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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 2 de novembro de 2024
 

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Mensagem: No tempo do Jair Manoel Hygino Pedro Rogério Moreira está com novo livro na praça. Enquanto muitos se dedicaram no pós-pandemia a um retrospecto dos dias amargos que a Covid-19 nos coagiu, o escritor mineiro usou sua inspiração e capacidade de produzir a completar uma trilogia iniciada com “Memórias da Diverticulite” (Thesaurus Editora, 2019) e “O livro de Carlinhos Balzac” (Topbooks, 2021). Se o fez, é porque os dois anteriores alcançaram o êxito que mereciam. Boni, o poderoso líder da Globo, isto é, José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, na última capa da edição, dá o tom do que os leitores encontrarão em todos os livros de Pedro Rogério Moreira. “Livros fazem parte do enredo. Esta é uma das duas características da obra do escritor que na mocidade foi meu brilhante repórter na Globo; a outra é a escrita confessional, às vezes a ficção se misturando com a realidade autos biográficos”. Assim é, de fato. E Pedro Rogério dá um passo a mais no tempo, retroagindo à época em que foi balconista da Livraria Itatiaia, na rua da Bahia, em Belo Horizonte, ponto de encontro obrigatório do que se considerava a fina flor da literatura na metrópole dos mineiros. Assimilou imensamente então, conviveu muito, e com pessoas que poderiam acrescentar-lhe à carreira a que se devotaria na imprensa e na literatura. Não a toa integra a Academia Mineira de Letras. “Helô, Diário de uma paixão secreta” é o nome do trabalho. Conta a história de Toninho, empresário aposentado, viúvo sem filhos, morador do Rio de Janeiro, que conhece e se apaixona por uma jovem de 28 anos, bela executiva, que também reside nas imediações e com quem faz passeios lá pelos lados do aterro do Flamengo, em pleno século, sendo presidente da República Jair Messias Bolsonaro. Bom de conversa, arguto, relacionado com os moradores do mesmo prédio, vive-se o ambiente adequado e conveniente a bons relacionamentos, de que participam um almirante reformado, a mana do protagonista e uma jovem que com eles mora, além dos personagens que emanam dos dois romances anteriores. Formado o elenco, urde-se a trama, das mais inteligentes, atraentes, em que um dos episódios mais marcantes é o desaparecimento de Helô, o que obriga Toninho a uma perigosa busca nos becos tortuosos da favela da Rocinha. Não cabe descrever tudo. Melhor mesmo é ir à leitura e lembrar também os bons tempos da Cidade dita Maravilhosa.

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