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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Jesus: Causa Mortis José Prates Não conheemos o livro “Jesus-causa mortis”, do escritor conterrâneo Manoel Hygino. Lemos o comentário de Petrônio Braz que fala da obra, mostrando-nos que se trata de uma leitura interessante. Nós há pouco tempo passado, fizemos alguns estudos e pesquisas sobre esse assunto, porque pretendíamos escrever um livro sobre o Jesus histórico. Conhecemos, então, as dificuldades que se apresentam a qualquer um interessado no Jesus simplesmente homem. Dele, de Jesus propriamente dito, o que conhecemos é sua vida pública que teve inicio nas bodas de Canaã, terminando no calvário com a sua morte, como nos contam os quatro evangelhos do Novo Testamento. Pouco ou quase nada, conhecemos a respeito de Jesus homem, filho de Maria e José porque existem poucas, muito poucas, fontes de informações sobre esse lado de sua vida. Não sabemos, sequer, como era fisicamente porque nenhum registro existe sobre esse aspecto. O Livro de Urantia, de autoria desconhecida, recém traduzido para o português, tem a sua quarta parte dedicada a Jesus. No capítulo 129.01 diz que “JESUS havia-se separado plena e finalmente da administração dos assuntos domésticos da família de Nazaré e da participação imediata na orientação a cada um dos seus membros. E, até o evento do seu batismo, continuou a contribuir com as finanças da família e manteve um grande interesse pessoal nos assuntos espirituais de cada um dos seus irmãos e irmãs. Estava sempre pronto para fazer tudo o que lhe fosse humanamente possível para o conforto e a felicidade da sua mãe viúva.” No item 02 desse capítulo, diz o livro: “Toda a família havia se despertado gradualmente para a compreensão de que Jesus estava preparando-se para radativa de prepará-los para o anúncio da sua intenção de partir. Todos percebiam que havia mdeixá-los. A tristeza da separação, que se avizinhava, era atenuada apenas pela maneira gais de quatro anos que ele vinha planejando essa separação final.” O que nos apresenta esses dois itens é que, depois da morte de José, Jesus assumiu a responsabilidade da família, embora fosse o irmão mais novo, o que prova o poder de liderança que sempre esteve consigo. A partir do momento em que decide deixar a responsabilidade da família, começa a transição de Jesus humano, histórico, para o Jesus divino. No batismo, nas águas do rio Jordão, recebe a sua Deidade e a revela ao mundo, dizendo “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”. (Jo 14, 6) Naquele tempo existiam na Judéia duas seitas que dominavam: o Fariseu e o Saduceu. Durante o tempo de Cristo e do Novo Testamento, os chamados saduceus porque congregam numa seita originada na família Sadoc, composta de ricos aristocratas que mantinham pelo poder economico, uma alta posição, ocupando os melhores cargos no Templo. No Sinédrio, que tinha foros de parlamento e tribunal de justiça, os Saduceus eram maioria, sendo seu presidente o Sumo sacerdote Anás, auxiliado pelo genro Caifás. Faziam questão de manter um relacionamento cordial com Roma, evitando atritos que lhes pudessem prejudicar no governo de Israel que, nessa época estava sob controle romano. Na realidade, pareciam estar mais preocupados com a política do que com o religioso, porque estavam sempre tentando acomodar-se aos gostos de Roma; ricos e membros da classe alta, não se relacionavam bem com o homem comum nem o homem comum os enxergavam com alta estima. O homem comum se relacionava melhor com os grupos dos fariseus, porque com eles se identificavam. Embora os saduceus ocupassem a maioria dos lugares no Sinédrio, a história indica que na maioria dos casos eles tinham que concordar com as idéias da minoria farisaica, já que os fariseus tinham mais relacionamento com o povo. O cumprimento da obrigatoriedade dos sacrifícios a Deus era uma exigência do saduceu que governava os templos e neles mantinham à venda animais destinados ao sacrifício. Era um comércio ativo que dava bons lucros à seita e seus dirigentes. As pessoas pobres ofereciam em sacrifico dois pombos, enquanto os ricos faziam a oferta de cordeiros. A carne e os couros desses animais sacrificados eram entregues ao Templo que os comerciavam, aumentando seus ganhos. No tempo de Jesus, o Presidente do Sinédrio era o Sumo sacerdote Caifás, auxiliado pelo seu genro, sacerdote Anás que comandava todo o comércio estabelecido no Templo. A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém e a sua visita ao templo quando expulsou os vendilhões, amedrontou Anás e Caifás que viram em Jesus uma ameaça ao seu governo e negócios. Era necessário, portanto, afastar essa ameaça, eliminando-a. Era necessário encontrar uma razão para prendê-lo, julgá-lo e condená-lo. Não havia flagrante de um crime que