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montesclaros.com - Ano 25 - quarta-feira, 25 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: DESOBSTRUÇÃO DOS CANAIS DOS RIOS E CÓRREGOS. Há muitos anos a política de canalizar ou retificar os rios e córregos urbanos passou a ser uma forma de proteger a parte baixa das cidades das enchentes. Foi uma discussão ferrenha nas assembleias dos conselhos de políticas ambientais e nos comitês de bacias hidrográficas. Muitos a favor e uma minoria contrária. Ou seja; alguns tinham a política de canalizar como solução; enquanto a outros (minoria) tinham a certeza que as enchentes iriam piorar. O certo é que a maioria das metrópoles optou pela canalização. Montes Claros e BH são exemplos. Na medida em que as ruas e avenidas vão sendo impermeabilizadas pelo o asfalto, os fluxos das enxurradas aumentam, colocando os fundos de vales vulneráveis às grandes enchentes. Com isso, a necessidade de uma fluidez maior das águas para evitar o refluxo, que causa muitos desastres sociais. Não precisamos consultar umas modelagens da “Inteligência artificial” (IA) para saber se um canal bem dimensionado ou redimensionado facilita o escoamento - evitando enchentes desastrosas - ao ponto de carregar casas e edifícios, como aconteceu agora na Líbia (no continente africano) na cidade de Derma – uma tempestade de grande proporção e o rompimento de duas pequenas barragens provocaram inundações repentinas que devastaram uma área de 80 quilômetros quadrados, matando aproximadamente 14.000 pessoas e acabando com as estruturas importantes, entre elas: o importante Porto Marítimo de Derma. Não vou citar outros eventos desastrosos cometidos pelo desequilíbrio climático, que já é de conhecimento de todos. – no Brasil principalmente! A natureza? Ela é em si mesma: uma química! Basta analisar a teoria de Antoine Lavoisier! Se as cidades estão se transformando em metrópoles impermeáveis – a maneira mais eficiente de evitar desastres naturais fatais, é através dos Planos Diretores providos de estudos de zoneamento de áreas inundáveis, diante dos estudos, evitar o crescimento desordenado que ocupa as marginais dos leitos dos rios e córregos sujeitos a inundações. Alguns sanitaristas SÃO CONTRA a canalização - mas, para outros e os técnicos em recursos hídricos batem na tecla que, é essencial mudar os nossos paradigmas com relação em manter cursos naturais dos vales profundos, diante do crescimento da impermeabilidade das vias públicas – cimento nos quintais e asfaltamento dos estacionamentos. - Não há infiltração natural em uma cidade impermeabilizada! A história está aí para ser contada para várias gerações. Na maioria das cidades que está sofrendo – e irá sofrer com as inundações recorrentes pelos ciclos da terra e do sol, NÃO MODERNIZOU a drenagem urbana. As políticas ambientais harmoniosas são fundamentais entre a população e a natureza – entre as ações definidas nas políticas ambientais, estão justamente às canalizações bem dimensionadas e a retirada do esgoto “in natura”. É importante lidar com a água pluvial, o saneamento não pode parar – toda cidade poderia ter um setor de pesquisas hidráulicas e monitoramento hidrometeorológico - a falta de conhecimento e a baixa expansão dos rios e córregos, são sinônimo de desastres. É de suma importância cuidar dos nossos canais de fundo de vales – uma das soluções – como já citado - é tomar conhecimento do mecanismo de controle da natureza para poupar vidas e o custo financeiro da logística de salvamento - recuperação dos bens imóveis e a realocação de famílias vítimas das inundações. Os canais de fundo de vales bem limpos proporcionam a livre fluidez das águas pluviais urbanas, mas, é importante que os rios e córregos naturais que ficam à jusante da cidade, estejam desobstruídos e suas margens bem preservadas para receber as águas urbanas sem provocar refluxo. Reflexão: “É melhor prevenir do que esperar que os desastres aconteçam” XVII – IX – MMXXIII (*) José Ponciano Neto é Técnico Meio Ambiente e Recursos Hídricos - Supervisor de Gestão de Barragens. Ex Membro da Câmara Consultiva Regional do Alto São Francisco / Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco – CBHSF e ex Conselheiro do Comitê das Bacias Hidrográficas dos Rios Jequitaí – Pacuí e trecho do São Francisco (CBH SF06)

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