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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 27 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Fui batizado Isaias Caldeira Brant, em homenagem ao meu bisavô paterno,Isaías. Depois meu pai me registrou Caldeira Veloso. Não sei a razão. Meus avós paternos eram primos em primeiro grau, assinando Caldeira Brant e Veloso. De larga tradição burocrática, desde os primeiros Caldeira Brant que vieram para cá, no ciclo do ouro. Sou descendente direto de Sebastião Caldeira Brant, irmão do contratador Felisberto C. Brant, mais Antonio e Conrado. Quatro irmãos, filhos de Izidoro Caldeira Brant, de reconhecida e registrada nobreza. Felisberto foi riquissimo, era dono de minas em Goiás Velho, e tinha Sebastião como sócio. Depois adquiriram as minas de Paracatu. Em seguida Felisberto foi contratador com a Coroa Real, responsável por recolher o quinto de ouro. Por intriga de um desafeto, foi preso e tomaram dele toneladas de ouro, mais a casa , onde hoje é sede da diocese da igreja católica em Diamantina. Um palácio. Foi libertado pelo Marquês de Pombal, anos depois, que não viu culpa nele. Depressivo, não mais retornou ao Brasil. Eram todos íntimos da família real,com um neto de Felisberto, de nome Pedro C. Brant ,casando-se com Maria Isabel de Orleans, filha reconhecida de D. Pedro I com a Marquesa de Santos( bom vivant, gastava tudo da esposa e D. Pedro II , irmão dela, sempre a socorria financeiramente. Fez dela Duquesa de Goiás. )Ele foi o primeiro a escrever a genealogia das famílias brasileiras : “ Os Caldeira Brant e outras famílias do Império”- creio ser este o nome de suas anotações, pois esvrevo de memória, e que está hoje em bibliotecas nacionais. Obra rara. Uma gente honesta, sistemática. Dizem que casavam entre si para não dividirem a riqueza. No caso dos meus avós não deu certo a prática. Primos carnais, por parte dos Brant, separaram- se e perderam tudo. Alguns filhos foram trabalhar como empregados dos parentes. Não estudaram, mas a genética forte e ,desculpem, de ponta, fez de todos pessoas trabalhadoras e de bem, com descendência que honra o nome e a tradição desta família brasileira, mais que tudo, mineira. Sei que na minha família e de todos os primos, nessas terras de Minas e do Brasil, vamos continuar a saga iniciada no final do século XVII por homens e mulheres valorosos, menos sistemáticos, creio, mas sem deixarmos de ter uma pitada de loucura, que é o sal da inteligência. Faço o registro, sem outra pretensão senão como uma forma de pedido de desculpas aos amigos, justificando-me por este jeito de ser, autossuficiente , prescindindo do adjutório alheio para meus fracassos na vida.

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