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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: MONTESCLAREADAS Nos bons 1960 vivíamos na larga e ainda não tínhamos a dita dura a endurecer nossas vidas. Leonel Beirão, empresário no ramo de funerária e reclames, cabo eleitoral e lobista político do PSD, a agitar pela cidade, notadamente onde houvesse aglomeração falando de política. Seu universo! Ai, ele encontrava repasto grosso, entrava na briga por votos para o seu candidato e quase sempre o embate terminava em ameaças ou em via de fato. Acontece que Leonel não despachava para o bispo. A sua missa era de corpo presente! Cabo eleitoral era propagandista dos reclames com sua famosa Boneca de Leonel. Era também garoto propaganda de uma cervejaria que promovia a venda de casco verde. Convidava os populares a beber de graça com ele e o botequineiro recebia de paga do fabricante duas garrafas por cada garrafa consumida na mesa, ou no balcão do estabelecimento. Quando embriagado, falava aos gritos e chamava a atenção de todos pela sua boca porca. Como a sua funerária atendia a todos os convênios em voga, muita gente morria de inveja em vê-lo com os bolsos cheios de grana. Resultado do seu trabalho honesto! Os invejosos e inimigos políticos, conhecedores do seu estopim curto e temperamento irritadiço, para aporrinhá-lo aplicavam trotes telefônicos às altas horas da noite, o acordando e o açulando, ao descobrir o mico. Ligavam e quando ele atendia perguntavam: defunto sente frio? A resposta era sempre um impropério, seguido de um repertorio de palavras não publicáveis. Doutas feitas, perguntavam: defunto na janela molha a rua? Ai, ele dizia o que o defunto molhava na mãe do interlocutor... Numa noite, o cão estava solto e após uns dez trotes Leonel atendeu a mais um telefonema e já enraivecido respondeu: é do Corpo de Bombeiros! Um instante de silêncio, e do outro lado, em espirais metálicas: aqui é que é do corpo de bombeiro! Quem fala aqui é o Tenente Felix! Deu qüiproquó com as resposta de Leonel. Logo Leonel nomeou Dim Lampião para atender à noite evitando o estresse e a insônia provocados pelo desgaste dos trotes. Houve um telefonema a meia noite e Dim negociava um caixão de luxo com um suposto comprador que a pedido do mesmo, acordou Leonel para dar o desconto final. Do outro lado do fio a voz aplicou um trote. Leonel arrebentou o telefone e foi para a cama já com insônia. Na manhã seguinte, ao abrir as portas da funerária, uma senhora do povo o esperava e foi logo falando: Vim aqui pedir um enterro de graça, para um menino de uma vizinha que não tem condições de custear as despesas. Leonel, coçando a cabeça respondeu: na hora de fazer o menino vocês não me chamam. Na hora que morre é Leonel que enterra de graça!

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