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Mensagem: DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES No início do século 20, um punhado de pioneiras lançou essa ideia então absurda e até extrema de um dia internacional (dos direitos) das mulheres. Foi um alvoroço para as indústrias estadunidenses e francesas. Hoje, muitas ativistas dos direitos das mulheres estão “irritadas” com este dia de pretexto - para elas o dia transformou-se em objeto de todas as apropriações midiáticas e políticas. Todos os anos, é a mesma histeria quando se aproxima o dia 08 de Março – “Dia Internacional dos Direitos da Mulher” - rebatizado por muitos de “Dia da Mulher”, atrás do qual ouvimos, como um eterno feminal. Nas caixas de correio – cartões de votos de felicidades enviados por políticos - comunicados de imprensa – pesquisas – estudos - anúncios de eventos que quase causam indigestão. É a época dos excessos - promoções de todo o tipo e em tudo - em Montes Claros, as lojas evocam os clientes através dos seus locutores anunciando ofertas em um de seus “esquetes”. E, no entanto, este dia especial foi conquistado com muita luta antes de se tornar um produto comercial... No início do século XX, esta data simbólica, cuja origem é reivindicada por vários grupos de feministas, por vários países, em particular os da Europa – Rússia e USA tiveram como objetivo, trazer para o cenário internacional as demandas de mulheres ativistas, em especial trabalhadoras da era industrial que naquela época já reivindicavam a equalização dos direitos com os homens. Mas, por que 08 de março? Uma escolha baseada em um mito, que foi segundo historiadores: - “Mulheres Grupos” do Women`s Liberation Movement - veiculados por jornais diários nacionais, escreveu que o Dia da Mulher foi comemorado em 08 de março de 1857, DIA DA MANIFESTAÇÃO DAS COSTUREIRAS em Nova York. - Os jornais americanos de 1857, por exemplo, nunca o mencionaram. Portanto, muitas sufragistas e outras feministas não estariam na origem dos 08 de Março. Foi a Internacional Socialista, reunida em congresso em Copenhague em 1910, sob o impulso da ativista alemã Clara Zetkin, que se propôs a mobilizar mulheres, em todo o mundo, em uma única data para sensibilizar todos os países à causa das mulheres trabalhadoras, as ´proletárias dos proletários´. Neste dia Oito de Março, temos que refletirmos sobre a desigualdade de gênero, lutando contra a teoria do empresário alemão Friedrich Engels que, em uma das suas obras, escreveu: - ´Na família, o homem é o burguês; a mulher desempenha o papel do proletariado´. - Não passa de uma ideia machista e primitiva! Tem mais! As impunidades relacionadas ao feminicídio à misoginia requerem revisão na Lei “Maria da Penha. - Onde está a vacância de um “artigo” mais intransigente? Por que aumentaram os feminicídios à misoginia pós “Maria da Penha”? Alguma coisa está errada! Em muitas mulheres sofrendo violência, e todo ano é a mesma ladainha. Muitas felicitações nos Zap’s – muitas entrevistas na mídia, e pouco têm feito para cumprir a Lei Nº 11.340/2006. abre aspas - Eu vos saúdo, ó Santa Mãe de Deus – vos louvo – vos amo – vos bendigo – e vos venero e creio que vós fostes escolhida desde toda eternidade para ser a Mãe do Filho de Deus – fecha aspas. Salve todas as mulheres! VIII – III – MMXXIII José Ponciano Neto é escritor, historiador e devoto da “Santa Dulce dos Pobres” a protetora dos mais vulneráveis à violências e à fome.
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