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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Apenas um final de tarde Num final de tarde, circulo como um cronista voyeur pelos fundos da Cooperativa e vejo sentado num banquinho no janelão do Bar Sibéria o boa Praça João José, tomando uma gelada e degustando como tira-gosto um morango curtido na cachaça branquinha. O agrônomo Reinaldinho, que é dos Viriato e o arquiteto Cascão, que é dos Mota, comem espetinhos feitos no capricho. Mais adiante, Arnaldo Brant, sério como sempre, fala de gado nelore e Wanderley Lopes conta o causo de João de Quirino, quando encontra Sinval Amorim depois de longo tempo sem se verem: “Uai compadre! Pensei que ocê já tinha queimado o fuzil...” Wilsinho, sentado à porta do hotel, dialoga com o pecuarista Manoel do Bandeira 2. Gesticula, rilha os dentes e fala mal do atual sistema político. Uma discussão sem fim e tudo fica como dantes no quartel de Abrantes... O empresário “cash and hand” Antonio Barreto, passa miudinho, no alto dos seus noventa anos, dirigindo um carro zero sem placas. Onofre Burarama trafega sempre com seu sorriso conciliador e de paz. Gerinha Português, uma lenda viva, vocifera impropérios, fala de Schmidt and Wesson e de bala dundum. Mostra o seu braço costurado como uma colcha de retalhos e o tórax, cheio de pitombadas. Lincão Mesquita, quase não circula mais pela city. Deixou a barba (já grisalha) crescer ao estilo profeta do milênio e agora navega no Facebook escrevendo reflexões e saudades. Patrícia de Paula, morando nas Alterosas com os seus olhos lindos e de puro encantamento, agradece o abraço que mandei. Geraldim Alcântara (completadas 73 bem vividas primaveras), cabelo pintado na cor prata, avisa que às 7 horas da noite já estará dormindo. Gosta da companhia de Morfeu, o deus do sono e dos cansados. Voltou dos States trazendo uma câmara digital para Arnaldo Maravilha e ainda toma café com beiju e pita um cigarro de palha industrializado. Chico Lopes, o conhecido cirurgião plástico, cheio de energias, fala das suas esculturas em cerâmica e apresenta uma tela em art naife com um gato estilizado. Aroldo Pereira, calvo como um personagem mágico de uma história infantil, circula apressado preparando o seu Psiu Poético. Luiz Carlos Novaes, o Peré, recém chegado das férias, um pouco mais gordo e todo queimado de praia, mantêm o sorriso e já toma uma branquinha de leve. Jerry Alfaiate continua se recuperando em casa e o tititi da galeria esquenta com Zezão Relojoeiro e Juninho de Salvador (esse é dose) (Têm o sorriso torto de gato que comeu o canário do vizinho). Zé Mariani (já recebida a herança tão esperada) circula com os seus olhos esbugalhados procurando alguém, como agulha em palheiro, para conversar miolo de pote. Zizi Rocha anda pelo Quarteirão do Povo com o manequim em postura dextro-convexa, lançando interjeições com a sua voz taquara rachada. Zé Romualdo, vestindo uma boa camisa de seda, passa com os seus 85 anos e é só alegria de viver.

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