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montesclaros.com - Ano 25 - quinta-feira, 31 de outubro de 2024
 

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Mensagem: Mulher com esquizofrenia tenta furtar bebê da amante do marido em Minas - Após descobrir gestação, mulher combinou com o companheiro e com a outra que criaria a criança como se fosse filha dela; ela tentou sair da maternidade com a recém-nascida - Montes Claros - Por Lara Alves - Criar a recém-nascida fruto do relacionamento extraconjugal do marido foi a razão que levou uma mulher, 33, portadora de esquizofrenia, a tentar furtar a bebê no Hospital das Clínicas de Montes Claros, na região Norte de Minas Gerais. Ela foi detida na noite dessa segunda-feira (14), e alegou à Polícia Civil que, por não poder engravidar, traçou um acordo com a amante do marido para que ela e o companheiro criassem a criança como filha do casal. A mãe do bebê, uma mulher moradora do Amazonas, viajou até o município mineiro em um avião com passagem paga pela companheira do namorado para dar à luz a filha biológica e quatro dias após o parto retornou à cidade-natal sem a criança, que seria retirada da unidade de saúde após um período de internação em função da necessidade de maiores cuidados depois do nascimento. Em relato à Polícia Militar (PM), a mulher que acabou detida relatou que a mãe biológica da recém-nascida retornou para o Amazonas em 7 de dezembro, e que ela própria buscaria a criança nessa segunda-feira para iniciar a criação. Entenda À tarde de segunda-feira, militares de Montes Claros foram acionados pela médica-chefe do Hospital das Clínicas do município. Ela alegou que uma mulher tentara há pouco furtar uma recém-nascida. Entretanto, a equipe de enfermagem percebeu o golpe e acionou a gerência da unidade de saúde. Relatos que chegaram à polícia dão conta de que a mulher apresentou documentos com informações idênticas às supostas da mãe biológica da criança – que foi liberada do hospital em 7 de dezembro, quatro dias após o parto – alegando ser ela a mãe da bebê. Contudo, enfermeiros que acompanharam a internação da recém-nascida notaram que a mulher não era a mãe, mas, sim, a acompanhante da mãe nos dias de internação que antecederam a alta hospitalar. À médica, a mulher repetiu a mentira de que era mãe da bebê, contudo, em exame detalhado não foram encontradas cicatrizes da cesária – cirurgia à qual a mãe da bebê foi submetida para o parto. Histórico da Polícia Militar (PM) indica que a suspeita chegou a provocar arranhões na área da barriga, antes de ir até o hospital, para simular cicatrizes, antecipando que poderia ser examinada antes de levar a bebê. A mulher confessou à polícia a mentira. Ela relatou que há alguns meses seu marido viajou para o município de Manaus, capital do Amazonas, onde começou a relacionar-se com uma jovem. Meses depois, marido e mulher descobriram a gestação da garota e decidiram acertar com ela que criariam a criança como se fosse filha deles – a jovem teria acatado o pedido. A suspeita detalhou que por ser portadora de esquizofrenia não poderia engravidar, e encontrou na amante do marido a possibilidade de tornar-se mãe. Às vésperas do parto, a moradora do Amazonas embarcou em um avião e foi até Montes Claros. Ela se internou no Hospital das Clínicas não usando seus próprios documentos, mas carteira de identidade da mulher que assumiria a maternidade. Por complicações no parto, a bebê permaneceu internada e a mãe foi liberada menos de quatro dias depois da cesariana – que ocorreu em 3 de dezembro. À polícia, a suspeita esclareceu que ela própria e o marido planejaram o retorno da garota a Manaus e, em 7 de dezembro, a mãe biológica da recém-nascida entrou em um avião que foi até o Amazonas. Ela declarou não saber informações como nome completo ou endereço de residência da amante do marido. Enquanto era confeccionado o boletim de ocorrência, a mulher de 33 anos sentiu-se mal e foi necessário acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O celular dela foi apreendido para que sejam coletadas informações referentes à mãe verdadeira da bebê. Prisão Levada à delegacia de Montes Claros, a mulher, já detida, teve sua prisão ratificada pelo delegado pelo crime de dar parto alheio como próprio – que prevê pena de até seis anos – e foi encaminhada para o sistema prisional. Em depoimento, suspeita optou por não relatar a história dita minutos antes à PM, e declarou irá se manifestar apenas perante o juiz. O marido dela não compareceu à delegacia, e será ouvido no transcorrer da investigação. Em relação à mãe biológica, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informou que ela não foi encontrada. A recém-nascida, até o encerramento da ocorrência, permanecia internada no Hospital das Clínicas e, de acordo com o delegado, a unidade de saúde deverá acionar o Conselho Tutelar, que ficará com a guarda da criança até que a Justiça se manifeste.

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