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Mensagem: Exemplo Tanzaniano Manoel Hygino Ninguém neste país consegue segurar Enéas Athanázio, que acaba de lançar “A obra de Willian Agel de Mello – Algumas notas”, pela Kelps, de Goiânia. Ele imaginara ou até prometera que, ao chegar ao sexagésimo livro, pararia de escrever. Não o fez. Por uma razão pura e simples, que confessa: O escrever faz parte da minha natureza. Assim nasceu “A obra de Willian Agel”, que demonstra ser Enéas, mais do que o maior escritor regionalista brasileiro, como considerado por não poucos de Norte a Sul. Na nova publicação, o autor de Campos Novos, residente em Balneário Camboriú se consagra como um dos responsáveis por resenhas e críticas que se tem prazer de ler. Ele não enche espaço, revelando a importância de um volume ou de um autor, nem sempre retratado em sua inteireza e relevância. Publicidade É o caso deste pequeno estudo que vem de ser editado, bem longe de sua Santa Catarina, pois em Goiânia. O próprio Agel, diplomata, escritor e linguista (e é incontestavelmente um dos maiores deste país tão grande), afirma que Athanázio é referência por não menos extensa e importante produção como crítico literário, ombreando com Wilson Martins, Alceu de Amoroso Lima, Álvaro Lins e outros expoentes do gênero. “Assim, ocupa um lugar importante nas letras brasileiras, e sua obra tem durabilidade assegurada”. No seu novo estudo, Enéas Athanázio focaliza a Tanzânia, a antiga Tanganica, colônia e depois protetorado da Inglaterra, cuja capital era Dar es Salaam, a maior cidade do país e importante porto marítimo que serve, inclusive, a outros países africanos, sucedida como sede do governo a Dodoma. Publicidade Como o espaço é curto, devo desde já declarar que me impressionou em Tanzânia o sistema administrativo. O novo país saiu à frente, assumindo posições claras contra o colonialismo, o apartheid e qualquer forma de preconceito e discriminação. Implantou um regime socialista sui generis, sem Marx ou Lênin. Inspirando-se em tradições e costumes, onde tudo pertencia a todos, inclusive a terra. Permitia-se o cultivo sem transferir a propriedade, pois ela é um bem comum. Se a terra não fosse bem utilizada, revertia à comunidade. Não se discutia sequer classes, porque não existiam classes nas organizações tribais no país. Pôs em prática uma reforma agrária como jamais havia acontecido em qualquer lugar do mundo, beneficiando milhões de pessoas. E há muito mais, que pode ser útil até para nós. Vamos seguir com Athanázio e Angel na leitura sobre o tema.
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