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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 5 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Já são três dias que 45% da população de Montes Claros está sem água. Apesar das chuvas que caíram em Montes Claros enfrenta uma grave crise hídrica, que está longe de chegar ao fim. A falta de água nas torneiras e a redução da pressão na distribuição impactam de forma negativa na saúde da população montes-clarense. Depois da péssima qualidade da água que deixou 45% da população com diarreia, de acordo com estudos dos infectologistas. Além da diarreia, outras doenças apareceram - doenças facilmente evitáveis, relacionadas com o saneamento precário e o consumo de água sem qualidade. Para enfrentar falta de abastecimento de água, a população é obrigada a buscar o recurso em fontes alternativas como: compra de água mineral – compra de pipas d’água e alguns casos buscar água em córregos; essa última alternativa, pode ser um estopim para os casos de doenças [hepatite A, febres tifóides e paratifóide, cólera e parasitoses]. - Além disso, pouca água afeta a higiene das pessoas e dos locais onde elas vivem, o que também é fator de risco para outras doenças, como micoses e conjuntivites. Está na hora do “Instituto de Defesa do Consumidor” (Procon) notificar e multar a Copasa. A interrupção no abastecimento de água em Montes Claros a empresa deve fornecer ao Procon de Montes Claros uma explicação sobre os motivos da suspensão, informar se o abastecimento foi restabelecido e quantificar o número de consumidores afetados. A desculpa de falta de energia por parte da Cemig, não passa de balela diante da ineficiência dos gerentes de Montes Claros – A Copasa teve um lucro exorbitante este último ano 2023 - lucro líquido de R$ 1,38 bilhão – só no primeiro trimestre de 2024 a Copasa teve um lucro de R$ 325 milhões. Neste caso, a empresa tem recursos suficientes para comprar GERADORES DE ENERGIA para manter os sistemas de bombeamento e tratamento energizados [funcionando]. As notificações do Procon e/ou Agência Municipal de Água e Saneamento Básico de Montes Claros - AMASBE podem ser motivadas por denúncias de moradores nas redes sociais – reportagens televisivas e rádios que relataram ter ficado sem o abastecimento por muitos dias. Para a população, a interrupção de serviços essenciais, como o abastecimento de água, compromete diretamente os direitos dos consumidores, uma vez que o Código de Defesa do Consumidor garante a prestação adequada e contínua desses serviços. “A interrupção prolongada no abastecimento de água é inaceitável e desrespeita os direitos dos consumidores. A empresa deve fornecer explicações claras e precisas sobre o ocorrido”. A partir da notificação, a concessionária terá o prazo para prestar esclarecimentos sobre o total de consumidores afetados, as causas da interrupção do serviço e as medidas adotadas para minimizar os impactos à população. Se a Copasa não dar o “feedback” [esclarecimentos] caracteriza um ato de desobediência, que sujeita a empresa a sanções merecidas. Uma cidade com seis captações não merece ficar sem água. A população pode esperar que, no fim do ano, terá água suja nas torneiras. Por culpa dos gerentes Montes Claros, os investimentos do Governo Estadual em Montes Claros não estão surtindo efeitos na distribuição de água com qualidade e quantidade. XI – X – MMXXIV (*) José Ponciano Neto é Técnico em Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Supervisor de Barragens de Saneamento.

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