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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Tiroteio sobre a rua Doutor Santos Alberto Sena Por esses dias escrevi sobre a Rua Dr. Santos, de Montes Claros, e como era de se esperar, mexi com uma pá de gente que vivenciou também a mesma época. José Ponciano Neto foi um dos que acabaram por prestar um bom serviço de utilidade pública ao informar: __ Gostaria de corroborar com as lembranças e acrescentar a casa de Mestra Fininha que ficava nos fundos do consultório do seu filho Mário Ribeiro e da barbearia esquina com a Rua Dom João Pimenta. E também a casa do jornalista Manoel Hygino dos Santos que ainda está de pé, tinha dos lados as Casas Pernambucanas e a Agência Macêdo, de Valdir Macêdo. Mas a primeira pessoa a disparar o primeiro ‘tiro de informações’ no tiroteio que se seguiu sobre a Rua Dr. Santos, o que bem demonstrou o poder de fogo e a interatividade proporcionada pelo FaceBook, foi Dilemar Espíndola, ex-colega de escola, amiga da Rua Bocaiúva. Ela foi ‘Miss Montes Claros’, nos gloriosos tempos do nosso Lazinho Pimenta. ‘Quantas boas lembranças’ – disse ela – ‘nos faz reviver neste belíssimo texto. A Rua Dr. Santos era minha passagem obrigatória, já que morava na Rua Bocaiúva, um pouco acima da Praça Coronel Ribeiro. Tenho saudades daquele tempo em que Montes Claros era uma cidade tranquila e as amizades verdadeiras; a matinê das quatro do Cine Fátima era o point dos jovens e tudo de bom. Ah! Minha terrinha como eu gosto de você!’ Roberto Lima, de sentinela na bela Januária (MG), reagiu em seguida a Dilemar fazendo alguns disparos de balas de informações refrigerantes da memória, dizendo que eu passara ‘de passagem, por casas que, também, merecem ser lembradas: logo no início da Rua Dr. Santos, tinha a casa dos Guedes, os fotógrafos Dalton, Paulo, Luiz etc. Do lado esquerdo, se não me engano, a pensão daquela linda loura, que foi rainha do Centenário da cidade; na esquina, em frente da casa de Sinhô Batista, ficava o consultório dentário de Zé Porto e a relojoaria de ‘Tone Relojoeiro’. Antes da casa de Crisantino Borém tinha uma pensão e em frente era o consultório de dr. Mário Ribeiro’. E Raphael Reys contra-atacou com disparos quase fulminantes para informar: ‘em frente à casa de Mauricinho era a Gráfica Orion, de Laertes David; e Soares das Canetas, que tomava todas as branquinhas!’. Rapha acrescentou aos disparos de Roberto: ‘Os fotógrafos eram do Estúdio CG (Coriolano Guedes) irmão de Godofredo Guedes. [...] E Juca de Chichico, a vidraçaria de Rosental, a mansão de Dominguinhos Braga. E o bar de Adail Sarmento, a Leiteria Celeste, de Zé Priquitim!’ Foi quando Roberto saiu da trincheira para outra incursão e disparou: ‘Nós estamos nos esquecendo do ‘Restaurante Mangueiras’, lá onde foi o SAPS, em frente ao casarão onde funcionava o ‘Diário de Montes Claros’, próximo da casa do dr. Loyola [...] Tinha a casa de Lezinho Lafetá, e ao lado da mansão, a Clínica São Lucas, onde Alfredo Barreto, consertava os ossos de jogadores de futebol’. Roberto dispunha de mais munição. Dava para notar. Então, ele fez disparos seguidamente: ‘Tinha a ‘Casa Coelho’, onde trabalhou o pai de Raphael, meu amigo Mário Reis, no prédio do jornal; tinha o escritório do famoso advogado Orestes Barbosa, pai de Rui e de Toninho, falecido há uma década. Antes, tinha aquela casa amarela, onde funcionava o INPS ou coisa parecida’. Dilemar, responsável por iniciar o tiroteio, refugiara noutro lugar e teve tempo de se preparar para novos disparos: ‘Ali perto do restaurante Manguerinha, próximo da casa do dr. Maurício, ficava a pensão de d. Eudóxia, e, antes, o salão de d. Zefinha, mãe de Abílio Morais. E a pensão ‘Montes Claros’. Dilemar fez uma pausa para recarregar munição e foi então que disparou: ‘Perto da casa do seu Mário Viana ficava a casa de Maria Melo, que trabalhou na Sudenor, mãe de Tereza e Mônica Melo’. À espreita, Rapha esgueirou-se como se o terreno estivesse minado e fez um disparo comparado ao potencial de um míssil: ‘A padaria Santo Antônio e o pão alemão’. Foi nesse ponto que não suportei o tiroteio e me entreguei lembrando José Batista da Conceição, Zé Bitaca chamado, meu pai. Quase toda noite, quando ia para casa depois do trabalho, ele chegava com um embrulho de pão alemão, ‘e era muito bão!’ Nisso, Roberto voltou a atacar e fez disparos de canhão, no plural: ‘Cometemos uma grande falha, esquecemos de mencionar a casa do dr. Alfeu, de d. Helena Quadros; também, não falamos da revendedora, se não me engano, da Chevrolet, da família Laborne Vale, como também nos esquecemos de citar aquele beco onde ficava a alfaiataria de Jerry, ao lado da Liga Montes-Clarense de Futebol. Passamos sem mencionar a loja dos irmãos Bessa; os bancos Minas e do Calixto’. Ao final do tiroteio cheguei à conclusão: entre mortos e feridos todos nós de alguma maneira fomos salvos pela memória. A Rua Dr. Santos era o mundo.

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