Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: FALTA DE ENERGIA ELÉTRICA UM PROBLEMA QUE VEM DE LONGE José Prates Lendo o noticiário da cidade, neste Mural ou nos jornais impressos que circulam em Montes Claros, as reclamações que vêm do povo, principalmente contra a energia elétrica, nos deixam a sensação de estarmos vivendo o ontem, Hoje, o que ouvimos ou o que lemos é que a energia elétrica está fraca; que faltou luz no bairro tal; que a indústria está prejudicada, sem poder expandir-se. E assim por diante. Olhando de cima, numa visão aérea, vemos que Montes Claros não é mais aquela pequena vila do passado, com três mil habitantes, mas, que já reclamava contra a falta de luz. Hoje é uma metrópole que se expandiu de norte a sul, de leste a oeste e os arranha-céus estão em todos os lugares, encobrindo, inclusive, as imponentes e belas torres da Catedral que foram, coitadas, humilhadas pelos edifícios que lhes impedem aparecer, como antigamente. Muitos ainda se lembram dos anos 50, a precariedade da luz que vinha da usina do Cedro e a luta que se travou para vinda da CEMIG como “salvação da lavoura”. Demorou, mas, veio e o problema de energia elétrica foi resolvido para aquela época. Acontece que Montes Claros daquele tempo, não era a metade do que é hoje. Indústria? Resumia-se na fábrica do Cedro, na fábrica de óleo comestível e nas algodoeiras. O comércio atacadista e varejista sempre foi grande e sempre foi referencia regional. Hoje, é diferente. A cidade, como toda região, está industrializada. Basta dizer que no Brasil inteiro, em qualquer supermercado ou loja, encontra-se um produto fabricado em Montes Claros ou na sua região. Outro dia mesmo, no Carrefour da Barra, no Rio de Janeiro, compramos um doce light, marmelada. Quando chegamos em casa, ao abrir a embalagem, verificamos que era um produto de Janaúba. Verifica-se, então, que a região desenvolveu-se e a oferta de energia continuou a mesma de cinqüenta anos passados. Com relação a esse problema que diz respeito a todo mundo, porque a todos afeta, o que dizem ou o que fazem os responsáveis pelo fornecimento de energia, as autoridades municipais e, também, os empresários interessados? A imprensa não noticia nenhuma providencia ou, pelo menos, a intenção. Em 1950, quando a crise energética agravou-se, os políticos influentes, como o Dr. Plínio Ribeiro, Dr. Antônio Pimenta, Dr. Alfeu Quadros, Dr. João F. Pimenta, Deba e Neco Santa Maria reuniram-se e concordaram em falar com o então governador do Estado, Juscelino Kubistcheck. Uma comissão foi organizada e seguiu para Belo Horizonte com essa incumbência. Tudo foi acertado e anos depois, a CEMIG instalava-se em Montes Claros, permitindo o desenvolvimento que hoje temos. Se agora, em nossos dias, o problema está-se repetindo, que se repita, também, o que aconteceu no passado, com a diferença de que, hoje, não cabe, apenas, aos políticos como força única para decisão, mas, também ao empresariado responsável pelo desenvolvimento econômico da cidade e da região. Nesse caso, devem se juntar políticos e empresários num esforço conjunto, para solução do problema que atinge a todos. A força política do passado, com o pouco que dispunha, resolveu o problema da época que hoje volta com as mesmas características. Hoje, porem, a força maior, nesses casos, não é do político. É do empresário. Então, que se unam políticos e empresários e lutem por essa causa que é comum aos dois. (José Prates, 84 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima