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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: Mary Pimenta Alkmim – Sobrenome Coragem ““Ser mulher é... – como bem definiu Cora Coralina, fazer a escalada da montanha da vida, removendo pedras e plantando flores. Esse é o retrato de minha amiga Mary. Sempre fui péssima em matemática, inclusive nem sei contar os anos, mas Mary e eu ultrapassamos a barreira do tempo, trilhamos outros caminhos, reencontramos na maturidade mais amigas, mais irmãs de alma e coração. Lembro-me de uma menina super alegre, animada e sempre rodeada de amigos. A facilidade de Mary em fazer amizade era e é impressionante. Conhecemo-nos na piscina da Praça de Esportes onde ela abriu caminhos para nós usando um maiô duas peças que foi um sucesso! Como ela morou no Rio de Janeiro, na década de 50, sempre que vinha a Montes Claros lançava modas e causava até inveja nas amigas provincianas. Quando Layce Tourinho mudou para a rua São Francisco convivemos mais ainda, pois ela era vizinha de Layce e eu não saía da casa desta. Eu e Layce estudávamos no Colégio Diocesano e Mary no Colégio Imaculada onde exercia sua liderança e botou sal nas moleiras das irmãs. Também sempre nos encontrávamos nas horas dançantes na residência de Norma Costa, nas jovens tardes de domingo. O pingue-pongue no caramanchão da praça de esportes, as quadras de vôlei e de basquete também eram pontos de encontro; e Mary sempre animando o grupo. Mary convivia com todas as turmas. Em frente ao Banco do Brasil, reunia a turma do pó de arroz. A minha turma reunia na escadinha do Clube Montes Claros. Nossas turmas não se entrosavam, porque achávamos as meninas do pó de arroz bastante prosas, A maioria estudava em Belo Horizonte, namorava os rapazes de fora e não fazia o “footing da rua 15”. Mary transitava muito bem nesse ambiente, ora plebe, ora elite, mas sempre amiga. O tempo passou, formei-me e iniciei minha vida profissional no Banco Comércio e Indústria, casei e mudei de Montes Claros. Mary, por sua vez, com o falecimento prematuro de sua mãe, foi residir no Rio de Janeiro com sua irmã Florinda. Em 1980 mudei-me para Belo Horizonte e reencontrei Mary que também havia mudado para esta cidade, e reatamos nossa amizade. E, como é maravilhoso a semente adormecida brotar, florescer, renascer com a força de uma aroeira. E, quanta afinidade emergiu: enxergar o mundo de maneira sensível e encontrar forças para acabar com os preconceitos, às vezes até mesmo com os próprios. E, entre lágrimas e risos, dores e alegrias, viagens inesquecíveis, a menina se transforma. Continua craque na cozinha – ainda hoje nos presenteia com seus bombons deliciosos – e se transforma na princesa da festa, mas principalmente busca o prazer de ser única. Mary, nesta fase que estamos vivendo, precisamos nos reinventar a cada dia. Aceitar que nem sempre temos soluções para os problemas, que às vezes precisamos de colo e gostar de ser bonita, vaidosa, elogiada, ser independente, fazer o que se gosta para ser feliz! Você é uma mulher guerreira, sobreviveu aos trancos e barrancos da vida, foi à luta, mas não perdeu a doçura e a dignidade, essência do feminino. Mãe, avó, irmã, tia, amiga, acolheu o mundo dentro da alma. Mantém a casa em ordem e bem limpa, supervisiona a comida deliciosa que serve, faz compras e depois de tudo isso, viajar e viajar cada vez mais porque ninguém é de ferro – e sonhar! Continuar sonhando, usando as armas da coragem com sensibilidade, generosidade e amor. Venceu tempestades e terremotos da vida e continua achando esta tão bela, tão transparente, tão leve. Minha amiga: “tempo não é cronológico, é um tempo subjetivo, capaz de nos propiciar um êxtase silencioso na eternidade” “Instantes mágicos de encontros de alma... Lembranças que valem a pena lembrar”. A vida é um reaprender a andar e recorro à escritora e poeta Teresinha Melo Urbano de Carvalho para enviar esta mensagem a você: “Sou mulher da 3ª idade / não vivo só do passado / Enfrento firme o presente / sem esquecer o futuro / A sabedoria me ensina / a simplificar a vida /, transformá-la numa aldeia / que se chama liberdade! Carmen Netto Victória

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