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montesclaros.com - Ano 25 - sexta-feira, 4 de outubro de 2024
 

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Mensagem: A morte anunciada do Pequizeiro. - O fruto. Muitos lhe chamam de piqui, até de pequiá, os biólogos de Caryocar brasiliense; Caryocaraceae, os mais Best(a) de péks – mas, o nome certo é “Pequi” que na linguagem indígena significa “casca espinhosa”.
Recentemente fui convidado pelo Técnico Arcanjo da Emater, para um evento de campo numa localidade próxima, lá observei vários pequizeiros mortos, e outros em fase terminal.
Como sou apenas um técnico em meio ambiente, mas preocupado com a situação, procurei alguns biólogos amigos e narrei à situação - uns especialistas em pragas - outros em doenças do pequizeiro, para minha surpresa, todos ficaram preocupados com as doenças e pragas que estão alastrando pelo o cerrado e atacando esta árvore que é a figura mais emblemática do cerrado brasileiro.
Sei que o pequizeiro é arvore protegida por lei - mas, sua exploração
extrativa “sem controle” não é! Quero dizer, que, ao percorrer pelos lugares onde os pequizeiros estão doentes, não vi nenhum pequizeiro novo e o pior não há uma plântula nas imediações. Significa que estão carregando todos os frutos dentro ou fora de época, não deixando sementes para novas árvores. Na medida em que os pequizeiros velhos vão morrendo e os mais novos doentes vão sendo exterminados pelas pragas e doenças, em pouco tempo o norte de minas não terá mais esta fonte de renda de inúmeras famílias. – Será necessário um programa no controle do extrativismo do fruto, pois a germinação ao natural é baixa e lenta, talvez não chegue a 40% das sementes. As universidades até que têm muitas mudas para suprir esta deficiência de plântulas, mas não encontram áreas para as parcerias, ninguém quer ceder a terra para plantar o pequi, pelo contrário, querem é derrubar para a produção do carvão, madeira para construção civil e até obras de arte.
Do jeito que vai - em pouco tempo não teremos o arroz com pequi, o óleo, o licor e os doces, além disso, o pequi é medicinal, contém cálcio e ferro, cura gripe, e dizem que melhora a secreção da bílis - e melhor de tudo – é afrodisíaco.
Apesar do solo fraco do cerrado e das nossas chapadas, eles são fortes, produzem o baru, o jatobá, o caju do campo, a cagaita, a mangaba, o panã (articum ou cabeça de “nêgo”) e outros.
Mas, se não houver um estudo profundo sobre o pequizeiro, do jeito que vai, ficaremos sem o pequi em pouco. Até agora não há solução para as pragas e as doenças que alastram pelo norte de minas. Vai precisar de mais incentivo às pesquisas cientificas.

* José Ponciano Neto é Técnico em meio ambiente e faz parte de um Grupo de Trabalho que irá monitorar os recursos hídricos no Bioma caatinga/Norte de Minas.

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