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Mensagem: Um atlas precioso Manoel Hygino Para registrar o cinquentenário de fundação da Academia Mineira de Medicina, publicou-se um Atlas, que se pode considerar uma das mais belas produções no gênero entre nós. A responsabilidade de fazê-lo coube ao acadêmico Geraldo Magela Gomes da Cruz, que se multiplicou em esforços para oferecer à classe médica e ao universo acadêmico do estado uma obra-prima, pelo que se depreende dos textos e da iconografia de suas mais de 260 páginas. O que se conseguiu elaborar honra a classe dos discípulos de Hipócrates em Minas Gerais. O próprio presidente da Academia, Walter Antônio Pereira, no prefácio da obra recentemente lançada, destaca a competência e maestria do autor-organizador do Atlas, logrando o notável feito no curto espaço de tempo de que dispunha para tão exaustivo e prazeroso trabalho. São 23 capítulos, cuja leitura será um prazer e dever para os que se dedicam à ciência médica, bem como para todos aqueles que acompanham o desenvolver da velha arte que desafia, milenarmente, os que a ela se devotam. Temos, ademais, a partir de agora, uma referência e ponto de partida para que melhor se conheçam homens que deram tanto de sua vida à vida de seus semelhantes, imbuídos solenemente da consciência de seu dever profissional e dos ensinamentos e lições do cristianismo. Nas mais de duzentas e cinquenta páginas, há muito a aprender e reconhecer, daí um dos méritos da obra que a Academia tem a generosidade de editar, fruto da dedicação de um dos nossos devotados estudiosos da medicina em nosso meio, cujos nomes não podem ser simplesmente esquecidos. Eles merecem a gratidão da sociedade. Lembre-se aqui, por oportuno, discurso de Miguel Couto, no lançamento da pedra fundamental do prédio da Faculdade de Medicina, exatamente em 30 de julho de 1911, na avenida Alfredo Balena, antiga Mantiqueira. Depois de mais de um século do fato, podemos admitir que a independência intelectual foi conquistada com a Academia Mineira de Medicina, que dá prova de vitalidade e atuação com a publicação de um Atlas, que constitui uma síntese da representatividade dos médicos do Estado. A Academia é um instituto de ordem sobremodo elevada. Convenhamos que se trata também de uma casa superior de ensino, segunda fórmula - ensinar trabalhando, para que os novos dispostos ao exercício da profissão, se compenetrem de que a arte de Hipócrates permanece na observação, ars tota observationbus, aliando a ciência à caridade, se já não é uma forma de caridade aprender em uns para acudir aos outros, como se expressou Miguel Couto.
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