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Mensagem: Rodovia sem morte Manoel Hygino Os jornais de Belo Horizonte deram ao assunto as dimensões das esperanças depositadas no tema no decorrer de décadas. Refiro-me à duplicação da BR-381, ligando a capital a Governador Valadares. Enfim, trata-se mais do que uma simples esperança, porque um anseio e uma necessidade sensível e sentida em dois trechos enormes do território mineiro. Durante o tempo decorrido desde a primeira ideia até agora, somando um extenso lapso de tempo, a economia mineira ficou gravemente estrangulada, enquanto o projeto ou planos (quem saberia a verdade?) permanecia ou permaneciam nas gavetas oficiais ou transitando por ínvios caminhos da burocracia. Todos perdemos. Desde os pequenos produtores regionais como as poderosas empresas transportadoras de cargas pesadas, obrigadas a percorrer distâncias maiores, em detrimento de sua economia e da nacional. Popularmente, esta estrada definida como BR-381 prejudicou as regiões pelas quais deveria passar em Minas Gerais, cuja malha rodoviária é a maior do país e também o prejudicou, estrangulado como se disse por motivos jamais sabidos realmente, mas em todo caso sinistros. O adjetivo cabe bem na frase “sinistro” também pelo grande número de acidentes, muitos fatais e com número elevado de vítimas. Não sem razão passou a ser conhecida como a Rodovia da Morte. Mas não se deve ignorar que as obras ora equacionadas, pelo menos no papel, não se executarão a curto ou médio prazo. A expectativa da Agência Nacional de Transportes Terrestres é de o empreendimento estar concluído até 2032. Serão mais nove longos e sofridos anos, meses e dias, além dos já transpostos pelo relógio do tempo e da história. Não se trata, porém, de apenas a rodovia propriamente dita, porque estão inseridas a duplicação de trechos, a construção de terceira pista, cinco praças de pedágio. No entanto, não tenhamos apressadas esperanças. Por enquanto, o que se leiloará será apenas trecho Belo Horizonte-Governador Valadares, nove dias antes de festejarmos a proclamação da República. Os mineiros interessados, os que vivem na região a ser beneficiada com o projeto, sentem-se felizes, embora com alguma natural desconfiança. Perguntam-se: Será que, desta vez, se concretizará o empreendimento? Sem ser lúgubre, com a obra só perderão as funerárias e as famílias das vítimas.
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