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Mensagem: Sobrinha revela horror vivido nas mãos de tenente do Exército - Uma das vítimas, e também sobrinha, do tenente reformado do Exército Brasileiro, Wendel Nassau Nether, atualmente mora na região central do Estado. Ela pediu que o nome da cidade, assim como sua identidade, fossem preservadas. Hoje uma profissional respeitada, revive uma fase tenebrosa de sua vida. “Os abusos iniciaram quando eu ainda tinha apenas cinco anos, persistindo até 10 anos”, conta. Segundo ela, tudo acontecia em uma fazenda próxima a Montes Claros, onde passava férias com toda a família. No local, um abuso atrás do outro. “Ele sempre me abordava em momentos quando eu estava brincando em locais mais afastados da casa na fazenda, e também na frente dos familiares, me colocando no colo quando estava excitado”, relata. A vítima afirma que foi ameaçada uma única vez, mas que ficou marcada para a vida inteira. “Ele dizia que se eu contasse pra alguém mataria meu pai, minha mãe e meus irmãos. E eu acreditava, pois além de ser criança na época, ele só andava armado, mesmo dentro da casa na fazenda”. Ela não sabia que as outras primas também sofriam nas mãos do pedófilo. “Pensava que era um problema que só acontecia comigo e elas pensavam do mesmo jeito. Só agora, quando recebemos a notícia que um ser iluminado conseguiu denunciar um palatino, não suportamos a pressão emocional e resolvemos colocar pra fora uma história presa na garganta por mais de 30 anos”, revela. Profissional conceituada na cidade onde vive atualmente, a sobrinha do pedófilo conta que só conseguiu seguir em frente graças à fé e uma vida passando por sessões de terapia. “É muito difícil falar de uma vida inteira quando a infância foi roubada. Agradeço a Deus por eu não ter desenvolvido nenhuma neurose obsessiva, nenhum transtorno. Trabalho em projetos sociais com mulheres vitimas de abuso sexual. Entendo que a gente mexe na vida com aquilo que a vida mexeu com a gente”, completa. Agora, ela só que justiça. “Espero que ele realmente pague pelo que fez, que vítimas consigam externar na mídia ou na Polícia Federal sobre os seus sofrimentos, embora hoje eu entendo que é um homem doente, perverso ou até mesmo psicopata. Confio na Justiça sim, pois os profissionais envolvidos tem mostrado muita competência em seus atos. Foram solidários a dor da família. Tenho esperança que ele fique preso, será melhor pra ele e para todas as vítimas”, finaliza.

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