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montesclaros.com - Ano 25 - domingo, 22 de setembro de 2024
 

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Mensagem: O velho Tamboril Abriu-se um vazio na Praça da Matriz. Senti a diferença sem, de pronto, atinar para a causa. O majestoso Tamboril, em plena maturidade, havia tombado pela mão do homem, por ter morrido prematuramente. Uma semana antes eu havia comentado que ele havia morrido, mas alguns questionaram afirmando que ele brotaria quando chovesse. Rivalizando-se com a imponente Canafístula, destacava-se na Praça pela grandiosidade de seu tronco, com sua ampla copa, que ensombrava parte do coreto. Ele, testemunha da história, assistiu no silêncio de sua vida vegetariana o passar dos tempos. Não era tão idoso quanto a majestosa Canafístula, que presenciou o nascer de Montes Claros, mas era suficientemente idoso para merecer a nosso respeito. O Tamboril da Praça com certeza já vegetava quando das comemorações do Centenário da cidade. Por sua sombra acolhedora passaram, pelo menos, duas gerações de montes-clarenses, mas é possível que apenas cinco por cento tenha visto ou sentido a sua imponente e bela presença. Sou levado a crer que nem mesmo os frequentadores da Feirinha, aos domingos, notaram a sua falta. Uma árvore em pé tem muito mais valor que tombada. Algumas árvores não aceitam a intervenção do homem em sua vida vegetativa. O Tamboril é uma delas. Quando da reforma da Praça, parte de seus galhos foram podados. Foi ferido, mutilado em sua essência vegetativa, levando-o vagarosamente à exaustão e morte. Ele integrava parte da necessária área verde que toda cidade deve ter, interferindo no microclima da própria Praça e reduzindo a poluição. Se ele ainda não tinha um valor histórico, assistia-lhe o direito a um valor sentimental para os poucos que admiram e frequentam a Praça da Matriz que, ao lado da Catedral, é o Cartão Postal da cidade. A Praça da Matriz é um espaço verde público, onde ainda vegetam árvores nativas, ali preservadas ou plantadas. É um dos logradouros mais belos da cidade. Em outro artigo afirmei que a humanidade está despertada para a grande realidade ecológica da atualidade, que não se reflete apenas na preservação do meio ambiente, na proteção das comunidades biológicas, na garantia da integridade das populações de organismos da fauna e da flora, mas na certeza de que a vida humana, a presença do homem na face da Terra, corre sério perigo. Mas, alguém dirá, a morte de uma única árvore em nada prejudicará a natureza, mas ele era o Tamboril da Praça da Matriz e ela, sem ele, não é mais a mesma. O Tamboril é uma árvore de rápido crescimento. Outro poderia ser plantado no mesmo local e provisoriamente protegido durante a sua infância vegetativa, para que ocupe o mesmo espaço hoje vazio e as próximas gerações possam se deleitar à sua sombra. Falando da Praça da Matriz, já se disse ser ela a mais bonita da cidade, mas não é a mais cuidada. Parece que existe um complexo indefinido entre os administradores, que só os psicanalistas poderiam explicar. Somente as vias públicas urbanizadas por um determinado administrador são por ele, enquanto governo, bem conservadas. A Praça da Matriz, por onde passa a população de Montes Claros, nos domingos de Feirinha, está praticamente abandonada. A fonte permanece em funcionamento, com algumas irregularidades, mas funciona. O gramado está, em mais de 70% (setenta por cento) de sua área, em fase final de existência vegetativa. O processo ultramoderno de irrigação ali instalado não mais funciona, nem se cuidou de repará-lo. Por outra via, o correto à noite tornou-se dormitório de marginais ou de excluídos. Estes últimos deveriam ser objeto da atenção da Assistência Social e os primeiros da Polícia. Há menos de quinze dias, Genival Tourinho pretendeu encontrar-me e perguntou ao seu primo Haroldo Tourinho como poderia fazê-lo. Este respondeu: “Vá à Praça da Matriz às 6:00 horas da tarde”. Ele foi e me encontrou. Marcinha (Márcia Yellow Vieira) perguntou-me, ontem, se eu ainda frequento a Praça no horário habitual. Respondi que sim. Sempre que estou em Montes Claros gosto de deliciar-me com as belezas naturais e artificiais da Praça da Matriz, nos finais de tarde. É salutar ao espírito ouvir o badalar dos sinos (artificiais) da igreja Matriz no momento da Anunciação, quando é automaticamente ligada a fonte central.

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