Em janeiro e fevereiro deste ano, sete pessoas morreram e 22 ficaram feridas. Ainda de acordo com o subcomandante, uma das alternativas para a estrada seria a construção de uma terceira pista. No entanto, o que haveria é uma proposta de instalação de redutores eletrônicos de velocidade no local. Para o inspetor Antônio, da PRF, a solução para a BR-251 seria, a médio prazo, a implantação da terceira faixa de rolamento. E a longo prazo, a duplicação de toda a rodovia no trecho da Serra de Francisco Sá, para permitir o escoamento de tráfego de caminhões pesados.Atualmente, 10 mil caminhões passam pelo local por dia.

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Mensagem N°60639
De: montesclaros.com Data: Terça 17/8/2010 18:27:46
Cidade: M. Claros

Atracou a Nau Catarineta. Marujos deixam o convés e já se vão juntar aos Caboclinhos, aos Catopês. Cantarão e dançarão pelos próximos seguidos dias. Pelos arrabaldes, primeiro (ouça-os, ao longe) - depois pelas ruas centrais, que percorrem penitentes há cerca de 200 anos, trazidos por um surdo de tambor de apelo intraduzível, que estruge nos corações, e nas mentes. Mistério, mágicas, sortilégio. É chegado o tempo longínquo das Festas de Agosto. A anunciá-las, a esperá-las, entraram de prontidão todos os Ipês, por todos os caminhos. Alta Gala do Sertão.

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Mensagem N°60638
De: Haroldo Tourinho Filho Data: Terça 17/8/2010 17:35:18
Cidade: Montes Claros

FÉRIAS DE JULHO: SERESTAS!

Durante uns bons anos, 3,4,5?, a turma andou a cometer serenatas. Algumas, ótimas, inesquecíveis; outras, poucas, nem tanto. Mas valeram, para todos que delas participaram. Quase sempre em julho. No verão, raríssimas, o pessoal se dispersava mundo afora.
A coisa acontecia uma, duas vezes por semana. Isso, porque as demais noites eram vividas nas horas-dançantes em casas das garotas, festas particulares ou naquelas promovidas pelo Automóvel Clube, Max-Min, Pentáurea, Lagoa da Barra e no querido e vetusto Clube Montes Claros (onde fica hoje o Conservatório da dr. Veloso), que o cronista social Theodomiro Paulino revitalizava com o seu concorrido Encontro de Jovens, aos sábados, abrindo espaço para as mais de 30 bandas de rock da cidade.
Agenda cheia, como se vê. E como se não bastasse, tinha eu o compromisso com minha banda, Brucutus (Ricardo Milo, Patão e Lelas, este substituído alguns meses depois por Beto Guedes), de nos apresentarmos às quartas e domingos no Juventude em Brasa do AC, evento por nós imaginado que lotava as dependências do clube. Parecia um réveillon. Tocávamos e cantávamos e a plateia se esbaldava das 21 às 02h da manhã. Nos dois intervalos de meia hora, sempre prolongados pelos goles, ou Paulinho Rodrigues entrava em cena com suas impagáveis caracterizações de Jerry Lewis, ou um dos nossos DJs encarregava-se de manter a alta temperatura da pista de dança. Ao chiar da assistência, exigindo o retorno da banda, reaparecíamos no palco. Éramos cumpridores de horário, por incrível que pareça, caso raro no meio musical daquele tempo.
O clube nos pagava muitíssimo bem por aquelas performances. No entanto, metade da grana ou mais ficava no bar-restaurante, pois, aos amigos mais chegados, a boca-livre era total onde quer que apresentássemos. Certa feita, num Adeus às Férias, oferecemos um jantar para mais de cinquenta pessoas que só acabou com o sol já alto. Três bandas haviam levado a festa: Brucutus, Eremitas (Grego, Reinaldim, Herbert Caldeira e Lulu Guedes) e The Flintstones (Abílio e Sinclair Morais, Ronildo Almeida e Titão). No salão do AC, três palcos foram montados para essa grand finale.

