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Mensagem: Encontro em Ouro Preto Manoel Hygino Não se pense que julho terminaria sem, mais uma vez, a Academia Mineira de Letras homenageasse a segunda capital de Minas Gerais. Embora o sodalício dos homens das montanhas que produzem literatura, tenha nascido em Juiz de Fora, jamais se permitiria que a velha Vila Rica ficasse esquecida. Tanto é verdade que para um sábado, dia 23, do sétimo mês do calendário, programou-se para 11 da manhã a transferência da sede da AML para Ouro Preto. Com o ato, comemora-se centenário de nascimento do patrono, acadêmico Alphonsus de Guimaraens, exatamente em julho, o de 1870, data não festejada na época própria por motivo sabido, isto é, em 2020. Para compensar, o presidente da Academia, Rogério Faria Tavares, teve a iniciativa de aliar a solenidade à de lançamento da revista da Academia, fundada como se sabe, em 1922, pelo então presidente Mário de Lima. Local melhor para o evento não poderia existir: a Biblioteca Pública Municipal de Ouro Preto, a que recorreram mestres e autores da velha Província, e do Estado que a sucedeu, para gáudio dos ouro-pretanos e dos mineiros. Faltando pouco para as eleições deste ano, é bom e incentivador saber que os montanheses não se enveredaram pelas estradas ínvias da intolerância política mesmo com o ambiente desgastante das querelas das lutas pelo poder. Na cidade que representa e simboliza os ideais de independência e de cultivo do amor pátrio, hoje e pela quarta vez, dirigida pelo prefeito acadêmico Ângelo Oswaldo, lembre-se Rogério Tavares: “Lugar de sociabilidade, a Academia e o território da competência suave, fraterna e elegante, amparada pela mais fina filosofia humanista. Inspirada por valores como o pleno respeito pela diversidade, pela livre expressão do pensamento, em tudo contrária ao preconceito, à discriminação e ao elitismo, a instituição consagrou-se, ao longo do tempo, por reunir os mais expressivos prosadores, poetas, professores, filósofos, médicos, cientistas e estadistas mineiros, erguendo poderosa reputação de apreço pelo rico repertório cultural de nossa gente”. Nenhum lugar melhor para reunir-se, pois, que Ouro Preto.
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