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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: A chave da questão Waldyr Senna Batista A aliança do prefeito Luiz Tadeu Leite com o deputado Gil Pereira para a eleição de 2008, na prática, serviu apenas para a disputa. E, com base na votação obtida agora pelo deputado em Montes Claros (quase 30 mil votos), a conclusão é de que ela foi decisiva para a vitória na eleição municipal, alcançada com diferença de pouco mais de 5 mil votos. Mas, pelo que se diz agora, tratava-se de acordo informal, apenas apalavrado, não tendo constado das conversações detalhes quanto ao pós-eleição. Porém, quando da posse, como ainda havia diálogo entre os dois grupos, acertou-se que ao deputado caberia a secretaria de ação social, para a qual foi designado Tancredo Macedo, sob coordenação da vice-prefeita Cristina Pereira. Decorrido pouco mais de um ano, o secretário afastou-se, ao que consta, por não admitir o monitoramento de seu trabalho por pessoa ligada ao outro grupo. A partir daí, não houve mais como disfarçar o processo de deterioração instalado na cúpula da administração. Ele agravou-se com o afastamento do prefeito, em férias, substituído pela vice-prefeita, e se tornou insuportável após o lançamento da candidatura do filho do prefeito à Assembleia Legislativa. Parecia haver entendimento tácito de que o deputado esperava o apoio do prefeito na eleição deste ano, mas o chefe do Executivo alega a improcedência dessa suposta reciprocidade. Limitou-se a comunicar ao deputado o lançamento do filho e ainda manifestou-lhe a esperança de que o pacto entre os dois prevalecesse para a campanha da reeleição. O deputado teria se limitado a ouvir a comunicação, mas, intimamente, teria dado por rompido o acordo. De forma que não mais teriam voltado a se falar, e a vice-prefeita, internamente, passou a experimentar clima cada vez mais pesado. Quando chegou o momento de se ausentar para coordenar a campanha do marido, ela se limitou a dirigir ofício à Câmara Municipal, sem sequer dar um telefonema ao prefeito, que se sentiu ofendido e logo reagiu demitindo os quatro funcionários que trabalhavam no gabinete dela, alegando que, sem a presença da vice, os servidores não teriam o que fazer. Chegou a insinuar que, depois da eleição, iria demitir centenas de funcionários que teriam sido admitidos a pedido do deputado. A vice-prefeita garante que essas admissões não vão além de 32 funcionários e que a ameaça do prefeito não passa de tentativa de mascarar o empreguismo por ele mesmo patrocinado. A propósito, informa-se que as demissões deverão alcançar cerca de 2 mil contratados. Como se vê, o clima não era amistoso, desde o início. Culminando agora com essa inusitada agressão, de impedir o retorno da vice-prefeita para exercer a função para a qual foi eleita. O prefeito é do tempo em que as normas do cavalheirismo condenavam esse tipo de procedimento com uma senhora respeitável. Mas a política, que costuma ser um jogo bruto, tem códigos que o comum dos mortais estranha. Guardadas as infinitesimais proporções, isso lembra o episódio em que, com a morte do presidente Costa e Silva, os militares que dominavam o País impediram a posse do vice-presidente Pedro Aleixo. Constitucionalmente, o prefeito não tem poder para tanto, pelo que o impasse poderá ser submetido ao judiciário. Segundo o noticiário da imprensa sobre esse episódio, o prefeito Luiz Tadeu Leite diz considerar que a aliança com o deputado Gil Pereira ainda perdura, não tendo ele adotado qualquer procedimento que possa torná-lo sem efeito. “Eles é que estão provocando o rompimento do acordo” – teria afirmado o prefeito. Ele poderá alegar que, assim como fez quando se afastou, a vice-prefeita Cristina Pereira não lhe comunicou o final de sua licença. Isso é o que teria feito com que ela fosse deixada no corredor, à espera de uma chave que ninguém sabia nem onde nem com quem estava. Essa é a chave da questão.

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