Mas falávamos de serenatas... Aconteciam por acaso, decididas ali, na hora, no banco da praça dr. João Alves -nosso QG, sem data marcada, porém, ensaiadíssimas, profissionais. Nada de improvisos. Pra começar, desafinados eram proibidos de cantar. Nesse quesito, Ricardo Milo cumpria admiravelmente o papel de ditador-regente. Acompanhavam o canto dois violões, às vezes bandolim e violas, flauta, gaita de boca, bongô e pandeiro sem couro, este último somente para marcar o rítmo de algumas canções - pandeiro desse tipo é um desastre na madrugada, soa longe. E incomoda os sensíveis ouvidos das gatas. Para despertá-las, abríamos a cantoria com Help (Beatles). A seguir, canções românticas, como não podia deixar de ser. Repertório escolhido a dedo: Yesterday, The long and widing road, This boy (com suas três vozes, lindas), Do you want to know a secret, The fool on the hill, Blackbird, A day in the life, Lucy in sky with diamonds, All you need is love, Till there was you... Todas dos Beatles. E mais: Lady Jane, Ruby tuesday (Stones), Listen people (Herman`s Hermits), The house of the rising sun (The Animals), A white shade of pale (Procol Harum), We`ll meet again, Mr. tambourine man, The bells of Rhymney (The Byrds), World of love (Peter and Gordon), Moon river, Georgia on my mind e outras canções que me escapam no momento. E ainda: I started the joke (Bee Gees), se estivesse presente Ricardo Mesquita (Jim Bordel) para interpretá-la. Apreciávamos bastante Tristesse (Chopin), mas nem sempre Beto se dispunha a dedilhá-la ao violão. Encerrávamos as serenatas com Hey Jude (Beatles), devido o prolongado coro final, da-da-da... dadadada..., que nos permitia sair de fininho das casas...
Entre efetivos e eventuais membros, a turma contava com cerca de quarenta garotos. Computadas as garotas, o número subia a cem. Minha casa se assemelhava a um clube, ou melhor, hotel, onde não poucos entravam e saíam, almoçavam, jantavam, dormiam e se hospedavam, caso de Patão, que lá ficou seis meses, com direito à mesada. Os Guedes haviam se mudado para BH e necessitávamos do Pato aqui. Beto ficava com os Mesquita (Lúcia e Ney). Adorava o piano da casa, sempre afinado, pois dona Lúcia pertencia aos quadros do Conservatório Lorenzo Fernandez. Luiz Guedes, dos Eremitas, acolhiam-no Alice e Mozart Caldeira, pais de Herbert, componente da mesma banda.
Lá em casa só não havia bebida. Também, pudera! Mamãe brincava, dizendo que passaria a exigir carteirinha para a entrada dos sócios... Papai, nem aí, chegava da Santa Casa pelas madrugadas e se metia no pôquer ou sete-e-meio dos meninos. No pôquer, blefava como ninguém, arrebatava todas as fichas disponíveis - nos quebrava, por assim dizer -, depois esparramava as fichas no pano verde, dizendo, às gargalhadas: "Vamos, patos, agarrem as que puderem!" Os anos eram dourados, sim.
Na minha quase longa vida, só anos depois vi outra casa assim, a de Antonieta (Tutu) e João Batista Silvério. Inexistentes na minha (imprevidência de dona Lourdes), ali vigiam algumas normas afixadas nas paredes - Artigo 1º: Sujou, lavou! 2º: Dê descarga! 3º: Não entre molhado na casa! - e advertências na porta da geladeira: "A torta é para a sobremesa de amanhã!" No mais, a galerinha transitava à vontade, nadava, batia bola, e até mesmo assistia ao futebol, pela TV, deitada na camona do casal...
Noutro tempo, que não o meu, a Vargem Grande, sítio-residência do casal Elisa-Joaquim Costa, era um verdadeiro cassino (roleta, mesas de pôquer, bacarat), com o velho líquido rolando solto, piscinadas... Reduto de casais da alta, bancadíssimos, aos garotos sobravam as raspas do tacho. Mas sabiam aproveitá-las, e como! O lindo, querido e saudoso casal mantinha uma charmosa casa de dois andares, mobiliada, no centro da cidade. Ali seus rapazes, Cacá, Mário Bode e Ernesto (Van), depois Luiz Milton e Roberto Luiz (Bob), faziam de tudo, os leitores podem imaginar. E exagerar. Na intimidade, referia-se a essa casa como Maison d`Oiseaux (Casa dos Pássaros): lá, eles, os rapazes, pousavam... e à Vargem Grande retornavam...

