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Mensagem: Males de origem Manoel Hygino Li, em jornal da capital, que a professora Adriana Romeiro terminou a elaboração de “Ladrões da República: Corrupção, Moral e Cobiça no Brasil - Séculos XVI a XVIII”, livro não encontrado ainda nas livrarias como apurei. Mas, pelo periódico consultado, pude sentir o conteúdo da obra e antecipar sua importância para o Brasil dos últimos 300 anos. A palavra “corrupção” é suficientemente conhecida no Brasil e se houve frequentemente no noticiário da mídia, sobretudo nos horários de programas políticos por TVs e rádios, simultaneamente com o que publicam as folhas. Em Direito, o vocabulário diz respeito a todo ente público que cometer o crime, recebendo doação ao presente, por si ou interpostas pessoas, com sua autorização ou retificação, para fazer um ato das suas funções. Se este ato for injusto e, se executado, será punido o infrator com a pena de prisão maior celular, salvo se o ato for crime pela lei corresponde a pena mais expressiva, sempre visando manter dignas e íntegras as funções públicas e os serviços do Estado. Grosso modo, é por aí. Mas o que a professora a conta é que a corrupção não foi inventada aqui. Ela chegou ao Brasil com os colonizadores, como assás demonstrado, que aprendeu muito e se aprimorou, aproveitando marcha do tempo e os instrumentos disponíveis. A historiadora mineira faz renascer o pensamento do antropólogo Manoel Bomfim, que é dos anos 1800, que não deixa recair a culpa de muitos de nossos males a nós mesmos, os brasileiros. O autor, já naquela época, nos conduzia a “uma rica viagem às raízes e aos vícios resultantes da colonização ibérica, predadora e parasitária - enriquecer depressa e sem muito trabalho... Esgotados os tesouros, escravizar os naturais e enriquecer à custa de seu labor... onde o elemento índio é escasso ou onde foi exterminado, substituir pelo escravo africano”. Darcy Ribeiro, antropólogo também, mineiro do Norte do estado, defende veementemente as ideias de Manoel Bonfim. “Não progredimos mais, porque os colonizadores não permitiam”. Escreveu: “Nossos males não vêm do povo. São, isto sim, produto da mediocridade do projeto das classes dominantes que aqui organizaram nossas sociedades em proveito próprio, com maior descaso pelo povo trabalhador. Visto como uma mera fonte de energia produtiva, que ele podia desgastar como bem-quisesse”.
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