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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 1 de novembro de 2024
 

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Mensagem: Um antigo asilo Manoel Hygino Em primeira década de existência, Belo Horizonte atraía gente vinda de todo o Estado e de todos os estados, que para aqui vinha em busca de melhores condições para sobrevivência. Assim, também crescia a mendicância, com velhos e doentes, aportando na nova capital em busca de trabalho, de tratamento, de melhor vencer a penúria. A mendicância aumentava e o médico Hugo Werneck, que prestava atenção em tudo, sentiu que era imprescindível tomar alguma providência urgente, como se fazia com os enfermos já recebidos e assistidos na Santa Casa desde 1899, data de sua fundação. Assim, criou-se para esta nova população um Asylo de Inválidos, primeiro nome dado à casa, abrigo para os moradores de rua em condições de miserabilidade ou quase. O novo ponto de apoio foi inaugurado oficialmente, em 19 de março de 1912, Dia de São José, no nonagésimo aniversário da Independência da nação. Deste modo, pretendia-se apagar no “cenário da capital o quadro triste da mendicidade pelas ruas, expondo misérias e apelando à caridade pública”. Objeto de formalização oficial, pela lei de nº 42, de 27 de setembro de 1970, assinado pelo presidente de Minas, Júlio Bueno Brandão e pelos secretários Delfim Moreira e Artur Bernardes, respectivamente do Interior e das Finanças, autorizava o governo de Minas a “Criar nas imediações desta capital, sob denominação de Asilo Afonso Pena, um instituto destinado a indivíduos de ambos os sexos que, por moléstia, velhice ou defeito físico, estivessem condenados à invalidez”. A bondosa atribuição foi, assim, transferida à primeira instituição de saúde de Belo Horizonte, naquele 19 de março de 1912. Um médico argentino que visitou a Santa Casa, em 1996, já considerou o Asilo precioso, “um brinco”, como se dizia. Esteve no Asilo e, encantado com a eficiente assistência ali prestada, achou que a classificação mais apropriada para o estabelecimento seria Instituto. Assim, passou a denominar-se Instituto Geriátrico Afonso Pena. O IGAP mantém seu caráter filantrópico, ao oferecer moradia e assistência humanizada, inclusive médica, aos idosos. É referência de gestão geriátrica em Minas Gerais, só possível, em função do trabalho realizado pelos funcionários, com o apoio dos voluntários e parceiros. Originalmente denominado “Asilo Afonso Pena”, foi concebido para abrigar cidadãos carentes de Belo Horizonte em um casarão independente da Santa Casa BH. Renomeado em 1996, como Instituto Geriátrico Afonso Pena, renovou suas atribuições, revitalizou suas instalações. Atualmente abriga mulheres e homens, atendidos por equipe multidisciplinar completa, composta por geriatra, enfermeiro, psicóloga, assistente social, fisioterapeuta, técnicos em enfermagem e cuidadores de idosos.

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