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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 20 de abril de 2024
 

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Mensagem: ROQUE BRAVO Roque tinha a aparência de um guerreiro mongol, corpulento, barriga grande e dura, bigode assustador ao estilo mexicano, braços grossos, e andava e gingava como um lutador de sumô. A sua cara fechada impunha respeito. Dava medo à primeira vista. Trabalhava na expedição da Fábrica de Cimento, onde circulava impune, sem ser cobrado. Na fila marcando o ponto, passava sozinho, ninguém ousava esbarrar no gigante. Dele contavam-se histórias de valentia e brabeza, de coragem suposta. Citava-se ter ele em certa ocasião, amarrado a sua família na cerca de arame que circundava o seu barracão, tendo ainda os espancado, a golpes de pirata. Um exercício de sobrevivência de um bruto, que com isto mantinha os seus vizinhos afastados, todos o temiam. No pátio da expedição, só fazia o que queria; dormia após o almoço sem ser incomodado pelos chatos de plantão: Entretanto, a carreira do cavalo é curta! João Bosco o escolheu para ser o primeiro carregador de vagões no pátio de manobras e embarque, recém-inaugurado. Treinaram bastante o movimento de apanha dos sacos na esteira rolante e o empilhamento dos mesmos nos vagões, que à tarde, esquentavam a mais de quarenta graus. Só foram escolhidos os fisicamente fortes. O serviço exigia. Roque, entretanto, era um frouxo disfarçado! Aquela cara era para afastar os possíveis agressores, pois o homem era um frouxo que havia construído uma torre de marfim, em que se escondia de possíveis e imagináveis situações embaraçosas. Ao ser convocado, sentiu o drama e tentou sair fora, mas não conseguiu. Havia sido escolhido para servir de exemplo para a peãozada. A sua sorte estava lançada. Nos primeiros vinte minutos de ensaio carregando sacos de cimento saídos da bica ainda quente a quarenta e cinco graus ambiente, Roque ficou tonto em vez de voltar após o empilhamento saiu pela porta lateral do vagão, que era usada para ventilação tombando, a grande altura no vazio e no pátio o seu corpanzil. Arrebentou-se todo. O homem não era nada do que se mostrava! Desmoralizada a aura de valente, no dia seguinte, ao entrar na fila para marcar o ponto, o Willian da cantina, que vinha logo atrás, passou a mão no traseiro do Roque e ele, para surpresa de todos, que aguardavam uma reação violenta, disse: queta com isso moço! - deixa de passar a mão no meu traseiro - não brinca que eu não gosto! Estava destruída a torre de marfim! Daí para frente à gozação foi tanta que não respeitavam nem mesmo a sua marmita de comida. O Roque não teve saída! Pediu demissão e se mandou da cidade.

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