Tão logo definido o repertório da serenata, partíamos para o ensaio no mirante dos Morrinhos ou no trevo do aeroporto. Entrementes, uma equipe especial, eficientíssima, comandada por Zé Geraldo Antunes (Jacaré da Serra), saía na sua vemaguete (perua DKW) para afanar côcos e galinhas. Havia um restaurante nas proximidades do bar do Toco, Vila Ipê, cuja proprietária-receptadora trocava duas galinhas vivas por uma assada... Bom negócio para ambas as partes. Quando acontecia de a equipe galinácea voltar de mãos vazias, surrupiávamos as penosas de nossas próprias casas. Algumas vezes surgia do nada um uísque, do bom, escocês, furtado dos pais. Nisso era mestre o Paulinho, Bolinha, filho dos maravilhosos Tião e Tininha. Tião, gerente de banco, ganhava caixas e mais caixas de presente. E nós, ali, de olho gordo na sua adega... Certa vez, Bolinha apareceu na praça com um garrafão de Cavalo Branco, cinco litros!, que foi guardado para uma futura oportunidade. De consciência pesada, nada cobramos de Tião para animar os 15 anos de Ângela, uma de suas filhas.
Armada a seresta, vinha o roteiro a cumprir. Atendíamos também aos suplicantes, ajudando-lhes nas conquistas amorosas, cantando ali e acolá. Começando pela rua Bocaiuva, Clarete e Martinha Gomes. Na dr. Santos, as Maurício (Mânia, Nair e Vitória). Mais abaixo, cantar para as Zumba (Rita, Eliana e Janice) era complicado: moravam em apartamento de terceiro andar e, da rua, a música não lhes chegava aos quartos, nos fundos. Solução: saltar o muro da casa vizinha, na rua paralela, Camilo Prates, pertencente a Zezé e João Carlos Moreira; atravessar o térreo da casa (felizmente sem cachorro); subir ao telhado de um barracão nos fundos, sempre partindo telhas... De lá, daquele telhado, despertávamos as três princesas, que, pela beleza, mereciam muito maior esforço. Zezé e João Carlos nunca reclamaram de nada - ali também morava a boa música do Banzé.
Outro roteiro começava pela Coração de Jesus (Marilene e Marinilza Mourão) e seguia pela avenida Cel. Prates. Ali, sim, o bicho pegava! As meninas de dona Fernanda Ramos, lindas, sequer piscavam as luzes dos quartos, a mãe não deixava... Mas ficavam acordadas, tudo ouviam e comentavam no dia seguinte. Fátima Pinto, quantas serenatas? Mabel Morais, quantas outras? Virgínia de Paula, outra complicação: a casa era-é por demais recuada. Solução: combinar de antemão com a homenageada para deixar o portão aberto. Fazer serenata ali era bom demais. Sentávamos em confortáveis poltronas na varanda, Virgínia às vezes nos acompanhava e cantava para ela mesma... E a boa pinga sempre nos era servida. Curioso é que o dr. Hermes, seresteiro-mor, nunca aparecia. Certamente a sua praia era outra, modinhas...
Jacy e Marão Ribeiro mantinham os portões sempre abertos, eternamente. Pat e Mônica ouviram célebres serestas. Marão surgia, muitas vezes de cueca samba-canção (ali só havia homens), abria a porta de vidro, depositava duas garrafas do lado de fora, falava: "Êi, meninos!", fechava a porta e voltava, cambaleando de sono, casa adentro. E as meninas da Carlos Pereira e Pires e Albuquerque? Vera Medeiros, Túlia Drumond, Rosa Lafetá, as Couto, Márcia Pinto, as Madureira, Celeste Priquitim, Cláudia e Eliana Neto Ferreira... Nas vizinhanças da Matriz, Baixada, Lucinha Teixeira, Clarice e Ritinha Maciel... Nas imediações da Praça de Esportes, Verinha, Marly e Macyr Santos... Irene e Antonieta não podiam ser homenageadas. Fazê-lo, somente se escalássemos os altos galpões da Chevrolet, uma temeridade.
Lá pelas 4, 5 da manhã, tudo acabado, acabado? , passávamos pela casa de Augustão, o Bala. Heloísa, sempre dormindo, ele acordado, lendo, ouvindo música ou tocando-compondo (Kd, Bala, aquela doce canção que você compôs pro Gustavo, seu primogênito?). Ficávamos ali até o sol raiar, ou, como dizíamos, até "matar o sol nos peitos", cantando, bebendo, tocando... Reinava então o improviso. Atacávamos de tudo, com Bala ao piano: bossa-nova, boleros, o que viesse à cabeça. Finalmente nos despedíamos, entoando, em uníssono, o refrão final de Across the universe (Beatles):
Nothing`s gonna change my world
Nothing`s gonna change my world...
Que mudamos para melhor:
Nothing`s gonna change my world
Nothing`s gonna change my mind...
(Nada mudará meu mundo
Nada mudará minha cabeça...)

