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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
 

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Mensagem: Hora de comemorar os 164 anos!!! Comemoramos hoje os 164 anos de emancipação político-administrativa da Cidade de Montes Claros. Hora de comemorar e celebrar. Problemas existem; e sempre existirão. Mas a pandemia nos força cada vez mais a pensar positivo e acreditar que as coisas vão melhorar. Definitivamente têm que melhorar. Aqui e alhures. Faz muito tempo a Expedição Espinosa - Navarro, composta por 12 homens determinados, talvez espanhóis e portugueses, foi a primeira a pisar as vastas terras da Região do Norte de Minas, habitada pelos índios Anais e Tapuias. Mas era muito cedo ainda para fundar as cidades do sertão, longe do litoral. Bandeirantes partiram de São Paulo, procurando pedras preciosas, e embrenharam-se pelo sertão do Norte da Capitania de São Paulo e Minas de Ouro. Fernão Dias Pais, Governador das Esmeraldas, organizou a mais célebre Bandeira, para conquistar ´Esmeraldas´, da ´Serra Resplandecente´. Antônio Gonçalves Figueira, que pertencia à Bandeira de Fernão Dias, acompanhou-a até às margens do Rio Paraopeba, onde com Matias Cardoso, abandonou o chefe, regressando para São Paulo, chegando lá dois anos depois. Seduzidos pela fertilidade do Sertão Mineiro e talvez, na esperança de conquistarem riquezas, Antônio Gonçalves Figueira e Matias Cardoso retornaram, tornando-se colonizadores caçando índios, construindo fazendas, cujas sedes se transformaram em cidades. Não obstante a violência cometida contra os Anais e Tapuias os referidos “ desbravadores” fincaram aqui, na Fazenda dos Montes Claros o embrião da nossa hoje linda e próspera metrópole. Talvez desfazendo um pouco a fala de Darcy Ribeiro que já a intitulou de “ roça iluminada”; claro que dizia isto com o maior amor do mundo. Darcy e Mário sempre amaram Montes Claros. Formou-se três grandes fazendas: Jaíba, Olhos d`Água e Montes Claros, esta, situada nas cabeceiras do Rio Verde, pela margem esquerda, próxima a montes formados por Xistos Calcários, com pouca vegetação. Pelo alvará de abril de 1707, Antônio Gonçalves Figueira obteve a sesmaria de uma légua de largura por três comprimentos, que constituiu a Fazenda de Montes Claros. Formigas foi o segundo povoado da Fazenda Montes Claros. Gonçalves Figueira para alcançar mercado para o gado, construiu estradas para Tranqueiras na Bahia, e para o Rio São Francisco. Era grande o seu interesse de expansão do comércio de gados, e com isto, procurou ligar-se ao Rio das Velhas e também à Pitangui e Serro. A região foi se povoando e a Fazenda de Montes Claros transformou-se no maior Centro Comercial de Gado, no Norte de Minas Gerais e Sul da Bahia. O próspero Arraial de Formigas, depois Arraial de Nossa Senhora da Conceição e São José de Formigas, Vila de Montes Claros de Formigas e por fim cidade de Montes Claros. Iniciou-se assim, em local diferente da sede de Antônio Gonçalves Figueira, em torno da Capela erguida por José Lopes de Carvalho, hoje Praça da Matriz. Era o antigo “ largo da Matriz”, berço da nossa Vila das formigas. Em 1857, a Vila Montes Claros de Formigas teria pouco mais de 4.000 habitantes, mas os políticos já pleiteavam a elevação à cidade, pois os melhoramentos existentes eram os mesmos de quase todos os municípios da Província .Assim, pela Lei 802 de 03 julho de 1857, a Vila passou a cidade - Cidade de Montes Claros, sem formigas, que desagradava a todos os formiguenses. A partir dali seriam ´montesclarenses”. São estes montesclarenses que hoje trabalham, estudam, pelejam, acolhem, sonham e lutam para que eles e seus filhos tenham uma vida melhor. São estes mesmos montesclarenses que defendem um prato de comida para todos e vacina para todos que “ comemoram” os 164 anos de emancipação político – administrativa. A outrora” Vovó” centenária tornou-se a “ Princesinha do Norte” a alavancar o desenvolvimento regional; sendo luz nas artes e na cultura; e direta ou indiretamente influenciando a economia e a política regional. Temos uma Universidade importante, um parque industrial fantástico e um povo otimista e confiante. Portanto estamos de Parabéns todos nós: januarenses, sanfranciscanos, piraporenses e brasileiros que aqui chegaram algum dia, e que também hoje se orgulham de dizer : Somos montesclarenses ! Com muito orgulho ! Com muito amor !!! Gustavo Mameluque. Piraporense. Hoje montesclarense. Jornalista. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Montes Claros. Colunista do Site montesclaros.com

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