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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Estive aí em MOC no fim de semana para matar um pouco da saudade que me mata um pouco cada dia e colhi impressões sobre o impacto do terremoto com os poucos amigos com quem tive oportunidade de conversar. Com Marina e Ditinho Lopes, em um almoço simpático e maravilhoso, conversamos em torno de um belo prato de peixe ensopado, como só se faz aí nas terras das sapucaias. Nesta conversa lembrei a eles que, quando criança, passava as férias de julho em Pires e Albuquerque, hoje, não sei porque, Alto Belo. Lá era comum a ocorrencia do ´estrondo´, um barulho que vinha da terra no vale do Rio Verde. Nesta hora o sentimento era de cuidadosa curiosidade, pois as garrfas balançavam nas prateleiras das lojas; as pás, machados e picaretas oscilavam e caiam com estardalhaço no chão de cimento queimado. Correndo para a rua era possível ver a poeira amarelada movendo-se acima do piso do chão, formando um leve movimento que mais parecia uma dança da terra. Um toá muito firme e que impregnava a roupa da gente, especialmente as barras das calças. Por isso lá era comum os homens vestirem kaqui. Meu pai explicava, professoral, que era uma acomodação da terra de sedimentação sobre uma base de pedra calcárea, de onde jorrava uma água sabrosa que nem espuma fazia e ainda faz quando se toma banho. Era comum o ronco da terra, num urro primal que mais inquietava que aterrorizava. PS: Assisti duas sessões noturnas do PSIU Poético. Gostei. Espero voltar no ano que vem e mostrar alguma coisa da minha lavra.

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