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montesclaros.com - Ano 25 - terça-feira, 24 de setembro de 2024
 

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Mensagem: NOTICIARIO POLICIAL MARCOU O JMC JOSE PRATES Lendo a crônica de Alberto Sena sobre o repórter policial, lembrei-me de que foi o JMC que inaugurou na cidade, esse tipo de noticiário, até então ausente nos jornais existentes que se dedicavam quase totalmente a artigos e crônicas escritas por políticos militantes ou intelectuais. Os casos policiais aconteciam como, ainda hoje acontecem, mas, quase sempre sem conhecimento do povo. Na ocasião do lançamento do jornal, era Delegado de Polícia o Coronel José Coelho de Araujo que tratava as questões policiais com discrição para “não caírem na boca do povo, antes de uma apuração completa.” Surpreendeu-se com a nossa chegada à Delegacia apresentando-lhe a identidade de repórter, o que lhe causou estranheza por ser um fato inédito no dia-a-dia de sua delegacia. Para nós que havia trabalhado algum tempo como repórter policial na antiga Folha de Minas, logo que deixamos o Exército, não era nenhuma novidade a reportagem policial. Novidade foi para a cidade que não esperava tal noticiário na imprensa local. A primeira reportagem policial do JMC foi manchete da última página, no estilo dos jornais sensacionalistas do Rio. Daí pra frente, o noticiário policial ganhou espaço próprio e era a página mais lida do jornal. O próprio Delegado passou a agir com mais presteza nas investigações “porque a imprensa estava vigilante”, como sempre dizia aos investigadores. Não foi propriamente nossa, a idéia de criar a página policial, mas, a necessidade de o jornal servir aos leitores com informações sobre o cotidiano da cidade que já ganhava foros de metrópole. Naquele tempo, a prática da reportagem policial era uma espécie de escola de jornalismo para iniciantes. O “foca” em contato direto com a notícia crua, obrigava-se na redação, a dar cunho jornalístico ao caso, de maneira a fornecer ao leitor detalhes do acontecido. Já naquele tempo fazíamos a reportagem investigativa, como aconteceu algumas vezes, nos antecipando à policia na descoberta do autor ou mandantes de crimes contra a pessoa que, em alguns casos, por pressão política ou dos coronéis de então, a polícia ficava de “corpo mole” retardando as investigações que. Com o passar do tempo, caia no esquecimento. A “vigilância da imprensa”, como dizia o Coronel Coelho, melhorou o desempenho policial. Ao recordar esse tempo, vem-me à alma a alegria, o prazer e... também, o orgulho de ter participado ativamente na criação da imprensa de fato em Montes Claros. Envaidece-me lembrar que ajudei a montar a oficina que preparou vultos montesclarenses como Wanderlino Arruda, Waldyr Sena, Paulo Narciso e outros que hoje, pelo talento, pela capacidade de trabalho, são orgulhos da sociedade montesclarense. Não é possível, porém, esquecer ou negar o esforço, a persistência e o destemor do Dr. Oswaldo Antunes na luta para manutenção do JMC como líder da imprensa local, o que conseguiu por muito tempo. É necessário lembrarmos de que O JORNAL DE MONTES CLAROS não morreu. Ele vive na alma dos grandes jornalistas que atuam na imprensa da cidade, porque todos eles nasceram e cresceram na redação do JMC, são, portanto, frutos desse jornal de cuja semente outros valores virão (José Prates, 81 anos, é jornalista e Oficial da Marinha Mercante. Como tal percorreu os cinco continentes em 20 anos embarcado. Residiu em Montes Claros, de 1945 a 1958, quando foi removido para o Rio de Janeiro, onde reside com a familia. É funcionário ativo da Vale do Rio Doce, estando atualmente cedido ao Sindicato dos Oficiais da Marinha Mercante, onde é um dos diretores)

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