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montesclaros.com - Ano 25 - segunda-feira, 23 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Temos lido, neste democrático mural, belos textos sobre passeios pelas ruas da cidade em tempos passados. Passeios nostálgicos, que nos leva a recordar de uma cidade tranqüila e com as ruas ainda não asfaltadas. Eram calçadas de paralelepípedos, blocos de cimento, pedras de formatos irregulares, denominados pé de moleque, ou simplesmente revestidas de cascalho e em outras, nem isso. Eram constantes as reclamações sobre a poeira e a lama. Na primeira administração de Toninho Rabello, se não estou enganado, foi iniciado o uso do asfalto para a pavimentação das ruas e avenidas, principalmente estas, quando abertas e urbanizadas. Era uma maravilha a novidade. Asfalto quente, colocado sobre uma grossa camada de brita, sobre uma base bem preparada de cascalho e em alguns casos, também de pedra. Tudo isso, não sem antes ser construída a galeria de água pluvial, rede de esgoto sanitário, rede de água e assentados os meios fios ao logo das calçadas. Posteriormente veio a administração de Moacir Lopes, que cobriu de asfalto o calçamento do centro da cidade. Foi uma critica só: diziam que aquilo era serviço mal feito, que não iria durar e logo o asfalto seria arrancado pelo movimento dos carros, carroças e mesmo pelas chuvas. O tempo mostrou o contrário, pois tudo fora feito com material de primeira qualidade com camada grossa de asfalto, bem compactada. Outras administrações vieram e continuaram com a política de asfaltar as vias públicas da cidade. Entretanto, verifica-se, sem a necessidade de ser técnico ou especialista, que a qualidade do material e do serviço não é a mesma. Priorizou-se a quantidade em detrimento da qualidade. Ao contrário do que deveria ser, primeiro faz-se o asfalto para, em seguida, os outros órgãos abrirem valetas para rede de água, de esgoto, linha telefônica, aplicando remendos de pior qualidade ainda. Hoje, faço um convite. Vamos fazer um passeio pela cidade? Comecemos pela primeira e grade avenida Deputado Esteves Rodrigues, construída por Toninho. Nota-se que, decorridas décadas, a condição da pavimentação ainda e boa. Resiste ao tempo, mesmo com o intenso tráfego, muito maior do que o de quando foi projetada. Agora, subamos pela Avenida Artur Bernardes, passemos pela Praça de Esportes, tomemos a rua Dr. Santos, façamos um giro pelo centro: Ruas Dr. Veloso, Camilo Prates, D. Pedro II, Padre Augusto, Rui Barbosa, onde o asfalto foi colocado sobre o calçamento, São Francisco, Coronel Joaquim Costa, Belo Horizonte e tantas outras. Com exceção da Praça de Esportes e Belo Horizontes, que receberam manutenção de alisamentos, as demais estão em péssimas condições. Do asfalto original, pouco ou quase nada se vê. O que predomina são os remendos de duvidosa qualidade, que tornaram as pistas defeituosas, com depressões e ondulações. Rodar de carro por estas ruas, é um tormento. Tirando o fato de não ter poeira e lama, trepidam tanto ou mais do que muitas das péssimas estradas de terra de aceso ao meio rural. A falta de uma manutenção adequada, por parte das várias administrações passadas e pela atual, levou a tal situação. Um recapeamento completo e necessário. Observemos com atenção as calçadas. Cada um, quando a constrói, o faz como bem quer: rebaixadas, elevadas, rampas no meio-fio ou próximas às soleiras das portas das garagens, degraus, desnivelamentos de toda sorte. Não deixemos de observar que estão, na sua maioria, obstruídas quando não por buracos, por materiais e entulhos de construção, bancas de ambulantes, carinhos de vendedores de frutas e Cds piratas, mostruários de mercadorias nas portas das lojas, puxadinho com telhados mesas e cadeiras nas portas de bares e muitas outras irregularidades. Andar nas calçadas? Nem pensar, não tem jeito, tem-se mesmo é que aventurar-se no meio da rua, correndo o risco de ser atropelado por carro, motocicleta, bicicleta e até por um burro ou cavalo puxando uma carroça. Certamente haverá quem queira justificar tal situação como conseqüência do progresso e do crescimento da cidade. Entretanto, poderia haver menos transtornos se houvesse um planejamento para um crescimento sustentável, com segurança e sem perda tão acentuada da qualidade de vida. Além disso, todo planejamento aplicado pressupõe fiscalização e avaliação, o que, infelizmente, não se verificam atualmente. Montes Claros, 06/07/2010

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