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montesclaros.com - Ano 25 - sábado, 21 de setembro de 2024
 

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Mensagem: João Doido O personagem era contínuo da agência do Banco do Brasil na nossa urbe. Tipo bastante popular, cheio de vontades próprias, emérito pescador. À bem da verdade a pescaria era o seu universo. Dono de um nariz arrebitado, posudo, andava de peito estufado, pisando alto e dava pouca ou nenhuma atenção ao mundo à sua volta. Julgava-se absoluto! Volta e meia tomava umas e outras e aprontava com borra. Era a sua marca registrada. Certa feita arrumou uma pescaria e levou amigos de copo e de cruz para uma lagoa na fazenda de Crispim da Rocha. Entrou cerca adentro sem pedir licença, a cachaça correu solta e, não demorou, o bando de notívagos pescava e avacalhava o ambiente se postando nus. Como a lagoa era de águas límpidas e sendo a fonte de abastecimento da propriedade veio um serviçal apanhar água. Ao se deparar com a cena daqueles homens nus e temeroso de sofrer alguma agressão, retornou sem encher o carote de madeira. Sabedor dos fatos, Crispim apanhou uma carabina e botou ordem na corja de pelados. Mandou que eles se escafedessem de suas terras. Acontece que a lagoa fazia divisa com uma fazenda vizinha, de outro proprietário. Sabedor dos fatos, João, desaforado como era, pulou a cerca com os companheiros. Para irritar o fazendeiro e já que não mais estavam em suas terras, continuaram a esculhambação. Dançavam despidos e pulavam como em uma farândola de diabretes. Como o destino é irônico, na segunda-feira seguinte, Crispim da Rocha procurou o José Alves, gerente do Banco do Brasil, visando obter um grande empréstimo rural. Sendo o gerente novo no pedaço e sabedor do conhecimento do João Doido sobre as fazendas da região, o chamou para prestar informações pertinentes à propriedade do cliente solicitador. Ainda injuriado pela suposta desfeita na lagoa, João baixou a sola na avaliação e desclassificou a fazenda e o cliente. Revelado o fato, Crispim o procurou na agência exigindo explicações, já que as suas terras e pastagens eram das melhores na região. Indagado, João Doido como era irônico e debochado riu do fazendeiro e falou: “Você manda na sua fazenda. Aqui no banco mandamos nós!” Deu o maior quiproquó! Noutra pescaria, tendo como companheiro de aventuras Carlúcio Atayde, chegando próximo ao barranco do rio, viu um pequeno jacaré que dormia ao sol. João preparou a Kodak e posicionou Carlúcio para clicar o instante. Ato seguinte montou nas costas do bicho. O jacaré, assustado, desceu barranco abaixo e jogou o João em uma moita de espinho agulha. Ficou mais furado do que tábua de pirulito...

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