Receba as notícias do montesclaros.com pelo WhatsApp
montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

Este espaço é para você aprimorar a notícia, completando-a.

Clique aqui para exibir os comentários


 

Os dados aqui preenchidos serão exibidos.
Todos os campos são obrigatórios

Mensagem: MONTESCLAREADAS XV Montes Claros, terra de Figueira, cidade pólo, com seu centro comercial, educacional e referência em atendimento médico hospitalar. Por aqui se encontram representados e refletidos, ao vivo, todos os tipos humanos característicos da região Norte Mineira. Nesta nossa semi-urbanidade, o campesino que chega veste as primeiras roupagens psicológicas no seu ego da roça. Ao garimpá-los e retratá-los eles se tornam universais, pois, por aqui, no dizer do saudoso Deca Rocha, encontram o murrão da roça e a nossa curraleiragem. Este nosso universo em microcosmo, tem desde o jurão até o capiau com cara (somente a cara) de besta. Do Loqui de chapéu, ao malandro vendedor de relógio micha. O fumador de cigarro de palha, que nada mais faz do que ficar imaginado um golpe no vizinho. E como relata o atleticano doente Evandro Canzil, “tem contra-agá e agá-do-contra-agá”! Tem até um clube de Pedólatras, ou seja, admiradores, aficionados e apaixonados por pés femininos, do qual tenho a honra de participar como “hors concours”. Seguindo, pois, o dito de Gabriel Garcia Marques: “procuro na escuridão daquele baú sem fundo suas miudezas dispersas”, num garimpo dos tipos todos eles imprescindíveis que por aqui afluem. Informa-nos o indefectível galã e conquistador do Quarteirão do Povo, Paulinho Relojoeiro (que recentemente retornou a Moc City vindo do Maranhão onde está montando empresa), que nas cercanias da sua terra natal, Mato Verde, tem um político folclórico. Discípulo da Escola Georgiana Curraleira e sendo candidato a um cargo eletivo, foi fazer um comício politiqueiro no povoado de nome Bonito. Lá chegando, não encontrou como era de se esperar o palanque armado, pois a oposição sabotara. Seguindo linhas traçadas que levam ao uso do alheio, uma praxe na classe, apanhou na moral dois tambores metal de 200 litros que se encontravam em uma carroça de carregar água e sob a guarda de um filiado da Santa Federação dos Carroceiros Mato-verdenses. Armou o seu palanque atravessando sobre os tambores uma tábua de bom tamanho servindo como piso e iniciou o seu discurso sofístico, cheio de Agamenon e picaretagem tropical. Não deu outra! A galera curiosa que havia chegado foi saindo de fininho. À francesa. Ao terminar o seu papo furado coletivo, a platéia estava reduzida a uma só pessoa. Chateado com o ocorrido, o discípulo de Górgias comentou com esse paciente e único assistente “que aquele povo não sabia prestigiar quem merecia”. Ato seguinte, agradeceu a “vítima” pela presença. Para sua surpresa, o recém elogiado ouvinte respondeu, calmamente: “eu estava era esperando terminar o seu papo furado para levar de volta os meus tambores de apanhar água que o senhor apanhou e usou sem pedir permissão. E temos dito!

Preencha os campos abaixo
Seu nome:
E-mail:
Cidade/UF: /
Comentário:

Trocar letras
Digite as letras que aparecem na imagem acima