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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 29 de outubro de 2024
 

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Mensagem: Abril sem festas Manoel Hygino Quarto mês do ano 2020, quase meados. Em que pesem os problemas decorrentes da indesejada pandemia, há muito civicamente a registrar no tempo que ainda temos. São fatos importantes de nossa história que cumpre lembrar e reverenciar. O primeiro deles, o 21 de abril, em que a nação homenageia Joaquim José da Silva Xavier, que deu sua vida, em 1789, à razão maior: a conquista da Independência, abrindo caminhos indesviáveis e decisivos para o 7 de setembro de 1822. É ainda a data de falecimento de Tancredo Neves, um episódio doloroso, que marcou seu nome definitivamente aos destinos do Brasil, pelo que ele representou para a República, em seus 131 anos de proclamação e de lutas pela consecução dos mais ardentes sonhos e justas reivindicações de seu povo. É, ainda mais especificamente, o sexagésimo aniversário de inauguração da capital que um outro mineiro de cidade histórica fez construir no âmago do solo brasileiro, tornando realidade um projeto consignado na Carta Magna. Brasília se fez, assim, síntese e símbolo de roda a história de um povo, posto à prova até estes dias, para se erguer a grande nação do hemisfério sul do planeta, uma nova Roma, uma civilização, mestiça e tropical, forjada com a inesgotável contribuição também de negros e indígenas. Presidente do Instituto Histórico e Geográfico do Distrito Federal, Arnaldo Perrotti, se advertiu para a elevada destinação histórica de Brasília, que identifica como centro americano de novos tempos de paz e de concórdia, sem qualquer pretensão hegemônica, lastreada na igualdade fraternal entre os povos latinos da América. Com a inauguração de Brasília há sessenta anos, agora revitalizados em livros memorialísticos de Adirson Vasconcelos, que ali desceu com Juscelino, naquele tempo, o grande construtor da obra grandiosa, quer-se dar ênfase ao acontecimento, como o querem todos os que ali ajudam a erguer uma nação mais equitativa e feliz neste pedaço do mundo. Embora as perspectivas para as festividades sejam remotas neste ano que estigmatiza a vida do povo brasileiro, em virtude da pandemia de um terrível vírus, o tempo demonstrará que a memória dos que ilustraram e honraram a pátria não se apagou. É o que o futuro confirmará.

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