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Mensagem: A fé religiosa Manoel Hygino Sem subir novamente a escada para uma cadeira no Ministério nomeado pelo presidente da República, Patrus Ananias de Souza, embora deputado federal, pode agora propiciar-nos colaboração em revistas e livros, e atuação na cátedra da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, e isto é muito bom. Professor, nascido em Bocaiuva como Cícero Dumont e José Maria Alkmim, tem muito a dizer, inclusive por sua experiência na cátedra e na tribuna, até da Academia Mineira de Letras. Em recente artigo sobre Jacques Maritain e Marcelo Perine, Patrus confessa que sua militância política, que Perine acompanhou de perto em certo período, “fez com que as reflexões buscassem um ponto de convergência com o momento histórico que estamos vivendo, hoje, especialmente no Brasil. Enfrentamos sérios desafios com relação à democracia, aos direitos fundamentais, às políticas públicas que possibilitam a vida no plano pessoal, familiar e comunitário”. Patrus confirma que Maritain teve papel relevante na sua formação política, além dos dois grandes mestres de sua juventude: Alceu Amoroso Lima, o Tristão de Athayde e Edgar de Godoy da Mata Machado, “por sinal maritainianos convictos”, sendo correto pensar que Perine resgata “o legado de Maritain com questões que hoje nos afligem e desafiam, relacionados com a democracia, as liberdades públicas, o bem comum; a expansão das melhores possibilidades humanas no plano pessoal e no plano comunitário; a construção da Paz”. Evidentemente, nem todos terão a ventura de entender em sua grandeza, o pensamento de Patrus. Este, em síntese, afirma que o “Humanismo Integral”, de que antecede à Segunda Guerra Mundial e seus desdobramentos posteriores, que levaram, entre outras importantes realizações e conquistas humanitárias, à Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) que contou, na sua elaboração, com contribuições de Jacques Maritain”. A temática é propícia a um longo e minucioso estudo, sobretudo na hora que atravessamos, sendo oportuno convir que “o humanismo proposto por Maritain se contrapunha de forma radical ao humanismo racionalista e liberal, inspirador do Renascimento e do Humanismo que, segundo ele, levou à anarquia e ao totalismo”. Em resumo: “em contraste com a reflexão dos anos 30, no entendimento de Maritain, a fé religiosa e os princípios metafísicos não são mais considerados capazes de unificar as sociedades como o foram na Idade Média”.
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