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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: A missão não terminou Manoel Hygino No Amazonas, após dias de espera, aconteceu o que se temia com relação ao indigenista Bruno Araújo Pereira e o jornalista inglês Dom Phillips, na imensidão da floresta. Com a coletiva de imprensa, liderada pelo superintendente da Polícia Federal do Amazonas, Eduardo Alexandre Fontes, ao cair da noite de 15 de junho, lançaram-se as primeiras luzes sobre os acontecimentos, presentes representantes de todas as forças atuantes no caso. Alessandra Sampaio, esposa do jornalista britânico do “The Guardian”, disse muito em poucas palavras: “Este desfecho trágico põe fim à angústia de não saber o paradeiro de Dom e Bruno. Agora, podemos leva-los para casa e nos despedir com amor. Hoje se inicia também nossa jornada em busca por justiça”. Mas, um ex-superintendente da PF acrescentou, com propriedade: “Todas as condições para isso acontecer continuam lá. Bruno e Dom não foram os primeiros e, é terrível, mas eu acho que não serão os últimos”. Desde então, avançaram as informações sobre as circunstâncias em que os fatos ocorreram. Não se deve permitir que se polarizem opiniões e se deem versões políticas ao crime hediondo, que, como dito, não foi o primeiro, nem será o último. Em torno da Amazônia persistem interesses múltiplos e perigosos. O Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, o IPAM, também se expressou em termos convenientes: “O triste desfecho preocupa, pois se soma a uma recente escalada de violência marcada por inadmissíveis ameaças contra indígenas, comunidades tradicionais, lideranças ambientais, cientistas, jornalistas, lideranças ambientais, cientistas, jornalistas e demais pessoas que trabalham pela proteção e o desenvolvimento sustentável da Amazônia”. É imprescindível que o governo, agindo com imparcialidade e espírito superior, com discernimento, lucidez e isenção, elucidará todos os aspectos que o grave problema exige. É preciso se ter em conta que não se trata de apenas dois humanos que perderam a vida cruelmente. A ONU se manifestou, assim com vozes idôneas do mundo civilizado. O Brasil terá de provar também civilização e idoneidade. Pelos mortos, oraremos. É apenas o que podemos fazer, além de cobrar justiça pelo seu trágico fim, esperando que os graves eventos registrados na Amazônia comecem a ser esclarecidos, abrindo caminhos para um novo e feliz tempo em uma região única no planeta.

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