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Mensagem N°60629
De: Manoel Hygino Data: Terça 17/8/2010 13:51:58
Cidade: Belo Horizonte /Mg

Lassance, Itacambira
Um retrato de costumes, paisagens e culturas que revelam uma Minas Gerais bem distante dos cartões-postais e roteiros de viagem. Assim Clarissa Carvalhaes definiu as regiões e as cidades de Lassance e Itacambira, no Norte de Minas, na metade de 2010, quando ali esteve acompanhando professores e estudantes da Universidade Castelo Branco, do Rio de Janeiro, em programa do Projeto Senar Rondon.
São dois municípios representativos do estágio de desenvolvimento de numerosos lugares de Minas Gerais e do Brasil neste século. As belezas naturais da região são imensas, de deixar marcados nossos corações.
Com as belezas da natureza, a simplicidade, a operosidade de uma gente que arranca da terra a sobrevivência e para fazer sobreviverem os animais que a ajudam na alimentação: os bois e vacas, as galinhas e outros que, desprevenidos, possam ser apreciados no almoço de domingo, como algum tatu, as pacas que rareiam.
A estrada de acesso a Itacambira, evidentemente em terra e de branca areia depois do Juramento, no alto da serra, permite vislumbrar um dos mais belos panoramas das Minas Gerais, por onde passaram Fernão Dias e seus homens.
Lassance é caminho, ou era, da Estrada de Ferro Central do Brasil, percorrida por milhões de brasileiros durante os longos anos em que a ferrovia os serviu, diminuindo distâncias entre os mundos interiorano e o metropolitano.
Nas ruas, porcos e galinhas fazem a festa de todos os dias, buscando alimentos no que sobrou dos almoços humanos, fuçando ou bicando aqui e ali, em substituição ou complemento ao milho. Nem se lembrarão as pessoas, com outras preocupações e horizontes, que há cem anos um médico nascido em Oliveira por lá andou e descobriu algo que a ciência desconhecia e surpreendeu o mundo. O Mal de Chagas começou a ser desvendado ali e, a partir de então, inventaram-se meios de combatê-lo, de evitar sua proliferação e muitas mortes.
Sempre que se estudar a Doença de Chagas, a vida do grande cientista que foi colaborador e dileto amigo de Oswaldo Cruz, se lembrará alguém da exígua Lassance, da estaçãozinha da Central, palco dos estudos de um brasileiro interessado no bem dos seus conterrâneos.
É mais, muito mais do que passagem dos trens da Central, uma pobre cidade rica em história, com habitações humílimas, de pessoas que, de tão tímidas, temiam os homens que desconheciam e desciam das composições, sonho de sucessivas gerações de mineiros e que um brasileiro decidiu conduzir pelos trilhos até muito longe. O cidadão se chamava Francisco Sá.
Em Lassance, há as doenças que vêm do passado, resultantes das mínimas condições de assistência à pequena população de 6 mil habitantes. E dos cães que abundam na área urbana, constituindo um risco constante de leishmaniose, enquanto permanece elevado o consumo de álcool por aqueles que nada têm a fazer, mas já surgindo o espectro cruel do crack, que não perdoa sequer tão dignos recantos de gente honesta.
Itacambira é outra síntese do Brasil, que não consta dos mapas e das preocupações dos poderes públicos. A última viagem que à cidadezinha, encravada entre montanhas, fez o poeta Cândido Canela (que se torna centenário neste agosto), foi comigo, há muitos anos, simplesmente para que eu conhecesse a cidade.
De lá, o engenheiro-pesquisador da História, Simeão Ribeiro Pires, levara múmias, removidas do porão da igreja matriz, que ele conservou em sua casa-museu, como relíquia de uma época sobre a qual ainda pairam grandes mistérios.
Nas imediações, não identificada, à suficiência, haveria a Serra Resplandescente, que excitou a imaginação dos Bandeirantes e de outros aventureiros em busca de riquezas, sobretudo as esmeraldas que foram o sonho e o pesadelo de Fernão Dias Pais.
A paixão científica de Simeão Ribeiro Pires e de Carlos Chagas não conseguiu sensibilizar os homens de governo. Os municípios de Lassance e Itacambira continuam cenários de carências. A esperança está fenecendo.

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Mensagem N°60628
De: José Ferreira Data: Terça 17/8/2010 13:25:04
Cidade: Montes Claros-MG

Senhor José Prates,acabo de ler o seu artigo sobre Burarama e fiquei emocionado quando fala do meu querido pai Onofre.Com certeza ele,que está hoje com 87 anos ficará mais emocionado ainda ao ler o seu artigo e saber que ainda é lembrado com tanto carinho.Com certeza ele também irá manter contato.

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