justificasse a prisão, mas, sendo recebido e aclamado por uma multidão de israelitas que lhe estendia tapetes na passagem, aclamando-o como Rei dos Judeus, PODIA SER uma ameaça ao trono de Cesar, justificando, então, a prisão e julgamento. Eram necessárias, porem, testemunhas, como determinava a lei mosaica. Resolveram, então, sondar os disicipulos para encontrar em qualquer um deles o interesse em apontar o Mestre e testemunhar contra ele. Encontraram em Judas Iscariotes essa disposição. Acertaram, então, os detalhes da prisão que seria na noite de quinta feira, longe dos seguidores. Após a ceia pascal. Jesus foi com seus discípulos para o Horto das Oliveiras e isolou-se no lugar chamado Getsémani, quando o Jesus Divino sentiu que chegava o momento em que seria entregue ao sacrifício. O instinto de conservação do Jesus humano reagiu naturalmente contra a ameaça, fazendo o Mestre orar ao Pai “Pai, se queres, passa de mim esse cálice; contudo, não se faça a minha vontade, mas, a tua” (Lc 22, 42) Tanto a prisão quanto a condenação de Jesus,, foram ilegais porque elas vieram de noite, em violação às leis judaica e mosaica. Foram efetuados com o testemunho do conspirador Judas Iscariotes em violação à lei rabínica que exigia, no mínimo, duas testemunhas. Nem a prisão, nem a condenação foi resultado de um processo legal. Tudo foi uma violação ao código Mosaico. Os guardas romanos que prenderam Jesus no Jardim de Getsemani e o trouxeram ao tribunal do Sumo Sacerdote não tinham uma ordem de prisão legal e nem sabiam quem fosse o acusado. O julgamento noturno é uma prova adicional de conspiração contra Jesus por esses sacerdotes, cuja hipocrisia Jesus denunciava publicamente. Sob a lei do Sinédrio, o primeiro passo deveria ter sido a audiência prévia com a leitura das acusações para o réu, em uma corte aberta. O registro que conhecemos, incluindo os escritos de Mateus, Marcos, Lucas, João, e Josefo, não mencionam nenhuma audiência prévia. Sob as provisões da lei Judaica não poderia haver condenação por um crime capital baseado no testemunho de menos que duas pessoas. Uma testemunha era considerada a mesma coisa que nenhuma.. Se houvesse apenas duas testemunhas, ambas teriam que concordar em todos os particulares até os mínimos detalhes. Não houve o direito amplo de defesa consagrado no direito rabínico, como, também, no direito romano. O flagelo imposto a Jesus foi calculado para impedir que tivesse condições físicas e mental de defender-se no ato do julgamento, como determinavam as leis. O Doutor José Antonio Lorente, Diretor e professor do Departamento de Medicina Legal da Universidade de Granada, a mais antiga da Espanha, apresentou na revista Magazine El Mundo, uma importante analise da causa-mortis de Jesus, chegando a uma conclusão: a morte foi causada pelo grande flagelo praticado antes da crucificação.Segundo o Dr. José Antonio, das nove da noite da quinta-feira 12 (ao acabar a Última Ceia e ser detido) até as três da tarde da sexta-feira 13 em que morreu, transcorrem um total de 18 horas. Desde o momento de sua detenção, parece que não ingeriu nenhum tipo de alimento ou líquido. Os castigos (exceto a paulada propiciada por um criado de Caifás pouco depois de sua detenção) começaram por volta das sete da manhã de sexta-feira, por isso, até o momento da morte transcorrem umas oito horas. As outras lesões procedem da flagelação, e são múltiplas chicotadas no peito e nas costas. Estas lesões provocam hemorragias internas e externas que em princípio não têm por que ser muito profusas por não serem profundas e, portanto, não afetarem grandes artérias e veias. Tendo em conta, porem, a grande quantidade de golpes que impactam nos mesmos lugares, produzem-se uma série de graves lesões similares às de um esmagamento ou pisoteamento, o que se conhece em medicina como síndrome de esmagamento (crush syndrome) e que implica na liberação de substâncias no interior do sangue, entre elas mioglobina procedente dos músculos, que provoca alterações nos processos renais de filtração. A isto deve-se acrescentar que, pela postura existente na cruz −onde o corpo fica literalmente pendurado nas extremidades superiores através de uma tensão que se transmite ao tórax e aos seus músculos−, que são dificultadas suas funções, entre elas a de respirar. A causa mortis foi por hipoxia-anoxia, cerebral ou seja a diminição da concentração de oxigênio no sangue por graves lesões em músculos intercostais e por insuficiência cardíaca. Causa fundamental da morte: múltiplas feridas inciso-contusas, equimose, erosões, escoriações e hematomas na parte anterior e posterior do tronco. Daí a surpresa de Pilatos quando José de Arimateia solicitou autorização para retirar o corpo. (Mc 15, 44) (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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