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Mensagem: Sem água, não Manoel Hygino Uma novela sem fim: a do abastecimento de água a Belo Horizonte. A capital crescia, aumentava a população, exigia-se mais para atender o cidadão. Na administração do prefeito Celso Mello de Azevedo, evoluiu-se para aproveitamento do Rio das Velhas, captado no local denominado Bela Fama. Para o empreendimento, dadas suas proporções, imprescindível recorrer a financiamento no exterior. Juscelino Kubitschek, presidente da República, decidiu a execução pelo DNOS, marcando a sua inauguração para 30 de janeiro de 1960, 24 horas antes da passagem de seu governo. No dia da assinatura da autorização do empreendimento, grande movimentação das lideranças políticas. O ato foi no Catete, e eu estava lá. Acompanhei tão de perto quanto possível os entendimentos para a obra e para as demais, imprescindíveis ao bom atendimento da população. Em 2023, já há novamente problemas, mas de outra expressão. De qualquer modo, conseguira resolver temporariamente o problema em uma cidade que não queria parar de crescer. No ano da graça de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2023, o desafio volta, a despeito de todas as medidas adotadas pelo poder público. Imprescindível agir enquanto é tempo. O Rio das Velhas tem em implantação um plano de contingência, acertado pelo Ministério Público de Minas Gerais, Copasa e mineradora Vale para evitar o pior. O plano pode ser posto em ação, se uma das barragens se romper, apelando-se para um eventual racionamento e rodízio até a capacidade de abastecimento ser restabelecida. Não se esperará uma solução milagrosa. Estão previstas duas interligações dos sistemas – Velhas e Paraopeba, a reativação e a perfuração de poços para quatro municípios, bombeamento de água de barramentos existentes, três nova captações em mananciais, poços e reservatórios para 32 serviços essenciais, como hospitais, instituições de ensino e penitenciárias. O principal, ou essencial, é não deixar que falte água à população. Um rompimento de barragem atingindo o Alto Rio das Velhas é tido como “catástrofe”. O brasileiro, exaurido em seu cotidiano labor, não quer mais funestas experiências. Prevenir é sempre melhor que remediar como ensina a lição popular. Ademais, as perversas lições que ficaram do passado não muito remoto, advertem as autoridades para levar à frente as ideias que se aprovaram e que, efetivamente, correspondem às expectativas atuais e à confiança que mais terá ampliado nos próximos anos.
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